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Sistemas Estruturais 1

Escadas, Reservatórios e Estruturas de Contenção

Ésio Magalhães Feitosa Lima


• As escadas são elementos estruturais inclinados sujeitos principalmente, à
flexão simples.
• As escadas são elementos estruturais inclinados sujeitos principalmente, à
flexão simples.
• As escadas podem ser categorizadas de acordo com as formas a seguir:
• Escadas em rampa com trechos bi poiados:
• Escadas em rampa com trechos bi poiados:

O modelo estrutural reticulado desta escada pode ser elaborado como sendo o de um pórtico/viga bi apoiada:

Apoios, geralmente são vigas.


• Escadas em rampa com trechos bi poiados:
A armadura desse tipo de escada é inserida na laje inferior (rampa) da peça. Os degraus não são armados.

Laje inferior concretada e Degraus de alvenaria.


armada.

São escadas baratas e de simples execução


• Escada plissada ou em cascata:
A escada mostrada na figura a seguir é uma peça que se assemelha a um pórtico bi apoiado e não pode ser
analisada como uma viga. Nesse caso, deve-se analisar por elementos finitos, grelha ou como pórtico mesmo,
por conta de sua descontinuidade.
• Escada plissada ou em cascata:
A escada mostrada na figura a seguir é uma peça que se assemelha a um pórtico bi apoiado e não pode ser
analisada como uma viga. Nesse caso, deve-se analisar por elementos finitos, grelha ou como pórtico mesmo,
por conta de sua descontinuidade.
• Escada plissada ou em cascata:
É muito comum encontrar escadas como essa com patamar em balanço:
• Escada plissada ou em cascata:
É muito comum encontrar escadas como essa com patamar em balanço:

Esforços máximos na base, que


deverá ser bastante robusta para
garantir o equilíbrio global e absorver
os esforços internos de forma segura.
• Escada plissada ou em cascata:
A escada é totalmente maciça e as armaduras devem seguir uma geometria que se adeque ao formato da peça.
São escadas que demandam uma mão de obra especializada, principalmente na execução das formas e das
armaduras:

Forma Armaduras
• Escada com degraus em balanço:
A escada da figura abaixo é composta de degraus em balanço que funcionam como vigas em balanço e se
engastam numa viga lateral bi apoiada. Mas com um agravante, estas peças costumam vibrar bastante, devido ao
sua esbeltez.
• Escada com degraus em balanço:
A escada da figura abaixo é composta de degraus em balanço que funcionam como vigas em balanço e se
engastam numa viga lateral bi apoiada. Mas com um agravante, estas peças costumam vibrar bastante, devido ao
sua esbeltez.

Diferente da escada em rampa, esta


necessita de uma armadura nos
degraus. O roteiro de cálculo
consiste em avaliar o esforço
máximo em cada degrau e em
seguida dimensionar a viga de
sustentação baseado nesses
esforços.
• Escada com degraus em balanço:
A escada da figura abaixo é composta de degraus em balanço que funcionam como vigas em balanço e se
engastam numa viga lateral bi apoiada. Mas com um agravante, estas peças costumam vibrar bastante, devido ao
sua esbeltez.
Degrau:

Degrau 16kN

16kN

16kN 12.8 kN.m


Viga de sustentação:
16kN
12.8 kN.m
16kN
12.8 kN.m

12.8 kN.m

12.8 kN.m
• Escada com degraus em balanço:
A escada da figura abaixo é composta de degraus em balanço que funcionam como vigas em balanço e se
engastam numa viga lateral bi apoiada. Mas com um agravante, estas peças costumam vibrar bastante, devido ao
sua esbeltez.
Degrau:

Degrau 16kN

16kN

16kN 12.8 kN.m


Viga de sustentação:
16kN
12.8 kN.m
16kN
O esforço de torção na viga de sustentação é
12.8 kN.m bastante alto, logo é necessário uma
quantidade de estribos adequada para
12.8 kN.m absorver as tensões de cisalhamento geradas
pelo momento fletor transferidos pelos
12.8 kN.m degraus
• Escada com viga central e degraus em balanço:
A escada apresentada na figura abaixo é composta de degraus em balanço para os dois lados que funcionam
como vigas em balanço e se apoiam numa viga central bi apoiada. Esse tipo de escada, apesar de elegante, pode
vibrar muito, dando uma sensação de desconforto ou insegurança na ponta dos balanços.

