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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituto de Psicologia | Departamento de Psicanálise e Psicopatologia

Odara Muniz

As fronteiras entre a saúde e o patológico

Uma visão crítica além dos limiares da normalidade

Trabalho proposto na
cadeira de Psicopatologia I,
ministrada pelos professores
Amadeu de Oliveira Weimann e
José Geraldo Soares Damico

Porto Alegre, 2023


As fronteiras entre a saúde e o patológico
Uma visão crítica além dos limiares da normalidade

Resumo: O presente trabalho tentará articular os conceitos de saúde, patologia, normalidade e


loucura. Para isso, analisará uma das principais convenções clínicas atuais, ao mesmo tempo que
tentará posicionar ela no contexto histórico-social, para assim, entender o quanto as instituições
e os interesses de poder influenciam em sua utilização, mantendo em vista que uma mesma
ferramenta pode produzir muitos elementos diferentes. Portanto, também haverá a tentativa de
entendimento das aplicações atuais e o como elas podem ser expandidas aos termos uma
perspectiva deslocada em relação ao normal e ao patológico.

Palavras-chave: saúde, patologia, normal, convenções, instituições, interesses, produção,


deslocamento.

i. Introdução

Por estarmos utilizando uma linguagem, os conceitos tendem à dicotomia e exclusão mútua.
Contudo, esses mesmos conceitos mudam conforme olhamos para eles e o como os valoramos
socio-historicamente. Por isso, as fronteiras entre à saúde e o patológico não são delineáveis com
precisão e variam conforme a perspectiva assumida. O presente trabalho terá foco em entender o
como estamos desenhando essas fronteiras e que tipo de reverberações são propiciadas em nossas
relações e experiências por conta disso, ao mesmo tempo, que irá tentar mostrar possíveis
caminhos para uma delineação deslocada das premissas em voga, com o intuito de expandir os
horizontes de potencialidades na produção de sujeitos. E ‘produção’ aqui, mistura tanto conceitos
epistêmicos, quanto ontológicos, ao indicar a produção de entendimento sobre os sujeitos, que,
por sua vez, produz um referencial, que molda e gera ações, o que define o que é o objeto.
Contudo, ao apontar um caminho para a saúde, estamos excluindo muitos outros, que, inclusive,
poderiam ser caminhos legítimos, justamente pela multiplicidade de significações que esse
conceito pode englobar. E, por significações, podemos entender, também, valorações. Portanto,
ao produzir mais referências, estaremos não só aumentando a quantidade de devires, mas,
também, deixaremos de patologizar configurações e constituições de ser, saudáveis, que não
necessariamente se enquadram nas normas, mas que, também, não necessariamente produzem dor
nos sujeitos e no coletivo, ao contrário do movimento de exclusão e repressão – ou de falta de
referenciais cabíveis – que coloca as subjetividades em um lugar de não-lugar, em um
despertencimento.

Tendo isso em vista, serão exploradas as potencialidades de nossas ferramentas onto-epistêmicas,


da mesma forma que suas limitações, a fim de entendê-las, mas sem se limitar às mesmas. Mais
especificamente, será delineado o DSM, olhando suas estruturas gerais e os debates já postos a
cerca deles. Após isso, será explorado o como, tanto o DSM, quanto as demais ferramentas
clínicas estão extremamente interligadas com instituições e o como podem ser utilizadas na
manutenção de poder. Ao final, diremos o como subjetividades delirantes podem contribuir para
uma configuração-outra de noção de páthos e saúde, assim como de equidade, liberdade e direitos.

ii. O DSM e as Convenções de Normalidade

O DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) é um manual de classificação


de transtornos mentais, publicado pela primeira vez em 1952 pela Associação Americana de
Psiquiatria (APA). É um sistema padronizado de diagnóstico que inclui critérios específicos para
cada transtorno mental. O sistema foi criado com o principal objetivo de ser uma ferramenta que
apoiasse os profissionais de saúde mental a realizarem diagnósticos e tratar transtornos de forma
mais precisa. Antes de sua publicação, não havia uma classificação padrão para transtornos, o que
aumentava a probabilidade de diagnósticos inconsistentes, além de tratamentos inadequados.

