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Arrolamento

Sumário
Conceito
 O arrolamento é forma simplificada de inventário-partilha, que se efetiva pela redução
dos atos procedimentais e abreviação dos prazos. Enseja rapidez e economia do
processo. Não dispensa a intervenção judicial, em face dos interesses de terceiros, na
liquidação da herança, mas agiliza o procedimento, com a sua abreviação, em casos
especiais.

 Observam os juristas que, aqui, não importam os valores dos bens a serem
partilhados.1Ainda em sede doutrinária, de acordo com Dimas Messias de Carvalho e
Dimas Daniel de Carvalho, tratase de “um procedimento judicial simplificado de
inventário e partilha e ocorre quando as partes são capazes e podem transigir,
estiverem representadas e acordarem sobre a partilha dos bens, qualquer que seja o
valor. Os herdeiros apresentam o plano de partilha ao juiz que somente o homologa,
em um procedimento de jurisdição voluntária, portanto não decide”.
Disposição Legal
 Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será
homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663 .

 § 1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando


houver herdeiro único.

 § 2º Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de


adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e,
em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele
abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de
transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação
tributária, nos termos do § 2º do art. 662 .
Disposição Legal
 Art. 660. Na petição de inventário, que se processará na forma de arrolamento sumário,
independentemente da lavratura de termos de qualquer espécie, os herdeiros:
 I - requererão ao juiz a nomeação do inventariante que designarem;
 II - declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio, observado o disposto no art. 630 ;
 III - atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha.
 Art. 661. Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo único do art. 663 , não se procederá à
avaliação dos bens do espólio para nenhuma finalidade.
 Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas questões relativas ao
lançamento, ao pagamento ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos incidentes sobre a
transmissão da propriedade dos bens do espólio.
 § 1º A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros,
cabendo ao fisco, se apurar em processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a
eventual diferença pelos meios adequados ao lançamento de créditos tributários em geral.
 § 2º O imposto de transmissão será objeto de lançamento administrativo, conforme dispuser a
legislação tributária, não ficando as autoridades fazendárias adstritas aos valores dos bens do
espólio atribuídos pelos herdeiros.
Eliminação de Termos
 O artigo 1.032 do Código de Processo Civil de 1973 (art. 660 do CPC de 2015) contém
expressa determinação de dispensa da lavratura de termos de qualquer espécie.
Assim, diversamente do que ocorre no inventário, não se lavram, no arrolamento, os
termos das declarações iniciais e o de partilha. Também se desobriga o inventariante
(melhor seria dizer o “arrolante”) de prestar compromisso nos autos.
 Cuida-se de providência desburocratizante, uma vez que os termos constituem mera
reprodução ou ratificação das declarações iniciais, sem qualquer utilidade prática.
Pagamento das Dívidas

 Por fim, encerrando os procedimentos, determina o art. 663 do


Novo Estatuto Processual que a existência de credores do espólio
não impedirá a homologação da partilha ou da adjudicação, se
forem reservados bens suficientes para o pagamento da dívida.
Essa reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas
partes, salvo se o credor, regularmente notificado, impugnar a
estimativa. Nesse último caso, é que deverá ser executada a única
forma de avaliação admitida no arrolamento sumário.
Partilha Amigável
 A partilha amigável deve ser apresentada, sempre que possível, de plano, junto com a
inicial. Admite três formas por termo nos autos, escritura pública ou escrito particular (art.
2.015 do CC).
 Havendo testamento, será necessário prévio registro, em autos próprios, fazendo-se a
partilha de conformidade com as disposições testamentárias, com intervenção do
Ministério Público.

 Em casos de beneficiário único (viúvo meeiro, herdeiro, legatário ou cessionário dos bens),
bastará pedido de adjudicação, com lavratura do respectivo auto, para subsequente
homologação judicial.
Homologação da Partilha
 A lei expressamente determina que a partilha amigável seja homologada de plano pelo
juiz (art.1.031 do CPC de 1973; art. 659 do CPC de 2015). Não se trata de julgamento, mas
de simples sentença homologatória, por não haver contenciosidade. O pressuposto é de
que haja plena concordância entre as partes capazes.

 Como ato final, decorrido o prazo de recurso e comprovado o pagamento dos tributos o
cartório expedirá o competente formal de partilha (ou carta de adjudicação), instruído
com certidões ou cópia “xerox” das peças essenciais do processo, para fins de matrícula
no Registro de Imóveis. Relembre-se que o art. 659, § 2º, do CPC de 2015 é mais
liberalizante, ao prever a expedição e a entrega do formal e dos demais documentos
finalizadores do arrolamento antes do procedimento de intimação da Fazenda.

É cabível ação de anulação de partilha no Prazo de 01 ano nos termos do Artigo 657, CPC.
Modelo de
Arrolamento Sumário
Obrigado

Dr. Elyselton Farias


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