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Apresentação

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Em diversas regiões da China é rotina nos hospitais afiliados às Universidades de
Medicina Chinesa a prática de diferentes métodos de estímulo de Recursos
Complementares, dentre os quais a Ventosaterapia se destaca.
O uso da Ventosaterapia não é restrito apenas à Medicina Chinesa, mas diversas
culturas e sistemas terapêuticos pelo mundo também apresentam formas mais ou menos
elaboradas de Ventosaterapia, aplicadas de modo isolado ou em combinação com outras
terapias.
Deve ser destacada aqui a tradição de Ventosaterapia em combinação com
eliminação localizada de sangue que é bastante tradicional e enraizada entre os
mulçumanos conhecida como Al-Hijama, que possui características similares à prática
combinada de Ventosaterapia e sangria na visão da Medicina Chinesa.
Inclusive no Brasil é bastante comum o relato de alunos ou pacientes que
descrevem que em sua família ou em sua região natal tinha alguém que executava uma
forma de tratamento caseiro utilizando xícaras, potes ou mesmo copos, de maneira
bastante similar ao que é feito de modo mais técnico com a aplicação da Ventosaterapia.

“Na China um conjunto de equipamentos de ventosa é considerado como algo


necessário praticamente em todas as famílias. A Ventosaterapia é utilizada para sugar o
local logo após a picada de um inseto, expelir Vento Frio, aliviar o desconforto na região
do pescoço, ombros, costas, pernas... praticamente em todas as partes do corpo. Ao passo
que as pessoas conseguem se beneficiar dos efeitos em casa, evitam o desgaste de se
locomover até o médico.
Um profissional na prática da Ventosaterapia certamente pode expandir muito as
suas indicações, como por exemplo para o tratamento de síndromes dolorosas, doenças
e queixas de lesão e trauma, alterações da dermatologia, auxílio em doenças da
neurologia, dentre outras tantas indicações.
Além das indicações terapêuticas em si, os profissionais da Ventosaterapia
também podem se beneficiar das aplicações por sua capacidade de oferecer informações
diagnósticas, através das marcas que ficam após a retirada dos copos.”
Dra. Zhao Juan
Mestre e graduada pela Universidade de Medicina Chinesa de Cheng Du

A terapêutica com aplicação de ventosa ou, simplesmente Ventosaterapia é uma


antiga prática tradicional da Medicina Chinesa, onde uma estrutura específica é
posicionada sobre a pele do paciente e produz efeitos terapêuticos através da criação de

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um vácuo no interior desta estrutura ou instrumento, de modo que a pele e tecidos
superficiais sejam sugados e mantidos no interior do corpo.
Antes de prosseguir é importante que no decorrer da história diferentes culturas e
povos também se utilizaram de métodos de sucção para o tratamento e prevenção de
doenças, sem mesmo qualquer relação com as teorias e métodos oriundos da Medicina
Chinesa.
Segundo Shuai Xue Zhong: “Aplicar vários métodos para drenar o ar de dentro
de um copo para gerar pressão negativa e fazer com que absorva a superfície do corpo,
para o tratamento de doenças. Causar congestão local ou estagnação de sangue através
de sua absorção, podendo promover a circulação sanguínea, o fluxo de Qi, alívio da
dor e diminuição de inchaços”.
Segundo Liu Gong Wang: “É um método de aplicar um copo onde um vácuo
parcial é criado sobre a pele com finalidades terapêuticas.”
Segundo o professor Auteroche: “As ventosas são pequenos frascos com abertura
redonda e lisa, utilizados para criar, na pele, uma sucção que vai puxar o sangue para o
exterior do corpo e fazê-lo circular.”
Segundo Tom Sintam: “A ventosa é o método que utiliza a pressão negativa
dentro de um recipiente que suga a pele e provoca o fenômeno de hiperemia e hemorragia
subcutânea; isso estimula o tecido local ou as terminações nervosas para a cura da
doença.”

Evolução da Histórica da Ventosaterapia na Medicina Chinesa

No decorrer Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo, o mais


importante texto médico de toda a Medicina Chinesa, não é possível encontrar uma
citação expressa sobre a prática da Ventosaterapia.
O primeiro relato histórico sobre a Ventosaterapia na Medicina Chinesa fora
descoberto no ano de 1973 nas escavações das tumbas de Ma Wang Dui, que datam do
ano 186 A.C. na Dinastia Han.

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Já o primeiro relato que demonstra que a prática da Ventosaterapia já havia se
tornado sistemática e parte das terapias da Medicina Chinesa é atribuído ao famoso
praticante da alquimia daoísta e fitoterapeuta Ge Hong que viveu entre os anos de 281 e
341.
Ge Hong apresentou a Ventosaterapia em sua obra prima conhecida como
Prescrições Emergenciais para se manter abaixo do cotovelo, onde ele descreve copos a
serem empregados para sucção, que na verdade eram chifres de animais, com objetivo de
drenar sangue purulento.
Desta forma a terapia de ventosa fora primeiramente identificada pelo termo Jiao
Fa o nome mais antigo para Ventosaterapia, que significa literalmente técnica do chifre,
pelo material empregado que era de fácil acesso a aplicação.
O professor Ilkay ao escrever sobre a Ventosaterapia, menciona que estes chifres,
empregados na antiguidade para a prática terapêutica, seriam de origem bovina,
empregados com o método de geração de vácuo por fogo.
Já na Dinastia Tang, entre 618 até 907, na obra Segredos Médicos de um Oficial
de Fronteira, escrito por Wang Tao em 752, era possível encontrar a prescrição de
tratamento pela prática de Ventosaterapia em pacientes portadores de uma condição
similar a atual tuberculose pulmonar.
É nesta importante obra de Wang Tao que é possível encontrar a primeira
referência expressa sobre a utilização de copos de ventosas feitos a partir de pedaços de
bambu.
Durante a Dinastia Ming a Ventosaterapia era principalmente empregada para o
tratamento de doenças de pele, como furúnculos, carbúnculos. Mesmo com diversos
avanços alcançados no decorrer da Dinastia Ming, como melhoras nos instrumentos
empregados para a prática ou os métodos para a geração do vácuo no interior destes
instrumentos, a indicação terapêutica da Ventosaterapia ainda era voltada para as doenças
de pele.
Durante o século XX, novos copos de vidro foram desenvolvidos na China para a
prática da Ventosaterapia. No início copos comuns de vidro, os mesmos utilizados para a
ingestão de líquidos, eram empregados, porém com o passar do tempo copos específicos
de vidro mais grosso também foram produzidos para esta finalidade.
A introdução dos copos de vidro na Ventosaterapia foi de grande importância para
a evolução desta prática terapêutica, visto que os copos empregados anteriormente como
os de porcelana quebravam com facilidade e ou os de bambu que se deterioravam com
facilidade após a prática repetida pelo aquecimento.

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Além disso, os copos feitos de vidro eram mais fáceis de serem feitos em
comparação com copos que também foram empregados como aqueles feitos de latão ou
de ferro que, algumas vezes eram utilizados como substitutos para os demais. Finalmente
os copos de vidro possuíam a grande vantagem de permitir que o praticante pudesse ver
as reações geradas pela Ventosaterapia na pele do paciente, avaliando o grau destas
respostas.
Do meio para o final do século XX uma outra evolução importante na prática da
Ventosaterapia surgiu, os copos que possuem uma válvula e permite a sucção através da
extração de ar mediante a utilização de uma bomba de operação manual ou ainda a
extração mediante a utilização de aparelhos elétricos específicos.
Ambos os métodos descritos acima de extração de ar através de copos com
válvulas permitem um controle maior no nível de pressão e diminuem possíveis falhas
por mal prática nas técnicas de fogo, o que permitiu um crescimento na utilização da
Ventosaterapia, permitindo até mesmo que pessoas sem uma habilidade adequada para a
prática com as técnicas de fogo pudessem oferecer os benefícios da Ventosaterapia para
os seus pacientes, familiares ou amigos.

Características, Funções e Efeitos da Ventosaterapia


Desde os tempos mais antigos os praticantes de diferentes culturas e regiões
perceberam as grandes possibilidades terapêuticas da prática da Ventosaterapia, tanto que
diz respeito ao tratamento de pessoas que já apresentavam diferentes alterações, como no
caso de pessoas que desejavam se prevenir e evitar que seus corpos fossem acometidos
por doenças.
Mediante a aplicação histórica da Ventosaterapia diferentes profissionais foram
percebendo e anotando as características da aplicação deste método terapêutico. Dentre
as principais características:

Amplas indicações
A correta aplicação da Ventosaterapia é indicada para uma grande quantidade de
queixas, como aquelas que podem ser tratadas também por acupuntura, massagem, com
destaques para queixas relacionadas com dor, além de diversas disfunções dos órgãos e
vísceras (Zang Fu).

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Rapidez e efetividade
Muitas das queixas apresentam importante alívio ou mesmo podem ser
consideradas tratadas mediante a aplicação da Ventosaterapia, seja de modo isolado, seja
em combinação com outras terapêuticas como por exemplo a sangria, Gua Sha e etc.

Fácil aprendizado e aplicação


A aplicação da Ventosaterapia não é extremamente complexa para ser aprendida,
apesar de que o correto aprendizado e treino permita resultados melhores e mais amplos.

Custos reduzidos
A Ventosaterapia não requer instrumentos ou materiais extremamente caros, além
de permitir que sejam reduzidos os gastos com outras terapêuticas ou mesmo
medicamentos, desde que corretamente aplicada por um profissional. Os copos de ventosa
são fáceis de serem transportados e relativamente baratos, assim como podem ser
substituídos por outros instrumentos mais simples em casos de necessidade.

Baixos efeitos adversos


A correta aplicação da Ventosaterapia de acordo com procedimentos
padronizados não tende a causar nenhuma reação tóxica ou mesmo efeitos colaterais
significativos, podendo ser empregada tanto para o tratamento, quanto para prevenção de
lesões e queixas.
Abaixo seguem as principais funções para a utilização da Ventosaterapia na
prática terapêutica de acordo com diferentes autores, sendo que outras indicações e
funções mais específicas também poderiam ser descritas:

Regular o equilíbrio das funções do corpo


A Ventosaterapia tem a capacidade de ativar e regular a microcirculação do corpo,
aumentar a troca de sangue nos tecidos, modular a questão de dilatação e contração dos
capilares e aumentar a circulação local. Além disso, a Ventosaterapia regula o
metabolismo, melhora a nutrição local, ajusta a circulação linfática e fortalece a
fagocitose dos linfócitos.