Da mesma forma como a escada


com degraus em balanço, neste
caso, os degraus e a viga de
sustentação também serão
armados. O roteiro de cálculo
consiste em avaliar o esforço
máximo em cada degrau e em
seguida dimensionar a viga de
sustentação baseado nesses
esforços.
• Escada com viga central e degraus em balanço:
A execução desse tipo de peça demanda uma mão de obra especializada, para executar a forma principalmente.
Qualquer erro de execução no momento montagem da forma, pode gerar efeitos que não forma considerados em
projetos, como por exemplo, quando a forma tem inclinação e o degrau não fica completamente reto.
https://www.youtube.com/watch?v=kzBUo7T0jiw
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas
Caixas d`água, cisternas e piscinas são elementos estruturais projetados para
receber pressão de água*.
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas
Caixas d`água, cisternas e piscinas são elementos estruturais projetados para
receber pressão de água*.
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas
Caixas d`água, cisternas e piscinas são elementos estruturais projetados para
receber pressão de água*.

Caixas d`água elevadas


deformam bem mais do que
as outras duas estruturas, já
que não possuem solo em
seus arredores que
auxiliariam na absorção do
carregamento
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

Observa-se que a pressão de água agindo nas


paredes e no fundo da piscina são
parcialmente absorvidos pelo solo, que por
sua vez acabam restringindo a deformação da
estrutura. Para essas situações é
recomendável que o dimensionamento dessas
peças sejam feitos considerando a piscina
seca.
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

É muito comum o uso de uma laje do fundo de


concreto armado maciço e paredes de alvenaria
amarradas com cintas e pilaretes de concreto
armado em piscinas de pequeno porte.
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas
Teste de carga:
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

No caso de cisternas, as paredes não estão


envolvidas com solo, logo, a carga a se considerar
no seu dimensionamento é a da coluna de água
agindo no interior da estrutura
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

Castelo d´água

Castelos d´água são compostos geralmente por


um cisterna enterrada e uma caixa d’água
elevada:
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

Castelo d´água

Castelos d´água são compostos geralmente por


um cisterna enterrada e uma caixa d’água
elevada:
Caixa d’água, Piscinas e Cisternas

Castelo d´água

Pode-se utilizar o método dos elementos finitos


para dimensionar as armaduras de uma estrutura
como essa:
Elementos de Contenção de Taludes
a) Muro de pedra argamassada;
b) Muro de concreto ciclópico;
c) Muro a Flexão, em “L”, de concreto
d) Muro de arrimo celular de peças pré moldadas
de concreto (“crib-wall”);
e) Muro de arrimo de gabiões;
f) Muro de arrimo de sacos de solocimento -
“Bolsacreto”;
g) Cortina de concreto atirantada;
h) Tela metálica fixada por chumbadores
e recoberta por concreto projetado;
i) Estrutura de contenção com solo
reforçado com geossintéticos;
j) Terra armada;
k) Contenção com perfil-pranchada
Elementos de Contenção de Taludes
a) Muro de pedra argamassada;

• Semelhante ao muro de
pedra seca, mas, com seus
vazios preenchidos com
argamassa;
• Aplicação: Contenção de
taludes /desníveis baixos
de até 3m;
• Vantagens: Facilidade de
construção e baixo custo;
• Fundamental drenar
adequadamente todo o
tardoz do muro, com
implantação de dreno de
areia e escoamento por
barbacãs.
Elementos de Contenção de Taludes
b) Muro de concreto ciclópico

• Estrutura composta de concreto e


agregados de grandes dimensões;
• Aplicação: Contenção de taludes e/ou
desníveis de maior altura;
• Vantagens: Facilidade de construção
devido ao uso de fôrmas e baixo custo
em alturas reduzidas;
• Cuidados: Fundamental execução de
sistema de drenagem dreno de areia no
tardoz e barbacãs
Elementos de Contenção de Taludes
c) Muro de arrimo celular de peças
pré-moldadas de concreto (crib-wall)