Ao longo dos anos, o DSM passou por várias revisões e atualizações. A 1ª edição se baseou em
uma abordagem psicodinâmica. A 2ª, publicada em 1968, introduziu uma perspectiva mais
empírica. A 3ª edição, em 1980, veio com uma abordagem mais sistemática. A 4ª, de 1994, incluiu
critérios mais precisos e ampliou a gama de transtornos mentais que poderiam ser detectados. Já
a 5ª e mais recente edição foi publicada em 2013 e apresenta importantes mudanças em relação
às edições anteriores, incluindo uma abordagem mais baseada em evidências e a utilização de
uma abordagem dimensional para classificar transtornos mentais. Conforme demonstrado nos
seminários e discussões realizados em sala de aula.

Os debates em relação ao DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais)


envolvem diversas perspectivas. Por um lado, existe o argumento que o DSM é uma ferramenta
importante para a pesquisa em transtornos mentais, pois fornece uma linguagem comum e
critérios diagnósticos padronizados para pesquisadores em todo o mundo. Por outro uma das
principais críticas é que ele pode levar a diagnósticos excessivos e a medicalização excessiva de
problemas emocionais ou comportamentais normais. O DSM também pode ser tomado como
importante para o diagnóstico e tratamento de transtornos mentais já que pode ajudar os
profissionais a fazer um diagnóstico preciso e a fornecer tratamentos mais eficazes. Mas não
podemos deixar de considerar que alguns dos critérios diagnósticos do DSM são amplos e vagos,
o que pode levar a tratamentos desnecessários, com medicamentos psiquiátricos que têm efeitos
colaterais indesejados.

A obra "O normal e o Patológico" de Georges Canguilhem é uma das principais referências no
debate sobre a definição de normalidade e patologia. Canguilhem argumenta que a patologia não
pode ser definida apenas em termos de desvios da norma ou de sintomas anormais, mas deve ser
entendida em relação às funções normais do organismo. Nessa perspectiva, a patologia não é vista
como uma categoria estática ou objetiva, mas como uma construção social e cultural que depende
da compreensão que temos da normalidade e da saúde. O normal, como bem colocado por
Canguilhem, pode significar tanto um alvo a ser alcançado, ou seja, um ideal formado, quanto um
estado a ser restaurado no sujeito, que pode variar com a concepção subjetiva de estado de
equilíbrio. Portanto, ao delinear o conceito de normal, Canguilhem se atém a frase: “A saúde é a
vida no silêncio dos órgãos” de Leriche, dando ênfase na propriedade qualitativa e subjetiva que
define a diferenciação entre os estados. O patológico, por sua vez, acaba por ser definido
concomitantemente ao normal, sendo: “a doença aquilo que perturba os homens no exercício
normal de sua vida e em suas ocupações e, sobretudo, aquilo que os faz sofrer” (Leriche). A partir
disso, temos uma ideia, também explorada por Canguilhem, de que a patologia está
intrinsecamente ligada a dor, sendo esta definida não como simplesmente uma impressão captada
de um ponto do corpo, já que dessa perspectiva ela poderia não ter relação com o estado do
paciente, tendo em vista que ela precisa ser percebida como um desconforto do sujeito em sua
totalidade.

