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EXCELENTÍSSIMOS MINÍSTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RECORRIDO: XXX
RECORRENTE: XXX

O Senhor XXX, por este procurado que subscreve, vem


respeitosamente, perante a Vossa Excelência, para apresentar os memorais da
sessão de julgamento.
Senhores Ministros, demais autoridades presentes e todos os presentes
nesta sessão, agradecem a oportunidade de me manifestar nesta tribuna em
nome do Estado para arguir a inconstitucionalidade da Lei nº 7.800/16 do
Estado de Alagoas e requerer a suspensão de seus efeitos.

1. RELATÓRIO PROCESSUAL

A presente tem objetivo de demonstrar a Inconstitucionalidade da Lei nº


7.800/16, a qual o Estado de Alagoas e requerendo assim a suspenção da
mesma.

2. RESUMO DE FATOS E DIREITOS

A Constituição Federal é a alicerce do Estado Democrático de Direito,


estabelecendo os princípios fundamentais que regem a organização e o
funcionamento do Estado, bem como os direitos e garantias individuais e
coletivos dos cidadãos. É através da Constituição que são definidos os limites e
as competências de cada poder e alcançado os direitos e deveres do Estado e
da sociedade.
Quando uma lei é declarada inconstitucional, significa que ela contraria
os preceitos constitucionais, violando os fundamentos e os princípios
sustentados na Carta Magna. Nesse sentido, a lei em questão viola diversos
princípios fundamentais da Constituição Federal, o que justifica o seu
questionamento e a busca pela sua suspensão.
Em primeiro lugar, destaco que a Lei nº 7.800/16 viola o princípio da
separação de poderes, previsto no artigo 2º da Constituição. Ao atribuir ao
Poder Executivo a execução de programas sociais e políticas governamentais
sem previsão orçamentária, a referida lei extrapola a esfera de competência do
Executivo, invadindo o campo reservado ao Poder Legislativo. Essa ingerência
do Legislativo na atribuição do Executivo confere a independência dos poderes
e compromete a harmonia entre eles.
Além disso, a lei em questão também viola o princípio da legalidade,
consagrado no artigo 5º da Constituição Federal. Ao conferir poderes ao
Executivo para criar normas sem a obrigação regulamentação estatutária, a lei
permite a culpada indiscriminada de competências legislativas, o que contraria
a necessidade de previsão legal precisa e clara para o exercício do poder
normativo.
Outro princípio fundamental que é ferido pela Lei nº 7.800/16 é o
princípio da isonomia. Essa lei promove um tratamento desigual entre os
cidadãos ao favorecer certos grupos sem justa causa. A isonomia é um dos
pilares do Estado Democrático de Direito, garantindo que todos os indivíduos
sejam tratados de forma igual perante a lei, sem dispensa ou privilégios
injustificados.
Além disso, é importante ressaltar que a referida lei afeta diretamente as
finanças estaduais ao gerar despesas sem previsões orçamentárias. Isso
contraria o princípio da responsabilidade orçamentária, estabelecido no artigo
163 da Constituição Federal, que impõe a necessidade de uma gestão
financeira responsável e transparente. As finanças públicas são de extrema
importância para a estabilidade econômica e social do Estado, bem como para
a garantia do bem-estar da população. A imposição de despesas sem
planejamento orçamentário compromete a saúde financeira do Estado e a
capacidade de atendimento das demandas públicas.
Por fim, é necessário enfatizar que a defesa da inconstitucionalidade da
lei em questão não significa que o Estado não se preocupe com a questão
social e a garantia dos direitos dos cidadãos. Pelo contrário, é necessário que
as políticas públicas sejam conduzidas em estrita observância das normas
constitucionais, a fim de assegurar a segurança jurídica, a proteção dos direitos
fundamentais e a promoção do bem comum.
Diante do exposto, o Estado requer a declaração de
inconstitucionalidade da Lei nº 7.800/16 do Estado de Alagoas, a fim de
preservar e respeitar a ordem constitucional. Além disso, requer a suspensão
dos efeitos da referida lei até o julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade em curso, com o objetivo de evitar danos irreparáveis à
ordem constitucional e à administração pública.
Agradeço atenção de todos e coloco-me à disposição para
esclarecimentos adicionais.
Obrigado.

Alagoas, XX de XX de XXXX
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Advogado
OAB/XX: XXXX

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