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CLAUDIENE DINIZ DA SILVA (ORG.

TECNOLOGIAS
APLICADAS AO
ENSINO DE LÍNGUA
MATERNA
COLETÂNEA DE ARTIGOS DOS ALUNOS DO CURSO

DE LETRAS DA UEMA DE ITAPECURU MIRIM


SUMÁRIO

1. ANA KISSIA CARDOSO RODRIGUES


O USO DO SOFTWARE PANDA PORTUGUÊS COMO AUXÍLIO NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS AULAS DE LÍNGUA
PORTUGUESA DA TURMA 200 DA ESCOLA ESTADUAL CENTRO DE
ENSINO PROFESSOR NEWTON NEVES

2. ANTONIA RAIANE DE OLIVEIRA SILVA


POWER POINT: RECURSO PRESENTE NAS SALAS DE AULA
REMOTAS E PRESENCIAIS COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO
DE LÍNGUA PORTUGUESA

3. BRUNA GABRIELLE COSTA DOS S. SILVA


TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
APLICADAS NO AMBIENTE ESCOLAR

4. CKAMILLY MENDES PALHANO


JENNYPHER FERNANDA DE SOUSA E SILVA
GÊNERO TEXTUAL: TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM

5. ELANDIA ALBUQUERQUE DA SILVA


LINGUAGEM VIRTUAL: A NEGATIVIDADE NA QUALIDADE DA
ESCRITA FORMAL DOS ALUNOS DO SEGUNDO ANO DO ENSINO
MÉDIO DA ESCOLA NEWTON NEVES, ANEXO POVOADO LEITE

6. FERNANDA LETÍCIA DOS SANTOS DA SILVA


YOLI EMILLE SOUSA DIAS
USO DOS JOGOS 4 FOTOS E UMA PALAVRA PARA
APRIMORAMENTO DA ESCRITA E LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL II E USO DA PLATAFORMA MEET
7. GISELE VELOSO SANTOS
MARIA JASILENE AGUIAR GOMES
TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

8. IASMIM IZABELLE MATOS ABREU SILVA


THACYELLE COELHO VIANA
AS POTENCIALIDADES DO USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA
ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS

9. MARCO ANTONIO DA SILVA DE SOUZA


AS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS DIGITAIS INSERIDAS NO
CONTEXTO ESCOLAR: UTILIZANDO O KAHOOT COMO
COMPLEMENTO DO MÉTODO DE ENSINO

10. MATEUS LOPES NASCIMENTO


MAURÍCIO SILVA
CONSTRUINDO UM E-BOOK: PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO
LIVRO MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO

11. TAMYRES GOULART DA LUZ


VANESSA D’AVILA MARINHO RIBEIRO
AS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS DIGITAIS INSERIDAS NO
CONTEXTO ESCOLAR: UTILIZANDO O KAHOOT COMO
COMPLEMENTO DO MÉTODO DE ENSINO

Itapecuru Mirim
2022
O USO DO SOFTWARE PANDA PORTUGUÊS COMO AUXÍLIO NO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DA
TURMA 200 DA ESCOLA ESTADUAL CENTRO DE ENSINO PROFESSOR
NEWTON NEVES.
The use of the Panda Portuguese software as an aid in the teaching-learning
process in Portuguese language classes in class 200 of the state school Centro de
Ensino Professor Newton Neves.

Ana Kissia Cardoso Rodrigues1


Orientadora: Profª Dra Claudiene Diniz da Silva2

Resumo

Esta pesquisa visa ampliar o conhecimento sobre a inserção de aplicativos específicos como auxílio
na ministração de aulas de língua portuguesa no ensino público estadual, ao decorrer do texto, poderá
se observar que através da gamificação é possível reverter a ideia de que o ensino necessita ser
puramente livresco e tradicional.. Após a leitura, ficará claro que as Tecnologias Digitais de Informação
e Comunicação necessitam fazer parte do convívio educacional dos atuais estudantes, visto que estes
são os considerados nativos digitais. É importante salientar que o presente trabalho visa apresentar o
aplicativo Panda Português como uma boa alternativa para se trabalhar em sala de aula, em
decorrência de sua facilidade e objetividade.
Palavras-chave: Tecnologia Educacional; Gamificação; Tecnologias Digitais.

1
Graduanda no Curso de Letras- Licenciatura em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa pela
Universidade Estadual do Maranhão, e-mail: anakissc.16@gmail.com.
2 Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais e com Pós-Doutorado na mesma

instituição. Professora do Curso de Letras Universidade Estadual do Maranhão, e-mail:


claudiennediniz@gmail.com.

Resume

This research aims to expand knowledge about the insertion of specific applications as an aid in
teaching Portuguese language classes in state public education, throughout the text, it can be
observed that through gamification it is possible to reverse the idea that teaching needs to be purely
bookish and traditional. After reading it, it will be clear that Digital Information and Communication
Technologies need to be part of the educational experience of current students, since they are
considered digital natives.It is important to note that the present assignment aims to present the Panda
Portuguese application as a good alternative to work in the classroom, due to its ease and objectivity.
Keywords: Educational Technology; Gamification; Digital Technologies.
1. Introdução

O presente estudo surge da necessidade de observar os impactos positivos


gerados pelo uso de softwares específicos voltados ao ensino da língua portuguesa,
nesta pesquisa a ênfase foi voltada à instituição Pública Estadual a fim de que
compreendesse e superasse os principais desafios que impedem a melhoria da
qualidade da educação pública no uso das tecnologias digitais.
Um aspecto de destaque que o estudo faz é a fluência dos alunos na
utilização de tecnologias digitais, embora na realidade, muitas escolas desvinculam a
educação dessas tecnologias. Englobar as tecnologias de informação e comunicação
se faz necessária, não só pelo lado lúdico e prazeroso de aprender, mas pelo fato de
situar o aluno no viés globalizado e dessa forma ajudar na sua aprendizagem.
Mediante o contexto de pesquisa, surgiu o seguinte questionamento: Como o
uso de softwares específicos para o ensino de língua portuguesa pode contribuir de
maneira positiva para o ensino?
Por conseguinte, como forma de guiar a pesquisa foi tomado como objetivo
geral: analisar os impactos positivos gerados pelo uso do aplicativo Panda Português
na aprendizagem em tópicos da nossa língua materna. Objetivando acompanhar o
desenvolvimento desses alunos através do tópico de acentuação gráfica.
A metodologia utilizada foi a aplicação direta de um questionário possuindo
questões objetivas e uma questão subjetiva a trinta alunos de uma Escola Estadual
de Ensino Médio, localizada em Itapecuru Mirim, município do Maranhão. Para
fundamentar a pesquisa utilizou-se contribuições de alguns autores, como: Anjo
(2018), Coelho (2020), Reis (2010), Côrrea (2003) e dentre outros.
A estrutura do artigo está dividida em introdução, onde se encontra o objetivo
da pesquisa bem como o problema a ser respondido, logo após é traçado o
referencial teórico com as definições fundamentadas por trabalhos de autores
previamente estudados e finaliza com as considerações finais.
1. Referencial teórico