Contudo, afirma Canguilhem “é evidente, porém, que é profundamente anormal a indiferença de


um ser vivo em relação às suas condições de vida e à qualidade de suas trocas com o meio. Pode-
se admitir que a dor seja um sentido vital, sem admitir que tenha um órgão específico nem que
tenha um valor enciclopédico de informação de tipo topográfico ou funcional”. A parir dessa
última sentença, podemos concluir que não podemos considerar que determinada dor aponta
diretamente para um estado patológico específico, mas que “É a resultante do conflito entre um
excitante e o indivíduo todo”. Aqui podemos enxergar as raízes fenomenológicas de tais
conceitos, possibilitando o entendimento de que no ensaio de Canguilhem os estados normais e
anormais estão profundamente ligados ao recordar que o viés fenomenológico, em resumo,
considera a importância da relação entre partes que formam um todo, não simplesmente as partes
em si, mesmo que conjuntas. Por isso que a dor isoladamente, como “influxos nervosos
percorrendo, a uma velocidade determinada, o trajeto de um nervo”, não seria a patologia em si,
pois ela também é composta por outros fatores como, por exemplo, sua valoração pelo individuo
afetado por ela.

Canguilhem também argumenta que a compreensão da patologia depende do contexto cultural e


histórico em que ela é concebida. Ele observa que a definição de normalidade e patologia mudou
ao longo do tempo e varia entre as culturas. Portanto, a patologia não pode ser entendida apenas
em termos objetivos ou biológicos, mas deve ser vista como uma construção social e cultural que
muda ao longo do tempo e varia entre as sociedades. Com isso, o DSM deve ser revisado e
atualizado de acordo com as demandas da sociedade, além disso, em caso de utilização, deve ser
levada em conta a própria perspectiva do ser e seu nível subjetivo de desconforto em relação à
sua própria condição.

iii. Instituições, Estado e Manutenção de Poder

Os conceitos acima foram inseridos justamente para demonstrar, de maneira resumida e simplória,
que já temos noção da aplicabilidade das ferramentas disponíveis e quais são suas limitações.
Contudo, apesar do sólido conhecimento e domínio teórico que temos em relação as análises e
intervenções psicológicas, na prática, temos uma resistência de instauração de uma visão múltipla
a cerca dos temas e normalização do que foge da norma, mas não gera páthos. Isso porque, é
necessário a adição de mais dimensões e aspectos a certa da utilização dessas ferramentas e suas
aplicabilidades. Afinal, todo o conhecimento construído pode ser utilizado por diversos
posicionamentos e intuitos ético-estético-político. Portanto, para explorar essas dimensões,
primeiramente, vamos olhar para a obra de Foucault, onde em sua análise, mostra como a noção
de patologia é fundamental para o exercício do poder. Ele argumenta que a medicina moderna se
baseia em uma lógica de normalidade, onde a patologia que é usada para categorizar e controlar
os indivíduos que não se enquadram nos padrões normativos (Kachenski, 2022). Contudo, não é
apenas o poder discursivo e de controle, existente na prática clínica (médica ou psicológica), mas
sua existência propicia não só uma produção de sujeitos que estejam em equilíbrio com o seu
meio, mas também, diz e dita onde está esse equilíbrio, sendo assim pode servir na produção de
qualquer tipo de sujeito que se queira:

“A produção de subjetividade encontra-se, e com um peso cada vez maior, no seio daquilo
que Marx chama de infra-estrutura produtiva. Isso é muito fácil de verificar. Quando uma
potência como os EUA quer implantar suas possibilidades de expansão econômica num
país do Terceiro Mundo, ela começa, antes de mais nada, a trabalhar os processos de
subjetivação. Sem um trabalho de formação prévia das forças produtiva e das forças de
consumo, sem um trabalho de todos os meios de semiotização, econômica, comercial,
industrial, as realidades sociais locais não poderão ser controladas”. (Rolnik & Guattari,
1996).