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Aquecer e dispersar o frio
A Ventosaterapia, destacadamente quando da aplicação dos métodos de sucção
gerados por fogo, que acabam por adicionar uma certa natureza quente à aplicação, tem
grande capacidade de aquecer diretamente o corpo do paciente e , consequentemente, os
canais e colaterais (Jing Luo) além de fazer com que o frio seja disperso, em conjunto
com possíveis estagnações normalmente geradas por ele. Esta função embasa o uso da
Ventosaterapia como prevenção e tratamento de resfriados quando de dias mais frios.

Aquecer e Drenar os Canais e Colaterais (Jing Luo)


Ao atrair mãos Qi e sangue para a região estimulada e, consequentemente, ativar
os canais e colaterais (Jing Luo) a prática da Ventosaterapia faz com que o Qi e o sangue
(Xue) tenham seus fluxos ativados e estimulados sendo, desta forma, uma técnica
amplamente indicada para o tratamento de síndromes associadas com as mais diferentes
formas de estagnação e que, de maneira geral, tendem a se apresentar como alterações
dolorosas para o paciente. Alguns acabam confundindo as marcas deixadas pela
Ventosaterapia com geração de estases, mas na verdade o que ocorre é uma mobilização
do QI e do Sangue (Xue).

Promoção da circulação e sangue (Xue)


A prática da Ventosaterapia ativa e promove a circulação do sangue (Xue), não
somente quando está estagnado, mas de maneira geral, de acordo com a aplicação da
técnica mais adequada. Em pacientes em que deseja estimular a circulação do Sangue
(Xue), a Ventosaterapia, a ventosa de repetição é extremamente uma técnica eficaz e
indicada.
Precisamos, para manutenção de nossa vida, de nutrientes vindos de fora.
Fisiologicamente, as células necessitam de nutrientes (alimentos energéticos, reguladores
e plásticos) para que possa haver equilíbrio, restaurador, e o sangue leva estes nutrientes
para os tecidos dos órgãos.
O uso das ventosas provoca também fortalecimento dos vasos sanguíneos, pois os
vasos capilares e linfáticos reagem à pressão negativa no corpo produzida pelas ventosas,
expandindo-se e contraindo-se.

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Remover a Estagnação de Sangue (Xue)
Seguindo a mesma linha de pensamento da passagem anterior, a Ventosaterapia
ao estimular a circulação local e também geral do sangue (Xue), tem grande capacidade
de resolver estagnações de sangue (Xue), como em casos de traumas localizados, ou ainda
geradas por frio, por exemplo. Nestes casos a ventosa é muitas vezes combinada com a
aplicação de técnicas de sangria.

Tonificar o Qi e nutrir o Sangue (Xue)


Os efeitos da Ventosaterapia sobre o corpo fazem com que o paciente com sinais
e sintomas de deficiência possam se beneficiar muito, principalmente mediante a técnica
de ventosa rápida de repetição. Em caos de doenças crônicas onde Qi e o Sangue (Xue)
tendem a se apresentar mais deficientes pelo consumo gerado pela própria doença, a
Ventosaterapia aplicada de modo suave e moderado pode oferecer grande alívio para a
condição do paciente ao favorecer o fortalecimento deste através de um Qi que passa a
ser estimulado e revigora-se o sangue (Xue) que volta a ser nutrido e pode desempenhar
todas as funções regulares.

Aliviar Estagnações
A capacidade de Ventosaterapia de gerar movimento, mobilizações através da
ativação da circulação do Qi e de Sangue (Xue), faz com que ela tenha a função de aliviar
estagnações, bloqueios, de modo que o Qi e o sangue (Xue) possam voltar a fluir
livremente, destacadamente mediante a combinação de ventosa e técnicas de sangria.

Dispersar agente patogênicos


Ao fazer com o Qi e o sangue (Xue) voltem a fluir livremente pelo corpo, com
diferentes técnicas, com destaque para a aplicação deslizante com pressão forte, a
Ventosaterapia tem a capacidade de dispersar agentes patogênicos (Xie Qi) que estejam
agredindo o corpo.

Nutrir as articulações
A Ventosaterapia tem a capacidade de remover agentes patogênicos, além de
mobilizar p Qi, e neste sentido, melhora a nutrição e lubrificação das articulações e alivia
as dores.

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Promover a saúde e Prevenir Doenças
Há milhares de anos os chineses perceberam que a prática da ventosaterapia é uma
grande aliada para a manutenção e promoção da boa saúde, sendo indicada também para
a prevenção de doenças, visto que o corpo pode manter um nível de imunidade
aumentado.

Vantagens, Desvantagens e Contraindicações


As vantagens são muitas e praticamente todas derivam do bom conhecimento dos
efeitos e funções da aplicação da Ventosaterapia. Além disso, o bom profissional deve
conhecer também os variados métodos de aplicação da Ventosaterapia para que possa
obter ainda mais benefícios.
Uma desvantagem da aplicação da Ventosaterapia é a questão das tradicionais
marcas que elas podem deixar no paciente por alguns dias que, mesmo não sendo efeitos
colaterais ou decorrentes de uma má prática, podem fazer com que alguns pacientes não
desejem receber esta modalidade de tratamento.

Contraindicações:
- Pacientes com problemas nos mecanismos de agregação plaquetária, tendência a
hemorragias;
- Pacientes com severas lesões de pele como infecções ou graves alergias cutâneas;
- Pacientes com tumores malignos na pele, ou ainda lesões locais por fraturas abertas;
- Aplicação na região abdominal, lombo-sacral ou das mamas em mulheres durante a
gestação;
- Pacientes com condições cardíacas severas;
- Aplicação sobre os órgãos do sentido ou sobre a genitália;
- Pacientes após grande ingestão de álcool, mal nutridos, famintos ou extremamente
cansados.

Na grande maioria das vezes o que ocorre é que mediante as contraindicações o


profissional vai ajustar o método da Ventosaterapia, ou vai ajustar o local de aplicação

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dos copos, ou vai ajustar precisamente a pressão gerada na aplicação, para que se possa
ter o benefício desta terapêutica.
Precauções Importantes:
- A pele pode se tornar avermelhada, roxa ou preta após o uso da ventosa. Entretanto, é
recomendável que a prioridade de aplicação seja curta entre uma aplicação e outra, para
que não se perca o efeito.
Geralmente de três em três dias, ou mais conforme a reação na pele.
Obs.: Não há necessidade de esperar desaparecer por completo a reação do
primeiro tratamento.
- Dores reumáticas, paralisias e algias de qualquer parte do corpo podem ser aliviadas
pelo uso de ventosas, basta aplica-la no local doloroso.

Posicionamento do Paciente
O paciente deve estar posicionado do modo mais confortável possível para ele,
sendo que este posicionamento terá grande importância no resultado final do tratamento,
pois se o paciente estiver em uma posição desconfortável, ele não irá relaxar
suficientemente o seu corpo podendo vir a sentir dores após certo período da mesma
posição.
Um paciente mal posicionado, pode vir a querer se movimentar durante o
tratamento para sair de uma posição desconfortável, sendo que nesta situação aumenta-se
a probabilidade do copo de ventosa se soltar e cair.
Desta forma podemos deduzir algumas regras básicas para posicionar o paciente
durante o tratamento por Ventosaterapia:
• Posicionar o paciente de modo que o profissional possa ter acesso aos locais a
serem estimulados no tratamento e que seja confortável para que o paciente possa
permanecer durante todo o período da sessão;
• Aconselhar o paciente a não se movimentar ou avisar o profissional no caso de
necessidade de se mover, após a fixação dos copos de ventosa;
• Explicar previamente os procedimentos a serem adotados durante o tratamento,
assim como possíveis reações no decorrer do atendimento.

A posição em decúbito dorsal é tradicionalmente denominada de “barriga para


cima” e é a mais empregada no tratamento de acupuntura. Normalmente coloca-se um
travesseiro para apoio da cabeça do paciente e um outro travesseiro nos joelhos para

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facilitar a inserção doe pontos nas pernas, além de auxiliar na retificação da lordose
lombar. Esta posição permite acesso a um grande número de pontos em praticamente
todas as partes do corpo com exceção óbvia das costas. Nesta posição podemos atender
com mais tranquilidade aqueles pacientes mais enfraquecidos, nervosos, hipersensíveis
ou hipotensos.
A posição de decúbito ventral é tradicionalmente denominada de “barriga para
baixo”, sendo bastante utilizada, porém menos frequentemente que a posição anterior.
Normalmente coloca-se um travesseiro para apoiar a cabeça, testa do paciente, e um outro
travesseiro embaixo dos tornozelos. Outra opção seria pedir aos pacientes que cruze as
mãos na altura da testa para apoiar. Podemos ainda utilizar de macas que possuem uma
abertura para a cabeça, que facilita esta posição em questão, além de não ter os problemas
que podem ser causados pelas outras opções, como hiperextensão da cabeça, já que estaria
na abertura e não suspensa pelo travesseiro ou pelas mãos. Esta posição permite o acesso
a um grande número de pontos, principalmente aqueles localizados nas costas, muito
importantes na prática da Ventosaterapia. Esta posição é contraindicada para mulheres
grávidas e no caso de pessoas com hiperlordose, podemos colocar um travesseiro pequeno
na região do abdome.

A posição de decúbito lateral é a mais indicada para o tratamento que visa a


estimulação de pontos localizados nas regiões laterais do corpo. Normalmente coloca-se
um travesseiro embaixo da cabeça do paciente e um travesseiro entre as suas pernas para
maior conforto além de facilitar o acesso aos pontos de acupuntura das pernas. Podemos
também pedir ao paciente que coloque a perna que está por cima, para frente, o que
permite maior acesso a alguns pontos de acupuntura. Esta posição é a mais indicada para
mulheres gravidas e para aqueles onde as demais posições não são confortáveis.

