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ATIVIDADE PONTUADA DE DIREITO PENAL III

CABEÇALHO: Na condição de penalistas científicos, atuem em grupo de 4


discentes como pareceristas acerca das questões a seguir apresentadas. Para
tanto, não se esqueçam de apresentar respostas na forma de um parecer
técnico, isto é, considerando os cânones das ciências penais (criminologia,
dogmática penal e política criminal) e seus princípios reitores.
Não se esqueçam de que o Direito Penal representa uma categoria jurídica do
direito positivo, o que importa sua referência legal na fundamentação de sua
aplicação prática.
Além disso, o Direito Penal representa o caráter dogmático da ciência penal
das normas jurídico-penais, e por isso, obedece à diretrizes e fundamentos
próprios, bem como a interpretação e aplicação de institutos específicos.
Supondo o domínio técnico-jurídico derivado da formação em Teoria Geral do
Direito Penal (Teria da Norma Penal, Teoria do Crime e Teoria da Pena),
apresentem análises penais acerca dos fatos apresentados abaixo para sua
correta capitação jurídica e apresente em paralelo respostas técnicas para as
questões subjacentes.
Priorize a exposição de respostas que tangenciem todas as questões jurídico-
penais do caso, conforme se apresenta no modelo abaixo colocado na questão
de número 00.
Adverte-se para a necessidade de observância estrita às regras da ABNT em
matéria de citação (direta e indireta) de fontes bibliográficas e formatação de
trabalhos acadêmicos.
A fundamentação teórica de questões que não apresentem sugestões de
referência pode ser construída com base em fontes de livre escolha por parte
dos coautores do trabalho, desde que cientificamente idôneas.
O trabalho deve ser entregue na forma impressa aos 22/11/2022 em única via.
00 - Com relação ao crime de homicídio, examine a colocação a seguir e
apresente um suscinto posicionamento técnico-jurídico. Considere que Antônio
tenha matado Cláudio, seu desafeto, ao lhe ter desferido várias facadas nas
costas, e que, após a morte da vítima, Antônio tenha, ainda, arrancado-lhe o
órgão genital com uma faca de serra. Nessa situação hipotética, Antônio
cometeu homicídio duplamente qualificado por meio cruel e emboscada,
conforme previsão do Código Penal.

De início, coloca-se como equivocada a terminologia “homicídio duplamente


qualificado”, haja vista que pelo sistema trifásico adotado (art. 68 CP) em
matéria de dosimetria da pena, uma única circunstância qualificadora impõe o
deslocamento das margens penais do tipo básico (art. 121, caput”) para o tipo
derivado (art. 121, § 2º CP) de homicídio qualificado. As demais circunstâncias
qualificadoras do fato criminoso são consideradas na 2ª fase do procedimento
de cálculo da pena ao serem valoradas as circunstâncias agravantes genéricas
(art. 61 CP). Além disso, no caso concreto resta claro a incidência apenas de
uma única circunstância que permite qualificar o crime de homicídio, baseada
no modo de execução, mais particularmente na traição do ataque do agente.
Trata-se de homicídio praticado à traição pelo fato de o agente haver desferido
golpes de facadas na vítima pelas costas, o que repercute em flagrantes
dificuldades de autodefesa por parte do sujeito passivo do fato criminoso. Após
a consumação delitiva, e consciente das circunstâncias fáticas, o agente realiza
dolosamente cortes na estrutura do cadáver da vítima que resulta na
responsabilidade penal pelo crime de destruição de cadáver previsto no art.
211 do CP (Título V – Capítulo II). A morte da pessoa humana impõe a cessão
de titularidades de bens jurídico-penais de modo que na condição de “de
cujos”, Cláudio não mais poderia ser sujeito passivo de nenhum outro crime.
Para a incidência de uma segunda circunstância qualificadora do crime de
homicídio fundada no meio cruel (art. 121, §2º III), seria indispensável que a
execução do ato de matar se operasse por meios cruéis, o que não ocorreu de
fato.

01 - Após uma discussão em razão de futebol, Paulo efetua um disparo de


arma de fogo no peito de Armando, pretendendo causar sua morte,
empreendendo fuga em seguida. Levado para o hospital por familiares,
Armando não é atendido pelo médico plantonista Ismael, que presenciou o
estado grave do paciente, mas alegava estarem greve. Armando vem a falecer
enquanto aguardava atendimento em uma maca, ficando demonstrado que o
não atendimento médico contribuiu para o resultado morte. Revoltados com o
resultado, os familiares de Armando procuram vocês para assistência jurídica,
destacando o interesse na habilitação como futuro assistente de acusação.
Ofereçam um parecer técnico-jurídico de natureza penal sobre a
responsabilidade de Paulo e Ismael.
02- Com relação ao crime de homicídio, analise a assertiva a seguir. O
reconhecimento da causa especial de diminuição de pena, quando coexistir
com o homicídio qualificado, afastará o caráter hediondo do delito. Ofereçam
parecer técnico-jurídico sobre a assertiva acima.

