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Formação

“Uma narrativa artística da Europa”

junho, 2023

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Trabalho prático para a Sessão Assíncrona do
Módulo I – Literacia visual, artística e estética, cultura visual e iconografia

Autor desconhecido, Vitória de Samotrácia. Escultura em mármore de Paros. Séc. II a.C., Museu do Louvre

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A obra selecionada é uma estátua em mármore de Paros, pousada numa base de
mármore com a forma da proa de um navio, que se encontra no topo da monumental
escadaria Daru, no museu do Louvre. Estima-se que foi concebida por volta do séc.II a.C.,
pertencendo ao período helenístico da arte grega. Os fragmentos da escultura foram
encontrados ao longo do séc. XIX ao largo da ilha de Samotrácia. As partes que não
foram encontradas ou que estavam danificadas foram preenchidas com gesso. Algumas
partes nunca foram encontradas, tais como a cabeça e os braços.
A escultura representa a deusa grega Nike, pousada na proa de um navio de guerra.
Pensa-se que esta escultura terá sido concebida para o Santuário dos Grandes Deuses,
na ilha de Samotrácia (onde foi encontrada) e que terá sido uma oferenda do povo de
Rodes em comemoração a uma vitória naval.
A deusa Nike, que personifica a vitória, força e velocidade, era representada por uma
mulher alada, sendo às vezes exibida com um ramo de palmeira, coroa de louros e um
bordão - era a mensageira da vitória. Também é muitas vezes retratada erguendo um
troféu ou pairando sobre os vencedores pois as suas funções não se estendiam apenas
à guerra.
O virtuosismo do escultor no realismo dos pormenores do drapeado, a sua composição
em triângulo (evidente do lado esquerdo da estátua) e a sua colocação no alto da
escadaria no museu evidenciam a sensação de leveza e movimento, dando a impressão
que vai levantar voo a qualquer momento.
Pequenas estatuetas em terracota encontradas na Turquia, dão uma imagem do que
poderia ser a posição dos braços e do movimento que esta escultura pretendia
transmitir.
Chegou a especular-se que a Vitória teria na mão direita uma trompeta ou uma coroa,
mas com a descoberta da palma da mão aberta e dedos estendidos (1950), pensa-se
agora que estaria apenas a fazer um simples aceno.
Embora os pés também nunca tenham sido encontrados, pela posição onde eles
encaixam pensa-se que o pé direito estaria na beira do barco enquanto o esquerdo ainda
estaria no ar. Ela não estava a caminhar, mas a terminar o seu voo.
A título pessoal, a escolha desta obra deveu-se ao fascínio que ela me desperta desde
muito cedo, desde que vi uma foto sua num livro de arte. Não sei se pela leveza que me
transmite, se pela sensação de liberdade ou pela beleza dos pormenores. É uma obra a
que volto, sempre que posso. O lugar onde está exposta é determinante para o efeito
dramático que produz.

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Webgrafia:
Página oficial do Museu do Louvre:
https://www.louvre.fr/en/explore/the-palace/a-stairway-to-victory

https://collections.louvre.fr/en/ark:/53355/cl010252531

Guia do Louvre:
https://guiadolouvre.com/vitoria-de-samotracia-ou-nike-de-samotracia/

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