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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO - Novo ensino médio: 7

novidades na educação dos jovens

Nome: Luiza Perusia Pacheco

1. A seguinte resenha crítica vai tratar da reportagem “Novo ensino


médio: 7 novidades na educação dos jovens”, escrita pelas jornalistas
Giulia Granchi e Paula Adamo Idoeta da BBC News Brasil em São
Paulo, a reportagem foi divulgada no dia 15 de fevereiro de 2022 no
site da BBC News Brasil. Segue a referência bibliográfica do texto:
GRANCHI, Giulia; IDOETA, Paula. Novo ensino médio: 7 novidades
na educação dos jovens. BBC News Brasil. fevereiro, 2022.
Disponível em>https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60307795<.

2. A reportagem vai tratar sobre o novo ensino médio de forma muito


informativa, seu foco principal é apresentar o que começa a mudar no
ensino médio e como essas mudanças vão impactar o dia a dia, e o
futuro, dos alunos e quais os desafios e polêmicas envolvendo essa
implementação.

3. O texto é dividido em tópicos, as autoras começam com uma breve


introdução do tema da reportagem, e começam a dividir em 8 partes,
sendo elas: O que os alunos vão estudar no novo ensino médio?; O
que são os itinerários formativos?; Quais disciplinas são obrigatórias
no novo ensino médio?; O que é projeto de vida?; O tempo de aula
vai aumentar?; Como fica o Enem com o novo Ensino Médio?; Como
vai ser o ensino técnico?; Capacidade financeira, infraestrutura e mão
de obra qualificada são os principais desafios.

4. Com caráter informativo, a matéria começa apontando uma


preocupação com os dados divulgados pelo movimento Todos Pela
Educação, em 2018, que apontou que quatro de cada dez jovens
brasileiros de 19 anos não haviam completado o ensino médio. O
número de evasão escolar preocupa o governo, que por esse e outros
motivos resolveu implantar o novo ensino médio nas turmas de
primeiro ano no ano passado.

Logo após essa breve introdução as autoras começam a responder 7


perguntas que explicam o novo ensino médio, os três primeiros
tópicos explicam a formação curricular do novo ensino médio, e o que
são itinerários formativos, que são a parte livre do currículo, aquela
qual o aluno escolhe uma das áreas de conhecimento de seu
interesse, essa representa 40% do currículo. Ele poderá escolher
entre itinerários nas quatro áreas de conhecimento ou um ensino
técnico, ou ainda um modelo integrado, que combine mais de uma
área, mas isso vai depender da oferta de cada escola, o que as
autoras apontam como preocupação, já que muitas escolas com
menos estrutura não poderão ofertar todos os itinerários.

O quarto tópico explica o que é a disciplina projeto de vida, já


implantada em muitas escolas brasileiras, ela tem como objetivo
auxiliar as escolhas futuras dos alunos e ate no auxilio dos jovens
com a escolha dos itinerários. Elas também explicam o aumento de 1
hora por dia na carga horaria dos alunos e as mudanças no ensino
médio, que a partir de 2024 vai se adaptar ao novo modelo de
ensino.

A última pergunta respondida pelas autoras é sobre o ensino técnico,


essa área já existente na educação brasileira, tende a se tornar mais
comum com a nova formulação de ensino. O intuito desse modelo é
contribuir para diminuir a taxa de desemprego e abrir portas para o
mercado de trabalho, mas ele sofre severas criticas pelo seu
desempenho, seu numero limitado de vagas, e sua profissionalização
precária, umas das preocupações é que o ensino técnico afaste cada
vez mais o aluno pobre do ensino superior, tornando-o mais etilizado.

Em seu último tópico as autoras retratam as pendencias e criticas


sofridas pelo novo ensino médio, pontos como, capacidade financeira
de manter todo esse ensino em todas as instituições públicas,
qualificação dos professores e a desigualdade que a falta dela pode
causar são as principais criticas e junto aos outros já citados podem
levar o novo ensino médio ao fracasso.

