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Brazilian Journal of Health Review 24045

ISSN: 2595-6825

O Transtorno disfórico pré-menstrual: apresentação clínica e manejo

Premenstrual Dysphoric Disorder: clinical presentation and


management

DOI:10.34119/bjhrv4n6-034

Recebimento dos originais: 10/10/2021


Aceitação para publicação: 08/11/2021

Giovanna Ribeiro de Carvalho


Graduanda de Medicina do 6° período
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC MINAS Betim
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E-mail: giovannaribeiro.carvalho@yahoo.com.br

Arthur Figueiredo Dias Carvalho


Graduando de Medicina do 8° período
Centro Universitario Unifamias Muriaé-MG
Endereço: Av. Cristiano Ferreira Varella, 655 – Muriaé - MG, 36880-000
E-mail: arthurfdc@hotmail.com

Carlos Eduardo Gaudard Florido


Graduando de Medicina do 8° período
Centro Universitario Unifamias Muriaé-MG
Endereço: Av. Cristiano Ferreira Varella, 655 – Muriaé - MG, 36880-000
E-mail: cadugaudard2@gmail.com

Clara Comarela Paiva


Graduanda de Medicina do 6° período
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC MINAS Betim
Endereço: Rua do Rosário, 1081 - Bairro Angola, Betim - MG, 32604-115
E-mail: claracpaiva@hotmail.com

Jennyfer Pereira Flor


Graduada em Medicina
Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB
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45988-058
E-mail: florjennyfer@gmail.com

Paulo Guilherme Alves Gonzaga


Graduando de Medicina do 6° período
Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos - IMEPAC Araguari
Endereço: Av Minas Gerais, 1889 – Centro, Araguari - MG, 38444-128
E-mail: pauloguilherme210330@hotmail.com

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Stephany Bertone Mazali


Graduanda de Medicina do 9° período
Faculdade de Ciências Médicas e da saúde de Juiz de Fora - FCMS Juiz de Fora
Endereço: Alameda Salvaterra, 200 - Juiz de Fora - MG, 36033-003
E-mail: stephanybertonem@gmail.com

Tatiane Carolina Batista Nacif Roza


Graduada em Medicina
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Endereço: R. Niterói - Nossa Sra. das Graças, Caratinga - MG, 35300-345
E-mail: tatianenacif@hotmail.com

RESUMO
O presente estudo possui como objetivo revisar as apresentações clínicas e os principais
mecanismos de tratamento do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). Acredita-se
que a mudança da concentração da progesterona e da alopregnona durante a fase lútea
possam ocasionar a sintomatologia do TDPM. A incidência de TDPM corresponde em
torno de 3 a 8% e tem como fatores de risco transtornos de ansiedade preexistentes,
tabagismo e obesidade. A TDPM pode-se apresentar através de labilidade do humor,
alterações do sono, irritabilidade, disforia, cefaléia, sensibilidade mamária e sintomas de
ansiedade que ocorrem repetidamente durante a fase pré-menstrual do ciclo e cessam por
volta do início do fluxo menstrual ou logo depois. A utilização dos antidepressivos
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) é considerada o tratamento de
primeira linha, podendo ser utilizado de forma contínua ou intermitente, proporcionando
melhora nos sintomas psiquiátricos. No entanto, pode haver o abandono da terapia devido
aos efeitos adversos. Para aproximadamente 40% das pacientes, o uso de ISRS não é
efetivo, sendo necessário tratamentos alternativos, como terapia comportamental
dialética, exercício físico, yoga, dietas específicas, anticoncepcionais hormonais
combinados, menopausa química por meio dos análogos do GnRH e em última instância
indicação de histerectomia com ooforectomia.

Palavras-chave: Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, Síndrome Pré-Menstrual,


Distúrbios Menstruais, Transtornos do Humor.

ABSTRACT
This study aims to review the clinical presentations and main treatment mechanisms of
Premenstrual Dysphoric Disorder (PMDD). It is believed that changes in the
concentration of progesterone and allopregnone during the luteal phase can cause PMDD
symptoms. The incidence of PMDD it's around 3 to 8% and its risk factors are preexisting
anxiety disorders, smoking and obesity. PMDD can present through mood lability, sleep
disturbances, irritability, dysphoria, headache, breast tenderness, and anxiety symptoms
that occur repeatedly during the premenstrual phase of the cycle and cease around the
onset of menstrual flow or soon later. The use of Selective Serotonin Reuptake Inhibitors
(SSRI) antidepressants is considered the first-line treatment, which can be used
continuously or intermittently, providing improvement in psychiatric symptoms.
However, therapy may be discontinued due to adverse effects. For approximately 40% of
patients, the use of SSRIs is not effective, requiring alternative treatments such as
dialectical behavioral therapy, physical exercise, yoga, specific diets, combined hormonal

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contraceptives, chemical menopause through GnRH analogues and, ultimately, indication


of hysterectomy with oophorectomy.

