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1.

História do Handebol
O handebol é um dos esportes mais antigos de que se tem notícia. Ele já foi praticado de várias
formas.

Na Odisséia, de Homero, foi descrito um jogo em que uma bola era arremessada com as mãos
e cujo objetivo era ultrapassar o oponente, através de passes (isso está gravado em uma pedra
na cidade de Atenas, que data de 600 a.C.).

De acordo com alguns textos escritos pelo médico romano Claudius Galenus (130–200 d.C.), os
romanos praticavam um jogo parecido com o handebol chamado Harpastum. Na Idade Média,
as legiões de cavaleiros praticavam um jogo de bola, que era fundamentado em passes e
metas. Isso foi descrito por Walther Von der Vogelwide (1170–1230), que o chamou de “jogo
de pegar bola", precursor do atual jogo de handebol.

Na França, Rabelais (1494–1533) tratou de um jogo parecido com o handebol. Segundo esse
escritor francês, “eles jogam bola, usando a palma da mão".

Holger Nielsen, dinamarquês, adaptou o Haanbold (jogo de handebol) para ser jogado em
quadras, na cidade de Ortrup, em 1848, remodelando as regras e o método como o jogo
deveria ser praticado e tornando-o parecido com o atual, com 7 jogadores por time, em uma
quadra pouco maior do que a de basquete, com gols de futebol de 2m de altura por 2,5m de
comprimento.

Todavia o handebol, como se joga hoje, foi introduzido na última década do século XIX, na
Alemanha, como Raftball. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann,
então Secretário da Federação Internacional de Futebol. O período da Primeira Grande Guerra
(1915–1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, o
berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado
do Torball, e, quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentado para as
medidas do futebol.

2. Quadra, bola e posicionamento


Quadra

A quadra deve ser retangular, com um comprimento de 38m a 44m e uma largura de 18m a
22m (geralmente, mede 40m x 20m).

A área do goleiro será determinada por um semicírculo, cujo raio medirá 6m, desde o centro
do gol. Nessa área, somente o goleiro pode ficar; nem pessoas do seu time ou do time
adversário podem pisar na área ou na linha.

A 9m do gol, temos a linha tracejada (linha do tiro livre), de onde geralmente são cobradas as
faltas.

Em frente ao gol, a uma distância de 7m, traça-se uma linha de onde é cobrado o tiro de 7m,
ou, como chamaríamos no futebol, de penalidade máxima.

A seguir, podemos ver como são as medidas e a forma de uma quadra de handebol.

Posicionamento dos atletas no ataque


No ataque, costumamos chamar os atletas de ponta, armador (que pode ser central, esquerdo
e direito), pivô e goleiro. O esquema de ataque pode ser visto na animação abaixo.

Armador: é o principal jogador, aquele que inicia as jogadas, distribui as bolas, tem habilidade
para driblar, desmarcar-se, montar jogadas, arremessar, etc.

Em vez de armadores esquerdo e direito, muitos utilizam o nome meia-direita e meia-


esquerda.

Armador lateral ou meia: auxilia as jogadas do armador central; geralmente é forte e alto.

Ponta: é ágil e rápido, pois, frequentemente, é usado nos contra-ataques. Muitas vezes faz
arremessos em ângulos fechados, saltando de lado para dentro da área.

Pivô: fica no ataque, infiltrado na defesa do adversário, a fim de girar e ficar de frente para o
gol.

Deve também abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam
arremessar, ou efetuar jogadas.

Goleiro: deve defender os arremessos dos adversários e montar os contra-ataques, podendo


sair da área e atuar como um jogador comum.

Precisa dar passes precisos e ter agilidade para fazer as defesas.

Posicionamento dos atletas na defesa

Temos vários tipos de defesa: todos os jogadores ficam entre a área e a linha pontilhada de 9m
(chamada de 6 x 0), ou com flutuações, em que um ou mais jogadores ficam à frente da linha
pontilhada, para tentar interceptar os passes e as jogadas do adversário.

