Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a arquitetura
Os tipos vegetais
em diferentes
Formas de
representação e em
diferentes planos
Apresentaç
EAU-UFF, com exceção de duas apenas), onde estas servem de modelos para
Apresenta
diferentes formas de representação em diferentes planos, e até mesmo em planta-
baixa. Os desenhos mostram como uma paisagem pode se tornar simples ou
rebuscada, dependendo apenas da intenção do desenhista.
Para finalizar, registro meu agradecimento à Professora Luciana Nemer,
que criou o projeto com o objetivo de melhorar ainda mais a produtividade em suas
aulas e me deu a oportunidade de fazê-lo, auxiliando-me no que fosse preciso.
Agradeço também a Professora Valéria Salgueiro, que me cedeu materiais didáticos
para a pesquisa e me ajudou em dúvidas sobre a questão paisagística; e aos meus
amigos, por aprovarem o desenvolvimento do meu trabalho.
Cap
O desenho é um modo de expressar algo inventado ou copiado. É o meio
pelo qual se cria uma imagem. A utilização de materiais próprios fazem surgir no
papel ou similar, aos poucos, pontos, linhas, formas planas, e até mesmo formas
tridimensionais, os chamados desenhos em perspectiva.
É importante ressaltar que o desenho, qualquer que seja, envolve uma
atitude do artista em relação ao real. Ele pode ter como objetivo imitar fielmente o
que vê, como pode transformar e até mesmo criar uma nova realidade para seu
desenho.
Juntamente com a intenção do artista caminham as técnicas de
representação. Dependendo do que se quer transmitir, uma técnica bem utilizada
pode salvar um desenho. São muitas as maneiras de se desenhar, assim como muitos
também são os materiais encontrados no mercado.
Neste trabalho, que prioriza as diferentes formas de representação de
tipos vegetais, as técnicas utilizadas foram: técnica de linhas, técnica de tons
(valor) e a técnica de tons de linhas (grafismo). No entanto, as mesmas não se
mantiveram isoladas. Os desenhos apresentam uma mistura dessas técnicas,
tornando-se menos rebuscados; mais simples de serem reproduzidos.
Autores como o Ching definem uma quarta técnica: a de linhas e tons.
Partindo do ideal de se misturar todas as técnicas, chega-se portanto, a mesma
conclusão: de que linhas e tons são compatíveis e definem muito bem um desenho.
Pode ser considerada a técnica mais utilizada em desenhos de observação, e
transmite uma idéia bastante clara da realidade.
05
... E suas técnicas de representação
Técnica de Linhas
Esta técnica pode parecer a mais
simples, mas também possui seu grau de
complexidade. Nela, o desenho constitui-se
apenas por linhas, e a diferença de planos
(se está mais perto ou mais longe do
observador) se dá pela espessura do
traçado e pela sua tonalidade. Contornos
mais grossos e escuros dão a impressão de
o objeto estar mais próximo, assim como Desenho em grafismo
Desenho em linhas
06
Técnica do Tom ou Valor
Este tipo de representação abrange os mínimos detalhes de sombra e luz, e
também as texturas existentes no objeto desenhado, valorizando muito sua forma. Os
claros e escuros fazem os contornos praticamente sumirem. Lápis macios, pastéis e carvão
são ótimos para esta técnica.
Desenho em valor
07
ção dos tipos vegetais
Plantas
arbó
arbóreas
Árvores
Plantas com altura
acima de 5m, com caule Palmeiras
único na base,
repartindo-se acima do Coníferas
nível do solo.
Trepadeiras
Plantas de caule
frágil, que crescem Trepadeiras
apoiadas em outras
estruturas.
Classificaç
Plantas
Esquema de Classifica
arbustivas Arbustos
Plantas com altura até
5m e caule geralmente
subdividido junto ao
nível do solo.
Plantas
herbá
herbáceas Herbáceas erguidas
Plantas de caule não Forrações
resistente, herbáceo,
Pisos vegetais
raramente
ultrapassando 1m de
altura.
Capíítulo 2
Árvores
Cap
A árvore é uma planta arbórea, de
grande porte, permanentemente lenhosa e
com estrutura ramificada. Possui caule
único e ramos secundários, de formas e
tamanhos variados. Comparadas com outras
formas vegetais, as árvores, assim como as
palmeiras, vivem longo tempo, algumas até
milhares de anos.
Quando desenhadas, as árvores
devem ressaltar características como as
citadas acima: um único caule, dividindo-se
somente próximo as folhagens; os caules, ou
ramos secundários aparecendo parcialmente,
pois são quase todos cobertos pelas folhas;
uma massa densa representando a folhagem,
ou com alguns vazios se ela transmitir
leveza; e por fim, uma base enraizada, para
que o desenho não dê a impressão de estar
flutuando.
Fonte: arquivo pessoal
09
Capíítulo 3
Palmeiras
Cap
As palmeiras são plantas muito
conhecidas, e se distribuem pelo mundo todo.
São plantas de caule único não ramificado, que
atingem grandes alturas. Suas folhas
alongadas se concentram apenas na
extremidade superior do caule.
