1. Estiveram presentes as seguintes entidades sindicais: SINTUF-MT,
SINTESPB, SINTUNIFESP, SINDIEDUTEC, SINTUFCE, SINTUFSCAR, SINDIFES, SINTUFEJUF, SINDUFLA, SINTESAM, SINTUFABC, ASSUFRGS, SINTUFS, ASSUFSM, SINTFUB, SINTUFRJ, SINDS-UFSJ, SINT-IFESgo, SINDTIFES-PA, SINTUFES, SINTUFSC, Coordenadores da pasta Jurídica e de Relações de Trabalho (Marcelo Rosa Pereira e Daniel Lucas Soares Souza Farias). 2. Primeiramente foi realizada a saudação pelas 3 coordenadoras gerais da FASUBRA (Ivanilda Oliveira Silva Reis, Loiva Isabel Marques Chansis, Cristina Del Papa) e em seguida foram dados os informes gerais (Conjuntura nacional e detalhamento da reunião com o ministro da Educação). 3. Em seguida, ainda pela manhã, os coordenadores da pasta iniciaram efetivamente o Grupo de Trabalhado Nacional, iniciando as tratativas para organização e sistematização das discussões. Desse modo e após amplo debate ficou decidido a condução da seguinte forma: a. As entidades, juntamente com seus representantes foram orientadas a adequarem-se às seguintes orientações: 2 (dois) representantes da entidade e 1 (um) representante por instituição que fizesse parte do sindicato de Base. Exemplo: No Ceará, Três instituições (UFC-BASE Sindical, UFCA, UNILAB), 4 representantes (2+1+1); b. Foi estabelecido que as reuniões serão quinzenais e somente meio período; c. O GT carreira poderá ser convocado de maneira EXTRAORDINÁRIA sempre que necessário; d. Ficou decidido que será criado um grupo de sistematização das discussões e que será composto pelos integrantes da CNSC, pelos coordenadores da pasta Jurídica e de relações de trabalho mais um representante por chapa que compõe a direção nacional; 4. Na parte da tarde, as entidades presentes fizeram um breve relato de como está a discussão nos GTs de Base, tendo sido apresentadas 6 propostas de carreira. 5. Em seguida foi apresentada a minuta de um documento (Anexo I) que detalha a pauta da FASUBRA e que será entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana. Este documento será enviado às entidades de BASE para que todos possam contribuir na redação e construção do documento final. O retorno das contribuições deverá ser enviado à secretaria da FASUBRA (secretaria@fasubra.org.br) até a quinta-feira (06/07). Carta ao senhor Ministro da Educação, Camilo Santana (Anexo I)
Brasília, xx de xxxx de xxxx
Excelentíssimo Senhor Camilo Sobreira de Santana Ministro da Educação
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de
Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA SINDICAL), representante das trabalhadoras e trabalhadores das Universidades Federais, Estaduais e Municipais e de Institutos Federais, com cerca de 250 mil trabalhadores, na expectativa de que possamos iniciar o processo de negociação sobre a pauta específica dos trabalhadores/as Técnicos e Técnicas administrativos em educação (TAE) das instituições públicas de ensino superior, e considerando o papel fundamental que os mesmos desempenham nas IFE, vem apresentar nossas reivindicações acerca de nossa carreira. A título de conhecimento de Vossa Senhoria, o Plano de Carreira dos Cargos Técnicos- administrativos em Educação (PCCTAE), instituído pela Lei 11.091/2005, conquistado no acordo de Greve assinado em novembro de 2004, traz uma série de necessidades de aprimoramento. A Lei 11.091/2005 estabelece que toda discussão de aprimoramento e modificações no PCCTAE deve acontecer na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), criada nesta mesma Lei. Assim, é prioritário a recomposição e convocação imediata da CNSC para tratar das questões que seguem:
1. Discussão sobre os fazeres técnico-administrativos nas Instituições Federais de
Ensino (IFE), para definição das atribuições dos cargos que integram o PCCTAE - desde 2005 essas atribuições ainda não foram estabelecidas pelo MEC trazendo transtornos na gestão de pessoas da IFE; 2. Finalização da discussão das diretrizes nacionais para a elaboração do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira (PDIC), instituído pelo Decreto 5.825/2006 - na maioria das IFE os programas de Avaliação de Desempenho em execução não atendem o estabelecido no decreto e as matrizes de alocação de vagas nacional e das IFE ainda não foram elaboradas; 3. Revogação de arcabouço normativo editado pelas gestões anteriores do MEC que entram em contradição com o PCCTAE, em especial as que vetam a abertura de concurso para diversos cargos não extintos do PCCTAE - possuímos apenas 18% de cargos ativos, diversos cargos foram extintos ou estão com concursos suspensos, abrindo o caminho para a terceirização e para a total extinção dos cargos TAE nas universidades, institutos federais, hospitais universitários e demais instituições nas quais estamos presentes. 4. Elaboração de estudos que visem a melhoria remuneratória para os integrantes do PCCTAE - nossa carreira está com uma considerável defasagem salarial, temos uma das piores, senão a pior remuneração do serviço público federal, desvalorizando a carreira, deixando-a desinteressante para potenciais novos servidores e causando o efeito "trampolim" para outras mais atrativas. 