Geralmente, quando se menciona o termo tecnologia, é comum haver a


associação desta palavra a utensílios altamente desenvolvidos, como: tablets,
notebooks e smartphones. No entanto, ao nos referirmos à tecnologia, é importante
salientar que a sua existência, na verdade, acompanha a evolução da humanidade, e
vale dizer ainda que, intrinsecamente à história e durante séculos, estes aparelhos
sequer existiram. Mas antes de compreender o que de fato é tecnologia, é importante
entendermos o que é técnica e diferenciá-las, pois embora possuam a mesma raiz
etimológica, detém conceitos diferentes. Anjo e Silva (2018) afirmam que técnica
advém do grego techné e significa ‘arte’, além disso ela engloba atividades práticas
que vão desde a criação de leis, a aptidão em contar e medir, a arte feita pelo
artesão, a atividade realizada pelo médico até a artes plásticas, que de fato é a maior
tecnicidade humana. Através desse conceito fica evidente que técnica é a
capacidade do homem de produzir determinada coisa de forma racionada, unindo-se
assim ao pensamento de Aristóteles quando ele afirma que técnica não pode ser
considerada algo mecânico e sim algo intelectual.
A palavra tecnologia, por sua vez, é formada a partir da união do termo techné
mais o sufixo logos (razão), o que vai diferenciá-la de técnica é que agora além do
saber fazer, iremos fazer utilizando a ciência e o raciocínio. Ou seja, a tecnologia é
uma maneira de aperfeiçoar a técnica a fim de que contribua com o desenvolvimento
humano. É importante frisar que a partir da tecnologia consegue-se distinguir o ser
humano de outros animais, pois dependerá, inteiramente, do racional.
De acordo com Corrêa (2003):
A Tecnologia [...] irá ampliar a possibilidade de produção de novos
conhecimentos científicos. Na tecnologia, vista como um conjunto de
conhecimentos e princípios científicos que se aplicam a um determinado
setor da sociedade ou ramo de atividade, está a possibilidade de efetiva
transformação do real. A tecnologia é a afirmação prática do desejo de
controle subjacente ao fazer ciência e pressupõe ação e transformação. Ela
é plena de ciência, mas é também técnica.(p.47)

Ou seja, a tecnologia não deixa de ser uma técnica, porém de uma maneira
mais aprofundada, pois se embasa no saber científico. Seguindo esse viés de
definição, podemos citar como tecnologia ocorrida na pré-história: o domínio do fogo
e a invenção da roda; foram dois tipos de técnicas que através da tecnologia
geraram novas ferramentas capazes de ajudar o homem em seu habitat natural, por
exemplo: do domínio do fogo, foram criadas as lamparinas e os isqueiros e da
invenção da roda, surgiram as bicicletas e posteriormente os carros, nesses
exemplos simbólicos compreende-se que a técnica a partir da tecnologia é capaz de
gerar vários objetos que servem como extensão ao corpo humano.
É válido dizer que a tecnologia por acompanhar o desenvolvimento da
humanidade, com o tempo foi adquirindo diferentes definições, ou melhor, definições
mais aprimoradas passaram a surgir, para JUNG (2009, p.3), “tecnologia é a
aplicação do conhecimento científico às propriedades da matéria e da energia, de
forma a serem desenvolvidos novos produtos e processos destinados a reduzir o
esforço humano”. Embasado nisso, é visível a grande importância da tecnologia em
nossas vidas atualmente, no entanto, não adianta possuirmos e não saber usufruí-la
de maneira, literalmente, racional, e é a partir de aí que englobamos a tecnologia
com um cunho educacional.
Mesmo inseridos em mundo altamente tecnológico, trabalhar a tecnologia
digital dentro da sala de aula, abrange desafios consideravelmente grandes, em
decorrência de muitos fatores, como: a falta de tecnologias digitais voltadas
especificamente ao ensino, ou ainda a falta de conhecimento de muitos professores
e alunos no manuseamento das tecnologias digitais que existem, então pensando
nisso, é necessário traçar o conceito de tecnologia digital no âmbito educacional.
Para Reis (2010):
A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se
restringe a ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo
cinema na promoção da educação. Entende-se tecnologia como sendo o
resultado da fusão entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia
educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos
(técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem com
a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas
consequentes transformações culturais. (p.5-6)

Como já mencionado, tecnologia não é um termo destinado somente a itens


tecnológicos, já que ele será o aperfeiçoamento de técnica através do saber fazer
englobado a um viés racional. Ou seja, de nada adianta utilizarmos um computador
em uma sala de aula, se a partir disso não conseguiremos atingir nosso objetivo
metodológico. Em outras linhas, mesmo havendo a presença de uma tecnologia em
sala de aula, é de extrema importância que o professor, a partir disso, saiba conduzir
o aluno para alcançar o objetivo almejado.
Segundo Barba e Capella (2012),
[...] o papel da tecnologia em sala de aula é servir de apoio ao novo
paradigma, isto é, o papel da tecnologia deve ser ajudar os alunos e
aprenderem por si próprios (com a orientação, evidentemente, dos
professores). A tecnologia não deve servir de apoio à velha pedagogia das
lições/aulas com professor. De fato, quando os professores utilizam o velho
paradigma explicativo, agregar a tecnologia mais atrapalha do que ajuda.
(p.60)