Mais fáceis de desenhar, as
palmeiras possuem características simples,
porém marcantes. Para um esboço de desenho
ou croqui, basta um caule longo e umas folhas
em seu topo que lá está ela. Elas são muito
bem aceitas em qualquer desenho, desde que
seja compatível com o mesmo, e transmitem
leveza e esbeltez.
13
Capíítulo 4
Coníferas
Cap
As coníferas são plantas
arbóreas, em geral de grande porte. São os
vegetais capazes de viver mais tempo. Possui
caule vertical com ramificações laterais, e
suas folhas em forma de escama ou lâmina
estreita podem ficar anos sem cair.
Menos compatíveis ao nosso clima,
mas não inexistentes, as coníferas são mais
trabalhosas de serem desenhadas,
dependendo da técnica adotada. Sua simetria
facilita um desenho rápido, que represente
apenas sua forma.
17
Capíítulo 5
Trepadeiras
Cap
As trepadeiras são plantas
frágeis, desprovidas de caule resistente.
Se desenvolvem apoiadas em plantas
arbóreas e arbustivas, e também em
objetos construídos como paredes e
pergolados. São chamadas escandentes.
Esse tipo vegetal, assim como
as forrações e pisos vegetais, por ter um
tamanho menor que as árvores e
palmeiras, são menos detalhados quando
inseridos num desenho de arquitetura.
Com exceção de estarem muito próximos
do observador, as trepadeiras quando em
segundo ou terceiro plano podem ser
representadas por massas, mostrando-se
apenas uma ou outra folhinha.
20
Capíítulo 6
Arbustos
Cap
São plantas que possuem um porte
menor que o das árvores, a maioria não
ultrapassa os 3 metros de altura. A
estrutura lenhosa ou semi-lenhosa, de galhos
encorpados e rijos, por vezes é semelhante a
das árvores, mas além do porte os arbustos
diferenciam-se por apresentarem, muitas
vezes, vários troncos iguais, sem haver um
dominante como nas árvores. Algumas
trepadeiras também são arbustos, seus
troncos flexíveis necessitam suporte para
ganhar altura. São os chamados arbustos
escandentes. Na verdade os arbustos podem
ter estrutura lenhosa, semi-lenhosa ou
herbácea.
Quando desenhados, os arbustos,
por possuírem folhas muito pequenas, são
simplificados em sua forma. Toda a sua
extremidade é representada em forma de
pequenas folhas, e o centro do desenho é
marcado apenas por algumas saliências.
Fonte: arquivo pessoal
23
Capíítulo 7
Herbáceas
Cap
As herbáceas erguidas podem
chegar a 1m de altura, raramente chegando
ao porte de arbustos. Possuem uma
estrutura um pouco mais flexível e frágil que
as plantas arbustivas, com caules verdes,
completamente herbáceos, devido a natureza
de seus tecidos.
Os desenhos de herbáceas são
sempre esbeltos, marcados por folhas
alongadas, caules finos e compridos, e às
vezes por flores.
26
Capíítulo 8
Forrações
Cap
São plantas herbáceas que
crescem predominantemente na horizontal
(se alastram) e normalmente não
ultrapassam a altura de 30 centímetros. As
forrações cobrem o solo e mantém sua
umidade, só não podem ser pisoteadas como
a grama.
São facilmente representadas
por massas de pequenas folhas. Só são
detalhadas se estiverem muito próximas do
observador. Admitem, porém, mais trabalho
na representação do que os pisos vegetais.
Vale ressaltar isso porque geralmente as
forrações são confundidas com gramas e
afins.
29
Capíítulo 9
Pisos vegetais
Cap
São plantas também
herbáceas, rasteiras, com raiz
bastante forte e muito resistente
ao pisoteio. Os pisos vegetais
admitem poda bem rente ao solo.
Constituem o grupo
vegetal mais fácil de ser
representado. Sempre presente em
desenhos de vegetação, os pisos
vegetais muitas vezes passam
despercebidos. Quando o desenho Fonte: arquivo pessoal
possui um gramado, ou similar,
este fica suficientemente
representado por pequenos
‘tufinhos’, a fim de não deixar o
desenho cansativo.
32
áficas
Bibliográ
Referências Bibliogr
• CHING, Francis D. K., Manual de dibujo arquitectónico. Barcelona: Ed.
Gustavo Gili, 1976.
• DOYLE, Michael E., Desenho a Cores. Tradução Renate Schinke. 2ª Edição.
Porto Alegre:Bookman, 2002.
• MONTENEGRO, Gildo A., A perspectiva dos profissionais. São Paulo: Edgard
Blücher, 1981.
• SALGUEIRO, Valéria e alunos da UFF, Paisagismo: A representação de
diferentes espécies de vegetais em vista e em planta e a elaboração de
composições. 1999.
• SALVIATI, Eurico João, Tipos vegetais aplicados ao Paisagismo, publicado no
número 5 do caderno Paisagem e Ambiente: Ensaios, da FAU-USP, 1994.
34