A seguir, poderemos ver um esboço do esquema defensivo do handebol.

Sistemas defensivos

No handebol são usados os seguintes sistemas defensivos: 3:2:1, 5:1, 6:0, 4:2 e 3:3.

O sistema mais utilizado é o 6:0, com seis jogadores defensivos posicionados na linha dos 6
metros.

A defesa 5:1 também é bastante utilizada; nela, cinco jogadores se posicionam na linha dos 6
metros e um jogador (bico ou pivô) se posiciona mais à frente que os outros.

A escolha por determinado tipo de defesa é fator que depende exclusivamente de outros dois,
que são:

a organização da equipe adversária no ataque;


a postura dos próprios jogadores de defesa.
Portanto, desconsidere a escolha do sistema defensivo em função da idade dos atletas, por
exemplo.
O interessante é poder treinar os mais variados sistemas táticos na defesa da equipe, a fim de
torná-la mais rica em opções e fazer os atletas variarem de sistema, de acordo com a
necessidade do jogo. É claro que, para tal, é necessário que a equipe possua um bom nível
técnico e tático – o que não é muito comum em equipes escolares, mas apenas em equipes
profissionais de alto nível.

A marcação por zona tem por objetivos principais:

diminuir as chances de arremesso ao gol, por parte da equipe adversária;


trabalhar o jogo de forma coletiva, ou seja, todos os jogadores são importantes na defesa.
É interessante ressaltar que, mesmo sendo um sistema de marcação em que todos os
jogadores são importantes na sua zona de atuação, também permite que os companheiros de
equipe se auxiliem na marcação. Caso ocorra erro por parte de algum deles, há possibilidade
de cobertura e reforço na marcação.

Além disso, esse sistema causa dificuldade nas infiltrações do adversário, pois a marcação não
permite o jogo próximo dos 6 metros, levando-os ao jogo próximo à linha dos 9 metros, onde a
marcação e a interceptação de arremessos são facilitadas.

Pode-se defender por zona, utilizando os seguintes sistemas de jogo, que serão explicitados a
seguir: 6:0; 5:1; 4:2; 3:3; 3:2:1.

Sistema 6:0 – No sistema defensivo 6:0, seis jogadores ficam na linha de defesa, ou seja,
somente o goleiro não vai para a barreira junto com o time, ocupando suas posições próximas
à linha dos 6 metros.

A marcação da defesa, nesse sistema, é sempre em torno da bola, portanto não há posições
fixas: os jogadores realizam deslocamentos laterais e para frente e para trás, sempre em razão
da trajetória percorrida pela bola no ataque adversário.

O sistema defensivo 6:0 pode ser utilizado com sucesso contra equipes que possuam bons
jogadores nos arremessos próximos à linha dos 6 metros, pois a marcação proximal dificultará
ou impedirá que o adversário consiga realizar esses arremessos.

O lado negativo dessa marcação tão próxima da linha dos 6 metros é que, se a equipe
adversária contar com jogadores que possuam bons arremessos de meia e longa distância,
poderá ser beneficiada pela marcação no sistema 6:0.

É importante que, ao escolher esse sistema defensivo, a equipe possa contar com um goleiro
de estatura elevada e competente para compensar essa possível falha na marcação.

Sistema 5:1 – O sistema 5:1 é formado por cinco jogadores na primeira linha de defesa e um na
segunda linha.

O jogador que fica na segunda linha tem como função tentar impedir que passes sejam
trocados no ataque ou que algum jogador adversário tente uma penetração contra sua meta.

Resumindo: esse sistema de defesa é, basicamente, formado por duas linhas de defesa, uma
com cinco jogadores próximos à linha dos 6 metros e a segunda com um jogador sobre a linha
dos 9 metros.
Esse sistema pode ser utilizado de forma bem-sucedida contra equipes que possuam, além de
bons arremessadores de 6 metros e meia distância, um bom armador.

É excelente para ser utilizado tanto na defesa quanto no ataque, colocando a equipe no jogo de
forma bastante intensa.