Vale pôr em evidência que em sala de aula, uma tecnologia só é considerada


de fato tecnologia, se em sua aplicação vier inseridas novas formas de aprender,
pois se ela apenas utilizar o velho modo, ela será ineficaz. No entanto, ao voltarmos
a atenção para o uso da tecnologias digitais em sala de aula, é interessante que
voltemos em específico para a ministração de aulas da nossa língua materna (a
língua portuguesa), já que, pelo fato de muitos a considerem difícil, é plausível criar
novos modos de repassá-la, fugindo do convencional - aulas puramente livrescas.
Sobre isso, Santos (2003) se posiciona:
[...] com raras exceções, os softwares educacionais são entendidos como
um recurso auxiliar, pronto e acabado, que tem como funções reforçar
conteúdos, motivar e avaliar conhecimentos. Em síntese, o software
educativo tende a ser um canal ou veículo que transmite informações e
administra tipos de exercicíos aplicados tradicionalmente por um professor
num quadro-negro ou por um livro didático. (p. 40-41)

Contudo, considerando a diversidade de tecnologias digitais para o lecionar


dentro da matéria de língua portuguesa, o que mais chama atenção é a gamificação,
pois ela possui raízes que conseguem sustentar por mais tempo a atenção dos
alunos, por gozar do seu lado lúdico, .mas antes de expor o conceito de gamificação
é importante aclarar o que são as TDICs.
As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), de acordo
com ANJO; SILVA (2018, p.6 apud VALENTE, 2013), “referem-se a qualquer
equipamento eletrônico que se conecte à internet ampliando as possibilidades de
comunicabilidade de seus usuários”. Por fazermos parte de uma geração em que
para utilizar equipamentos tecnológicos não necessitamos ser especialistas, pois de
fato somos nativos digitais, faz com que a sua inserção no meio educacional seja
mais fácil e essa facilidade faz com que os alunos sejam independentes no processo
de aquisição do conhecimento, mas nunca deixando de lado a intervenção do
professor, pois isso fará com ele evolua nas situações mais desafiadoras.
As TDICs podem ser utilizadas na busca da informação de que o aprendiz
necessita. Elas representam um dos mais eficientes recursos tanto para a
busca, quanto para o acesso à informação, tornando possível utilizar
sofisticados mecanismos de busca que permitem encontrar, de modo muito
rápido, a informação existente em banco de dados ou na web. (VALENTE,
2014, p.145)

Por meio das TDICs, é possível introduzir o termo gamificação, e segundo


Fadel (2014):
O termo gamificação compreende a aplicação de elementos de jogos em
atividades de não jogos. Assim, embora a palavra tenha sido utilizada pela
primeira vez em 2010, a gamificação tem sido aplicada há muito tempo. Na
educação, por exemplo, a criança podia ter seu trabalho reconhecido com
estrelinhas (recompensas) ou as palavras iam se tornando cada vez mais
difíceis de serem soletradas no ditado da professora (níveis adaptados às
habilidades do usuário). (p.6)

Interpreta-se então, que a gamificação é uma boa alternativa para lecionar em


uma sala de aula. Um exemplo de gamificação educacional é a utilização de
plataformas digitais, pois elas ajudam a aumentar a experiência dos alunos em outros
ramos, como os softwares aplicativos voltados especificamente à educação.
Contudo, pensar em gamificação voltado às plataformas digitais no ensino de Língua
Portuguesa, torna-se um desafio ainda maior, à medida que ainda inexistem muitos
softwares voltados especificamente ao ensino da nossa língua materna.
Por estarmos inseridos na geração da informação e comunicação, as
tecnologias digitais passaram a serem vistas como um meio imprescindível a ser
trabalhado como auxílio nas aulas pedagógicas, e o seu uso está sendo cada vez
mais difundido que passou a compor a quinta competência geral da educação básica
pela Base Nacional Comum Curricular - BNCC:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC, 2018,
p.9)

O software aplicatico Panda Português, desenvolvido por Pedro Sobrinho, é


uma boa alternativa para o auxílio na ministração de aulas da nossa língua materna,
por possuir, em sua estrutura, 1000 questões comentadas que abrangem os tópicos
mais importantes da língua portuguesa, servindo de auxílio principalmente aos alunos
que estiverem o utilizando em momentos solos, sem a presença de um professor.
Segundo o criador do aplicativo, o software oferece 12 modos de treinamento,
interpretação de texto, relatório de desempenho, aparência
personalizada, integração com Whatsapp e grupo de estudos. O lado negativo de
sua estrutura é que, infelizmente, é incompatível com o sistema ios. Porém é
possível trabalhá-lo dentro da gamificação educacional.
Dentre as várias alternativas de tópicos de Língua Portuguesa no aplicativo
Panda, a acentuação gráfica entra em destaque pelo simples fato dela servir como
instrumento auxiliar na representação da linguagem escrita, através dela é possível
diferir significados de palavras que aparentemente possuem a mesma escrita, é o
que ocorre com as palavras secretária e secretaria, nota-se que a “única diferença” é
o acento, dando a palavra significados distintos.
Para Cezar, Calsa e Romualdo (2009),
Os acentos manifestam-se pela altura, intensidade e duração de um
vocábulo, considerados suas propriedades acústicas. Os tons estão
relacionados à altura do som. Apesar da língua Portuguesa não usar o sons
como elementos diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos
suprassegmentais são importantes para a distinção e significação de um
vocábulo. (p.220)

Por isso, estudar acentuação é um tema deveras importante, pois ele irá
abranger todo o conjunto de palavras do léxico português, influenciando na
linguagem escrita e consequentemente comprometendo a leitura. Ou seja, para uma
boa leitura, é necessário o bom emprego da acentuação gráfica.
De qualquer maneira, mesmo já sendo comum a sua difusão em alguns
ambientes escolares, as TDICs precisam conquistar um espaço maior dentro do
campo educacional, pois não faz sentido estarmos inseridos na era da informação e
comunicação, mas o ensino ser ainda comprometido, quase inteiramente, à forma
tradicional de lecionar, pois os alunos não terão um desenvolvimento adequado. Elas
precisam acompanhar a forma como a sociedade caminha, pois de fato, como um
ser humano do século XIX detinha conhecimento é bem diferente de como outro do
século XXI detém, por exemplo. Para Milani (2012, p.60), “Com o avanço da ciência
[...] A sociedade tornava-se cada vez mais complexa e, os seres humanos, cada vez
menos conseguiam entender seu fluxo”. Extraindo a partir disso, que referente às
tecnologias o intuito será se desenvolver cada vez mais e quem não acompanhar,
seja no âmbito educacional, seja no âmbito social, ficará à mercê do
desenvolvimento da humanidade.
2. Metodologia