03- Desolados após a morte dos pais em um acidente de trânsito, os


irmãos Paulo e Roberto, com 21 anos e 19 anos de idade,
respectivamente, fizeram um pacto de suicídio a dois em 20/2/2022:
fecharam as portas e janelas do apartamento, e Paulo abriu a válvula de
gás. Após poucos minutos, ambos desmaiaram. Os vizinhos sentiram o
forte odor de gás e arrombaram o apartamento, evitando o óbito dos
irmãos. Em decorrência da queda da própria altura, Paulo sofreu lesão
corporal leve, e Roberto, lesão corporal gravíssima. Ofereçam parecer
técnico-jurídico sobre os fatos narrados.
No presente caso, podemos observar que primeiramente o agente que deu
início à execução abrindo a válvula de gás, foi Paulo, razão pela qual
responderá pelo crime de homicídio tentado, conforme art. 121 c/c art, 14, II,
CP. Ademais, Roberto firmou um pacto de suicídio com Paulo, e por
consequência responderá por induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio,
com fundamento na lei 13.968/2019, que modificou condutas do art. 122, CP,
em que a incitação ou auxílio ao suicídio, na sua modalidade simples, passou a
ser crime formal, independerte do resultado naturalístico para o agente incorre-
la. Sendo assim, o simples ato de instigar ou auxiliar a vítima ao suicídio,
prescinde que a vítima venha a praticar atos suicidas ou de automutilação.

04- Sandra, mãe de Enrico, de 4 anos de idade, fruto de relacionamento


anterior, namorava Fábio. Após conturbado término do relacionamento, cujas
discussões tinham como principal motivo a criança e a relação de Sandra com
o ex-companheiro, Fábio comparece à residência de Sandra, enquanto esta
trabalhava, para buscar seus pertences. Na ocasião, ele encontrou Enrico e
uma irmã de Sandra, que cuidava da criança. Com raiva pelo término da
relação, Fábio, aproveitando-se da distração da tia, conversa com a criança
sobre como seria legal voar do 8º andar apenas com uma pequena toalha
funcionando como paraquedas. Diante do incentivo de Fábio, Enrico pula da
varanda do apartamento com a toalha e vem a sofrer lesões corporais de
natureza grave, já que cai em cima de uma árvore. Descobertos os fatos, a
família de Fábio o procura vocês como advogados para esclarecimentos
sobre as consequências jurídicas do ato. Manifestem-se com parecer
fundamentado sobre a matéria.
05- Nilo recusou-se a pagar a Henrique uma dívida no valor de mil reais
decorrente da aquisição de drogas, razão por que Henrique deu-lhe três tiros,
provocando-lhe lesões que causaram a amputação de seu braço direito e a
perda da visão de seu olho esquerdo. Depois de vinte e cinco dias de
internação, Nilo pediu a seu irmão Saulo que o colocasse próximo ao aparelho
fornecedor de oxigênio que o mantinha vivo, ocasião em que lhe disse que não
queria continuar a viver, pois sabia que, se saísse vivo do hospital, Henrique o
mataria. Saulo moveu a cama hospitalar do irmão para perto do aparelho de
oxigênio e saiu do hospital. Nilo, então, desligou o aparelho de oxigênio da
fonte de energia elétrica, na tentativa de se matar. Minutos depois, entretanto,
Carlos, médico de plantão, reativou o aparelho, a tempo de salvar a vida de
Nilo, que, em razão da falta de oxigênio, sofreu sequelas neurológicas que
ocasionaram a perda da fala e do controle de movimentos. Com base na
situação hipotética acima, ofereçam um parecer jurídico sobre os fatos
narrado à luz da vigente legislação penal brasileira.

06- Antônio instigou sua esposa Aída a se suicidar, a fim de que pudesse
contrair novas núpcias. Aída disparou arma de fogo contra si, sendo que,
embora não tenha falecido em razão dos disparos por ela realizados, sofreu
lesão corporal de natureza grave, consistente na incapacidade para suas
ocupações habituais por mais de 30 dias. Nessa situação, considerando que
não houve a produção do evento morte, é correto afirmar que houve tentativa
do crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio? Argumentem
juridicamente sobre a questão apresentada.

