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Iure Souza
Uma pista para escapar dessa inexorabilidade deixada por Rolnik (2015) é
pensar o saber do corpo a fim de buscar micropolíticas para resistir ao inconsciente
colonial. Portanto proponho utilizar o corpo em performance buscando gerar
imaginações espaciais, criando afetos a partir do corpo do performer visando a produção
de sentidos onde o espaço geográfico seja compreendido como múltiplo, aberto,
alterável e em constante construção.
Uma vez que a Massey (2006) defende que o espaço precisa ser pensado dessa
maneira para que o futuro também seja passível de mudança. Diferente das
representações da Cartografia tradicional onde o espaço é fechado, todos os elementos
já estão dados e não possuem abertura política, como destaca a autora.
Acredito que o corpo em performance pode expressar seus saberes sem impor
visões de mundo, mas estimulando a criação de mundos, de afetos, de imaginações
espaciais e assim contribuir para a compreensão do espaço geográfico como uma
construção onde a influência de cada corpo se faz efetiva, ainda que numa escala
micropolítica.
Abraço