Este trabalho foi realizado na escola estadual Centro de Ensino Professor


Newton Neves, servindo como amostragem a turma 200 do segundo ano do ensino
médio. Como meio de coleta de dados, optou-se pela pesquisa de campo, haja vista
que esta pesquisa é baseada em dados quantitativos, a fim de que se pudesse
aplicar técnicas estatísticas. A pesquisa de campo é uma boa alternativa quando
pretende-se coletar informações voltadas a um problema previamente refletido.
Para Almeida e Leite (2016), a pesquisa de campo é caracterizada pela busca
de dados que estão ligados diretamente ao universo de estudo, levando em conta
que a fonte de dados é até então desconhecida. Como meio de concatenar os trinta
alunos participantes da pesquisa, foi realizado um encontro semanal em três
semanas. O primeiro encontro foi destinado à apresentação do aplicativo Panda
Português a fim de que os alunos o conhecessem e foi aclarado como utilizaríamos o
aplicativo ao nosso favor nos demais encontros. No segundo encontro, houve em um
primeiro momento aula expositiva sobre acentuação gráfica e logo após, foi dividida a
turma em seis (6) grupos e realizou-se uma dinâmica através do aplicativo escolhido,
no qual, o primeiro grupo fez uma pergunta, advinda do software, ao grupo dois e
vice-versa e dessa maneira o grupo três ao grupo quatro e o grupo cinco ao grupo
seis, até chegar a três primeiros vencedores e para encerrar, uma última rodada para
chegar a um único grupo vencedor, levando este o prêmio. Finalmente no terceiro
encontro, foi aplicado o questionário que continha quatro questões objetivas (para
servirem de dados estatísticos) e uma questão subjetiva. A importância de aplicar um
questionário é que ele servirá como instrumento crucial para coletar informações de
maneira acessível.
Para Coelho, Souza e Albuquerque (2020), apud Hair et al., 2005; Malhotra
(2011):
[...] o questionário é um instrumento composto por um conjunto de
perguntas, questões ou itens padronizados e predefinidos, que usa
mensurar atributos ou características relacionadas a pessoas,
organizações, processos ou fenômenos. Desenvolvidos para coletar dados
por meio de métodos técnico-científicos, o pressuposto principal de um
questionário é a garantia de acurácia e precisão na verificação dos objetos
de investigação.

É válido dizer ainda que desde o primeiro encontro, foi deixado o aviso aos
estudantes que baixassem o software em seu celular e o utilizassem em casa no
intervalo de um encontro ao outro. E levando em conta que, infelizmente, o software
é incompatível com o sistema IOS e por haver estudantes que não possuíam
aparelhos celulares, decidiu-se aplicar a dinâmica com o aplicativo em grupo, a fim
de que todos os alunos fossem integrados e participassem da experiência, como já
dito anteriormente.
3. Análise de dados

A coleta de dados foi realizada em uma Escola Estadual de Ensino Médio


situada em Itapecuru Mirim, município do Maranhão, ocorrida no mês de outubro de
2022, para que a pesquisa se consumasse, foi observada a disponibilidade de
horários bem como o tempo disponível de todos os participantes da pesquisa.
Os alunos participantes receberam o questionário contendo quatro questões
objetivas e uma questão subjetiva e, antes de aplicar foi explicado aos alunos que se
tratava de uma pesquisa de campo sobre Tecnologias Digitais no ensino de Língua
Portuguesa, com o objetivo de analisar a importância e o impacto positivo que os
softwares específicos de Língua Portuguesa podem causar na aprendizagem dos
alunos do ensino médio. É importante salientar que durante os encontros anteriores,
os alunos obtiveram base para conseguirem responder ao questionário.
Para verificar os dados obtidos de maneira quantitativa, optou-se pela
representação gráfica em formato de pizza, por ser mais fácil a visualização da
distribuição da turma em torno das alternativas escolhidas para cada questão
objetiva.
O questionamento inicial se embasa em saber se os alunos consideram o uso
das tecnologias digitais em sala de aula como uma boa alternativa para a
ministração das aulas de língua portuguesa, possuindo apenas duas alternativas
(sim/não) a turma se dividiu da seguinte maneira:
A maior parte dos alunos consideraram que as Tecnologias Digitais são
importantes dentro de sala de aula, isso engloba 93,3% da turma que equivale a 28
alunos participantes da pesquisa, os outros 6,7% que não consideram, por sua vez,
equivale a 2 alunos.
O segundo questionamento refletia a possibilidade dos alunos já terem tido
algum contato com aplicativos específicos da matéria de língua portuguesa
anteriormente, e por meio das alternativas (sim/não), os alunos assim se dividiram:

Percebe-se que 96,7% da turma não tiveram a experiência da utilização de


tecnologias digitais nas salas em anos anteriores, ou seja 29 alunos e apenas um já
havia tido contato. Mesmo vivendo em mundo altamente tecnológico o uso de
aplicativos específicos voltados a nossa língua materna ainda é pouco evidenciado,
isso decorre de vários fatores como a falta de conhecimentos dos professores sobre
esses softwares específicos ou até mesmo a falta de recursos de muitas escolas
para a implementação dessa melhoria, principalmente em escolas públicas, pois
sabe-se a realidade aqui presente. No entanto, mesmo sendo a primeira vez que os
alunos tiveram contato com algum aplicativo dentro de sala de aula, a maioria da
turma considerou o uso do software uma facilidade para aprender alguns tópicos de
língua portuguesa, como a acentuação gráfica, e esses dados entram no terceiro
item do questionário, onde o teor da pergunta era se os alunos consideravam o
aplicativo Panda uma facilidade para aprender tópicos da nossa língua materna:

A maioria da turma considerou que aprender tópicos de língua portuguesa é


mais fácil com o auxílio de aplicativos, por ser uma forma descontraída de aprender.
Aprender através do lado lúdico auxilia o aluno a compreender de maneira simples e
leve assuntos que são considerados difíceis.
Para Moreira (2017),
[...] o lúdico desenvolve as potencialidades intelectuais, físicas e criativas,
prezando pela interação social e interpessoal, possibilitando a participação,
a interação, cooperação, o respeito mútuo, bem como abrangendo a análise
crítica, reflexão, motivação e a participação, garantindo assim o prazer de
aprender, respeitando as particularidades de cada um e o meio onde se
encontram inseridos, gerando uma convivência natural, espontânea e
responsável”. (p.9-10)

Ou seja, desvincular o lado lúdico do ensino é uma prática que desfavorece o


processo de aprendizagem, levando em consideração que através do lúdico os
estudantes conseguem aprender com mais facilidade e por meio disso, o educando
desenvolve base para superar suas dificuldades presentes no ensino.
O último item do questionário focaliza a escolha dos alunos em preferirem
aulas somente embasadas no livro didático ou aulas que utilizem tecnologias digitais
como auxílio. De 30 alunos, essa foi a porcentagem:
Vinte e sete alunos preferem ter aula com a utilização de tecnologias digitais,
isso é um dado importante visto que reflete o impacto positivo que a experiência
usando-as lhes causaram. E, obviamente este dado condiz com a realidade atual,
visto que, a geração de alunos atualmente é nativa digital, possuem internet como
mecanismo principal para buscas em diversos assuntos. É importante ressaltar que
trazer tecnologias digitais para o âmbito educacional desperta no aluno interesse em
apreender conhecimentos até então não dominados.
Para finalizar o questionário, foi feita uma questão subjetiva a fim de observar
por meio da escrita aspectos positivos decorrentes do uso do software escolhido,
para tanto, dentre as trinta respostas disponibilizadas, três respostas foram
escolhidas e dentre os critérios para a escolha, a principal analisada foi a
objetividade na resposta. O assunto da última questão era o destaque de um ponto
positivo do uso do aplicativo Panda Português dentro de sala de aula ao compará-lo
com aulas tradicionais (somente com o uso de livros)
As respostas assim foram disponibilizadas: “O lado positivo que eu achei foi
que existe mais facilidade em aprender com o uso do aplicativo, e desperta mais
curiosidade a respeito dos assuntos e traz mais clareza do que com as aulas
tradicionais”. (Participante A). “Um ponto positivo é que no modo tecnológico se torna
mais fácil e prático de se trabalhar”. (Participante B). “O aplicativo é uma ferramenta
mais prática do que os livros tradicionais, e torna o aprendizado mais fácil e
divertido”. (Participante C)

Nota-se que embora foram redigidas por pessoas distintas, os principais


pontos positivos que se destacaram foram: a facilidade e a praticidade. E
obviamente, estes são os pontos mais esperados, levando em conta o objetivo
central das tecnologias digitais: simplificar a vida do homem. É interessante ressaltar
que mesmo não havendo tanta proximidade das tecnologias digitais em boa parte
das escolas, os alunos conseguem se adaptarem facilmente a essa realidade de
inserção, pelo fato de terem uma presente proximidade no cotidiano extraescolar.
Não é errôneo então afirmar que mais à frente novas práticas pedagógicas serão
trabalhadas lado a lado a essas tecnologias, já que o intuito será seu avanço e
aprimoramento cada vez mais.
Para Wiese e Silva (2016),
O avanço das tecnologias digitais nos coloca diante de uma geração
habituada a novas práticas e consequentemente, vemos chegar às salas de
aulas um novo perfil de estudante. Em decorrência do hiato causado entre o
novo perfil do aluno e as práticas pedagógicas utilizadas no processo
pedagógico emerge a necessidade de adoção de novas possibilidades
didáticas pautadas pelo uso das tecnologias” .(p.3)

Ou seja, é necessário que a educação caminhe lado a lado com as TDIC’s,


pois os estudantes do cenário atual conseguem se sobressair e ter um maior
desenvolvimento, afinal não há como desvincular educação e tecnologia, emergidos
no século da informação e comunicação. O aplicativo Panda Português dentro da
experiência, desde o início foi bem abraçado pelos estudantes, pois por meio dele,
conseguiram tranquilizar dificuldades que faziam parte do âmbito educacional dentro
da matéria de português.

4. Conclusão

Considerando a apuração da análise realizada através da pesquisa de campo


de maneira quantitativa, podemos concluir que embora hajam poucos softwares
específicos no ensino de língua portuguesa, o seu uso é de extrema importância,
visto que auxilia os alunos a compreenderem de forma mais simplificada e
descontraída assuntos que são considerados “incompreensíveis”. Além do mais, a
utilização desses softwares em sala de aula contribui para que o aluno se torne
protagonista de seu próprio aprendizado, levando em conta que não é em todos os
momentos que o professor estará o acompanhando.
Por estarmos em um mundo globalizado, é necessário que a escola vincule a
educação às tecnologias digitais, pois o aluno atual necessita se desenvolver
academicamente acompanhando sempre o avanço da sociedade, pois dentro da
escola ele estará sendo preparado para o convívio nela. Embora o foco seja o aluno,
é de extrema importância também que os professores saibam inovar seus métodos
pedagógicos sempre ligada às TDIC’s, pois a partir de inovação é possível assegurar
por mais tempo a atenção do aluno e dessa maneira consigamos formar uma
geração isenta de preguiça intelectual.
Por fim, para que a educação caminhe lado a lado com as Tecnologias
Digitais, é interessante que isso faça parte da grade curricular mesmo sabendo que é
algo desafiador, pois quanto mais completo for o ensino, mais aperfeiçoamento será
exigido do professor e mais capacitado e preparado o aluno se tornará.
Referências utilizadas:

ALMEIDA, Adriana Aparecida Borin de; LEITE, Leandro Butier. Manual de


Metodologia da Pesquisa Aplicada à Educação. Porto Feliz: Faculdade de Porto
Feliz, 2016.

ANJOS, Alexandre Martins do; SILVA, Glaucia Eunice Gonçalves da. Tecnologias
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UFMG, 2018.

