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TÍTULO: ECTASIA DUCTAL: DE MOCINHA À VILÃ.

UM RELATO
DE CASO DE UMA EVOLUÇÃO DESFAVORÁVEL.
Yves Damon Gonçalves Feitosa; Samara Pereira de Almeida, Bruzo Ralden Araújo Ferreira,
Francisco Leandro Fonteles Moreira, Thayanne Karoline Coimbra Soares, Deise Santiago
Girão Eugênio, Germana Lima de Vasconcelos, Marilia Coelho Chaves, Gilson Aragão
Júnior, Renata Cavalcante Lima Coelho.
Instituto São Carlos de Ensino e Pesquisa (ISCEP), São Carlos Imagem – Radiologia e
Diagnóstico por Imagem, Fortaleza, Ceará, Brasil.

Eixo Temático: Eixo 01: Saúde da mulher.


E-mail do Autor: yvesfeitosa@gmail.com
Orcid do Autor: https://orcid.org/0000-0003-3622-1238

INTRODUÇÃO: Mostrar a evolução, durante o período de acompanhamento de rotina de


uma paciente de meia-idade, de um achado de baixa probabilidade de malignidade, discreta
ectasia ductal, progredir em um maligno, carcinoma ductal invasivo. OBJETIVOS:
Demonstrar, através de um relato de caso, a importância do rastreio oncológico mamário,
correlacionando com múltiplos achados em exames de métodos diferentes e o diagnóstico
final de carcinoma ductal invasivo. MÉTODO: Relato de caso de uma paciente do sexo
feminino, N.M.R.S.; 57 anos, sem antecedentes pessoais ou familiares relevantes, oriunda de
Fortaleza-CE, que vinha realizando exames de imagem de rotina (ultrassonografias de mamas,
tireoide, transvaginal, mamografia e densitometria) desde 2008 e apresentou lesão maligna na
mama esquerda após 12 anos de acompanhamento. RELATO: Em 2016 durante ultrassom
de mamas foi evidenciado discreta ectasia ductal retroareolar na mama esquerda (BIRADS 2 -
achado benigno e acompanhamento segundo faixa etária e risco), além disto, na
ultrassonografia de tireoide, foi visto nódulo sólido, realizada a PAAF, que demonstrou, após
análise histopatológica, adenoma folicular (achado benigno), outro achado foi osteopenia na
densitometria. Quatro anos depois houve evolução do padrão da lesão previamente vista na
mama esquerda, apresentando ductos ectasiados com conteúdo hipoecogênico associada a
lesão sólida parcialmente definida (BIRADS 4a - achado suspeito requerendo estudo
histopatológico), a paciente tinha mamas heterogeneamente densas na mamografia, padrão
mamário que pode obscurecer nódulos ou outras alterações. Densitometria apresentando
osteoporose e os demais exames de rotina mantiveram-se estáveis. Feito a Core-biopsy da
lesão mamária que, após o histopatológico, foi confirmado carcinoma ductal invasivo. O
carcinoma ductal invasivo, ou infiltrante, é o tipo mais comum de câncer de mama. Cerca de
80% dos cânceres de mama invasivos são carcinomas ductais invasivos. Se inicia em um
ducto mamário, rompe a parede desse ducto e cresce no tecido adiposo da mama. A partir daí,
pode se disseminar (metástase) para outras partes do corpo através do sistema linfático e da
circulação sanguínea. CONCLUSÃO: Paciente de meia-idade que apresentou alterações
benignas em um primeiro momento, progrediu com lesão maligna durante o acompanhamento
de rotina, bem como piora dos parâmetros densitométricos. Nota-se, a partir deste relato de
caso, a importância do rastreio conforme faixa etária e risco, pois achados com baixa
probabilidade de malignidade podem progredir para uma lesão verdadeiramente maligna com
o decorrer do tempo e a detecção precoce destas lesões aumentam a taxa de cura e sobrevida
das pacientes. Observa-se também que a mesma lógica foi usada em outros órgãos, em que
também foi feito o rastreio tireoidiano, uterino e densidométrico, estes sem achados malignos.
PALAVRAS-CHAVE: mamografia, carcinoma ductal invasivo, ultrassonografia mamária.
REFERÊNCIAS

URBAN, Linei A. B. D. ; CHALA, Luciano F. ; DE MELLO, Gisele G. N. Carcinoma


ductal invasivo, 1° edição, CBR Mama, Elsevier, 2018.

URBAN, Linei A. B. D et al. Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e


Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer
de mama. Revista de radiologia brasileira, CBR, São Paulo, 2012.

SCHILITHZ, Arthur A.O et al. Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Instituto


nacional de câncer José Alencar. Rio de Janeiro, INCA, 2019. E-book disponível em
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-
incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf. Acesso em: 01 de julho de 2023.

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