5. Durante os anos, a construção da escola publica conta com muitas


falhas, jogos de interesse, que so afetavam a vida dos alunos e
educadores. É uma verdade que o ensino público já está sucateado,
que uma reforma é necessária, mas essa reforma só vai da certo
quando educadores e alunos atuarem na sua construção. Monica
Ribeiro Silva acredita que qualquer reforma, sem a participação dos
professores, é limitada deste o seu início. O currículo deve ser
pensado e proposto tomando-se sempre como referência a escola em
suas práticas reais, considerando-se os saberes produzidos pelos
professores, as intenções da formação e as condições em que ela se
processa. (2018, p.13)

É muito interessante a ideia de interdisciplinaridade e que os alunos


terão autonomia de escolher áreas de interesse, mas é necessário
apontar que as escolas públicas, em sua maioria, não possuem
estrutura para oferecer mais de 2 áreas de conhecimento, que os
professores não tiveram formação, o que o próprio texto aponta
como um potencializador de desigualdades, já que as instituições
particulares vão pagar por profissionais preparados para esse novo
ensino.

No fim as escolas particulares vão continuar mandando seus alunos


para as universidades, enquanto as escolas publicas ou vão sofrer
evasão escolar, já que vai ter aumento na carga horaria e até a
existência de elementares no turno oposto, o que vai levar aos alunos
terem que decidir entre trabalhar e estudar, uma dúvida que todos
sabem a resposta. Ou vão virar escolas técnicas, que com uma
profissionalização precária e que só foca em tampar o buraco dos
desempregados com novos empregados para baixos cargos, que vai
so afastar esses estudantes do ensino superior.

O novo ensino médio tem muito pra dar certo, mas também tem tudo
pra dar errado, enquanto as escolas ainda forem desiguais, enquanto
alguns alunos se preocuparem com o que vão comer amanhã e não
com o dever de casa, a educação nunca vai ser justa e igualitária.
Antes de mudar o currículo da escola, é preciso pensar em como
manter os alunos pobres dentro dela.

6. A reportagem é escrita de fora muito informativa, ela traz em um


texto curto todas as informações necessárias para entender como vai
funcionar o novo ensino médio, tem uma linguagem de fácil
compreensão e utiliza de citações pesquisadores e educadores que
estudam sobre o assunto para dar mais credibilidade ao seu texto. É
uma ótima indicação para pais e alunos, que querem entender esse
novo método de ensino que vai afetar o futuro deles, de forma rápida
e eficiente, uma boa opção para mostrar para pais com baixa
escolaridade que apresentam dificuldade em entender o novo ensino
médio de forma segura, mas obviamente essas pessoas precisariam
ter acesso a smartphones para conseguirem acessar a matéria.

7. Giulia Granchi - Formada em jornalismo em 2017 pela Cásper


Líbero e atualmente se especializando em Relações Internacionais
pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas). Atuou como repórter no UOL,
onde cobriu temas de saúde e ciência durante três anos. Também
tem passagens pela Folha de S.Paulo e pela Editora Abril. Na BBC
News Brasil desde janeiro de 2022.

Paula Adamo Idoeta - Formada em jornalismo pela Cásper Líbero,


com mestrado em jornalismo pela universidade argentina Torcuato Di
Tella (em parceria com o jornal La Nación, onde estagiou). Já
trabalhou no jornal e no site Gazeta Esportiva, na assessoria Ex-
Libris, no portal G1, onde foi repórter de Mundo, e na Folha de
S.Paulo, onde foi redatora de Mundo e responsável pela edição do
suplemento The New York Times. Está na BBC News Brasil desde
2010.

8. Me chamo Luiza Perusia Pacheco, sou estudante do curso de


Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas, Sociais e suas
tecnologias, na Universidade Federal do Sul da Bahia, também sou
bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência). Como bolsista ddo programa e futura docente, entender o
novo ensino médio é uma obrigação, e saber explica-lo também,
além do texto ser útil para me passar informações sobre o assunto,
também me ensina uma forma mais simples de passar essas
informações para pessoas de fora da área da educação, que como
parte da sociedade precisam entender com a educação de seus filhos,
sobrinhos, ou até para os próprios alunos entenderem como vai
funcionar esse novo currículo.

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