BARBA, Carme; CAPELLA, Sebastià. Computadores em sala de aula: métodos e


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2018.

CEZAR, Kelly Priscilla Lóddo; CALSA, Geiva Carolina; ROMUALDO, Edson Carlos.
Livro didático: seu papel nas aulas de acentuação gráfica. Curitiba: UFPR, 2009.

COELHO, Jorge A. P. M.; SOUZA, Gustavo H. S. and ALBUQUERQUE, Josmário.


Desenvolvimento de questionários e aplicação na pesquisa em Informática na
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CORRÊA, Maíra Baumgarten. O Brasil na era do conhecimento. Porto Alegre:


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MILANI, Sebastião Elias. Aspectos historiográficos do século XIX. Jundiaí: Paco


Editorial: 2012.
MOREIRA, Vanessa Marcio. O Lúdico no processo ensino aprendizagem:
reflexões a partir de uma pesquisa realizada em uma instituição pública, do
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FADEL, Luciane Maria, et al. Gamificação na Educação. São Paulo: pimenta


Cultural, 2014.
POWER POINT: RECURSO PRESENTE NAS SALAS DE AULA REMOTAS
E PRESENCIAIS COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA

Antonia Raiane de Oliveira Silva1

.
Resumo: Para o presente artigo, buscou-se compreender como e até que ponto o
processo de utilização de programas como o Power point influenciam na didática
metodológica dos docentes em relação ao ensino presencial e remoto. Usou-se da
proposição de entrevistas aplicadas através de questionários, com professores de
língua portuguesa da educação básica, atuantes no ensino público e privado na cidade
de Itapecuru Mirim/MA. Com o objetivo de ratificar a introdução das tecnologias de
informação e comunicação (TIC) ao ensino da língua, mediante a presença dessas
ferramentas no cotidiano dos alunos. Uma vez que, essas tecnologias não devem ser
ignoradas no processo de ensino e aprendizagem, o presente estudo buscou trabalhar
essa questão no ponto de vista dos professores. Os questionários foram produzidos e
aplicados em uma perspectiva qualitativa, possibilitando que os profissionais
expusessem suas percepções individuais sobre o tema, objetivando dentre outros
aspectos, saber a frequência de utilização dessa ferramenta nas aulas, os critérios de
utilização, materiais produzidos e até mesmo as dificuldades enfrentadas ao utilizar
esses programas. Embasado nas concepções de autores como David, Levy e Cobucci,
é um artigo que expõe em âmbito vasto as TIC no ambiente escolar, destacando de
que forma essas novas tecnologias atuam na disseminação dos principais eixos da
linguagem. Trabalhando em desenvolver as potencialidades dos alunos, segundo a
cultura digital vigente no cenário atual.

Palavras-chave: TIC; Power Point; Língua Portuguesa; Ensino-Aprendizagem;


Cultura Digital.

1 INTRODUÇÃO

Em razão dos avanços tecnológicos, que vem sendo incorporados no contexto


das pessoas nos últimos anos, o presente artigo abrange questões voltadas às
influências que essas modificações exercem sobre os múltiplos âmbitos da sociedade.
Além de tratar estritamente de aspectos ligados a isso, que influem no âmbito
educacional de língua portuguesa atual.

1
Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Maranhão – IFMA, aluna do curso de Letras da
UEMA. raianeholiveira01@gmail.com .
Por conseguinte, serão apresentadas concepções de alguns autores que retratarão
este cenário de maneira pertinente aos estudos propostos. Sobre qual é a real atuação
das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no processo de ensino e
aprendizagem.
Trataremos, então, sobre a necessidade dos profissionais envolvidos na
educação fazerem uso dessas tecnologias a fim de proporcionar aos discentes uma
amplitude no processo de aprendizagem, através do estabelecimento de conexões
entre as informações e a diversidade de conteúdos trabalhados e absorvidos em sala de
aula (LÉVY, 1999; CRUZ, 2008).
Além de aprofundar conceitos ligados à disseminação do ensino da língua, em
relação ao ensino tradicional, também serão abordados aspectos do ensino remoto,
tanto como um viés emergencial, como enquanto uma modalidade de ensino que
persiste até os dias de hoje.
Em relação ao ensino de língua portuguesa, será destacada a importância de ter a
escola como ambiente norteador para a preparação dos alunos para atuarem com
competência nos denominados eixos da linguagem. Sendo eles, a leitura, a produção
dos textos, a oralidade dos alunos e por fim, a análise linguística (COBUCCI, 2022).
Para que, assim, o presente estudo explicite como e até que ponto as TIC,
especificamente programas como o Power Point agem nesse processo, considerando o
momento de expansão da cultura digital vigente.
Dessa forma, o artigo tem como objetivo, além de levantar discussões
pertinentes à referida temática, também tentar compreender as múltiplas funções
linguísticas dentro do ensino de língua portuguesa que essas ferramentas tecnológicas
tem. Despertar um senso crítico nos educadores e alunos que tiverem acesso ao
material discorrido, para que dessa forma, possa ser assegurada a participação das
tecnologias de informação e comunicação (TIC) no aperfeiçoamento das práticas
pedagógicas dos professores atualmente.

2 AS TIC E SEU USO NO AMBIENTE ESCOLAR PRESENCIAL E


REMOTO

As tecnologias de informação e comunicação (TIC), nascem de uma


necessidade constante das sociedades em se habituarem às contínuas evoluções que
vieram acontecendo no cotidiano de cada indivíduo ao longo do tempo. Com isso,
transformaram e vêm transformando de maneira recorrente o cenário das relações
individuais e coletivas do homem.
Segundo (DAVID, 2020), as inspirações humanas, ao longo dos anos, foram
associadas às inovações constantes. Desse modo, visando praticidade e bem-estar no
contexto de vida cotidiana, o ser humano consolidou esta necessidade por meio de
investimento físico e financeiro em novos projetos de criação, invenção e reinvenção.
Observe o trecho abaixo:

