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INTRODUÇÃO
O quadro sanitário na grande parte da América Latina e Caribe apresentam deficiências em sua gestão. Por a
Organização Pan-Americana da Saúde, juntamente com o Ministério das Cidades, elaborou um material para
orientar, a partir de experiências reais, a elaboração do Plano Municipal da Saneamento Ambiental e/ou
Saneamento Básico.
Na Lei nº 11.445/2007, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico, foi utilizado o conceito de
saneamento básico visando atender ao estabelecido na Constituição Federal. Cabe ao Município optar em
elaborar uma política de saneamento ambiental mais ampla e que engloba o saneamento básico; ou uma
política mais direcionada ao saneamento básico , quer seja: abastecimento de água potável, esgotamento
sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
As ações de saneamento ambiental ao longo da história da humanidade têm sido tratadas com conteúdos
diferenciados, conforme os contextos social, político, econômico, cultural de cada época e nação. Por vezes,
o saneamento ambiental tem sido tratado como uma política social; por outras, como apenas uma política
pública. Essa ambiguidade traduz-se não só no campo teórico como na ação governamental.
Cabe aos governos dar prioridade a investimentos nessa área, visando ampliar a cobertura dos serviços,
contribuindo, dessa forma, para reduzir a social nessa área. Desse modo, as ações de saneamento ambiental
estão compatíveis com as políticas sociais, ou seja, as ações de saneamento ambiental se constituem em uma
meta social diante de sua essencialidade à vida humana e à proteção ambiental, o que evidencia o seu caráter
público e o dever do Estado na sua promoção, constituindo-se em ações integrantes de políticas públicas.
A Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007), definiu o saneamento básico como o conjunto
de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.
A Lei Nacional de Saneamento Básico define como princípios fundamentais da prestação dos serviços:
• Universalização do acesso;
• Sustentabilidade econômica;
A Lei estabelece a competência do titular dos serviços na formulação da política pública de saneamento
básico:
• Elaboração do PSB;
• A adoção de parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto
ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais
relativas à potabilidade da água;
• Planejamento;
• Regulação
• Fiscalização;
A define que o planejamento para a prestação de serviços de SB será realizado por meio da elaboração de
um PSB, de competência do titular do serviço, devendo conter no mínimo:
➢ Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores
sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências
detectadas;
➢ Objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções
graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
➢ Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível
com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando
possíveis fontes de financiamento;
Os planos deverão ser editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos
pelos prestadores de cada serviço. No caso da elaboração de planos específicos das componentes do
saneamento, a consolidação e compatibilização devem ser efetuadas pelo titular. Mesmo com a delegação
dos serviços de saneamento básico,o prestador deverá cumpri o plano de saneamento básico em vigor.
Além disso, os planos deverão estar compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estão
inseridos.
Em consonância com o princípio da transparência das ações e do controle social as propostas dos planos e
os estudos que os fundamentam devem ser amplamente divulgados, inclusive com a realização de audiências
ou consultas públicas. O art. 51, da referida lei, determina que nas consultas ou audiências públicas deverá
estar previsto o recebimento de sugestões e críticas e a análise e opinião de órgão colegiado quando da sua
existência. A divulgação do plano e dos estudos deve se dar por meio da disponibilização integral de seu teor
a todos os interessados, inclusive por meio da internet.
Um dos passos fundamentais para a formulação de uma política pública de saneamento ambiental é definir
sob que princípios e diretrizes esta política deve se pauta para que a mesma atinja seu objetivo maior que é
promover a justiça social.
➢ Universalidade: o acesso aos serviços de saneamento ambiental deve ser garantio a todos os
cidadãos mediante tecnologias apropriadas à realidade socioeconômica, cultural e ambiental.
➢ Equidade: considera que todos os cidadãos tê direitos iguais no acesso a serviços de saneamento
ambiental de boa qualidade. As taxas ou tarifas cobradas pelos serviços devem ser criteriosamente e
democraticamente definidas, constituindo-se em mais um instrumento de justiça social e não fator
de exclusão de acesso aos serviços.
➢ Articulação Institucional: conjugação de esforços dos diversos organismos que atuam nessas
áreas, dado que as ações são promovidas de forma fragmentada no âmbito da estrutura
administrativa.
➢ Direito à informação.
Para a execução racional e organizada das ações de saneamento ambiental em nível municipal, uma
estratégia promissora é a organização de um Sistema Municipal de Saneamento Ambiental. Esse Sistema é
composto por instâncias, instrumentos básicos de gestão e um conjunto de agentes institucionais que, no
âmbito das respectivas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado
e cooperativo, para a formulação das políticas, definição de estratégias, execução e avaliação das ações de
saneamento ambiental.
- Grupo Executivo: composto por técnicos e consultores das secretarias municipais reponsáveis pelos
serviços de saneamento ambiental e que tenham interfaces com eles, bem como professores, pesquisadores
e estudantes das universidades conveniadas.
2. Avaliar estudos, projetos e planos existentes das diferentes componentes do saneamento ambiental, bem
como outros que tenham relação com o saneamento ambiental.
3. Propor ações para a implementação ou melhoria dos serviços de saneamento ambiental do ponto de vista
técnico e institucional.
- Comitê Consultivo: instância formada por representantes do poder público relacionados com SA. Além
de representantes da sociedade civil.
2. Criticar e sugerir alternativas, caso necessário, auxiliando o trabalho do Grupo Executivo na elaboração
do Plano.
3. Avaliar o andamento dos trabalhos do ponto de vista de sua viabilidade técnica operacional, financeira,
social, ambiental e institucional, buscando promover integração das ações de SA.