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III GRUPO

Dilma Orlando Matiue


Rafael Faruque Gove

Anatomia da Folha

Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Ensino de Biologia

MASSINGA

2021
UNIVERSIDADE DAS CIÊNCIAS NATURAIS E EXACTAS

Dilma Orlando Matiue


Rafael Faruque Gove

Anatomia da Folha

Trabalho da cadeira de Botânica Geral a ser


apresentado ao curso de Ensino de Química
no Departamento de Ciências Naturais e
Exactas na Universidade Save – Extensão
Massinga para a efeitos de avaliação

Docente: MSc.Nunes Ponda

MASSINGA

2021
Índice
Capitulo-I...........................................................................................................................3

1.Introdução.......................................................................................................................3

1.1 Objectivos....................................................................................................................3

1.1.1 Geral.........................................................................................................................3

2 Específicos......................................................................................................................3

1.2 Metodologia.................................................................................................................3

Capitulo-II.........................................................................................................................4

2.0 A folha.........................................................................................................................4

2.1 Funções da folha..........................................................................................................4

2.2 Origem da folha...........................................................................................................4

2.3 Morfologia externa da folha........................................................................................4

2.4 Função dos constituintes da folha................................................................................6

2.5 Classificação das folhas...............................................................................................6

2.5.1 Quanto à forma do limbo..........................................................................................6

2.5.2 Quanto ao ápice........................................................................................................7

2.5.3 Quanto à base pode ser:............................................................................................8

2.5.4 Quanto à borda pode ser:..........................................................................................8

2.5.5 Quanto à nervura......................................................................................................8

2.5.6 Quanto à superfície ou margem do limbo................................................................9

2.5.7 Quanto à duração......................................................................................................9

2.5.8 Quanto à filotaxia...................................................................................................10

2.6 Modificações ou adaptações foliares.........................................................................11

3.0 Conclusão..................................................................................................................13

3.1 Referências bibliográficas.........................................................................................14


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Capitulo-I

1.Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de botânica geral com tema Morfologia
da Folha. O trabalho apresenta a seguinte estrutura introdução, que contem os objectivos
e metodologias de elaboração do trabalho, fundamentação teórica, conclusão e
referências bibliográficas.
Folha é órgão da planta responsável pela captação de luz e sua conversão em energia
química para produção de matéria orgânica, processo conhecido pela fotossíntese.
Originam-se de primórdios foliares localizados nas extremidades dos caules e dos
ramos. Seu crescimento é limitado, parando de crescer depois de algum tempo, com
excepção para as folhas das samambaias que, muitas vezes, têm crescimento
indeterminado. A sua função não só se limita na fotossíntese, mas sim também tem a
função de transpiração, respiração reserva dos nutrientes e por veres funções como de
protecção, reprodutiva e nutritiva.
Quanto a sua classificação a folha pode ser classificada quanto à forma do limbo,
quanto à base, quanto à borda, quanto à nervura, quanto à superfície ou margem do
limbo, quanto à duração, quanto à filotaxia, quanto ao ápice. E modificações ou
adaptações foliares que são as deferentes formas que as folhas pode adquirir durante o
seu desenvolvimento.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Falar da Morfologia da folha

2 Específicos

 Descrever a morfologia externa da folha;


 Explicar a função da folha;
 Citar a classificação da folha.

1.2 Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho recorreu –se a consulta bibliográfica, artigos da


internet cujas obras vêm referenciadas na página reservada a bibliografia.
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Capitulo-II

2.0 A folha

Magalhaes, L, (2019.) afira que:


É um apêndice caulinar presente em quase todos os vegetais superiores, salvo
excepções, como por exemplo, em algumas espécies das famílias Euphorbiaceae e
Cactaceae, onde nesta última é comum a transformação em espinhos. A folha é o órgão
vegetativo que apresenta grande polimorfismo e adaptações a diferentes ambientes e
funções. A primeira folha que aparece no nó subsequente ao nó cotiledonar é o eofilo.
As folhas definitivas, especializadas na fotossíntese, são denominadas nomofilos.

2.1 Funções da folha

″As folhas são as principais fontes de perda de água das plantas. Além da fotossíntese,
outros processos fisiológicos importantes para as plantas têm lugar nas folhas, tais
como: respiração, transpiração e reserva de nutrientes″, (Araguaia, L.2019).