“Juntamente com as modificações sociais decorrentes da inserção das


tecnologias nos mais diferentes contextos e espaços, observa-se o surgimento
da cibercultura, isto é, uma cultura contemporânea promovida pelos novos
ciber avanços, intimamente ligados às tecnologias digitais. Entre as áreas da
cibercultura que recebem destaque nos ciberespaços (LÉVY, 1999) aponta a
comunicação e a informação com rapidez, constituídas principalmente pela
ausência de necessidade física do homem na instituição de diálogos
comunicacionais e relacionamentos.” (DAVID, pág. 2, 2020)

Fundamenta-se, portanto, que o papel dessas TIC está ligado a uma adaptação
necessária para a denominada cultura contemporânea. Que, assim como o trecho
discorre, foi instaurada através das novas tecnologias que abraçam os mais diversos
meios sociais.
Partindo do pressuposto de ver as TIC como algo recorrente na realidade
humana, pontua-se a presença desses mecanismos nos âmbitos educacionais da
atualidade. Uma vez que, essas mesmas tecnologias antes citadas, são mais que uma
realidade no contexto de vida de cada criança e jovem das escolas nos dias de hoje.
Um fato, que torna ainda mais complexo o processo de ensino e aprendizagem
executado entre alunos e professores.
Em uma perspectiva de ensino presencial, tem-se a noção dos novos métodos
que impulsionam novas formas de letramento, assim como destaca (BRASIL, 2018).
O documento ratifica em sua legitimidade, que as práticas voltadas para a nova cultura
digital no currículo dos alunos não contribui somente para que haja uma participação
mais efetiva e crítica nas práticas contemporâneas de linguagem, mas também permite
que esses discentes possam ter uma noção de que são mais do que somente usuários
de língua e de linguagens mas sim que eles podem criar, modificar e mesclar.
Produzindo sentidos, o que dentre outras coisas, está atrelado ao desenvolvimento da
criatividade do indivíduo.
A esse respeito, David (2020) destaca que:

“Nos últimos anos as tecnologias têm se inserido, também, nos


espaços escolares e se destacado como relevantes ferramentas no processo de
organização e aplicação metodológica representadas pelas Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Em razão disso, os autores
afirmam que os profissionais envolvidos na educação, devem fazer uso das
tecnologias a fim de proporcionar aos alunos uma amplitude no processo de
aprendizagem, por meio do estabelecimento de conexões entre as
informações e a diversidade dos conteúdos trabalhados e aprendidos em sala
de aula (LÉVY, 1999; CRUZ, 2008).” (DAVID, pág. 2, 2020)

O trecho acima, sendo assim, ratifica a importância de inserir as novas formas


de letramento no ensino tradicional não apenas em um ponto de vista alternativo, mas
também em um sentido necessário aos vários contextos que podem surgir dentro e
fora da sala de aula. E esse, chamado multiletramento, é propiciado justamente através
dos muitos mecanismos presentes no contexto de exposição metodológica, aos quais o
docente utilizará como estratégias de ensino. Desse modo, conferindo ao professor de
língua portuguesa a oportunidade de instituir qual modelo de hipermídia, por exemplo,
utilizará para a disseminação dos conteúdos trabalhos.
É preciso considerar também, o período que instalou desorganização e caos
nos mais diversos setores da sociedade atualmente, o período de pandemia
proveniente da disseminação do vírus da COVID 19. Algo, que direta e
indiretamente afetou de maneira considerável a educação em uma perspectiva
mundial. E para mitigar os impactos causados por essa adversidade foi proposto o
ensino remoto, que foi idealizado em um primeiro momento apenas como método
emergencial, mas que perdurou e segue fazendo parte da realidade de ensino dos
professores até o momento presente.
Houveram muitos recursos que puderam contribuir com o êxito e a
continuidade dessa modalidade de ensino, dentre eles (SOUSA et al, 2022) lista o
Google, o Kahoot, o google meet, Microsoft teams, o canva, o próprio Power Point,
etc. Ferramentas, que reforçaram um bom desempenho dos professores em executar as
suas aulas e propiciar interação didática nos estudos diversos das linguagens.
Nesta perspectiva, é pertinente pontuar sobre o uso dessas ferramentas no
ensino remoto em um contexto pandêmico, anterior ao cenário atual. Sobre isso,
Sousa et al (2022) comenta que essas questões sobre as ferramentas digitais se
intensificaram desde o início da pandemia, e seguem sendo uma forma de
disseminação de ensino por vários lugares. Neste caso, ainda segundo Sousa et al
(2022) as escolas se adaptaram a essa nova realidade, deixando de lado o quadro e as
ferramentas de escrita convencionais ao professor e aderiram à projeção de slides em
uma classe virtual proporcionada pela tecnologia como suporte educacional.
É importante ressaltar, em um ponto de vista geral do ensino, a legitimidade
em promover a comunicação entre os participantes desse processo. E para consolidar
essa ideia, tem-se que:

“O atual contexto de crise de saúde pública instalada pela COVID-19


torna [...] vista a necessidade de o professor rever as metodologias e as
ferramentas pedagógicas contemplando o uso das TDIC como aliadas nos
processos de ensino e aprendizagem nas áreas de leitura e de comunicação.
[...]” (DAVID, pág. 2, 2020)

Assim, a revisão de novas práticas metodológicas é vigente em relação ao


ensino presencial, sendo também essencial à perspectiva do ensino remoto em
momentos outrora emergenciais e também no momento presente. Dentre outras coisas,
porque é imprescindível estabelecer comunicação das mais diversas formas entre
professor e aluno.