A posição sentada em flexão de tronco também é empregada naqueles casos


onde não há disponibilidade de uma maca. Nesta posição o paciente sentado em uma
cadeira por exemplo, inclina-se para a frente apoiando seus braços cruzados em uma mesa
e sua cabeça em seus braços. Esta posição permite acesso aos pontos de acupuntura

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localizados na região posterior do tronco, sendo bastante empregada para a denominada
Quick Massage através do uso de uma cadeira especialmente feita para esta técnica, os
pontos localizados na cabeça e nos membros.
Agora após termos tomado conhecimento das posições dos pacientes mais
empregadas para o tratamento através da Ventosaterapia, é possível escolher aquela que
venha a ser a mais adequada para a situação em questão e para os pacientes em especifico.
Não podemos esquecer que o conforto do paciente é sempre fundamental para o
maior relaxamento e consequente rendimento do tratamento, além da importância de
escolher previamente os pontos e áreas a serem empregadas no tratamento para em
seguida posicionar o paciente e evitar ao máximo ficar mudando o paciente de posição
no decorrer na sessão.

Dosagem na Ventosaterapia
O profissional que deseja aplicar adequadamente a Ventosaterapia em seus
pacientes deve estar bastante atento a diferentes fatores pra que possa controlar
adequadamente a dosagem necessária para cada paciente, cada caso, cada queixa, de
modo que possa extrair o máximo de efeitos da aplicação das ventosas.
Dentre os principais fatores a serem considerados em relação à dosagem da
Ventosaterapia, dentre outras modalidades terapêuticas da Medicina Chinesa, o
profissional deve estar atento à constituição do paciente, a idade, a região que deve
receber o tratamento, a condição que o paciente apresenta, além da própria resposta do
paciente aos estímulos.
Cada um dos tipos especiais de copo de ventosa vai possuir, de cordo com suas
próprias características, suas vantagens e desvantagens, como já apresentado no capítulo
específico, sendo que para controlar adequadamente a dosagem da pressão, o ideal é que
os copos possuam uma boa transparência de modo a permitir que e o profissional possa
visualizar a quantidade de tecido superficial tracionado para o interior do copo.
Caso o profissional opte ou necessite utilizar copos que não possuem qualquer
transparência, como por exemplo os copos de bambu, este deve ter um preparo e
treinamento muito bem realizado para poder dosar a pressão negativa apenas pelo método
empregado para gerar vácuo, normalmente o método de passar o fogo.
A dosagem é mais fácil de ser observada e obtida quando o uso de instrumento de
ventosa onde a sucção é gerar por uma bomba manual em copos de vidro ou de plástico.
Neste caso o profissional pode controlar a dosagem mediante a quantidade de puxadas
realizadas na bomba de sucção.

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Existem 3 tipos de qualidade de vácuo:
a) Fraco - quando puxa-se a bomba 1 vez apenas;
b) Médio - quando puxa-se a bomba 2 vezes;
c) Forte - quando puxa-se a bomba 3 vezes.
Seguindo nesta mesma linha de raciocínio, é possível notar que na prática clínica,
normalmente para a aplicação da Ventosaterapia os profissionais acabam, de fato, por
diferenciar a pressão negativa gerada no interior do copo de ventosa em três métodos de
estímulo, o fraco, o médio e o forte, a serem detalhados a seguir.
Na aplicação dos métodos de fogo para geração de sucção, que é o método mais
empregado nos diferentes hospitais de Medicina Chinesa na China, o profissional deve
controlar o tempo de fogo no interior do copo de ventosa, assim como o tempo entre a
saída do fogo e o contato do copo de ventosa com o corpo de paciente, para que possa
adequar a dosagem do estímulo e as necessidades de cada situação.

- Método fraco
Este método na aplicação da Ventosaterapia é o que gera sucção mais suave, mais
fraca, e não costuma apresentar qualquer desconforto para os pacientes.
O estímulo suave, ativa o fluxo de Qi e sangue, de modo moderado, fazendo com que
estes se movimentem e se aproximem do local estimulado, ativando e melhorando a
circulação local.
O método fraco é caracterizado pela presença de 3 a 4mm de pele e tecidos
superficiais em proeminente elevação no interior do copo de ventosa.
Para a utilização da técnica de fogo, o profissional deve passar muito rapidamente a
chama no interior do copo de ventosa, assim como pode dar uma breve pausa entre a
passada do fogo pelo copo e a fixação deste na área selecionada do corpo do paciente.

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Este método é particularmente útil em algumas aplicações especificas como por
exemplo no uso de Ventosaterapia no ponto VC8 (Shenque) com indicação para o
tratamento de queixas relacionadas com diferentes tipos de alergias, destacadamente
condições associadas com coceiras.
A aplicação de ventosa de modo fraco indica que pela força de sucção ser baixa e
consequentemente a dosagem do estímulo também ser baixa, o copo pode ser retido por
períodos mais longos, chegando até mesmo até 30 minutos.

- Método Médio
Este método na aplicação da Ventosaterapia é o que gera uma sucção mais moderada,
mais mediada, e também não costuma apresentar fortes desconfortos para os pacientes,
mas de fato pode ser desconfortável para alguns pacientes.
O estímulo um pouco mais forte permite uma mobilização maior de Qi e Sangue,
sendo útil por exemplo, para liberar estagnações e estases.
Ao atrair o Qi e o Sangue este método também pode ser considerado como uma forma
de tonificação, porém já com efeitos dispersantes associados, visto que também tem a
capacidade de mobilizar o Qi, sendo indicado para uma grande variedade de condições.
O método médio é caracterizado pela presença de 4 a 6mm de pele e tecidos
superficiais em proeminente elevação no interior do copo de ventosa.
Para a utilização da técnica de fogo, o profissional deve passar a chama no interior do
copo de ventosa de modo rápido, e então proceder com o movimento para a fixação deste
na área selecionada do corpo do paciente.

- Método Forte
Este método na aplicação da Ventosaterapia é o que gera uma sucção mais intensa,
mais forte e em muitos casos costuma apresentar relativo desconforto ou mesmo dores na
aplicação nos pacientes.
O estímulo bem mais forte permite uma mobilização ainda maior de Qi e sangue, e
uma atuação mais profunda de acordo com alguns profissionais.
O método forte é caracterizado pela presença acima de 8mm de pele e tecidos
superficiais em proeminente elevação no interior do copo de ventosa.
Para a utilização da técnica de fogo, o profissional deve passar a chama no interior do
copo de ventosa de modo moderado, sem necessidade de muita velocidade em

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comparação com os métodos anteriores, e então proceder rapidamente com o movimento
para a fixação deste na área selecionada do corpo do paciente, para que no máximo de
sucção possa ser gerada no interior do copo, gerando uma tração maior nos tecidos.
Como reafirmado por diferentes especialistas, quanto maior for a chama, maior será
a sucção. Tendo esta afirmativa em mente, para a aplicação da dosagem forte, o
profissional deve manter uma chama grande e intensa para a aplicação do método de fogo
na Ventosaterapia.
Invariavelmente a aplicação de dosagem forte de sucção tende a gerar as tradicionais
marcas escurecidas no local estimulado, marcas estas que levam alguns dias para serem
eliminadas.

Tonificação e Dispersão na Ventosaterapia


A aplicação dos mais diversos recursos da Medicina Chinesa recaem sobre a
necessidade de um bom entendimento e diferenciação dos conceitos de deficiência e
excesso, que remetem respectivamente a aplicação de métodos de tonificação e dispersão.
O objetivo do profissional da Medicina Chinesa ao empregar técnicas de tonificação,
de modo resumido é um fortalecimento do Qi do corpo do paciente.
Já o objetivo do profissional da Medicina Chinesa ao empregar técnicas de dispersão,
também de modo resumido, é o enfraquecimento ou eliminação dos mais diversos agentes
patogênicos.
Desta forma, é possível concluir resumidamente que na prática das mais diversas
técnicas da Medicina Chinesa, onde se inclui a prática da Ventosaterapia, a tonificação
visa a melhora do Qi verdadeiro ( Zhen Qi), a resistência do corpo, enquanto a dispersão
tem por finalidade a eliminação do Qi patogênico ( Xie QI), todos os fatores que possam
agredir ou prejudicar o funcionamento regular do corpo.
Infelizmente muitos profissionais da acupuntura acabam por reduzir o uso da
Ventosaterapia apenas como um recurso adicional para promover o Qi ou aliviar dores,
sem considerar a sua grande ação de mobilização do Qi que, de maneira muito eficaz,
permite observação de importantes efeitos de dispersão, ou mesmo no sentido de
promover o fluxo do sangue como no caso de uma tonificação.
A base principal para a diferenciação da tonificação e a dispersão com diferentes
recursos da Medicina Chinesa, em muitos casos, acaba recaindo sobre a dosagem, a
intensidade e duração do estímulo, e no caso da prática da Ventosaterapia estes também
são fatores muito importantes e devem ser sempre considerados pelo profissional.

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Neste mesmo sentido, o Dr. Wang Rui reitor do departamento de Acupuntura da
Universidade de Medicina Chinesa de Shandong destaca que é essencial esta
diferenciação para a obtenção de melhores efeitos clínicos na prática da acupuntura,
Moxabustão e também da Ventosaterapia.

Tonificação:
Ao atrair mais Qi e mais sangue para o local podemos dizer que a Ventosaterapia
consegue obter um efeito de tonificação. Esta mobilização deve ser suave para que este
Qi e Sangue se acumule no local e não apenas ative o fluxo para a liberação de
estagnações.
Para obter este efeito de atração e manutenção do Qi e Sangue no local, o
profissional deve realizar métodos de ventosa que tenham um efeito mais suave e
moderado, como por exemplo através da utilização de métodos de retenção com pressão
bem leve por um período de tempo proporcionalmente mais curto.
Em relação aos métodos de aplicação, a Ventosaterapia rápida ou de repetição
apresenta um interessante efeito de tonificação, visto que ela atrai mais Qi e Sangue para
o local estimulado, melhorando assim a nutrição local e permitindo um fortalecimento do
corpo.

