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Nome: Alexandre Vosch Pacheco de Carvalho

Turma: LMT4

Disciplina: Rítmica II

Professora: Aglaê

Tema: O Corpo do Som: Experiências do Barbatuques

O nosso corpo humano, além de ser uma máquina de alto desempenho


com diversas habilidades e função, é também o nosso instrumento musical
primordial. É através de seus sons que começamos a sentir a música em
nossas vidas. Isso vai do reconhecimento da própria voz e de outros timbres
vocais, até os sons que fazemos com boca, mãos, pés, etc. O ritmo e o
andamento, elementos essenciais da música, estão presentes em nossos
batimentos cardíacos e até mesmo na nossa respiração. Daí vem a importância
dos sons corporais para a aprendizagem musical. Durante o crescimento, é
comum o interesse por jogos musicais usando o corpo, até mesmo
coreografias e trava-línguas. Adultos também usam o corpo como instrumento
em atividades de entretenimento, um bastante comum na cultura hip-hop é o
“beatbox”, que consiste em sons feitos com a boca que imitam os timbres
característicos do gênero. O corpo oferece infinitas riquezas de sons de
diversas formas, desde sapateados até assovios. Hoje em dia desenvolvem-se
constantemente métodos educacionais com o uso do som corporal, um deles
que se destaca é o Núcleo Barbatuques.

Uma das características principais dos sons corporais é a particularidade


dos timbres, sendo eles diferentes de pessoa pra pessoa. O aperfeiçoamento
desse sons exige muito treino e concentração, porém os recursos que
abordaremos não são difíceis de se executar.

Diante do vasto número de atividades do Barbatuques, é notável a


variedade de sons corporais que eles conseguem explorar. Dentre elas,
destaquei uma atividade sugerida para uma turma em que os alunos devem
imitar o som da chuva, com palmas e fonéticas produzidas com a boca. É
incrível como essa atividade trabalha tanto a percepção, quanto a rítmica. A
dinâmica da atividade permite aos alunos um aprendizado com a reprodução
de elementos da natureza, numa experiência em grupo. Com destaque na
interação entre os alunos do grupo, a atividade da flecha também oferece
grande potencial de aprendizado. Nessa atividade os alunos ficam em pé, em
roda, e cada um tem que acertar o outro com “sons”, associando o movimento
com o som. O aluno que receber uma “flechada” tem que arremessar a flecha
em outro, e por aí vai.

O Barbatuques possui vários vídeos disponíveis no YouTube com suas


atividades e algumas apresentações. No CD “Tum-Pá”, lançado em 2012,
encontram-se vários exemplos das sonorizações que eles propõem em suas
atividades. O uso da percussão corporal, notável no trabalho do Barbatuques,
contribui ativamente para uma percepção consistente de timbre, ritmo e
andamento.

Assim concluo que não só devido ao trabalho do Barbatuques, mas


devido ao potencial criativo dos sons corporais, se é necessário o uso dessas
atividades nas experiências de aprendizado na musica. O conhecimento é
adquirido de forma empírica, sem precisar de elementos externos para
representar a música. Uma excelente alternativa para as crianças aprenderem
se divertindo, até mesmo os adultos.

Referência:
http://www.abemeducacaomusical.com.br/revista_musica/ed5/artigo3.pdf

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