Sistema 3:3 – O sistema 3:3 traz três jogadores na primeira linha e três na segunda linha, com
três pivôs.

De forma organizada, são três jogadores que se posicionam na frente da área do tiro livre e
mais três pivôs que jogam infiltrados dentro da área.

O sistema 3:3 é, sem dúvida, um dos sistemas defensivos mais ofensivos e, por essa razão, é
tido como o sistema de defesa por zona mais arriscado em jogos de handebol. Seu principal
objetivo é impedir os arremessos de 9 metros da equipe adversária.

Sistema de defesa com três jogadores na primeira linha, dois na segunda e um na terceira,
bastante adiantado. Facilita e agiliza a ligação com o contra-ataque.

Esse sistema defensivo engloba todos os tipos de defesa possíveis, ou seja, os jogadores devem
exercer marcação de forma individual, por zona e de forma combinada. O que determina o tipo
de marcação é o tipo de investida do adversário.

É, pois, um sistema muito versátil e aquele que oferece as melhores possibilidades de contra-
ataque – pelo posicionamento adiantado de seus jogadores.

Sistema 3:2:1 – O sistema 3:2:1 tem como principal objetivo impedir que a equipe adversária
realize movimentações que lhe permitam realizar passe para infiltrações na defesa.

Sistema 4:2 – No sistema defensivo 4:2 são quatro jogadores na primeira linha e dois fazendo
marcação individual.

Esse sistema é composto por duas linhas laterais, sendo que a primeira linha apresenta dois
jogadores que se posicionam perto da linha dos 9 metros e a segunda linha apresenta quatro
jogadores que se posicionam perto da linha dos 6 metros.

Com relação ao tipo de movimentação em suas respectivas posições em quadra, os jogadores


da primeira linha de defesa se deslocarão lateralmente – a fim de impedir infiltrações – e os da
segunda linha se movimentarão para as laterais, para frente, para trás e em diagonal –
impedindo os arremessos de média e longa distância e exercendo marcação sob pressão nos
adversários.

Esse sistema dá bons resultados quando utilizado contra equipes que possuam dois pivôs e
dois armadores de qualidade, sendo esses armadores jogadores que tenham boa capacidade
de arremessos de meia distância.

Peculiaridades de um jogador vital para a equipe de handebol:

O goleiro é vital na defesa.


Um bom goleiro pode representar mais de 50% do desempenho de um time.
Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a ultima barreira ao atacante.
Qualidades indispensáveis a um bom goleiro de handebol:
Boa antecipação de onde o atacante pretende arremessar.
Habilidade de ajustar força.
Reflexos rápidos.
Total concentração.
Boa capacidade de comunicação, visto ser sua responsabilidade organizar toda a defesa do
time.
3. Regras básicas
Arbitragem

A partida é apitada por árbitros. Um se coloca atrás da defesa e outro atrás do ataque, e eles
mudam de posição quando os times invertem suas posições (o defensor passa ao ataque e
vice-versa).

Os times

Cada time tem 12 jogadores, com, no mínimo, 1 goleiro. Mas, na quadra, só podem ficar 7 (6
jogadores de quadra e 1 goleiro); os outros ficam na reserva. A partida só terá início com um
mínimo de 5 jogadores em cada time. No entanto, depois de começado, o jogo continua,
mesmo que um dos times tenha menos de 5 jogadores.

A uma equipe é permitido usar um máximo de 4 oficiais de equipe durante o jogo. Esses
oficiais de equipe não podem ser substituídos durante o curso do jogo. Um deles deve ser
designado como “oficial responsável pela equipe". Somente a este oficial é permitido se dirigir
ao secretário/cronometrista e, quando necessário, aos árbitros. A um oficial de equipe
normalmente não é permitido entrar na quadra durante o jogo. Uma violação a esta regra será
penalizada.

Reservas

Podem entrar no jogo pela sua zona de substituição em qualquer tempo e não precisam
notificar a mesa, desde que os jogadores substituídos já tenham deixado a quadra pelo mesmo
local.