Dispersão:
Ao mobilizar de modo mais potente Qi e Sangue em relação ao local de estímulo,
podemos dizer que a Ventosaterapia consegue obter efeito de dispersão. Esta mobilização
deve ser mais forte e potente para que este Qi e Sangue se propague ao longo da região
visando a liberação de estagnações.
Para obter este efeito de mobilização e libertação do fluxo de Qi e Sangue na
região, o profissional deve realizar métodos de ventosa que tem um efeito mais forte e
intenso, como por exemplo através da utilização de métodos de retenção com pressão de
media para forte por um período de tempo proporcionalmente mais longo.
Em relação ao método de aplicação, a Ventosaterapia deslizante apresenta um
efeito de dispersão bastante potente, principalmente quando aplicada com dosagem media
ou forte de pressão. Esse método possui grande capacidade de tração dos tecidos,
mobilização de Qi e Sangue e consequente possibilidade de eliminar os agentes
patogênicos do corpo.

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Tipos de Ventosa
A prática da Ventosaterapia requer a utilização de instrumentos adequados para a
geração do vácuo em seu interior e a consequente sucção da pele e tecidos subjacentes do
paciente, para o estimulo possa ser gerado de maneira adequada.
Os primeiros tipos de ventosa a serem empregados eram feitos a partir de chifres
de animais, passando por outros materiais como cerâmica, bambu e vidro, onde estes dois
últimos estão dentre os mais utilizados até os dias atuais. Outros materiais forram
empregados em alguns momentos na história, porém são raramente empregados na
atualidade como ferro e cobre.
Independentemente do material empregado para a fabricação das ventosas, estas
devem possuir algumas características importantes como o fato de sua abertura ter que
ser extremamente lisa e ligeiramente arredondada, para evitar lesões ou desconforto no
paciente.
As ventosas podem apresentar tamanhos variados, sendo indicado que os
praticantes possuam ao menos um par de tamanho pequeno, médio e grande para a
adequada estimulação das mais diversas regiões do corpo do paciente.
Outro fator interessante é que as ventosas de cerâmica ou de vidro dentre as mais
utilizadas ou ainda as de ferro ou cobre, que praticamente não são mais utilizadas , devem
possuir a extremidade da abertura mais estreita em relação à sua parte central, o corpo da
ventosa, e possuir a extremidade fechada também mais estreita que a parte central. Esta
condição faz com que a capacidade de geração de vácuo, aspiração, seja maior, o que
pode proporcionar um melhor estímulo.

Ventosa de chifre
Estes instrumentos foram os primeiras a serem empregados para a pratica da
Ventosaterapia, como já mencionado, onde chifres de animais, principalmente bovinos e
bufalinos, eram empregados para a drenagem de sangue purulento.
Este tipo de instrumento é tão tradicional que um dos primeiros termos
empregados para designar o tratamento com Ventosaterapia era literalmente Método do
Chifre.

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Ventosa de bambu
O bambu era e ainda é, muito fácil de ser encontrado por grande parte da China,
sendo que o professor Ilkay indica que a prática da Ventosaterapia com ventosas feitas
com bambu é a mais utilizada na China hoje em dia. No entanto, gostaria de informar que
a prática com ventosas de vidro tem sido empregada com maior frequência,
principalmente em hospitais e por profissionais qualificados.
As ventosas feitas de bambu possuem importantes características que fez com que
fossem extremamente populares entre os praticantes, com o fato de serem facilmente
transportadas, além de serem resistentes, não quebrando com facilidade ao caírem.

Desvantagens:
- Impedir que o praticante visualize o local que está recebendo o estímulo, desta forma, o
praticante não consegue verificar a hiperemia local, a formação da congestão sanguínea
ou ainda a formação de bolhas.
- Das bordas que entram em contato com o paciente serem relativamente finas e o fato de
ficarem facilmente afiadas demais, o que pode gerar dor ao paciente quando da aplicação
da sucção que as bordas tendem a dar impressão de penetrarem na pele do paciente.
- Por serem feitas de um material extremamente poroso, não permite uma higienização
adequada, desta forma não deveriam ser empregadas em conjunto com técnicas de
sangria.

Ventosa de Cobre e de Ferro


Com o advento do domínio da manipulação de metais, assim como ocorreu com
o cobre, os chineses adaptaram a utilização de ventosas feitas de ferro, porém a sua
utilização não se manteve até os dias atuais, permanecendo apenas na história da
Ventosaterapia chinesa.

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Ventosa de Cerâmica (barro)
A utilização da cerâmica na China é extremamente tradicional, não somente na
pratica da Medicina Chinesa, mas também em outros ramos da cultura Chinesa, o que
certamente favoreceu e facilitou o uso deste material também na fabricação dos copos
para a prática da Ventosaterapia.
Uma das principais desvantagens deste tipo de ventosa é o fato dela ser muito
frágil e poder se quebrar com grande facilidade, com o mínimo impacto.

Ventosa de Vidro
Os copos de ventosa feitos de vidro são amplamente empregados na atualidade
por toda a China e demais países que empregam a ventosaterapia, apresentando
importantes vantagens de utilização e poucas desvantagens, o que indica este tipo de
ventosa para, praticamente todos os casos.
Uma das mais importantes características das ventosas de vidro, que passa a ser
uma de suas grandes vantagens, é o fato dela ser totalmente transparente, permitindo que
o praticante consiga enxergar exatamente o que está se passando em seu interior. Desta
forma o praticante pode acompanhar a quantidade de tecido que está sendo sugada pela
ventosa, o que permite uma melhor graduação da intensidade do estímulo.
Além disso, a transparência do vidro permite que o praticante consiga acompanhar
todas as alterações e reações do corpo do paciente em relação à sucção, verificando as
alterações na coloração da pele em relação à congestão local, permitindo também que
veja a coloração do sangue e a sua quantidade, caso empregue a técnica com sangria.
Estas ventosas são, normalmente, fabricadas com um vidro especial que oferece
uma maior resistência ao calor, além de suas paredes serem, relativamente, grossas, o que
faz com que as ventosas não se quebrem com facilidade quando caem de altura medianas,
como o nível da maca, por exemplo. Porém o fato de poderem se quebrar torna-se uma
desvantagem, mesmo que isso não ocorra com tanta facilidade como no caso das ventosas
de cerâmica.
O vidro é um material que pode ser facilmente higienizado, esterilizado, o que
torna este tipo de ventosa mais adequado para as condições e exigências modernas. O
vidro suporta altas temperaturas, altas pressões, assim como produtos químicos, que
normalmente são empregados na esterilização de materiais, sem um prejuízo da
integridade do vidro.
O bom profissional pode empregar esta ventosa para o tratamento de pacientes de
todas as idades controlando a intensidade do estímulo, a dosagem da terapia, por conta da
transparência do material.

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Ventosa de Plástico
De alguns anos para cá tem surgido no mercado diversos kits de ventosas feitas
de plástico, normalmente com válvulas para a sucção. Segundo o professor Antônio
Cunha, em sua obra sobre Ventosaterapia, foi na Coréia do Sul que fora desenvolvido
este sistema moderno de copos plásticos para serem empregados com bomba de sucção.
Ainda segundo o professor Antônio Cunha, o primeiro modelo do kit de ventosas
para o uso popular foi o patenteado pela fábrica sul-coreana Dae Kun, que inovou o antigo
modelo de ventosas de vidro em modernos modelos de copos de PVC transparente, assim
como a válvula pneumática de segurança para ventosas.
A utilização das ventosas de plástico possui grandes vantagens, principalmente no
que diz respeito à facilidade de utilização em conjunto com as bombas manuais de sucção.
Desta forma não há necessidade de conhecimentos avançados ou experiência prática
como no caso da aplicação de técnicas de geração de vácuo por fogo. Estes kits com
ventosas de plástico eram anunciados na televisão por seus resultados e a simplicidade de
aplicação.
As ventosas de plástico, além da simplicidade, apresentam a vantagem de serem
transparentes, como acontece com as de vidro, o que facilita a visualização do praticante
e o acompanhamento das reações e alterações na região estimulada no paciente.
Outra importantíssima característica destas ventosas de plástico com válvulas é
que o praticante possui total controle sobre a força de sucção gerada no corpo do paciente.
Visto que o praticante pode bombear mais ou menos ar para fora do corpo, gerando um
vácuo maior ou menor, com uma sucção mais forte ou mais fraca respectivamente.
No entanto pelo fato destas ventosas serem feitas de plástico também traz uma
certa desvantagem, principalmente no que diz respeito à uma certa dificuldade, não
impossibilidade, nos processos higienização e esterilização após a utilização em conjunto
com técnicas de sangria, por exemplo. Por outro lado, o fato destas ventosas serem feitas

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de plástico rígido, faz com que elas não se quebrem com facilidade, mesmo com quedas
sucessivas.
Por fim, deve ser acrescentado que há na atualidade ventosas de plástico com uma
estrutura mais alongada em seu interior, com um imã pontiagudo em sua ponta. Desta
forma ao ser gerado o vácuo no interior da ventosa, o ímã pressiona a região que esta
sendo estimulada, ampliando as ações terapêuticas pela combinação dos estímulos.

Ventosa de Borracha e Silicone


Estes instrumentos para a prática da Ventosaterapia são bastante recentes em
comparação com os demais, sendo feitos de um material extremamente maleável, o que
permite sua aplicação em diversas partes do corpo.
Estes tipos de instrumentos são inquebráveis o que o indica para a prática em
crianças que tendem a movimentarem-se muito, o que pode fazer com que ventosas se
soltem. Além do fato de não haver risco de quebra, a sua utilização com crianças é muito
bem tolerada, pelo fato do material ser mole e não representar qualquer risco na visão das
crianças, por apresentarem uma característica até mesmo lúdica que elas podem apertar,
torcer e brincar com as ventosas antes da aplicação.

Ventosas com tampo de borracha


A aplicação deste tipo de ventosa se dá através de um mecanismo extremamente
simples, onde o praticante deve pressionar o tampo de borracha e em seguida deve apoiar
a ventosa sobre a região afetada, mantendo a pressão no tampo de borracha. Ao apoiar a
ventosa na pele deve exercer uma leve pressão contra o corpo do paciente e então soltar
a pressão do tampo de borracha. Este tampo ao retornar à sua forma original acaba por
gerar uma sucção no interior da ventosa.