07- Carla, sob influência do estado puerperal, desejando matar seu filho
Guilherme, recém-nascido que estava em uma incubadora no hospital onde
acabara de nascer, levanta de sua cama e vai até o berçário, local onde seu
filho se encontrava. Lá chegando, Carla pega sua arma de fogo, aponta na
direção da incubadora de seu filho e, no momento do disparo, devido ao tranco
da arma, acerta a incubadora ao lado da do seu filho, matando Joaquim, filho
de Paula, outra paciente do hospital. Diante do caso narrado é correto
afirmar que Carla sofrerá responsabilidade penal pela prática de qual
crime? Justifiquem e fundamentem a resposta apresentada.

08- Regina dá à luz seu primeiro filho, Davi. Logo após realizado o parto, ela,
sob influência do estado puerperal, comparece ao berçário da maternidade, no
intuito de matar Davi. No entanto, pensando tratar-se de seu filho, ela, com
uma corda, asfixia Bruno, filho recém-nascido do casal Marta e Rogério,
causando-lhe a morte. Descobertos os fatos, Regina é denunciada pelo crime
de homicídio qualificado pela asfixia com causa de aumento de pena pela
idade da vítima. Diante dos fatos acima narrados em alegações finais da
primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, vocês na condição de
advogado(a)s deverão requerer quais medidas técnico-jurídicas?

09- Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando
convicta de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual
extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo
por seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem
comunicou a Pedro que estava grávida e pretendia realizar um aborto em uma
clínica clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega que cursava
medicina, e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois
de combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de
aborto. Dissertem sobre o enquadramento jurídico-penal dos envolvidos.

10- Após ter ciência da gravidez de sua namorada Silmara, Nicanor convence a
gestante a abortar, orientando-a a procurar uma clínica clandestina. Durante o
procedimento abortivo, praticado pelo médico Horácio, Silmara sofre grave
lesão, decorrente da imperícia do profissional, perdendo, pois, sua capacidade
reprodutiva. Nesse contexto, considerando que a intervenção cirúrgica não era
justificada pelo risco de morte para a gestante ou em virtude de estupro prévio,
Silmara, Nicanor e Horácio responderão por quais ilícitos penais? Esbocem
um sucinto laudo técnico-jurídico.

11- No dia 3 de junho de 2019, Vitor, revoltado com a intenção de sua


companheira Rosa de terminar o relacionamento, faz um grande buraco
no quintal da residência e surpreende sua companheira com um forte
golpe de pá na sua cabeça. Em seguida, apesar de saber que aquele
golpe não seria suficiente para causar a morte de Rosa, a joga no interior
do buraco, com a intenção de persistir nos golpes, causar sua morte e,
em seguida, esconder o corpo. Ocorre que Rosa começa a chorar e
implora para que Vitor pense na filha do casal. Vitor, então, cessa sua
conduta, ajuda Rosa a sair do buraco e permite que ela vá se limpar,
ocasião em que a vítima pula pela janela do banheiro e informa os fatos a
policiais militares que passavam pela localidade. É constatada a
existência de lesões de natureza leve na vítima. Considerando apenas as
informações expostas, a conduta de Vitor configura qual(ais) tipo(s)
presentes na legislação penal brasileira? Justifiquem e fundamentem a
resposta apresentada.
Em relação à lesão corporal, o art.129, §9º dispõe:
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§9º - Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

Já a desistência voluntária, é a cessação da conduta delituosa por vontade


própria do agente que, possuindo meios eficazes de concluir a ação, a
interrompe, ou seja, ele deixa de agir espontaneamente, ainda que comovido
pelo pedido da vítima, portanto, o agente responderá somente pelos atos
praticados, conforme art, 15, CP.
Sendo assim, a conduta praticada por Vitor configura lesão corporal
qualificada, por ter sido cometido contra a companheira, em razão da
desistência voluntária.

12- Patrícia foi a um shopping center a fim de comprar um celular para


sua filha, Maria, de 10 anos, que a acompanhava. Não encontrando o
modelo desejado, Patrícia saiu da loja, esclarecendo o ocorrido para a
criança que, inconformada com o fato, começou a chorar. Patrícia
chamou a atenção de sua filha, o que fez com que seu colega de trabalho
Henrique, que passava pelo local, a advertisse, de que não deveria assim
agir com a criança, iniciando uma discussão e acabando por empurrá-la
contra a parede. Em razão do comportamento de Henrique, Patrícia sofre
uma pequena lesão na perna. Ela efetuou o registro e a perícia confirmou
a lesão; contudo, dois dias depois, ela compareceu à Delegacia e desistiu
da representação. Em razão de a vítima ser do sexo feminino, o Ministério
Público ofereceu denúncia contra Henrique pela prática do crime de lesão
corporal no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher,
previsto no Art. 129, § 9º, do Código Penal. Considerando as informações
narradas, na condição de advogado de Henrique o que deverá ser
alegado? Justifiquem com fundamentações sólidas.
A denúncia feita pelo Ministério Público deve ser rejeitada, pois, trata-se de
lesão corporal simples, e devido o caráter menos ofensivo, depende da
representação da vítima, conforme o art. 88, da lei nº. 9099/95 que dispõe:
Art. 88 - além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial,
dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões
corporais leves e lesões culposas.

