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UFABC – Ciência tecnologia e sociedade

Aluno: Marcos Mendonça Sodré


RA: 11201722438

Resenha: O Golem à solta – Chernobyl e a cura da AIDS

O texto traz a noção da tecnologia e ciência na forma de um golem, uma


criatura com grande força e potência que pode ser influenciado para o
bem e para o mal, dependendo do ponto de referência; Na verdade é
extremamente complicado separar as consequências positivas e negativas
da ciência e tecnologia no meio social, Pois é onde ambas estão presentes
sendo desta forma, elementos frutos dela.
O que se pode observar a seguir é um dilema, pois ao mesmo tempo que
esses tentam ter uma visão mais focada e menos enviesada, são resultado
de um ambiente por natureza interligado. Uma analogia possível é a que
Aristóteles apresenta nos seus escritos intitulado "De anima", onde ele
caracteriza os órgãos do corpo como diferenciáveis, mas não separáveis.
De fato, a ciência e a tecnologia são "órgãos" do organismo/corpo social;
um corpo social unido e dividido por culturas, religiões, localidade,
trabalho e renda.
Tendo esse aspecto de sociedade em mente é um grande desafio
determinar barreiras e divisões corretamente; as teorias de campos de
Pierre Bourdieu e o cientista como um indivíduo social de Bruno Latour
nunca foram tão visíveis como nessa tentativa de olhar a questão de fora
dela, mesmo sendo praticamente impossível. E se nesse trabalho teórico
mental a situação se encontra confusa, ela se torna quase imensurável
quando a olhamos em situações reais, tão empíricas, sentimentais,
apavorantes e imprevisíveis quanto o acidente de Chernobyl e as suas
consequências, ou o surto de AIDS que levou à morte milhares de pessoas.
Se essas dúvidas surgiram a partir das relações de uma complexa
sociedade, que coloca em questão alguns de seus métodos de
investigação da realidade, seria um contra senso imaginar que alguém
poderia achar uma resposta para todos esses problemas, ou até mesmo
faze-lo sem ser acusado de falhar em se manter sem influências externas.
É um labirinto onde não sabendo de onde se veio e nem para onde vai,
resta seguir adiante com cautela e atenção, sem medo de questionar a
direção, mas entendendo que a situação não permite aventuras
irresponsáveis sobre risco de esquecer o caminho percorrido e ficar ainda
mais desorientado, afinal não temos o mapa para a solução dos problemas
e esquecer o passado é entropia de informação, que pode ser
fundamental logo a frente.
A realidade dos fatos criam situações específicas onde algumas vezes a
ciência e a tecnologia sequer chegaram a pensar a respeito, gerando um
impasse entre pontos da sociedade que não possuem uma comunicação
boa(caso de Chernobyl), e desse modo geram iniciativas que amenizam
essa distância(caso da crise de AIDS), e é desses momentos de ruptura que
a sociedade deve absorver o aprendizado para lidar com o angustiante
fato, de sermos "células" nesse corpo social às vezes tão confuso, perigoso
e poderoso quanto o golem.

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