Métodos de Sucção
A adequada aplicação da Ventosaterapia implica, primariamente, em se conseguir
obter um grau adequado de pressão negativa dentro do copo para que este, ao ser
posicionado no corpo do paciente, possa gerar a devida sucção e com isso estimular o
corpo e permitir os efeitos terapêuticos.
Dentre os diversos métodos de aplicação das ventosas, três grupos podem ser
destacados, as denominadas Ventosa de Fogo, Ventosa de Água e Ventosa de Retirada
do Ar.

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Ventosa de Fogo
Este grupo de métodos ou técnicas tem por base o uso de fogo, em diferentes
formas de aplicação, para a geração do vácuo no interior dos copos de ventosa.
Via de regra, o fogo consome oxigênio no interior dos copos e com isso gera uma
pressão negativa, que vai fazer com que os copos tracionem a pele e tecido superficial
para dentro do copo ao ser posicionado no corpo do paciente.

Método de passar rapidamente o fogo


Este método implica em utilizar fogo para ser passado rapidamente no interior do
copo de ventosa com objetivo de consumir o oxigênio, normalmente fala-se em 2-3 voltas
com o fogo no interior do copo.
Há duas modalidades de aplicação onde cada profissional acaba por se adaptar
melhor com uma ou outra.
O grau de pressão neste método é gerado por uma combinação de dois fatores
importantes, o primeiro é o tempo em que a chama é mantida dentro do copo consumindo
oxigênio, e o segundo é o tempo que o profissional leva para posicionar o copo no corpo
do paciente após a retirada da chama.
O profissional deve estar atento para não aquecer muito as bordas do copo,
principalmente quando do uso do método de Ventosaterapia de repetição, para não
queimar o paciente.
Dr. Tao Xian Yue também reforça que o profissional deve ter cuidado para não
reter o fogo no interior do copo por um período prolongado para evitar de aquecer o copo
em demasia.

Método de atirar fogo


Este método implica em utilizar fogo para ser colocado atirado ou no interior do
copo de ventosa com o objetivo de, mesmo parado em seu interior, consumir o oxigênio
e assim gerar a sucção.

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Método de pingar álcool
Este método implica em utilizar álcool diretamente no interior do copo de ventosa
para que, após a ignição, possa gerar uma chama rápida e intensa, o que consome
rapidamente o oxigênio e assim gera a sucção.
Para a aplicação deste método o profissional goteja 2-5 pequenas gostas de álcool
95° no interior do copo, mais especificamente no fundo do copo, e realiza movimentos
circulares para que este álcool se espalhe na porção mais inferior do copo. Prontamente o
profissional deve acender este álcool e no momento em que a chama seja gerada,
posicionar rapidamente o copo no local selecionado para o estímulo.

Ventosa de Água
Este grupo de métodos ou técnicas tem por base o uso de água e outros meios
líquidos, como por exemplo a decocção de substâncias da fitoterapia Chinesa, para a
geração do vácuo no interior dos copos de ventosa.
Via de regra o líquido deve estar morno.
A ventosa estimula a troca gasosa através da respiração dérmica provocando
indiretamente a desintoxicação do sangue. Quando aplicamos o vácuo na pele há maior
diferença de pressão entre a derme e epiderme proporcionando uma maior eliminação de
gases e toxinas pela pele.

Ventosa por Retirada de ar


Este grupo de métodos ou técnicas tem por base o uso de instrumentos especiais,
em diferentes formatos, para a geração do vácuo no interior dos copos de ventosa.
Via de regra o profissional emprega algum recurso extra como que vai diretamente
sugar o ar de dentro do copo e com isso gerar uma pressão negativa, para causar a
aderência e sucção das ventosas.
Os famosos kits de ventosa de plástico ou acrílico se enquadram nesta categoria,
visto que a sucção é gerada por meio de uma bomba manual que bombeia o ar para fora
do copo de ventosa e possui em sua extremidade superior uma válvula para manter esta
pressão negativa no interior do copo ao impedir a entrada de ar no copo.
Há também copos especiais de ventosa que possuem um embolo em seu interior,
embolo este associado a um mecanismo de rosca. O profissional posiciona e estabiliza o
copo especial no local a ser estimulado, com o embolo o mais próximo da pele o possível

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e então rosqueia para elevar este embolo gerando um vácuo no interior do copo e
consequente estímulo potente sobre o local selecionado.
Nesta categoria de geração de sucção temos também os copos especiais que
possuem um copo de plástico ou de vidro e na parte superior possuem um tampo como
uma estrutura circular ou oval feita normalmente de borracha que deve ser pressionado
pelo profissional para então apoiar o copo no local a ser estimulado. Ao soltar a pressão
negativa é gerada.

Método de Aplicação
Após a seleção do tipo de ventosa, copo, que será empregado o praticante deve
partir para a seleção da área que será estimulada. Após esta seleção deve-se partir para a
fixação da ventosa no corpo do paciente mediante a geração do vácuo de acordo com o
método de escolha ou o mais adequado. Por fim, o praticante deve selecionar, de acordo
com as características específicas do paciente e os objetivos do tratamento, qual será o
método de aplicação a ser utilizado.
O método de aplicação tem grande influência sobre os efeitos e resultados
terapêuticos que poderão ser obtidos, em conjunto com a área que está sendo estimulada.
Serão apresentados a seguir os mais relevantes métodos de aplicação em uso em
hospitais e clínicas pelo mundo, com destaque para diferentes hospitais e departamentos
de Medicina Chinesa na China, destacadamente aqueles que são afiliados à renomadas
Universidade de Medicina Chinesa onde as técnicas são empregadas diariamente para o
tratamento e recuperação de pacientes com as mais diversas queixas e doenças.

Ventosa com Retenção


Este método de aplicação, também muito conhecido como Ventosa fixa, implica
basicamente na utilização pura a simples da sucção localizada, sem manipulações
adicionais, seja no sentido de re-aplicações, seja no sentido de movimentos do corpo da
ventosa.
O método de ventosa por retenção envolve a aplicação de ventosas em pontos ou
áreas selecionadas e a retenção das mesmas entre 01 e 10min antes de removê-las. Este é
provavelmente, o método de Ventosaterapia mais comumente utilizado e é amplamente
empregado para muitas alterações diferentes.
A Ventosaterapia por retenção, possivelmente, foi a primeira forma que as
ventosas foram aplicadas no corpo das pessoas. Na história da Medicina Chinesa

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menciona-se a utilização de ventosas para o tratamento de furúnculos, sendo que para isso
é necessária a aplicação por retenção.
As possíveis combinações entre força e sucção e o tempo de retenção das ventosas
permite, ao praticante selecionar a melhor opção dentre uma gama grande de
possibilidades terapêuticas, de acordo com a necessidade de cada paciente a estratégia de
tratamento selecionada.
A técnica de retenção fixa das ventosas é a forma de aplicação que costuma por
deixar aquelas tradicionais manchas mais escurecidas na pele e que ficaram tão famosas
nos atletas nas últimas olimpíadas e causaram ainda mais interesse da mídia e população
em geral sobre o tema.
Neste sentido, a retenção das ventosas deixando as marcas no corpo do paciente,
além de ser empregada de forma terapêutica para estímulos de pontos ou áreas, como
forma mais tradicional, também pode ser utilizada de forma diagnóstica com objetivo de
se obter uma avaliação na condição do paciente.
Logo em seguida, comparam-se as reações pigmentares entre os diferentes pontos
em que foram aplicadas as ventosas e podem-se tirar importantes informações com
relações a áreas com maior estagnação, excesso, deficiências, dentre outras condições.
A prática da Ventosaterapia por retenção pode ser feita mediante a utilização de
apenas um único copo de ventosa ou ainda uma quantidade maior, dando origem as
variantes conhecidas por ventosa única e ventosa múltipla, respectivamente a serem
analisadas a seguir.
Como sugestão adicional, destacadamente para os casos em que se deseja uma
retenção mais longa dos copos em sucção no corpo do paciente, seria no sentido de utilizar
uma pequena quantidade de óleo para facilitar que a pele e os tecidos superficiais sejam
tracionados para o interior do copo e se fixem pelo tempo do tratamento. Esta indicação
é particularmente válida para a aplicação em regiões com maior quantidade de pelo ou
ainda em áreas em que a pele se apresente muito seca.

Ventosa única
Este método de aplicação é aparentemente o mais simples e fácil de ser
compreendido, sendo o mais utilizado dentre os iniciantes na arte terapêutica da
Ventosaterapia, visto que apenas um copo é utilizado e não se necessita sua
movimentação.
A aplicação pelo método da ventosa única é recomendada para o estímulo de
pequenas áreas do corpo do paciente, oferecendo a este um estímulo bastante específico

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que pode até mesmo repercutir em todo o corpo, de acordo com a área selecionada para
a sucção.

Ventosa múltipla
Este método de aplicação é de maneira simplificada, a aplicação de diversas
ventosas em um mesmo paciente, de modo similar ao ocorrido na ventosa única. Sendo
apresentada pelo professor Liu Gong Wang da seguinte forma: A ventosa múltipla é
aplicada para doenças com uma grande área afetada. Uma quantidade de copos (ventosas)
pode ser empregada de acordo com a anatomia local da área afetada. A utilização de
muitos copos em uma linha ao longo de um músculo tenso é chamada de ventosa em
linha. Para o tratamento de alterações internas, as ventosas podem ser fixadas nas áreas
correspondentes de acordo com a anatomia interna.
Esta aplicação múltipla é a mais empregada na grande maioria dos tratamentos
com finalidade geral e não apenas localizada, atuando sobre áreas maiores do corpo do
paciente, possibilitando efeitos mais simples e globais, melhorando funções importantes
do corpo do paciente.
Nos últimos tempos diferentes atletas de alto nível tem utilizado esta modalidade
de aplicação como forma de prevenção de lesões, assim como para acelerar a recuperação
pós treino e competições. Pelo fato de abranger uma região maior, pelo número de copos
aplicados, esta modalidade também permite uma melhora de aporte sanguíneo para os
músculos mais requisitados pelos atletas.