Podemos nos focar em fenômenos específicos, para nos apoiar na delineação do cenário que está
sendo desenhado. Para isso, vamos explorar uma condição paradoxal propiciada por esse sistema,
tomando como exemplo, o Burnout. Esse transtorno é definido, resumidamente, por uma sensação
de esgotamento de energias, onde continuam ocorrendo exigências de aplicação de forças e
recursos, sendo pela primeira vez abordado como tal, em 1970 (Schaufeli & Enzmann, 1998),
além disso, “burnout ou síndrome do esgotamento profissional, previsto no Decreto n°
3.048/1999, pode ser relacionada como consequência direta e imediata das relações de trabalho
travadas nesse período de pós-modernidade” (Freitas & Marques, 2017). Ao vincular o Burnout
com as relações de trabalho, Freitas e Marques delineiam as mudanças e origens do sistema
produtivo, ao passo que demonstram que, na pós-modernidade, houve a inserção da dedicação
intensa ao trabalho, muitos sentimentos de insegurança nessa relação e contradições no que tange:
o perfil exigido, relação emocional com o trabalho e a conceituação de liberdade e autonomia,
juntamente com a exigência de resultados difíceis e ritmo incessante de produção, sendo o
Burnout justamente “um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse
(tensão) no trabalho” (Freitas & Marques, 2017). Ora, sendo essa uma condição intrínseca ao
trabalho, ao mesmo tempo que afeta diversas áreas de atuação, não sendo inclusa do DSM-V, mas
contemplada no CID-11, podemos desenhar um processo circular onde a produção é o foco da
indústria e estado, que criam a estrutura produtiva, ao mesmo tempo em que isso gera uma páthos,
ou seja, uma dor, nas subjetividades, onde, em contrapartida, são fornecidos tratamentos e
medicações para tais condições, pelo mesmo estado e indústria. Ou seja, mesmo com ótimas
ferramentas de promoção da saúde, ainda temos a produção e o consumo acima do equilíbrio
individuo-ambiente. O que só evidencia a pergunta: Por que não mudamos isso? Ou além, por
que não criamos um sistema que esteja em equilíbrio com os nossos próprios corpos?

iv. A Loucura Normalizada e seus Benefícios para a Saúde

Neste ponto, podemos considerar que a norma ou o normal, não é um sinônimo de saúde ou
saudável, ao mesmo tempo em que a patologia pode ser lida tanto como um transtorno, ou doença,
pertencente ao ser, ao mesmo tempo que pode ser tomada como o que foge da norma, mas não
necessariamente causa dor ao ser ou aos outros em seu entorno, mas fere justamente o sistema
normativo em voga. Portanto, assumiremos o conceito de ‘loucura’ como correspondente a essa
última definição de patologia.

Tomando como exemplo o livro ‘Cartografias do Desejo’, de Sueli Rolnik e Felix Guatarri,
podemos perceber o quanto a leitura anterior é reforçada por suas elaborações, ao apontarem para
a produção indivíduos normalizados, articulados uns aos outros através de sistemas hierárquicos,
de valores e de submissão. Esses sistemas de submissão não são explícitos, como em sociedades
pré-capitalistas, mas sim mais dissimulados. Dessa perspectiva, não se trata de uma interiorização
ou internalização desses sistemas de submissão, mas sim de uma produção da subjetividade, que
ocorre em todos os níveis da produção e do consumo. Além disso, essa produção da subjetividade
não se limita à subjetividade individuada, mas inclui também a subjetividade social e
inconsciente. Ou seja, a produção da subjetividade ocorre de maneira constante e intensa,
moldando nossas percepções de mundo, valores e comportamentos. Mas, ao mesmo tempo em
que molda as pessoas e suas relações, também reproduz as desigualdades e as estruturas de poder
presentes na sociedade. Dessa forma, a as tecnologias criadas pela psicologia, medicina e ciências,
no geral, ao invés de ser um espaço de liberdade e diversidade, acabam sendo um instrumento de
dominação, que reforça os interesses e valores das elites econômicas e políticas.

Com isso, podemos levantar um ponto essencial na discussão, que é tanto a responsabilidade de
quem atua com o discurso e manipula ferramentas de produção de subjetividades, quanto da
população como um todo. Mas, focando na área da saúde, vamos acrescentar:

“todos aqueles, enfim, cuja profissão consiste em se interessar pelo discurso do outro.
Eles se encontram numa encruzilhada política e micropolítica fundamental. Ou vão fazer
o jogo dessa reprodução de modelos que não nos permitem criar saídas para os processos
de singularização, ou, ao contrário, vão estar trabalhando para o funcionamento desses
processos na medida de suas possibilidades e dos agendamentos que consigam pôr para
funcionar. Isso quer dizer que não há objetividade científica alguma nesse campo, nem
uma suposta neutralidade na relação (por exemplo, analítica)” (Rolnik & Guattari, 1996).