Os reservas devem ficar no local destinado a eles.

Uniformes

O uniforme dos jogadores de quadra de uma equipe deve ser igual, e a camisa do goleiro de
cor diferente da de sua equipe, da equipe adversária e do goleiro adversário.

As camisas devem ser numeradas de 1 a 20 nas costas e no peito. Os calçados devem ser
próprios para esportes de salão.

É proibido o uso de pulseiras, relógios, anéis, colares, óculos sem armação sólida e sem
elástico, ou qualquer outro objeto que possa pôr em perigo os jogadores.

A bola

A bola é de couro ou material sintético. Ela deve ser esférica. Sua superfície não pode ser
brilhante nem escorregadia.

Medidas
Homens maiores de 16 anos (H3) – 58cm a 60cm de diâmetro e 425g a 475g de peso.
Homens de 12 a 16 anos e mulheres maiores de 14 anos (H2) – 54cm a 56cm de diâmetro e
325g a 375g de peso.
Homens de 8 a 12 anos e mulheres de 8 a 14 anos (H1) – 50cm a 52cm de diâmetro e 290g a
330g de peso.
Duração do jogo

Para equipes masculinas e femininas acima de 16 anos, a duração do jogo será de dois tempos
de 30 minutos cada, com 10 minutos de intervalo. Para equipes de 12 a 16 anos, de 25 minutos
cada período e, para equipes de 8 a 12 anos, dois períodos de 20 minutos, com 10 minutos de
intervalo. Após o intervalo, as equipes mudam de lado.

Cada técnico tem direito de pedir um tempo técnico de 1 minuto em cada período, para
orientar sua equipe.

Se o jogo terminar empatado e tiver de continuar até que haja um vencedor, haverá 5 minutos
de descanso e a seguir uma prorrogação de dois tempos de 5 minutos cada, com 1 minuto de
descanso, procedendo-se um sorteio para decidir quem dá o tiro de saída. Novo empate, outra
prorrogação. Persistindo o empate, cobranças de tiros de 7m.

As funções do goleiro

Ao goleiro é permitido
a) tocar a bola com qualquer parte do seu corpo, em uma tentativa de defesa, dentro da sua
área de gol;
b) deslocar-se na área de gol com a bola na mão, sem restrição – mas não pode retardar a
execução do tiro de meta;
c) sair da área do gol sem a bola dominada e participar da partida no terreno do jogo, estando
sujeito às mesmas regras aplicadas aos jogadores de quadra.
Ao goleiro é proibido:
a) colocar em perigo o adversário em uma tentativa de defesa;
b) sair da área do gol com a bola dominada;
c) tocar a bola de novo após tiro de meta, antes que ela tenha tocado outro jogador;
d) tocar, levar a bola parada ou rolando quando esta estiver fora de sua área de gol e ele
dentro;
e) retornar para dentro de sua área com a bola;
f) tocar na bola, estando dentro de sua área, quando um jogador de sua equipe joga a bola
para a sua própria área de gol.

Todas essas irregularidades são punidas com tiro livre para o adversário.

Áreas de gol

Só o goleiro pode permanecer na área do gol. Ela é violada no momento em que qualquer
jogador de quadra, de ataque ou defesa, tocá-la (mesmo na linha), com qualquer parte do
corpo.

Só não haverá violação quando a invasão ocorrer após o jogador ter lançado a bola ou ter feito
uma defesa, desde que não haja prejuízo para o adversário. A violação da área é punida com:
tiro livre, se um jogador de quadra a invade com ou sem bola, se com isso leva vantagem; tiro
de 7m, se um defensor a invade intencionalmente e coloca em desvantagem o atacante de
posse de bola.
Na área de gol, a bola é do goleiro. É proibido a qualquer outro jogador tocar na bola que se
encontra na área, parada ou rolando, ou de posse do goleiro. Se a bola estiver no ar, acima da
área do gol, pode ser livremente jogada.