Ventosa rápida ou de repetição


Esta modalidade de Ventosaterapia também conhecida como ventosa de repetição,
envolve a aplicação de ventosas para os pontos ou áreas selecionadas e então quase
imediatamente, a sucção é interrompida, o processo é repetido até que o resultado
desejado é atingido. Este método é bom para liberar congestões locais e é empregado
principalmente ao tratamento de desordens envolvendo algum tipo de má função dos
órgãos subjacentes.
Como este método mantem curto período de sucção a cada aplicação da ventosa,
ele tem a grande capacidade de mover e atrair o Qi e o Sangue para o local estimulado,
mas não possibilita uma dispersão deste Qi, por isso acaba sendo indicado como um
método de tonificação.
E é possível perceber que há relação da utilização desta técnica com uma
diminuição das atividades funcionais de partes do corpo, o que pode ser encarado como
sinais de deficiência sob ótica da Medicina Chinesa. Neste sentido, este método de

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Ventosaterapia é aplicado quando se objetiva um efeito de tonificação local, visto que ao
realizar os movimentos repetitivos, mais Qi e mais Sangue são atraídos para a região.
Este método é também muitas vezes empregado nos hospitais chineses como uma
forma de preparação do corpo para a utilização do método de ventosa fixa. Normalmente
o profissional aplica ventosa em região que será posteriormente tratada com retenção das
ventosas por meio da aplicação do método de repetição que tende a estimular o local e
trazer rapidamente mais sangue para o local, melhorando assim o fluxo de Qi e Sangue.
Para a aplicação é bastante comum que o profissional empregue dois copos
simultaneamente neste método, alterando e sempre mantendo um dos copos em sucção
no corpo do paciente, de modo que o estímulo fica ligeiramente mais forte.
A aplicação deste método normalmente está associada à geração de um ruído alto
e característico, visto que necessita de uma rápida perda da pressão negativa com entrada
de ar no copo, para então novamente os procedimentos de geração de vácuo.

Ventosa em movimento ou deslizante


Esta modalidade de aplicação terapêutica das ventosas é principalmente indicada
quando se tem por objetivo o estímulo de áreas mais extensas do corpo, com destaque,
mas não exclusividade, para a região das costas, que apresenta uma boa camada de tecido,
assim como uma superfície relativamente plana para que o copo possa deslizar com mais
facilidade.
Após determinar a área a ser estimulada, o profissional deve espalhar uma
quantidade adequada de meio lubrificante, com destaque para cremes e óleos.
Normalmente para que os efeitos sejam ainda mais potentes, o profissional deve empregar
óleos ou cremes com substâncias terapêuticos de acordo com a necessidade de cada
paciente.
O profissional deve controlar a pressão de sucção para que o copo possa ser
deslizado.
Vale ressaltar que o deslizamento deve ser feito ao mesmo tempo que se mantém
certa pressão em direção à pele do paciente, para que seja mantida a sucção pela pressão
negativa no interior do copo.
Esta modalidade de aplicação de Ventosaterapia tem a grande capacidade de atrair
e mover o Qi e o Sangue do paciente, assim como aquecer os locais estimulados. Neste
sentido é possível obter um importante efeito de dispersão de agentes patogênicos, além
de relaxamento do local, posterior à aplicação dos estímulos.

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É bastante comum que esta modalidade de ventosaterapia deixe marcas ao longo
das áreas deslizadas.

Ventosa com Rotação


Esta modalidade de ventosaterapia tem a característica da ventosa única e fixa,
somada a um estímulo mais potente pela tração gerada nos tecidos já sob sucção no
interior do copo.
Para a execução o profissional deve aplicar o copo de ventosa, preferencialmente
pelo método de fogo, gerando uma sucção com pressão media, para então realizar
movimentos de rotação no sentido horário e anti-horário com pequena amplitude.
É bastante comum em hospitais da China que ao aplicar a ventosa fixa de modo
único ou múltiplo que o profissional realize brevemente uma leve rotação em vai e vem
com o copo para garantir que este esteja bem aderido no corpo do paciente.

Passar Ventosa ou Rolar a Ventosa


Esta modalidade é um complemento da aplicação da ventosaterapia, visto que não
emprega pressão negativa em si, mas se utiliza dos copos de ventosa durante uma sessão
de tratamento.
Ao aplicar a modalidade de ventosa de repetição, pelo método de fogo,
normalmente ocorre que o fundo do copo de ventosa aquecer e, com frequência, ficar
excessivamente quente para que continue a repetir a aplicação. Neste momento com o
copo de ventosa já bastante aquecido, é possível que o profissional vire o copo e aplique
o fundo aquecido da ventosa sobre a região para massagear, pressionar.
Esta aplicação combina os efeitos do calor, presente no copo da ventosa, com a
massagem realizada nos tecidos superficiais, e o profissional deve controlar bem a
temperatura do fundo do copo poia caso esteja muito quente pode até mesmo queimar o
paciente, porem se não estiver quente o suficiente não gerará os devidos efeitos.
Esta modalidade também é aplicada por alguns profissionais ao término do
estimulo com ventosa única ou múltipla diretamente sobre as marcas deixadas pelos
copos de ventosa para suavizar ou amenizar qualquer sensação desagradável.
Bruce sugere que o profissional introduza a chama no copo de ventosa e
intencionalmente aquece toda a volta do copo internamente até que o calor possa ser
percebido no exterior do copo. Em seguida o profissional massageia, pressiona e passa o
copo de ventosa quente sobre as áreas do corpo do paciente que deseja estimular.

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Ventosa com Moxa
Esta modalidade terapêutica da ventosaterapia combina os efeitos terapêuticos da
prática regular da Moxabustão indireta com aqueles oriundos da aplicação dos copos de
ventosa no sentido de um potencializar o outro.
Segundo a visão da Medicina Chinesa a ventosaterapia tem a capacidade de
facilitar e promover a circulação de Qi e de Sangue, dispersar estagnações de Qi e ou
sangue; promover um aquecimento de locais invadidos pelo frio; aliviar a dor.
Após esperar por algum tempo para que o devido estímulo da moxabustão possa
ser produzido, posicionar e fixar o copo de ventosa no local com a devida geração de
sucção pelo método selecionado.
O profissional deve gerar uma pressão negativa adequada e estar ciente que após
a geração do vácuo não haverá mais comburente para a queima da moxa, de modo que
ela se apagará, restando ainda o efeito térmico da queima anterior.

Sangria e Ventosa
Esta modalidade terapêutica da ventosaterapia combina os efeitos terapêuticos da
prática regular da sangria com aqueles oriundos da aplicação dos copos de ventosa no
sentido de um potencializar o outro, principalmente no que diz respeito a ampliar a
retirada de sangue por meio de sucção gerada no interior dos copos de ventosa.
Neste sentido, na aplicação do método de sangria associado com ventosaterapia,
é imprescindível o uso de luvas descartáveis em ambas as mãos, com objetivo de evitar
qualquer contato direto com o sangue do paciente, que fica acumulado no copo durante a
ventosa, mas que tende a escorrer ao fim da sucção.
Para a aplicação o profissional deve previamente estimular rapidamente a área
selecionada com agulha trifacetada, lanceta ou ainda agulha dérmica ou cutânea para
ocasionar uma vermelhidão local, pequena hemorragia capilar ou mesmo sangria, para
então posicionar os copos de ventosa diretamente sobre o local para potencializar a
retirada de sangue e com isso ampliar os efeitos terapêuticos.
Uma recomendação é que antes mesmo de realizar os estímulos para a sangria, o
profissional pode empregar a ventosa para estímulo fixo no local a ser estimulado com
objetivo de já ativar o fluxo sanguíneo local.
Este estímulo prévio com o copo de ventosa pode ajudar a delimitar a área que
receberá o estímulo de sangria, principalmente se ele não for realizado mediante uma
única picada, mas sim com picadas múltiplas.

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Ao fim da aplicação da sangria com ventosa o profissional deve permitir que o ar
entre no copo, mas mantenha o mesmo em total contato com a pele do paciente. Esta
pequena a discreta entrada de ar no copo de ventosa faz com que o sangue retirado comece
a coagular, o que facilita a remoção do mesmo ao final da aplicação.
Este método combinado de ventosaterapia e sangria é amplamente utilizado na
pratica clínica para uma grande quantidade de queixas e apresenta resultados bastante
interessante e bem rápidos.
Uma das principais características desta forma combinada de terapias é sua rápida
ação sobre as condições de calor e excessos, além de permitir uma potente ativação do
fluxo de Sangue, removendo as condições de Estase.
Como qualquer aplicação de sangria, que deve ser feita apenas por profissional
capacitado, deve se ter atenção para o fato do paciente estar em uso ou não de
medicamentos anticoagulantes ou mesmo ser portador de doenças que tem como
características a dificuldade ou lentidão em interromper pequenos sangramentos.

Quantas perfurações na área são necessárias?


Perfure o local do ponto 12 vezes com agulha de sangria e aplique ventosa até que
1/3 do copo de ventosa esteja preenchido.

O uso das Sanguessugas


A sanguessuga (Hirudus medicinalis) é um verme aquático que foi usado
durante séculos na medicina. A ideia corrente era que este verme extraía o sangue com
humores mórbidos e, consequentemente, levava o paciente à cura.
Os humores mórbidos seriam as toxinas e ou elementos deteriorados que se
acumulam nos vasos sanguíneos e nos músculos enrijecidos, causando doenças.

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Ventosa de Água
A água seria apenas um termo em referência ao líquido obtido com a decocção
das substancias da Fitoterapia Chinesa.
Com esta aplicação combina-se o estímulo do líquido de modo externo na pele e
a tração gerada pela pressão negativa no interior do copo de ventosa. Quando este líquido
é aplicado aquecido, esta combinação se torna ainda mais potente.
Um grupo de Shanghai, mais especificamente do hospital central do distrito de
Xuhui, apresentou um método que combina os efeitos de um líquido aquecido dentro do
copo, associado com a aplicação de Calor.

