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Paulo M.
No Livro das Constituições de Andersen, de 1723, aprovado por maçons ilustres como
Desaguliers, Cowper e Payne – reputados e reconhecidos pela sua sabedoria maçónica
– podem encontrar-se estas palavras: “The men made masons must be free-born, no
bastard, and of mature age, and of good report, hale and sound, not deformed, or
dismembered at the time of their making” (Os homens feitos maçons devem ter nascido
livres, não bastardos, de idade madura, boa fama, saudáveis e sãos, não deformados
ou amputados na altura da sua admissão). Isto levanta a questão: manter-se-á esta
exigência nos dias de hoje? Não há melhor forma de entender uma lei do que
descobrir e entender o propósito do legislador quando se deu ao trabalho de a
elaborar.
James Anderson, em 1723, com a aprovação da sua Grande Loja, publicou o resultado
do seu laborioso trabalho, no que se tornou uma das obras que mais influenciou a
Maçonaria até aos nossos dias: o primeiro livro de “The Constitutions of the Free-
Masons”. Nele incluiu uma secção chamada “the Charges of a Free-Mason” – os
chamados “Antigos Deveres” – extraída de registos de lojas “para além do mar”, bem
como de Inglaterra, Escócia e Irlanda, para uso pelas Lojas de Londres. Foi assim
que James Anderson fez uso dos antigos manuscritos a que chamou “The Old Gothic
Constitutions”, e que citou e parafraseou extensivamente na sua obra. É por esta
razão que, num livro destinado a Maçons Especulativos, encontramos regras que só
fazem sentido quando aplicadas a Maçons Operativos.
Quase todos começam com uma invocação: “Que a vontade do Pai do Céu, com a
sabedoria do seu Glorioso Filho, através da graça e bondade do Espírito Santo, que
são três Pessoas num só Deus, estejam connosco no nosso início, e nos dêem a graça
de que governemos a nossa vida aqui de modo que possamos chegar à Sua felicidade
que não tem fim. Amen.”
A seguir vinha a forma de se fazer um juramento: “Um dos anciãos segurava o Livro,
de modo que ele ou eles pudessem colocar as mãos sobre o Livro, e então as regras
eram lidas.” a que se seguia o aviso: “Que cada maçon tome nota destes juramentos,
pois se alguma vez se vir culpado de ter violado um, que possa reconciliar-se com
Deus. E especialmente tu que vais prestar juramento, toma atenção ao cumprimento
destes juramentos, pois é um grande perigo para um homem quebrar um juramento feito
sobre um Livro”.