Keywords: Premenstrual Dysphoric Disorder, Premenstrual Syndrome, Menstruation


Disturbances, Mood Disorders.

1 INTRODUÇÃO
O Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) é caracterizado por sintomas
psíquicos associados aos achados da Síndrome Disfórica Pré-Menstrual (SDPM), que
cursam com alterações físicas (edema em mamas, insônia, cefaleia, mudança de apetite),
emocionais (irritabilidade, ansiedade, hipersensibilidade) e cognitivas (diminuição da
atenção e memória). Em relação às manifestações psíquicas, têm-se crises de
irritabilidade, impaciência, vontade de chorar frequente, ansiedade, desenvolvimento de
tendências suicidas e homicidas, depressão grave, prejudicando as relações profissionais,
conjugais, sociais e familiares (MOURÃO; ZANINI, 2020; TAMASHIRO et al., 2017;
COSTA et al., 2020).
O estrogênio e a progesterona são esteróides neuroativos que podem afetar direta
ou indiretamente a função do Sistema Nervoso Central (SNC). A resposta anormal e a
flutuação desses hormônios é um achado consistente entre aquelas mulheres que
experimentam transtornos de humor relacionados a hormônios. Nesse sentido, infere-se
que a sensibilidade alterada às mudanças hormonais normais propicia as manifestações
do TDPM (SOARES; REID, 2017).
Os sintomas apresentados durante as síndromes pré-menstruais não são
encontrados durante quadros de amenorreia hipotalâmica, gravidez, amamentação, após
menopausa natural ou menopausa cirúrgica (SOARES; REID, 2017). Além disso, 3% a
8% das mulheres são diagnosticadas com TDPM durante o período reprodutivo,
apresentando manifestações clínicas que interferem no desempenho de suas atividades
diárias (HENZ et al., 2018; COSTA et al., 2020).
A TDPM, por ser um transtorno com sinais e sintomas com alternadas
intensidades e durações, exige cuidados e tratamentos específicos, como medidas
terapêuticas e mudanças nos hábitos de vida. A título de exemplificação, tem-se, também,
a supressão ovariana médica, que é uma outra medida utilizada em pacientes que não
apresentam melhora com o tratamento farmacológico de primeira linha (SOARES; REID,
2017).

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O presente estudo possui como objetivo revisar as apresentações clínicas e os


principais mecanismos de tratamento do TDPM, além de evidenciar como seus sinais e
sintomas prejudicam não somente a saúde da mulher, mas também a convivência e
afazeres diários.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O ciclo menstrual é composto pelas fases folicular, ovulatória e lútea, sendo que
na fase lútea é onde há a maior concentração de progesterona e queda brusca nas
concentrações desse hormônio (PAGANOTI, 2020). A fisiopatologia do TDPM ainda
não é bem estabelecida, mas acredita-se que a progesterona e seu metabólito
alopregnenolona, que na fase lútea têm suas concentrações aumentadas e diminuídas de
forma rápida, são responsáveis pela sintomatologia apresentada pelas pacientes
acometidas (BIXO et al., 2018).
A alopregnenolona atua no sistema gabaérgico, modulando de forma alostérica
positiva o receptor GABA do tipo A quando se encontra em pequenas concentrações.
Caso haja grandes concentrações de alopregnenolona, essa modulação pode ocorrer sem
a presença do neurotransmissor (BIXO et al., 2018). Quando modulado, esse receptor
apresenta características ansiolíticas, sedativas e anestésicas, e sua modulação excessiva
pode ocasionar uma dessensibilização responsável pelos sintomas relatados no TDPM
(SHIMIDT et al., 2017).
O estradiol também está relacionado com a fisiopatologia do TDPM, na fase lútea
tardia, em que há queda de sua concentração. Esse hormônio está relacionado ao sistema
serotoninérgico e, por isso, observa-se que as mulheres diagnosticadas com TDPM
apresentam maior sensibilidade às variações que o estradiol causa na serotonina,
apresentando, assim, sintomatologia relacionada com a redução dos níveis desse
neurotransmissor (HANTSOO; EPPERSON, 2015).
Estudos evidenciam que eventos passados, transtornos de ansiedade preexistentes,
tabagismo e obesidade são fatores de risco para o desenvolvimento do TDPM (MOUL et
al., 2017; BALLER; ROSS, 2019). Apesar de variar de acordo com a população de
mulheres estudadas, a incidência de TDPM corresponde em torno de 3 a 8%
(FERNÁNDEZ et al., 2019; VICTOR et al., 2019).
A prevalência do TDPM afeta uma grande proporção das mulheres, as quais
apresentam repercussões na esfera psicossocial, provocando uma queda na qualidade de
vida destas e seus familiares. Desse modo, o impacto negativo gerado, principalmente,