Método de remoção da ventosa


Ao finalizar a aplicação dos copos de ventosa de acordo com o método
selecionado e ao final do tempo de retenção estabelecido pelo profissional de acordo com
a necessidade do paciente, é chegada a hora de retirar a pressão e elevar os copos de
ventosa.
Deve ficar claro que, como regra, a remoção dos copos de ventosa não se faz
mediante simplesmente puxar verticalmente para cima, pois isto certamente ocasiona
desconfortos desnecessários e uma tração muito forte nos tecidos superficiais.
Copos de ventosa que possuam uma válvula para manter a pressão negativa, como
por exemplo no caso dos copos de acrílico onde o vácuo é gerado por uma bomba manual
de sucção, o profissional pode simplesmente liberar lentamente a válvula permitindo uma
entra suave e gradual do ar até que a ventosa se solte por completo.
Na aplicação dos diferentes copos de ventosa que normalmente são aplicados
mediante a técnica de fogo, como por exemplo copos de bambu, copos de vidro, o
profissional deve estabilizar o copo com uma das mãos e pressionar a pele na região ao
redor da boca do copo com a outra mão, permitindo assim uma suava entrada do ar.
No caso específico da aplicação do método de ventosa rápida ou ventosa de
repetição o copo é posicionado no local de tratamento e logo em seguida ele é retirado.
Esta remoção realizada com apenas uma das mãos normalmente é associada à geração de
um ruído alto e característico, pois a pressão no interior do copo é relativamente forte e a
retirada deve ser rápida.
Para realizar a remoção neste método de ventosa rápida ou de repetição o
profissional deve segurar firmemente o copo e realizar um movimento rápido e firme no
sentido de deitar o copo.

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Marcas de Ventosas
Após a aplicação da ventosaterapia é bastante comum que o local estimulado pelos
copos de ventosa apresente-se de modo diferente por conta da sucção gerada dentro do
copo.
Os especialista em ventosaterapia destacam que as manchas surgem durante e
após a aplicação dos copos não devem ser considerados como efeitos colaterais ou mesmo
erros práticos do profissional, pois são uma reação normal dos tecidos locais que tendem
a se apresentar mais proeminentes e com uma marca em anel por conta da borda do copo
de ventosa.
A análise das marcas deixadas pelas ventosas, após a sua correta aplicação,
certamente é uma importante forma de obter mais informações sobre a condição que afeta
o paciente e, consequentemente, ajustar e melhorar a abordagem terapêutica.
O termo Marcas de Ventosas seria o mais adequado ao invés de outros termos
como hematomas, equimose, contusão, descoloração. Se pensarmos em marcas de
ventosa como hematomas ou contusões essas expressões podem evocar a noção de que
elas podem ter sido o resultado de um procedimento doloroso ou que causou uma lesão.
Em muitas ocasiões a ventosaterapia não gera nenhuma marca, mesmo com forte
sucção, pois fatores patogênicos não foram atraídos à superfície.
As marcas de ventosa geradas em aplicação sucessivas no mesmo local, com a
mesma pressão, tendem a ser gradativamente mais claras, até pela eliminação gradual dos
fatores patogênicos.
Um hematoma pode ser clareado com sucesso usando ventosaterapia. A
eliminação de um grande hematoma por exemplo, pode ser acelerada pela aplicação de
ventosa de modo suave e moderado, deslizando o copo do centro para as bordas do
hematoma. Um hematoma é, afinal, uma forma de estase de Sangue e a ventosaterapia e
excelente para dispensar a Estase e Estagnações.
A avaliação própria das marcas apresentadas na sequência da aplicação da
Ventosaterapia se dá principalmente quanto à coloração, intensidade e formato, mediante
o grande acúmulo de conhecimento ao longo da história da prática clínica da
Ventosaterapia.
Quanto mais escura for a marca da ventosa, mais crônica será a estase.
As marcas da ventosa vão ficar cada vez mais claras, ao passo que a doença ficar
cada vez melhor.

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Tipos de Coloração:
- Coloração que retorna rapidamente ao normal indica que a condição do paciente está
adequada ou mesmo em fase de recuperação;
- Coloração pálida ou branca ou levemente rosada indica condição de Deficiência;
- Coloração azul pálida indica uma condição de Frio, normalmente associado a
Deficiência;
- Coloração vermelha viva ou avermelhada indicam condição de Calor, condição de
Excesso, Calor tóxico;
- Coloração roxa indica condição de Sangue não circulando de modo adequado, Estase
de Sangue, Acúmulo de Frio ou ainda Depressão de Qi;
- Coloração roxa com manchas ou pontos pretos indica Qi e Sangue sem livre fluxo
(estagnação);
- Coloração preta, azul escura ou roxa escura indica severa Estase de Sangue, ou condição
crônica de agentes patogênicos;
- Coloração escura, porem que regride após a remoção da ventosa indica que os fatores
patogênicos se aprofundaram de volta no corpo e necessitam ser puxados novamente
puxados para fora com nova aplicação de Ventosaterapia, ou ainda com a combinação
com sangria.

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Além da avaliação das marcas das ventosas em relação à coloração o profissional
também deve estar atento a outras possíveis alterações que podem ser consideradas um
pouco mais estruturais como as seguintes:
- A presença de uma marca que fica mais elevada na pele e apresenta uma colocação roxa
ou mais escura indica uma condição de Estase de Sangue mais severa ou mais crônica;
- A presença de uma marca que fica mais elevada na pele com o centro mais pálido ou
branco indica a presença de Frio e Mucosidade;
- Surgimento de gotas no interior, transparentes ou um pouco amareladas, indicam a
presença de Umidade ou presença de Calor respectivamente.
- A formação de bolhas é uma possibilidade e pode indicar retenção de Umidade ou
acúmulo de líquidos na região. Além disso uma pressão excessiva associada a uma pele
fragilizada também pode levar à formação de uma ou mais bolhas no local da aplicação
da ventosa. Sugere-se que as bolhas devam ser limpas com antisséptico e o local seja
coberto com gaze para que o corpo reabsorva.

Já no que diz respeito a avaliação dos locais em que estas marcas que podem surgir
pela aplicação da Ventosaterapia apresentam alterações e as suas correlações diagnósticas
com alterações internas, uma das modalidades mais empregadas diz respeito ao uso dos
denominados Ponto Shu Dorsais ou Pontos de Assentimento.
Na prática do ramo da acupuntura, onde a ventosatepia também está inserida, é
relativamente comum a aplicação deste grupo de pontos em relação à análise da presença
de reações visíveis ou sensíveis de patologias nos Órgãos e Vísceras (Zang Fu)
diretamente relacionados. Assim temos que quando um Órgão ou um Víscera estiver
afetado, o seu ponto Shu das Costas relacionado se encontrará com a sensibilidade
dolorosa aumentada ou ainda com alterações cutâneas visíveis, sendo útil como meio de
auxílio no diagnóstico.
O canal da Bexiga possui dois ramos importante na região posterior, conhecidos
muitas vezes como primeira linha e segunda linha, onde de modo geral a primeira linha
possui uma relação mais direta com as alterações dos Órgãos e Vísceras, enquanto que a
segunda linha possui uma relação maior com o aspecto emocional associado aos
respectivos Órgãos e Vísceras.

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Shu das Costas Correspondência
B11 Costas, Ossos
B13 Pulmão
B14 Pericárdio
B15 Coração
B16 Du Mai
B17 Diafragma, Sangue
B18 Fígado
B19 Vesícula Biliar
B20 Baço
B21 Estômago
B22 Triplo Aquecedor
B23 Rim
B24 Lombar Superior
B25 Intestino Grosso
B26 Lombar Inferior
B27 Intestino Delgado
B28 Bexiga
B29 Sacro

O Oketsu (Substrato Tóxico Gelatinoso)


No oriente é comum ouvir-se sobre o “sangue ruim” ou Oketsu em japonês (Yuxie
em Chinês).
A Medicina Oriental considera o “sangue ruim” ou Oketsu como o sangue com
acúmulo de resíduos mortos em formação gelatinoso e grande responsável pelas doenças
durante a vida.
A Medicina Oriental considera o Oketsu como colesterol sanguíneo. Kuroiwa
considera os dois como Oketsu. Quando analisamos o sangue podemos separa-los em
leucócitos, hemácias e plaquetas, uma variedade de nutrientes e água (plasma).
Oketsu possui microorganismos mortos assim como leucócitos mortos e hemácias
mortas. Eles são removidos do corpo através da urina, mas parte deste se acumula em
capilares sanguíneos se agregando em uma formação semelhante á gelatina. Quando há
excesso de consumo da gordura e proteína resulta em acúmulo desta substância gelatinosa
onde a análise laboratorial não consegue detectar a sua presença. A quantidade de Oketsu
no sangue é um obstáculo ao fluxo sanguíneo acumulando-se nos capilares.
Oketsu = substrato tóxico sanguíneo + colesterol.

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O Oketsu se forma (e acumula) devido a:
- Desequilíbrio no funcionamento do Fígado
- Desequilíbrio no funcionamento dos Rins
- Devido ao excesso de Estresse.
- Quando há acúmulo de metais pesados, e devido a toxinas químicas absorvidas como
inseticida e conservantes.
- O tratamento do Oketsu pode ser mal interpretado. Pacientes que não o conhecem podem
dizer que o Oketsu retirado é só sangue coagulado após exposição ao ar.

Oketsu e sangue não são iguais.


a) Sangue normal é líquido. Logo após a sua retirada (por sangria), torna-se
posteriormente coagulado (após algum tempo em recipiente ou ar livre).
b) Oketsu é gelatinoso desde a sua retirada do organismo e se solidifica logo que deixa o
corpo.

Aplicação de Ventosa nas Dores Musculares


O estímulo utilizado pela ventosa é o de empuxo. O vácuo produz uma reação
analgésica quando aplicado no local correto da área de informação da dor.
Para encontrar o local exato para aplicação de ventosas com o objetivo de aliviar
dores musculares como dores lombares, ombro e etc. Use de teste do afastamento da pele
utilizado com o polegar e o dedo indicador (beliscão) sem necessidade de usar força ou
proporcionar dor, basta separar a pelo do corpo. Teste o local exato que proporcione alívio
ao paciente e ali aplique a ventosa durante 3 minutos, até que apareça a reação, e a dor
será aliviada.