5. Estudar medidas que contribuam para mitigar o alto turnover nas IFES - a alta rotatividade é um grave problema, nos últimos anos a diferença entre a entrada e saída de servidores ultrapassou alarmantes 70%, nenhuma Instituição consegue criar uma identidade sem servidores comprometidos e que queiram nela ficar, fazê-la crescer e poder crescer também junto com ela. 6. Elaborar estudos técnicos que subsidiem a discussão na Mesa Nacional Permanente de Negociação com vistas a superação dos limites sustentam o conceito de provimento derivado - atualmente os servidores públicos não possuem a possibilidade de ascensão funcional e as IFE estão impedidas de proporem e realizarem readaptações funcionais o que concorre para o alto número de desvios de função em seus quadros. 7. Rever a descrição e a quantidade de ambientes organizacionais que afetam diretamente ao processo de desenvolvimento dos servidores e a organização dos seus fazeres nas diversas unidades das IFE - os ambientes organizacionais foram criados no PCCTAE com o intuito de contribuir com a adequação entre as necessidades institucionais e as atribuições dos cargos, outro ponto a ser definido trata da recuperação do conceito de progressão funcional apresentada pela FASUBRA a CNSC quando da elaboração dos decretos que regulam o PCCTAE; 8. Revisão da Portaria Nº 9 de 29 de junho de 2006 do MEC, que estabelece as correlações das áreas de conhecimento com as ações de capacitação para cada ambiente organizacional - com o decorrer dos anos novas áreas de conhecimento e cursos de capacitação surgiram e não constam na regulamentação nacional trazendo dúvidas quanto a possibilidade de serem utilizadas para progressão dos servidores e servidoras. Neste sentido, e, sabendo da preocupação que a atual gestão tem com relação a valorização dos trabalhadores da educação e principalmente a continuidade da excelência na prestação dos serviços públicos, elencamos acima as principais reivindicações da nossa categoria.
Outros pontos e reivindicações relativas à carreira poderão ser discutidas após a
recomposição e convocação da Comissão, que não se reúne desde o ano de 2015, para que possamos discutir e avançar nas questões pendentes para o acompanhamento e aprimoramento da carreira dos TAE. Entre esses pontos destacamos:
● Implementação de imediato do processo de negociação específica em mesa própria
com o MEC; ● Regulamentação das descrições gerais dos cargos TAE, no que trata participação na Pesquisa e Extensão; ○ O entendimento de que TAE podem coordenar projetos de pesquisa e extensão e concorrer a bolsas nessas áreas não é pacificado. Algumas Universidades e Institutos Federais permitem a participação dos TAE na pesquisa e extensão, enquanto outros proíbem. Solicitamos a normatização das atividades técnico-administrativas de forma a permitir a coordenação e participação dos TAE na Pesquisa e Extensão, inclusive podendo concorrer a bolsas, e as diretrizes regulamentadoras da distribuição da carga horária dos TAE. ● Revogação dos decretos 9.262/2018 e 10.185/2019 e Portaria no 443/2018; ○ Esses dois decretos e a portaria extinguiram cargos e suspenderam concursos para alguns outros favorecendo a terceirização e prejudicando a reposição de cargos de áreas estratégicas como a de Comunicação Social e a de Acessibilidade (tradutores intérpretes de libras). ● Efetivação do Plano Nacional de Capacitação lançado em 2013 com a extensão, para os Técnico- administrativos em Educação, do art. 30 da lei 12772/12, que trata de afastamento para realização de estudos de pós-graduação e revogação dos efeitos do Decreto 9.991/2019 e suas alterações para os servidores TAE, por se contraporem ao Decreto 5.825/2006.
○ O Plano Nacional de Capacitação compreende a instituição de três
programas: 1. Programa Nacional de Apoio aos Projetos Institucionais de Capacitação das IFEs; 2. Programa de Qualificação em Serviço; 3. Programa de Capacitação – Formação Continuada. ○ O Plano objetiva promover, de forma complementar, condições para o desenvolvimento dos Técnico-Administrativos em Educação, e não exime as IFE de implantarem seus Programas de Capacitação e Aperfeiçoamento, a que estão obrigadas conforme definido pela Lei nº 11.091/2005, o PCCTAE. ● Turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e sem redução de salário; ● Pela revogação da Lei que cria a EBSERH, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, para gerir os Hospitais Universitários das Instituições Federais de Ensino e pela contratação de trabalhadores via concurso público (RJU); ● Construção de uma política de combate efetivo ao assédio moral nas Instituições Federais de Ensino; ● Consulta paritária para reitor (a) das universidades e paridade nos Conselhos e Comissões com a revogação da Lei 9.192/1995; ● Pelo fim da criminalização das lutas e das perseguições aos dirigentes sindicais e ativistas nas Instituições Federais de Ensino Superior.
Certo de contar com o apoio de V. Sa., agradecemos antecipadamente o atendimento das
demandas e nos colocamos à disposição para, em diálogo, aprofundar e detalhar a pauta apresentada.