2.2 Origem da folha

Souza, L, A, (2009), afirma que:


As folhas originam-se a partir de protuberâncias formadas por divisões periclinais das
células nas camadas mais superficiais localizadas próximas ao meristema apical
caulinar. Estas protuberâncias dão origem aos primórdios foliares, os quais têm, assim,
origem exógena. No desenvolvimento da folha estão envolvidas as actividades de vários
meristemas, e na maioria das folhas, o crescimento apical tem pouca duração.

2.3 Morfologia externa da folha

2.3.1 Folha completa


Quando completa, a folha possui três partes: bainha, pecíolo e lâmina ou limbo.
a) Bainha: é a parte basal alargada que prende a folha ao ramo da planta.
b) Pecíolo: é a parte intermediária entre a bainha e o limbo e geralmente é cilíndrico.
c) Lâmina: também chamada limbo, corresponde a parte plana e expandida da folha.
d) As estípulas: são estruturas laminares, geralmente em número de dois, presentes na
base das folhas, e variam muito em forma e tamanho, podendo ser livres ou não.
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2.3.1 Folha incompleta


″Quando falta uma destas partes, a folha é dita incompleta e, de acordo com a parte que
falta, ela recebe a classificação de folha peciolada, folha invaginante ou folha séssil.
Folha peciolada: é a folha que não tem bainha, sendo constituída por pecíolo e limbo″,
(Reven, P.(2007)

Folha invaginante é folha que não possui pecíolo, sendo formada por bainha e lâmina.

Folha séssil: é a folha que possui apenas lâmina.


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2.4 Função dos constituintes da folha

2.4.1 A bainha
É a porção terminal do pecíolo que abraça o caule é geralmente bem desenvolvida como
no caso das poaceae. Na família apiaceae sua provável função é dar protecção às gemas
axilares.
24.2 As estipulas
São estruturas laminares, geralmente em número de dois, presentes na base das folhas, e
variam muito em forma e tamanho, podendo ser livres ou não. As estípulas podem ser
axilares (posição axilar) ou interpeciolares (entre os pecíolos de folhas diferentes). As
estípulas auxiliam na fotossíntese, compensando assim a redução do limbo de algumas
folhas, parcialmente transformados em gavinhas. E ainda podem estar transformadas em
espinhos.
2.4.3 O limbo
Magalhaes, L, (2019.) afira que:
É a parte essencial da folha e caracterizase, em geral, por ser uma superfície plana e
ampla, sendo esta uma lâmina verde, sustentada pelas nervuras, onde possibilita uma
maior área possível para a captação de luz solar e do gás carbónico. O limbo pode ser e
inteiro na folha simples, ou quando a lâmina foliar é dividida em várias unidades, a
folha é composta. A forma da folha é dada pela forma geral do limbo e apresenta grande
variedade. O limbo foliar tem grande importância nos trabalhos de taxonomia,
filogénese e identificação de plantas e uma enorme gama de conceitos foi desenvolvida
para melhor definir as diversas características do limbo.
2.4.4 O pecíolo
Para Reven, P.(2007)
É o eixo que sustenta a folha e serve para unir a lâmina foliar ao caule. Geralmente é
arredondado na porção inferior e achatado ou côncavo na porção superior. Esta forma
auxilia a sustentar a lâmina ao mesmo tempo em que é flexível. O pecíolo desempenha
um importante papel na exposição da lâmina foliar à luz (fototropismo), podendo ainda
estar unido à base da lâmina foliar, como ocorre na maioria das plantas, ou preso no
meio da lâmina foliar.

2.5 Classificação das folhas

2.5.1 Quanto à forma do limbo

Cordiforme: tem a forma de coração.


Deltiforme: semelhante ao delta grego.
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Renigorme: tem aforma de rim.


Sagitiforme: tem a forma de uma seta.
Acicular: tem a forma de uma agulha.
Espatulada: tem a forma de uma espátula.

folha espatulada
Lanceolada: tem a forma de uma lança.

Falciforme: tem a forma de foice.

Peltada: tem a forma variada (arredondada, cordiforme,) mas com o pecíolo inserido na
região central da folha, ex. mamona

Fig. Folha peltada.

2.5.2 Quanto ao ápice

Agudo: terminando na ponta;


obtuso: arredondado;

Acuminado: com um prolongamento estreito e longo;


Eciso: com incisão terminal;
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Mucronado: com ponta curta.

2.5.3 Quanto à base pode ser:

Aguda: terminada em ponta;


Obtusa: arredondada;
Cordiforme: semelhante a base de coração;
Reniforme: semelhante a ao hilo renal;
Sagitada: quando imita as farpas de uma seta;
Atenuada: quando alcança lentamente a largura do pecíolo.