Portanto, de uma posição que assume um poder discursivo e uma capacidade de modelação de
seres, é de extrema importância uma utilização cuidadosa das ferramentas que estão à disposição,
tanto para o entendimento de uma condição clínica, quanto para a execução de qualquer
intervenção, ao lembrar que a estrutura disposta sempre terá um viés e que, não necessariamente
foca na saúde dos indivíduos, mas em sua normalização, o que faz com que, a páthos seja
encontrada, mas não necessariamente exista como experiência subjetiva, gerando uma
patologização como meio de controle, que detecta mais desvios do que dores. Portanto, a loucura,
que fere justamente à padronização, mas não os seres e seus coletivos, pode ser assumida como
uma ferramenta legitima de resistência e transformação da realidade. Pelo menos até que a
multiplicidade de formas e subjetividades seja, enfim, normalizada.

“Isso quer dizer que: ao invés de pretendermos a liberdade (noção indissoluvelmente


ligada a de consciência), temos de retomar o espaço da farsa, produzindo, inventando
subjetividades delirantes que, num embate com a subjetividade capitalística, a façam
desmoronar” (Rolnik & Guattari, 1996).

v. Conclusão

Esse texto, antes de tudo, foi uma busca. Uma busca que coloca uma ferramenta clínica em voga
para explorar suas potências ao mesmo tempo que a delimita, ao tentar enxergar até onde ela vai.
Mas não só isso, a utiliza apenas como um referencial de ferramenta, tendo em vista que há muitas
outras, todas com implicações e aplicações múltiplas. Além disso, a busca se concentrou entender
o como tais ferramentas não são suficientes ou utilizadas como forma de resolução – e não
reprodução – de estruturas limitantes de constituição subjetiva.
Além disso, a busca se concentrou em entender como tais ferramentas não são suficientes ou
utilizadas como forma de resolução - e não reprodução - de estruturas limitantes de poder, como
a normatização e padronização das subjetividades. O texto argumenta que a loucura, entendida
como o que foge da norma e fere o sistema normativo em voga, pode ser vista como uma
ferramenta legítima de resistência e transformação da realidade, já que a produção da
subjetividade ocorre constantemente e molda nossas percepções de mundo, valores e
comportamentos.

Assim, é necessário repensar a forma como as ferramentas clínicas e de produção de


subjetividades são utilizadas, levando em consideração as estruturas de poder e as desigualdades
presentes na sociedade. É preciso assumir a responsabilidade de questionar e subverter as normas
impostas, criando espaços de liberdade e diversidade, em vez de reforçar valores e interesses
econômicos, empresariais e de manutenção de poder. Somente assim poderemos criar saídas para
os processos de singularização e promover um devir-outro.
vi. Referências

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental


Disorders, Fifth Edition (DSM-5). Arlington, VA: American Psychiatric Association.
Canguilhem, G. (2002). O normal e o patológico (6a ed.). Forense Universitária. (Obra original
publicada em 1943).
Kachenski, I. C. (2022). Foucault e o controle dos corpos pela linguagem: os caminhos da
biopolítica contemporânea no saber-poder médico. UNESP, Kínesis (pp. 198-216).
Guattari, F., & Rolnik, S. (1996). Cartografias do desejo. Editora Papirus.
Schaufeli, W. B., & Enzmann, D. (1998). The burnout companion to study and practice: A critical
analysis. CRC Press
Marques, V. P., & Freitas, I. O. M. (2017). A síndrome de burnout como decorrência das relações
de trabalho na pós-modernidade. Revista Ciência em Extensão.

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