Exemplo: Para dores lombares, aplique o empuxo nas laterais da área lombar na altura da
dor, ou busque na área para-vertebral dorsal.
Dores no ombro, teste o empuxo na parte frontal e posterior do ombro.
Dores no joelho teste na região da coxa anterior e posterior e etc.

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Desinfecção das Ventosas de Acrílico e de Vidro
- Produto Germekil - usado para desinfecção de produtos hospitalares.

MOXABUSTÃO

Uma centelha de fogo


Na China, no festival do Barco do Dragão (o 5° dia do 5° mês lunar), as pessoas
penduram ramos de Ai Cao, Artemísia, na frente das portas como tradição, significando
que estão eliminando o mau. Algumas pessoas se banham com decocto de Ai Cao para
manter a saúde e também para afastar insetos, aproveitando das características da natureza
aromática e pungente de planta.
A moxa, foi feita do Ai Cao triturado, é a principal matéria prima para a
moxabustão, que é de fácil manipulação e tem uma grande gama de indicações, tendo
sido empregada ao longo da história da China.
Com sua natureza aquecedora, a moxabustão tem as funções e expelir o frio para
interromper a dor, ativar os canais e colaterais, revigorar o Qi e o sangue (xue), fortalecer
a resistência do corpo para eliminar os fatores patogênicos.
Deste modo ela pode ser empregada para tratar síndromes relacionadas com frio,
dor ou formigamento, sintomas de calor, doenças agudas ou problemas crônicos.

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Apresentação
A utilização das propriedades terapêuticas do calor tem sido empregada pelo
homem, provavelmente desde os tempos mais remotos, a sensação de conforto
proporcionada pelo aquecimento do sol ou de outras fontes possivelmente fez com que
os homens dessem um valor importante ao calor.
Esta modalidade de tratamento, aplicação de calor com finalidades terapêuticas é
provavelmente uma das formas mais antigas de tratamento, em conjunto com a massagem
(instinto), e mesmo assim muito pouco desde o início de sua utilização mantendo altos
níveis de efetividade.
Moxabustão é uma terapia que trata e previne doenças utilizando principalmente
lã e moxa. A combustão de lã de moxa permite a transmissão de calor para os pontos de
acupuntura e outras partes do corpo que possuem várias mudanças patológicas. É uma
terapia externa para o tratamento e/ou prevenção de doenças e para promover a saúde do
corpo.
Segundo o texto Chinese-English Clinical Moxibustion de autoria do Dr.Li Guan
Rong: “Moxabustão é um método externo de prevenção e tratamento de doenças através
da ignição da moxa, uma erva tradicional chinesa, para estimular os pontos do corpo. A
folha da moxa é facilmente acesa. Os íons da erva com certa temperatura podem ir para
dentro do corpo para aquecer os canais, expelir o frio, ativar o sangue, neutralizar o
Vírus, regular o Qi e o sangue, dispersar o vento e a umidade, induzir o canal para aliviar
dor, melhorar a saúde, drenar os canais e colaterais, manter o equilíbrio entre yin e
yang, de modo a atingir seu objetivo, por exemplo, a Cura.”

A Artemísia
Mogusa, que deu origem ao termo moxa, vem a ser a própria planta mais
comumente empregada para a realização da moxabustão, a Artemisia Vulgaris.
A Artemísia tem sido o principal material empregado para a prática da
moxabustão há milhares de anos na China, porém deve ser conhecido o fato de que outras
ervas também podem ser empregadas em conjunto com a própria Artemísia.

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Características, Funções e Efeitos da Moxabustão
Indicações e efeitos:
- Aquece os canais;
- Interrompe perdas de sangue;
- Dispersa frio e elimina as dores;
- Cessa a tosse, acalma a asma e torna fluidas as mucosidades;
- Tonifica o Qi e promover o Sangue;
- Estimular o cérebro e clarear a mente;
- Melhorar a imunidade do corpo e preservar a saúde;
- Dispersa agentes patogênicos;
- Desintoxicar;
- Parar o vômito;
- Aliviar Estagnação;
- A prática da moxabustão direta atua sobre o corpo de forma importante, tendo grande
respostas em pacientes com patologias de deficiência, normalmente associadas com
doenças crônicas.

Vantagens, Desvantagens e Contraindicações


Como ocorre em qualquer modalidade terapêutica ao conhecermos bem suas
características, suas funções e seus efeitos é possível que possamos traçar também quais
seriam suas principais vantagens, que justificariam o seu uso em relação a outras formas
terapêuticas, assim como também é possível identificar as principais desvantagens.
As vantagens são muitas e praticamente todas derivam do bom conhecimento dos
efeitos e funções da aplicação da moxabustão.
Desvantagens:
- ela requer mais tempo do profissional que deve estar sempre atento e atuante durante todo o
processo do tratamento;
- a fumaça gerada pela queima da Artemísia pode ser incomoda
- a possibilidade de geração de feridas ou mesmo de queimaduras também pode ser uma
desvantagem da moxabustão.

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Contraindicado a aplicação da moxa na região abdominal de mulheres grávidas.

Tonificação e Dispersão com Moxabustão


Infelizmente muitos profissionais da acupuntura acabam por reduzir o uso da
moxabustão ao conceito estreito de tonificação, sem considerar a sua grande ação de
mobilização do Qi que, de maneira muito eficaz, permite a observação de importantes
efeitos de dispersão.
Podemos encontrar no Huang Di Nei Jing (Livro do Imperador Amarelo) uma
interessante passagem, que pode ser facilmente compreendida também pela ótica da
moxabustão ao falar sobre diferentes tipos de Fogo e suas relações com o Qi:
Fogo forte enfraquece o Qi, fogo pequeno fortalece o Qi.
O fogo forte se alimenta do Qi, o Qi se alimento do fogo pequeno.
O fogo forte dispersa o Qi, o fogo pequeno gera o Qi.
Ou seja, a prática da moxabustão com calor mais forte e mais intenso tende a
consumir o Qi, gerando um efeito de dispersão ao fazer com que este Qi se espalhe (ou
se disperse). Da mesma forma podemos observar a indicação de que o Fogo fraco ou
pequeno, ou seja, a prática da moxabustão com calor mais brando e menos intenso tende
a gerar Qi, tende a alimentar o Qi, gerando um efeito de tonificação.
Quando a utilização dos populares bastões de moxa para o tratamento devemos
nos atentar a intensidade do estímulo:
Tonificação: aplicação de bastões com uma distância ligeiramente maior da pele, sem
assoprar, de forma moderada e prolongada gera efeitos de tonificação.
Dispersão: aplicação de calor mais intenso, assoprando e ativando a ponta incandescente
do bastão de forma mais próxima da pele e por períodos mais curtos gera efeitos de
dispersão.
Podemos combinar a aplicação com a ação da mão de apoio no sentido de
potencializar os efeitos terapêuticos. Neste sentido a se aplicar os bastões de moxa com
as técnicas de tonificação pode-se potencializar a tonificação ao pressionar ou cobrir o
local afetado ao final de cada estímulo, como se estivesse a empurrar e direcionar o Qi
ainda mais para dentro e manter o calor no local. Já para a dispersão, além de aplicar os
estímulos descritos acima com maior intensidade de calor, não se deve pressionar ou
cobrir o local ao final do tratamento.

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Sensação da Moxabustão
Os sinais da Sensação da Moxabustão incluem as sensações subjetivas do
paciente, mas também alterações fisiológicas objetivas (comumente se referem a
vermelhidão da pele ao redor do ponto moxado, bem como a resposta do cérebro), além
das percepções do próprio profissional.
Principais Sensações da Moxabustão:
- Penetração de Calor: calor superficial que penetra mais profundamente na pele e tecidos.
- Expansão do Calor: calor que se espalha ao redor da região que está sendo estimulada.
- Transmissão de Calor: percepção de calor que se propaga em direções específicas ou
mesmo órgãos internos distantes do local original do estímulo.
- Sensações não termais: desconforto, peso, entorpecimento, pressão ou ainda frio na
região estimulada ou mesmo em locais distantes.

Tipos de Moxabustão
Moxabustão Direta: É um tipo de moxabustão com cone de moxa, onde é colocado
diretamente sobre o ponto ou área a ser estimulada para a aplicação da moxabustão.

Moxabustão indireta: É um tipo de moxabustão com cone de moxa, onde este é colocado
sobre uma camada de algo em interposição com a pele. Exemplos:
• Com interposição de sal no VC8 (umbigo): é indicado para casos de dores
abdominais agudas, vômitos, diarreia, disenteria, frio nas extremidades, prolapso
anal, doenças crônicas do estômago, cansaço generalizado;
• Com interposição de alho: uma fatia deve ser colocada sobre o ponto a receber o
estímulo para que então o cone de moxa seja posicionado sobre esta fatia e então
aceso. É indicada para casos de furúnculos, inflamações cutâneas, tuberculose,
massas abdominais, picadas de inseto, feridas cutâneas.
Moxa Botão: granulo de moxa auto adesiva, descrevendo cones de moxa pré
moldados e prontos direto da fábrica. De maneira geral, o calor deste botão de moxa
é sentido pelo paciente de forma suave e confortável. No entanto, alguns pacientes
relatam que o calor chega a ser muito intenso e, se o praticante não estiver atento a
este fato, é possível a formação de bolhas indesejadas. Caso o paciente relate um calor
muito forte, praticante deve, com auxílio de uma pinça para evitar queimadura nas
pontas dos dedos, elevar o botão de moxa.

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Moxabustão com Bastão de Moxa: com o bastão devidamente seguro, o praticante
deve aproximá-lo da região que receberá o estímulo. A extremidade incandescente
deve ficar diretamente sobre o local, mantendo uma distância adequada entre esta e o
ponto, distância esta que varia de acordo com os objetivos terapêuticos e a técnica
deve ser empregada.
- Moxabustão com calor moderado
- Moxabustão em bicada de pardal
- Moxabustão circular
- Moxa por passar com calor

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