2.5.4 Quanto à borda pode ser:

Lisa: borda contínua,


Dentada: contorno com saliências comparáveis a dentes;
Serrada: contorno que imita o bordo de um serrote;
Crenada: com dentes arredondados.
Ripada: quando a borda entre as duas saliências em ponta apresenta uma convexidade;
Runcinada: com dentes curvos:
Lobada: com recortes arredondados e não muito profundos, atingindo
aproximadamente um quarto da largura do limbo;
Fendida: quando os recortes atingem aproximadamente metade da largura do limbo;
Partida: quando os cortes são profundos, quase atingindo a nervura mediana.

2.5.5 Quanto à nervura

Enervada: quando não possui nervuras visíveis. Ex. Babosas;


Uninervas: com uma só nervura mediana, ex. Cravo;
Peninerva: quando apresentam uma nervura principal que se ramifica em nervuras
secundarias, dispostas como as barbas de uma pena, ex. limão, mangueira, goiaba;
Paralelinerva: quando apresenta as nervuras principais paralelas, pode ser retinerva,
ex. milho; e curvinerva, quaresmeira;
Palminerva: com as nervuras principais saindo todas da base do limbo, em forma de
palma, ex. Figo, uva;
Penipartida: quando peninerva e partida, ex. serralha, dente de leão;
palmipartida: quando palminerva e partida, ex. mandioca.
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2.5.6 Quanto à superfície ou margem do limbo

Pilosa: com pêlos; fenestrada: com perfurações; lisa: sem acidentes;


Espinhosa: com espinhos.
Folhas compostas: paripinadas, imparipinadas, bifoliadas, trifoliadas, polifoliadas,
digitada, duplicatopinada, biternada.
Souza, L, A, (2009), afirma que:
O limbo de uma folha pode ser dividido, sendo cada porção do limbo denominado folíolo.
Esta folha é chamada composta, em oposição à folha simples. Podem ocorrer folhas
compostas dos seguintes tipos.
1. Folíolos inseridos ao longo de todo o pecíolo principal, do tipo pinado. A folha
pinada pode ser paripinada: terminada por dois folíolos (ex. cassia) Imparipinada
2. Folíolos inseridos no fim do pecíolo principal, do tipo palmado ou digitado. Neste
caso a folha pode ser: a) bifoliada: com dois folíolos, trifolíada: com três folíolos e
polifoliada: com mais de três folíolos.
3. Folhas duplamente compostas podem ser: biternada: folhas duas vezes divididas
em três, como ocorre com a salsa; duplicatopinada ou bipinada: folhas duas vezes
pinada, ex. sensitiva.

2.5.7 Quanto à duração

″O tempo de vida de uma folha é geralmente curto e estas, quando senescentes, se


destacam do caule e caem ao solo. O fenómeno que causa a queda das folhas é
conhecido como abcisão foliar″, (Magalhaes, L, 2019.)
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As folhas quanto a duração podem ser:


a) Caducas ou decíduas: são as que caem em certas épocas do ano, geralmente no
Outono, ex. videira, etc. As plantas ficam completamente destituídas de folhas.
b) ″Persistentes ou perenes ou sempre-verdes: são as que perduram muito tempo, ex.
pinheiro, mangueira, neste caso, as folhas individuais sofrem abcisão depois de um ou
mais anos de crescimento e desenvolvimento, mas as folhas não caem todas de uma só
vez″, (Magalhaes, L, 2019.)
Para Reven, P.(2007)
A queda natural das folhas é comummente caracterizada pelo amarelecimento do limbo
e envolve destruição de clorofila, diminuição de proteínas, diminuição da síntese de
RNA, alteração na taxa de respiração, perda de ácidos orgânicos, desenvolvimento de
pigmentos amarelos ou vermelhos. Durante a senescência, os ácidos orgânicos e muitos
nutrientes minerais existente na folha são transportados pelo floema para outras partes
da planta onde serão reutilizados. A queda natural da folha resulta da formação de
camadas celulares especializadas na zona de abcisão, na base do pecíolo. Esta zona,
dependendo da espécie, pode se formar no início do desenvolvimento da folha ou
somente depois de completar a maturação do órgão.

2.5.8 Quanto à filotaxia

Filotaxia é o estudo da disposição das folhas no caule. Segundo a filotaxia as folhas


podem ser:
a) Alternas: quando de cada nó sai apenas uma folha. Ex. Limoeiro

Opostas: quando de cada nó saem duas folhas, mas em lados opostos.