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no âmbito profissional propicia o sentimento de culpa e estresse, levando algumas a


abandonarem sua carreira profissional (HARDY; HARDIE, 2017). Além disso, as
mulheres com TDPM apresentaram probabilidade de desenvolverem o transtorno bipolar
oito vezes maior que as mulheres que não possuem (SLYEPCHENKO et al., 2017).
O TDPM gera variadas manifestações clínicas, incluindo sintomas
psicossomáticos e fisiológicos, o que contribui para causar muitos prejuízos nas relações
interpessoais e laborais. Entre as mudanças encontradas no comportamento feminino,
têm-se a expressão de labilidade do humor, irritabilidade, disforia e sintomas de ansiedade
que ocorrem repetidamente durante a fase pré-menstrual do ciclo e cessam por volta do
início do fluxo menstrual ou logo depois. Além disso, elas podem apresentar, também,
cefaléia, sensibilidade mamária e alterações do sono (MOURÃO; ZANINI, 2020; RIOS
et al., 2020).
Apesar das mudanças e consequências geradas pelas alterações decorrentes do
ciclo menstrual interferirem nas relações interpessoais e sociais de forma direta, percebe-
se que os sinais e sintomas do TDPM ainda é pouco compreendido como doença pela
sociedade. Pelo fato de as consequências desse transtorno serem pouco conhecidas e
entendidas, seu impacto negativo na qualidade de vida dessas mulheres torna-se ainda
maior (COSTA et al., 2020; MARTINS et al., 2020).
Como vários sintomas do TDPM são similares a outros transtornos psiquiátricos,
por exemplo, depressão e crises de ansiedade, para a confirmação do diagnóstico, deve-
se realizar uma avaliação prospectiva dos sintomas presentes na fase lútea. De acordo
com a International Society for Premenstrual Disorders (ISPMD), a validação do
diagnóstico ocorre após a análise dos dados referentes a dois ciclos menstruais
consecutivos (SOARES; REID, 2018; HENZ et al., 2017).
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) estabelece
que para o diagnóstico do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é necessário ter pelo menos
cinco sintomas na última semana antes do começo da menstruação, sendo que eles devem
melhorar no início da menstruação e serem praticamente inexistentes depois do seu
término. Além disso, a pessoa deve ter pelo menos uma das manifestações: aumento da
labilidade afetiva, aumento da irritabilidade ou de problemas com outros indivíduos,
aumento do humor deprimido e aumento da ansiedade (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, 2014).
Ademais, para atingir o total de 5 sintomas que a mulher deve apresentar na última
semana antes do começo da menstruação, ao menos um dos seguintes fenômenos deve