• Sistema de peças de concreto encaixadas entre


si formando “gaiolas”, preenchidas com terra ou
blocos de rocha;
• Aplicação: Obras rodoviárias em áreas
íngremes;
Locais pouco estáveis;
• Vantagens: Facilidade de construção, Baixo
custo,
Capacidade de adaptação ao terreno;
Aceitação de pequenos recalques;
• Cuidados: Exige bom terreno de fundação,
Drenagem;
• Compactação cuidadosa do solo dentro da
“gaiola”
Elementos de Contenção de Taludes
d) Muro de arrimo de gabiões

• Sistema de gaiolas de aço encaixadas entre si


preenchidas blocos de rocha;
• Aplicação: Obras em
Locais pouco estáveis;
• Vantagens: Facilidade de construção;
• Cuidados: Exige bom terreno de fundação;
Elementos de Contenção de Taludes
e) Muro de arrimo e “Bolsacreto”

• Composto de fôrmas têxteis flexíveis,


preenchidos por bombeamento de concreto ;
• Pode ser empregado dentro ou fora d’água;
• As fôrmas preenchidas transformam-se em
grandes blocos.
• Aplicação: Contenção de taludes, proteção de
margens e controle de erosão;
• Vantagens: Rapidez de execução e versatilidade;
• Cuidados: Uso de equipamento adequado para o
preenchimento das fôrmas.
Elementos de Contenção de Taludes
f) Muro em “L” de concreto

• Construído em concreto armado, tornando


possível a
execução de seções esbeltas
• Aplicações: Em geral, os muros de concreto
armado
estão associados à execução de aterros ou
reaterros;
• Vantagens: Permite uma ocupação mais
completa das
áreas a montante e a jusante;
• Cuidados: O terreno de fundação deve ter boa
capacidade suporte e é indispensável a execução
de
sistema de drenagem interno.
Elementos de Contenção de Taludes
g) Cortina de concreto atirantada

• Formada por muros delgados de concreto


armado, contidos por tirantes protendidos.
• Em geral, os tirantes são distribuídos de forma
uniforme com espaçamentos que variam de
acordo com a altura e o esforço atuante.
• Aplicação: Em qualquer situação geométrica,
tipo de solo ou condição hidrológica.
• Vantagens: Eficácia, segurança e versatilidade.
• Cuidados: Necessidade da presença de
horizontes resistentes e estáveis o suficiente para
a ancoragem dos tirantes a
profundidade compatíveis.
Elementos de Contenção de Taludes
h) Tela metálica fixada por

• Conhecido como solo grampeado, consiste no


reforço do maciço pela introdução de
chumbadores e posterior recobrimento do talude
com tela metálica e aplicação de concreto
projetado.

• Aplicação: Taludes de corte em solo;

• Vantagens: Não requer escavações, fôrmas,


escoramentos ou andaimes;

• Cuidados: Instalação de barbacãs, drenos


profundos, canaletas etc.
Elementos de Contenção de Taludes
i) Estruturas de concreto com solo reforçado
com geossintéticos

• Maciço formado por mantas geotêxteis ou


geogrelhas intercaladas com camadas de aterro
compactado.
• Cabe aos elementos geossintéticos resistir aos
esforços de tração desenvolvidas no maciço

• Aplicação: Contenção de taludes;


• Vantagens: Rapidez de execução, simplicidade e
baixo custo;
• Cuidados: Devem ser utilizados geossintéticos
de propriedades mecânicas conhecidas.
Elementos de Contenção de Taludes
j) Terra armada

• Sistema constituído pela associação de solo


compactado e armaduras, complementada por um
paramento externo
• Possui três componentes principais: o solo, as
armaduras horizontais de aço galvanizado em
forma de fitas, e o paramento.
• Aplicação: Aterros de até 20 m;
• Vantagens: Rapidez de construção, grande
flexibilidade e tolerância e recalques diferenciais;
• Cuidados: o solo a ser utilizado como material
de reaterro sobre as armaduras deve apresentar
boas características de atrito interno.
Elementos de Contenção de Taludes
k) Parede diafragma com estaca prancha

• Aplicação: Quando da execução de escavações


profundas junto a edificações preexistentes;

• Vantagens: Podem ser implantadas em quase


qualquer tipo de terreno sem rebaixamento do
lençol freático,
• Não provocam vibrações no terreno adjacente,
Suportam de forma simultânea pressões laterais e
cargas verticais,
• Cuidados: Checar se há acesso para os
equipamentos necessários à execução e se há
presença de matacões no terreno.

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