A bola que chegar até a área do gol durante o jogo deve ser reposta através de um tiro de meta
executado pelo goleiro.

O lançamento intencional da bola para sua própria área de gol é punido com: gol, se a bola
entrar na baliza (exceção da execução do tiro de meta); tiro livre, se o goleiro a toca, impedindo
que ela entre no gol, e se a bola permanecer parada na área do gol; tiro lateral, se sair pela
linha de fundo. Se a bola toca a trave ou atravessa a área do gol, o jogo prossegue
normalmente, caso não tenha sido tocada pelo goleiro.

No manejo da bola é permitido:

a) atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a bola, usando mãos braços, cabeça, tronco, coxas e
joelhos;

b) segurar a bola no máximo 3 segundos, mesmo quando ela estiver em contato com o solo;

c) dar, no máximo, 3 passos com a bola na mão.

Considera-se um passo quando:

Um jogador que está parado com ambos os pés no solo levanta um pé e o apóia de novo ou
move um pé de um lugar para outro;
Um jogador está tocando o solo somente com um pé, agarra a bola e então toca o solo com o
outro pé;
Um jogador, depois de um salto, toca o solo somente com um pé, e então pula sobre o mesmo
pé ou toca o solo com o outro pé;
Um jogador, depois de um salto, toca o solo com ambos os pés simultaneamente e então
levanta um pé e o apoia de novo, ou move um pé de um lugar para outro.
d) lançar a bola uma vez ao solo e agarrá-la de novo com uma ou duas mãos;

e) bater a bola várias vezes em seguida no solo com uma das mãos. Quando o jogador dominar
a bola, deve jogá-la, no máximo, após dar 3 passos ou depois de 3 segundos. A bola é
considerada como lançada ao solo desde que o jogador intencionalmente a desvie para o solo,
com qualquer parte de seu corpo;

f) mover a bola de uma mão para outra;

g) jogar a bola enquanto ajoelhado, sentado ou deitado no solo.

No manejo da bola é proibido:

a) tocar a bola mais de uma vez, a menos que ela tenha tocado o solo, outro jogador, ou a
baliza nesse meio tempo. Falha de recepção não é penalizada;

b) tocar a bola com o pé ou abaixo do joelho, exceto quando a bola foi lançada no jogador por
um adversário;
c) manter a bola em posse de sua equipe sem fazer tentativa reconhecível de ataque ou
arremesso ao gol. Isso é considerado “jogo passivo". Nesse caso, será tiro livre para o
adversário. Quando os árbitros reconhecem jogo passivo, eles alertam a equipe atacante com
uma advertência (através de um gesto), e a equipe deve imediatamente modificar sua maneira
de atacar, buscar o arremesso; se a equipe advertida insistir no erro, os árbitros darão tiro livre
contra.

Na conduta em relação ao adversário é permitido:

a) utilizar os braços e as mãos para bloquear ou ganhar a posse de bola;

b) tirar a bola do adversário com a mão aberta, não importa de que lado;

c) barrar, com o tronco, o caminho do adversário, mesmo que ele não esteja com a bola;

d) entrar em contato físico com o adversário, quando de frente para ele e com os braços
flexionados, bem como controlar e acompanhar o adversário.

Na conduta em relação ao adversário é proibido:

a) obstruir o adversário com as mãos, os braços ou as pernas;

b) empurrar o adversário para dentro da área de gol;

c) arrancar a bola do adversário com uma ou duas mãos;

d) utilizar o punho para tirar a bola do adversário;

e) lançar a bola de modo perigoso para o adversário ou dirigir a bola contra ele em uma finta
perigosa;

f) colocar em perigo o goleiro;

g) segurar o adversário, agarrá-lo ou empurrá-lo;

h) lançar-se sobre o adversário correndo ou saltando, passar-lhe a perna, atirar-se diante dele
ou agir de qualquer outra maneira perigosa.