13- Em 20/10/2012, Tibério, completamente embriagado, ao ser impedido


por sua esposa, Amélia, de entrar no dormitório do casal, desferiu um
soco no rosto de sua esposa, que perdeu dois dentes. Ato contínuo, Lívia,
filha do casal, tentando interceder em favor da mãe, agrediu Tibério, que,
em resposta, atirou um copo de vidro no rosto da filha. Após o fim da
confusão, Tibério, em estado de fúria e com medo da repercussão penal
do caso, chamou Amélia de ladra e afirmou que a mataria se ela o
denunciasse na delegacia de polícia. Ainda sim, Amélia registrou
ocorrência policial contra Tibério e se submeteu a exame de corpo de
delito, cujo laudo indicou não ter havido redução da função mastigatória
pela perda dos dentes, os quais poderiam ser substituídos por próteses.
Segundo o laudo do exame de corpo de delito a que Lívia se submeteu, o
seu rosto ficaria marcado com uma mínima cicatriz no lábio. Em face
dessa situação hipotética, discorram sobre a violações humanas
descritas no fato.
Ao chamar Amélia de ladra, Tibério cometeu o crime de injúria, uma vez que
houve xingamento, bem como atribuição de qualidade negativa a outrem,
ofendendo-lhe a dignidade, conforme art. 140, CP.
Após deferir um soco no rosto de sua esposa, Tibério praticou o crime de lesão
corporal grave, conforme a STJ, INFO 590 que diz que a perda de dois dentes
configura lesão corporal grave, considerando que houve debilidade da função
mastigatória. Porém, no caso narrado, a vítima foi submetida a exame de corpo
de delito, a qual a perícia entendeu que não houve redução da função
mastigatória. Sendo assim, torna-se crime de lesão corporal leve.
Em relação à Lívia, Tibério praticou o crime de lesão corporal gravíssima, pois
ela teve o seu rosto marcado com cicatriz por causa da agressão. Porém, a
questão diz que a mesma ficaria com o rosto marcado com uma mínima cicatriz
no lábio, não havendo assim, requisitos dispostos no art. 129 §2º, IV, como
dano estético, dano que seja de certa monta, permanente, visível ou capaz de
provocar impressão vexatória. Portanto, passa a configurar crime de lesão
corporal leve.
Ademais, houve constrangimento ilegal, que é a conduta de constranger
alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido,
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
permite, ou a fazer o que ela não manda, conforme previsto no art. 146 do
Código Penal.

14- Maria da Silva, esposa do Promotor de Justiça Substituto José da Silva,


mantém um caso extraconjugal com o serventuário do Tribunal de Justiça
Manoel de Souza. Passado algum tempo, Maria decide separar-se de José da
Silva, contando a ele o motivo da separação. Inconformado com a decisão de
sua esposa, José da Silva decide matá-la, razão pela qual dispara três vezes
contra sua cabeça. Todavia, logo depois dos disparos, José da Silva coloca
Maria da Silva em seu carro e conduz o veículo até o hospital municipal. No
trajeto, José da Silva imprime ao veículo velocidade bem acima da permitida e
“fura” uma barreira policial, tudo para chegar rapidamente ao hospital. Graças
ao pouco tempo decorrido entre os disparos e a chegada ao hospital, os
médicos puderam salvar a vida de Maria da Silva. Maria sofreu perigo de vida,
atestado por médicos e pelos peritos do Instituto Médico Legal, mas recuperou-
se perfeitamente vinte e nove dias após os fatos. Qual crime praticou José da
Silva? Expliquem com argumentos jurídico-penais.

15- Rodrigo decide assassinar Reinaldo por haver este último acidentalmente
pisado em seu pé durante uma micareta e, para tanto, oculta-se atrás de uma
banca de jornal situada defronte à empresa em que seu desafeto trabalha,
aguardando sua saída para a realização da empreitada criminosa. Ao perceber
a aproximação de Reinaldo, Rodrigo subitamente deixa seu esconderijo e, com
vontade de matar, efetua, contra aquele primeiro, vários disparos de arma de
fogo. Por erro na execução, no entanto, erra o alvo, vindo a acertar Luciane e
Eduardo que, casualmente, caminhavam pelo local, matando a primeira e
causando ao último deformidade permanente. Considerando-se NÃO haver
assumido os riscos da produção dos resultados efetivamente alcançados,
Rodrigo deverá responder por quais crimes? Argumentem apresentando
fundamentação teórica no campo da hermenêutica jurídica e da
dogmática penal.

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