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BUSCA ATIVA ESCOLAR E O TRABALHO EM REDE

Quem são as crianças e


adolescentes mais
vulneráveis?
O cenário da exclusão escolar no Brasil
Segundo o IBGE, em 2019 havia 1.096.468
crianças e adolescentes em idade escolar
obrigatória fora da escola no Brasil – como
comparação, esse número é superior ao de toda a
população de Maceió (AL).

Esse número é anterior à pandemia e ainda não


reflete os efeitos da crise sanitária sobre o acesso
à educação, como o aumento do risco de
abandono escolar e/ou do número de estudantes
que não conseguiram aprender adequadamente
durante o período de distanciamento social, em
especial aqueles(as) em situação mais vulnerável.
Fonte: Cenário da Exclusão Escolar no Brasil — Um alerta sobre os impactos
da pandemia da covid-19 na Educação (UNICEF/Cenpec, 2021).
Mais afetados pela exclusão escolar
Crianças de 4 e 5 anos e adolescentes de 15 a 17 anos

População de 4 a 17 anos fora da escola. Brasil, 2019

4 a 5 anos

6 a 10 anos
11 a 14 anos
384.475 15 a 17 anos

629.531

22.702
59.760

Fonte: IBGE. PNAD 2019. Nota: Não foram considerados nos cálculos 549.466 jovens de 15 a 17 anos que declararam ter
completado o Ensino Médio. Desses, 148.026 estão frequentando a escola e 401.440 não estão frequentando a escola.
Mais afetados pela exclusão escolar
Residentes em zonas rurais
Em especial em áreas isoladas ou de alta vulnerabilidade, como os territórios
da Amazônia Legal e do Semiárido

Percentual de crianças e adolescentes fora da escola


em áreas urbanas e rurais. Brasil, 2019
12 10,7 10,6
10
8
6,4 6,3
6
4
2
0,3 0,4
0
4 e 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos

Urbana Rural

Fonte: IBGE. PNAD 2019. Nota: Não foram considerados nos cálculos 549.466 jovens de 15 a 17 anos que declararam ter
completado o Ensino Médio. Desses, 148.026 estão frequentando a escola e 401.440 não estão frequentando a escola.
Mais afetados pela exclusão escolar
Pretos(as), pardos(as) e indígenas

Crianças e adolescentes fora da escola, segundo cor/raça.


Brasil, 2019 (%)
70
64,5 64,6
62
60 57,1

50

40 35,3
30,3
28,5
30
24,1

20

7,3 10,4
8,8
10
4
0 0,2 0 1,2 0,3 0,6 0,2 0,5
0
4 e 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos 4 e 17 anos
Branca Preta Amarela Parda Indígena

Fonte: IBGE. PNAD 2019. Nota: Não foram considerados nos cálculos 549.466 jovens de 15 a 17 anos que declararam ter
completado o Ensino Médio. Desses, 148.026 estão frequentando a escola e 401.440 não estão frequentando a escola.
Mais afetados pela exclusão escolar
Meninas e meninos de famílias com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo

Renda familiar per capita entre crianças e adolescentes fora da escola.


Brasil, 2019 (%)
35
32,3
29,6
30 28,2

25

20

15

10 8,1

5
1,2
0,4 0,2
0
Até ¼ Mais de ¼ Mais de ½ Mais de 1 Mais de 2 Mais de 3 Mais de
de 5M até ½ 5M até 1 5M até 2 5M até 3 5M até 5 5M 5 5M

Fonte: IBGE. PNAD 2019. Nota: Não foram considerados nos cálculos 549.466 jovens de 15 a 17 anos que declararam ter
completado o Ensino Médio. Desses, 148.026 estão frequentando a escola e 401.440 não estão frequentando a escola.
Mais afetados pela exclusão escolar

Outros grupos

Meninos e meninas com deficiência, migrantes


indígenas e quilombolas, em situação de
trabalho infantil, que vivem em unidades de
acolhimento institucional, sofrem algum tipo
de exploração e estão em conflito com a lei.

Com pais, mães ou responsáveis com pouca ou


nenhuma escolaridade.
Fonte: Busca Ativa Escolar. Brasília, DF: UNICEF; Instituto TIM; Congemas;
Undime, 2017.
Educação em situações de crises e emergências
Na pandemia, houve aumento da
desigualdade e da exclusão escolar

Em novembro de 2020, final do ano letivo,


5.075.294 crianças e adolescentes de 6 a 17
anos estavam fora da escola ou sem atividades
escolares. Esse número correspondia a 13,9%
dessa parcela da população em todo o Brasil.

Mais de 40% eram crianças de 6 a 10 anos,


faixa etária em que a educação estava
praticamente universalizada antes da
pandemia.
Educação em situações de crises e emergências
A pandemia afetou os mais fragilizados e
interrompeu a expansão da educação infantil

Publicação da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal,


com apoio do UNICEF,* constatou que a pandemia
afetou desproporcionalmente as crianças de alguns
grupos, sendo as mais prejudicadas aquelas que
vivem em situações de vulnerabilidade.

Comparando 2019 e 2021, constatou-se que as


matrículas em creche caíram e a pré-escola teve
queda de matrículas ainda maior.

Com isso, a pandemia interrompeu o ciclo de


expansão da educação infantil. * Desigualdades e impactos da covid-19 na atenção à primeira
infância, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
Educação em situações de crises e emergências
Com a pandemia, houve também uma percepção
de piora do aprendizado

Após o retorno às aulas presenciais, pesquisa do


UNICEF e Ipec* constatou que cerca de 2 milhões de
crianças e adolescentes não estavam frequentando
a escola.

Além disso, durante as atividades remotas, os


estudantes consideram que não assimilaram “nada
do que deveriam ter aprendido” (25%) ou
aprenderam “uma parte” (61%). Só 13% sentem que
o aprendizado não foi afetado nesse período.
* Educação brasileira em 2022 – A voz de adolescentes, UNICEF e Ipec.
1.100 entrevistas com crianças e adolescentes de 11-19 anos,
realizadas entre 9 e 18/8/2022.
Educação em situações de crises e emergências

Agravamento das vulnerabilidades


socioeconômicas impacta o vínculo com a
escola e pode levar à exclusão escolar

Para muitas crianças e adolescentes, falta acesso aos


recursos necessários para acompanhar as atividades
a distância, quando há fechamento das escolas. É o
que acontece, por exemplo, quando são utilizadas
como abrigos em situações de enchentes.

Se houver isolamento social, este aumenta o risco de


crianças e adolescentes sofrerem ou testemunharem
violência no lar e serem submetidos(as) a trabalho
infantil e outras violações de direitos.
Para ampliar
Cenário da exclusão escolar no Brasil
https://www.unicef.org/brazil/media/14026/file/cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil.pdf

Site da Busca Ativa Escolar


https://buscaativaescolar.org.br

Educação brasileira em 2022 – A voz de adolescentes


https://www.unicef.org/brazil/relatorios/educacao-brasileira-em-2022-a-voz-de-adolescentes

Desigualdades e impactos da covid-19 na atenção à primeira infância


https://www.unicef.org/brazil/relatorios/desigualdades-e-impactos-da-covid-19-na-atencao-a-
primeira-infancia

Até o próximo tópico!


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