O gol

Um gol será anotado quando a bola ultrapassar inteiramente a linha de gol, por dentro da
baliza, e nenhuma falta for cometida pelo time atacante (no caso de uma ação faltosa de um
defensor, se a bola entra na baliza, o gol será validado). Se os árbitros ou o cronometrista
paralisarem o jogo antes de a bola ultrapassar a linha do gol, o tento não será validado. No
caso de alguém que não esteja participando da partida impedir a entrada da bola na baliza, o
gol será validado, mesmo que a bola não tenha ultrapassado inteiramente a linha do gol.

Tiro de saída

No começo do jogo, o tiro de saída é executado pela equipe que venceu o sorteio e escolheu
ficar com a bola; os adversários, então, têm o direito de escolher o lado da quadra.
Alternativamente, se a equipe que ganhou o sorteio escolher o lado da quadra, o adversário dá
o tiro de saída.

No início do segundo tempo, o tiro de saída é feito pelo time que não o executou no início do
jogo.

O tiro de saída é feito em qualquer direção do centro da quadra (com uma tolerância de 1,5m
lateralmente). O jogador executante do tiro deve ter um pé sobre a linha central até que a bola
tenha saído de sua mão. Ele é precedido por um apito e deve ser executado em 3 segundos. Os
companheiros da equipe do executor devem estar em sua própria quadra até o apito de
autorização dado pelo árbitro.

Para o tiro de saída do início de cada tempo, todos os jogadores devem estar nos próprios
lados da quadra deles. Contudo, para tiros de saída depois que um gol foi marcado, os
adversário podem estar em ambos os lados da quadra, respeitando pelo menos 3m de
distância do jogador executante do tiro de saída.

Tiro Lateral

Um tiro lateral é assinalado quando a bola tiver cruzado completamente a linha lateral, ou
quando um jogador de quadra da equipe defensora tiver sido o último a tocar na bola antes
que ela cruzasse a linha de fundo de sua equipe.

O tiro lateral é executado sem o apito do árbitro, pelo adversário da equipe cujo jogador tocou
por último na bola antes que ela cruzasse a linha.

O tiro lateral é executado do ponto onde a bola cruzou a linha lateral ou, se ela cruzou a linha
de fundo, da intersecção entre a linha lateral e a linha de fundo daquele lado.

O executante deve permanecer com um pé sobre a linha lateral até que a bola tenha saído da
mão dele. Ao jogador não é permitido colocar a bola no solo e pegá-la de novo, ou quicar a
bola e agarrá-la novamente.

Enquanto o tiro lateral está sendo executado, os adversários não podem estar a menos de 3m
do executante.

Eles estão, contudo, sempre autorizados a permanecer imediatamente no lado de fora da linha
da área de gol deles, mesmo se a distância entre e o executante for inferior a 3m.

Um gol marcado direto de um tiro lateral será válido.

Tiro de meta

Quando o goleiro controla a bola na área de gol ou quando a bola cruza a linha de fundo,
depois de ter sido tocada por último pelo goleiro ou pelo jogador da equipe adversária, o
goleiro deverá executar o tiro para fora da área e não poderá tocar novamente na bola
enquanto ela não for tocada por um jogador de quadra. O tiro é considerado executado
quando a bola lançada pelo goleiro tiver ultrapassado a linha de área do gol. Durante o tiro, os
adversários podem ficar no espaço entre a linha de área e a de tiro livre.

Tiro livre
Os árbitros interrompem o jogo e o reiniciam com um tiro livre para os adversários quando:

A equipe em posse de bola comete uma violação das regras que deve conduzir à perda de sua
posse;
A equipe defensora comete uma violação das regras que cause, para a equipe em posse de
bola, a perda desta.
O tiro livre é normalmente executado sem nenhum apito do árbitro, a princípio, do lugar onde
a infração ocorreu.

Nunca deve ser executado dentro da própria área do gol da equipe executante ou dentro da
linha de tiro livre dos adversários.