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estar incluso nos sintomas já citados, como o menor interesse por atividades cotidianas;
dificuldade de concentração; sensação de estar sobrecarregada, fora do controle, com falta
de energia; mudança brusca do apetite (como comer em grande quantidade ou ter muito
desejo por determinado alimento); sonolência excessiva ou insônia; além das
manifestações físicas, como dor nas articulações ou nos músculos, maior sensibilidade
ou aumento das mamas e impressão do corpo estar inchado ou aumento do peso
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Em relação às diversas ferramentas e técnicas diagnósticas, o Registro Diário de
Problemas de Gravidade (DRSP) é considerado o mais eficaz para o TDPM. O DRSP é
um questionário prospectivo autoaplicável muito utilizado e aceito para estabelecer
critérios diagnósticos e, para sua utilização, a paciente precisa classificar seus sintomas
em pelo menos dois ciclos consecutivos desde o primeiro dia da menstruação
(ELIZABETH, 2021; HENZ et al., 2017).
Além disso, tem-se também a Ferramenta de Triagem de Sintomas Pré-menstruais
(PSST), que é um questionário retrospectivo realizado na consulta com a paciente, sendo
mais rápido e prático em relação ao DRSP. O objetivo da PSST é identificar mulheres
com PMS e PMDD grave, mas ele possui um valor limitado, sendo necessária uma
validação contra a técnica prospectiva (SOARES; REID, 2018; HENZ et al., 2017).
Se mesmo após a utilização dessas técnicas o diagnóstico for duvidoso ou haja
condições patológicas que dificultem a análise do efeito do ciclo menstrual, é
recomendado realizar o teste de supressão ovariana médica com um agonista de GnRH.
Esse teste ajuda na investigação do problema por meio de dados importantes devido à
eliminação temporária da secreção de hormônio ovariano (SOARES; REID, 2018).
A utilização dos Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de
Serotonina (ISRS) (citalopram, escitalopram, fluoxetina, paroxetina e sertralina) é
considerada o tratamento de primeira linha para diversas mulheres com TDPM. Eles
podem ser utilizados de forma contínua ou intermitente, proporcionando melhora nos
sintomas psiquiátricos. No entanto, pode haver o abandono da terapia devido aos efeitos
adversos, como a disfunção sexual, náusea, astenia e fadiga (ELIZABETH, 2021;
SOARES; REID, 2018; RIOS et al., 2020).
Para aproximadamente 40% das pacientes, o uso de ISRS não é efetivo, sendo
necessários os tratamentos alternativos. A Terapia Comportamental Dialética (TCD) é
uma terapia não farmacológica, em que as mulheres aprendem a lidar com as emoções
negativas, melhorando suas relações com as pessoas e evitando crises. Além disso, há

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diversas intervenções, como a prática regular de exercício físico, yoga e dietas específicas
(MOUL et al., 2017; RIOS et al., 2020).
Quando o uso de ISRS e os métodos não medicamentosos não têm eficácia, pode
ser realizada a supressão da ovulação por meio do uso de estrogênio - como os adesivos
transdérmicos de estradiol ou os implantes subcutâneos. Esse método possui bons
resultados em relação aos sintomas mentais e físicos, porém é utilizado os progestogênios
cíclicos para prevenir a hiperplasia do endométrio e garantir o sangramento de abstinência
regular (NAHEED et al., 2013; RIOS et al., 2020).
Os anticoncepcionais hormonais combinados são capazes de melhorar os sintomas
da menstruação e o seu uso de forma contínua é mais eficaz, já que não possuem a
suspensão hormonal como acontece nos anticoncepcionais hormonais combinados
convencionais. Além disso, o uso de hormônio de maneira contínua em conjunto com
antidepressivos é benéfica em pacientes depressivos que possuem uma exacerbação dos
sintomas pré-menstruais (ELIZABETH, 2021).
Caso não haja benefícios em relação a nenhum tratamento, pode-se realizar a
menopausa química por meio dos análogos do GnRH, sendo importante haver uma
adequada orientação médica para a paciente a respeito dos benefícios e malefícios, já que
é uma indicação não licenciada (ELIZABETH, 2021; RIOS et al., 2020). Tem-se também,
em última instância, para mulheres com TDPM grave que não tiveram uma resposta
adequada aos diversos tratamentos oferecidos, pode-se indicar a histerectomia com
ooforectomia (ELIZABETH, 2021; SOARES; REID, 2018).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados supracitados, sabe-se que o TDPM possui variedade de sinais
e sintomas, cursando com prejuízos nas relações interpessoais e laborais da mulher. O
transtorno pode ser tratado com uso de ISRS, terapia comportamental dialética, exercício
físico, yoga, dietas, anticoncepcionais hormonais combinados, menopausa química e
histerectomia com ooforectomia. Contudo, o TDPM ainda é pouco compreendido como
doença pela sociedade, e pela própria paciente, o que causa atraso no diagnóstico e
negligenciamento dos sintomas, gerando grandes impactos negativos na qualidade de
vida da mulher. Portanto, informações quanto à temática devem ser divulgadas, com o
objetivo de melhorar o prognóstico da mulher afetada.

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REFERÊNCIAS

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