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c) Opostas cruzadas: quando as folhas opostas de um nó formam ângulo recto com as


folhas do nó seguinte, ex. goiabeira.
d) Verticilada: quando de um nó saem três ou mais folhas.

2.6 Modificações ou adaptações foliares

As modificações foliares estão relacionadas com as funções desempenhadas pelas


folhas. As principais são: função protectora, nutritiva, fixação e função de
reprodução.

2.6.1 Função protectora

a) Escamas: folhas sésseis encontradas em rizoma e bulbos, também conhecidas como


catafilos ou túnicas. Podem funcionar também como órgãos de reserva.
b) Brácteas: folhas modificadas, quase sempre coloridas, que protegem flores isoladas
ou inflorescências. Muitas vezes funcionam como elementos de atracção, auxiliando a
polinização.
c) Espinhos: elementos pontiagudos, neste caso, resultantes da transformação de folhas,
por ex. cactos.

2.6.2. Função nutritiva

a) Cotilédones
Folhas encontradas no embrião de sementes, podendo acumular reservas, que serão
consumidas à medida que a plântula vai se desenvolvendo.
b) Folhas insectívoras:
Para Reven, P.(2007),
Folhas encontradas em plantas carnívoras, adaptadas à função de prender e digerir
pequenos animais, pelo facto de possuírem glândulas cuja secreção é rica em enzimas
proteolíticas. O produto da digestão dos animais aprisionados é assimilado pelas
próprias folhas modificadas. Por exemplo podemos citar: Drosera, Dionea e a
Nepenthes.
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Souza, L, A, (2009), afirma que:


Drosera: esta planta apresenta superfície foliar coberta por pelos glandulares que
secretam um substancia viscosa. Esses pelos são irritáveis e se dobram sobre um insecto
que pouse na superfície das folhas, causando seu aprisionamento ao mesmo tempo que
o insecto vai sendo digerido pelas substancias produzidas pelos pêlos glandulares.
c) Folhas colectoras:
Nas plantas epífitas é comum a presença de estruturas semelhantes a ninhos ou bolsas,
formadas pelas folhas, com a função de acumular água para a planta. Essa água é
absorvida por raízes ou pêlos especiais. Ex. bromeliáceas epífitas.
d) Folhas suculentas
folhas com parênquima aquífero bem desenvolvido. Ex. Babosa

2.6.3 Função de fixação:

Gavinhas da aboboreira, ervilha.

2.6.4 Função reprodutora

″As folhas de certas plantas podem funcionar como elementos de propagação


vegetativa. As novas plantinhas formam-se em reentrância dos bordos da folha, onde
existam células meristemáticas. As folhas de begónia e fortuna “britam” quando
destacadas da planta mãe″, (Souza, L, A, 2009).
a) Antófilo:
Certos elementos florais (estames e carpelos) representam folhas modificadas adaptadas
para a reprodução e são denominadas antófilos.
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3.0 Conclusão

Apo a breve resenha do trabalho feito, constatou-se que a folha é um contituente


essencial naquilo que diz respeito os vegetais devido as funções que ela exerce como,
fotossíntese, respiração e transpiração, reserva de nutrientes e absorção dos raios
solares. Uma folha completa apresenta: limbo (lâmina), pecíolo ou bainha, e um par de
apêndices foliares chamados estípulas na base do pecíolo.
A folha é um apêndice caulinar presente e quase todos os vegetais superiores, salvo
excepções, como por exemplo, em algumas espécies das famílias Euphorbiaceae e
Cactaceae, onde nesta última é comum a transformação em espinhos. Afolha é o órgão
vegetativo que apresenta grande polimorfismo e adaptações a diferentes ambientes e
funções. As folhas são as principais fontes de perda de água das plantas, tendo-se em
conta que a transpiração excessiva pode levar à desidratação e, até mesmo, à morte das
folhas ou das plantas, em sentido amplo, a forma e a anatomia da folha devem
possibilitar uma relação que permita a captura de luz e absorção de gás carbónico,
evitando a perda excessiva de água.
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3.1 Referências bibliográficas

Araguaia, L.(2019) Frutos e pseudofrutos. Disponível na internet;


Magalhaes, L.(2019.) tipos de flor. Disponível na internet;
Reven, P.(2007) Biologia vegetal.7ª ed.Rio de janeiro;
Souza, L, A.(2009) Morfologia anatomia vegetal e. ed. São Paulo, uepg.

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