Quando o executor está posicionado corretamente e com a bola nas mãos, este não deve
colocá-la no solo e pegá-la novamente, quicá-la e agarrá-la de novo; também não pode
entregá-la a um companheiro e mesmo o companheiro não pode tocar ou pegar a bola da mão
do executor.

Os jogadores da equipe do executor não podem permanecer dentro da área de tiro livre
adversária até que o tiro livre tenha sido executado. Os adversários devem respeitar os 3m de
distância do tiro.

Tiro de 7m

É aplicado quando:

a) uma clara chance de marcar um gol é destruída por um jogador ou oficial de equipe do time
adversário em qualquer lugar na quadra;

b) há um apito não autorizado no momento de uma clara chance de marcar um gol;

c) uma clara chance de marcar um gol é destruída através de interferência de alguém não
participante do jogo.

O tiro de 7m é um lançamento direto ao gol e, durante sua execução, o jogador não pode tocar
nem ultrapassar a linha de 7m antes que a bola tenha deixado sua mão. Nenhum outro
jogador, além do executor, pode ficar entre a linha da área de gol e a linha de tiro livre. Se um
jogador da equipe atacante toca a linha de tiro livre antes do arremesso, é marcado tiro livre
em favor da equipe defensora. No caso inverso, pune-se o infrator validando o gol, se a bola
entrou, ou repete-se o tiro.

Execução dos tiros

A bola deve estar na mão do executor e os jogadores devem estar nas posições prescritas pelo
tiro em questão.

Exceto no tiro de meta, o executante deve ter uma parte de um pé em constante contato com
o solo quando o tiro é executado.

A bola não pode ser entregue em mãos, ou tocada por um companheiro até que o tiro tenha
sido executado, e não se deve colocá-la no solo e pegá-la novamente, quicá-la e agarrá-la.

Sanções
Uso do cartão amarelo
a) faltas e infrações contra um adversário (conduta para com o adversário) persistente;
b) infração quando os adversários estão executando um tiro;
c) atitude antidesportiva de um jogador ou oficial.
Para a equipe: máximo de 3 para os jogadores e máximo de 1 para os 4 oficiais.

Exclusão por 2 minutos:


a) falta durante a substituição ou entrada ilegal em quadra;
b) faltas repetidas que devem ser punidas progressivamente;
c) por conduta antidesportiva recorrente, seja por parte de um oficial ou de um jogador, dentro
ou fora da quadra;
d) por não soltar ou não colocar a bola no solo sobre a marcação de tiro livre contra a equipe
que está em posse de bola.
Para a equipe – máximo de 3 para cada jogador; máximo de 1 para os 4 oficiais. O tempo de
exclusão tem início quando o árbitro, por meio do apito, reinicia o jogo.

O cartão vermelho é aplicado:


a) quando um jogador não está autorizado a jogar;
b) por falta que coloque em perigo a integridade física do adversário;
c) por atitude antidesportiva grosseira de um jogador ou oficial de equipe;
d) por causa de uma terceira exclusão para o mesmo jogador;
e) por uma agressão de um jogador fora do tempo de jogo e por agressão de um oficial;
A desqualificação é sempre para o tempo restante de jogo. O jogador deve deixar a quadra e a
área de substituição. Decorridos 2 minutos, a equipe pode colocar em quadra outro jogador no
lugar do jogador faltoso. Para a equipe: máximo de 1 para cada jogador; máximo de 1 para
cada oficial.

Expulsão

É aplicada quando ocorre uma agressão física contra o corpo de um adversário, companheiro,
oficial de arbitragem ou espectador, durante o tempo do jogo.

A equipe deverá jogar o tempo restante da partida com um jogador a menos. Mais de uma
violação na mesma situação: o tempo de exclusão poderá ser de 4 minutos se o jogador, após
uma exclusão, for culpado de atitude antidesportiva antes de reiniciar o jogo; isso vale para
desqualificação também.

Assim, é dada à equipe uma punição adicional.

Os árbitros

Cada jogo é dirigido por dois árbitros, ambos com os mesmos direitos.

Eles são assistidos por um secretário e por um cronometrista.

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