3 AS HIPERMÍDIAS NO PROCESSO DE ENSINO DE LÍNGUA


PORTUGUESA

Isso, porque hoje são muitas as alternativas resultantes do ensino remoto


utilizado como método emergencial, uma delas é o ensino híbrido que consistiu na
junção das modalidades presencial e remota.
Uma junção que resultou em muitos desafios para os professores. Algo que os
induziu a rever suas metodologias, e os incentivou a propagar o ensino da língua
através das diversas linguagens possíveis, estritamente contemplando todas as
ferramentas tecnológicas vigentes em suas aulas.
A questão da exploração desses recursos tecnológicos, leva a contribuições
valorosas de outros autores que foram primordiais para o desenvolvimento da presente
pesquisa. Ao adentrar, por exemplo, no enfoque das hipermídias. Onde, explorando a
definição que é colocada por Rezende e Cola (2004), tem-se que, a hipermídia
permite que um conceito seja apresentado não priorizando os métodos tradicionais de
leitura mas sim por meio de som, imagens e vídeos, isso associado aos recursos que o
texto confere.
O que pode-se perceber, é que frente ao que está sendo analisado na presente
pesquisa, ferramentas como o Power point estão dentro deste grupo de elementos que
permitem com que a tal cultura digital seja propagada por meio de novos tipos de
letramento implementados nas salas de aula e que, de fato, se fazem possíveis através
de ferramentas como essa.
Associando isto à questão do Power Point enquanto excelente alternativa
metodológica no ensino de língua portuguesa, vejamos que a Base Nacional Comum
Curricular – BNCC salienta em sua legitimidade sobre o assunto:

“[...] Parte do sentido de criatividade em circulação nos dias atuais


(“economias criativas”, “cidades criativas” etc.) tem algum tipo de relação
com esses fenômenos de reciclagem, mistura, apropriação e redistribuição.
Dessa forma, a BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes
linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com
baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia.”
(BRASIL, pág. 72, 2018)

O trecho ratifica, portanto, a importância das hipermídias em equilibrar a


transmissão de conhecimento desde as formas mais simples até as mais complexas.
Apresentando múltiplas abordagens aos alunos, que abracem características de um
ensino tradicional e essencial. Ao mesmo tempo em que contemple os diferentes tipos
de letramento utilizando as mais diversas tecnologias.

4 METODOLOGIA

Neste estudo, utilizou-se a pesquisa qualitativa bibliográfica como referência


metodológica. A mesma, se caracterizou como forma mais adequada para explorar a
temática e os objetivos a serem alcançados. Para isso, realizou-se levantamento
bibliográfico baseado em materiais diretamente ligados ao tema central desta
pesquisa, revisões direcionadas à melhor compreensão e embasamento sobre o assunto
e posteriormente entrevistas com docentes da educação básica de escolas públicas e
privadas delimitando os principais objetivos a serem alcançados através dos dados
coletados.
Em se tratando do teor da temática estudada, é valoroso ressaltar a relevância
da bibliografia utilizada para sua conclusão, uma vez que, o viés qualitativo direciona
o trabalho científico em seu estudo e análise feitos pelo pesquisador, ratificando ideias
de demais autores para fundamentar o que se propõe (SOUSA, OLIVEIRA e ALVES,
2021).
Na perspectiva da pesquisa qualitativa, é importante lembrar que esse tipo de
pesquisa não prioriza a quantificação de dados e nem tão pouco mensurar de forma
exata as informações adquiridas após a sua utilização. Ao contrário, segundo Paulilo
(1999) essa referência metodológica de pesquisa trás consigo uma esfera de
subjetividade, e através dela consegue-se penetrar nas intenções e motivações a partir
das quais ações são geradas. Dessa forma, usá-la é indispensável quando os temas
pesquisados demandam um estudo fundamentalmente interpretativo. Assim, com a
intenção de reflexão e discussão sobre o tema, e dessa forma, compreender a
concepção de cada professor participante da pesquisa.
O método de aplicar entrevistas através de semiestruturação, é uma
ferramenta característica dos estudos qualitativos, dentre outras coisas, para construir
um diálogo de interação entre o pesquisador e os pesquisados. Vale lembrar que, a
fase de elaboração junto ao momento de aplicação do questionário, criariam uma
divisão da pesquisa em dois momentos: Um primeiro direcionado à construção de
ideais bibliográficas da pesquisa, e um segundo voltado para adquirir os dados que
serão analisados nos resultados.
Foram utilizados, portanto, questionários com o objetivo de coletar
informações abertas sobre a percepção individual de professores do ensino básico a
respeito da utilização do Power Point no processo de formulação e transmissão de
conteúdos de língua portuguesa para os alunos, na perspectiva do ensino presencial e
remoto. De forma geral, contemplava identificar até que ponto o material visual
apresentado através dessa ferramenta auxilia na dinâmica das aulas desse componente
curricular.
Os dados, foram adquiridos a partir da participação de três docentes de língua
portuguesa, que lecionam na educação básica em escolas públicas e privadas da
cidade de Itapecuru Mirim /MA. As perguntas elaboradas deixaram cada professor
livre para expor sua opinião de acordo com suas metodologias e experiências
professorais, o que valida o aspecto subjetivo desse tipo de questionário. Também foi
válido averiguar se há, ou não, em seus trabalhos um ensino que contemple a cultura
digital, as diferentes linguagens e diferentes letramentos, desde os que possuem um
baixo nível de hipertextualidades, até os que envolvem a hipermídia (BRASIL, 2018),
como é o caso do Power Point.

5 RESULTADOS OBTIDOS

A pesquisa, além de aflorar o saber sobre as questões ligadas às tecnologias de


informação e comunicação (TIC), também possibilitou novas percepções a respeito
dessas tecnologias e sua aplicabilidade nas salas de aula. Por conseguinte, fomentou
compreender também a relação de proximidade entre essas ferramentas e o ensino de
língua portuguesa em relação às duas modalidades de ensino destacadas (presencial e
remota). Percepção defendida por Cobucci (2022).
O estudo também estreitou-se em torno da utilização de uma tecnologia
específica, o Power Point. Neste caso, foi trabalhada a perspectiva do seu uso nas
aulas de língua portuguesa assim também como o contexto que relaciona esta
ferramenta aos novos tipos de letramento inseridos nos âmbitos educacionais, e que
levanta as diversas formas de linguagem que podem ser utilizadas para o ensino da
língua e fomentar competências nos eixos relativos á linguagem. Isso, para preparar os
discentes em um caráter acadêmico e social (COBUCCI, 2022).
Para adquirir as informações necessárias à dada pesquisa, foram promovidos
estudos precípuos e diálogos entre o pesquisador e o público alvo, além de uma
minuciosa revisão bibliográfica para melhor embasamento. Com professores inseridos
no ensino privado e público, para abranger as mais diversas realidades de ensino na
cidade de Itapecuru Mirim/MA.
A partir disso, dividiu-se a pesquisa em dois blocos que buscavam coletar as
percepções individuais dos docentes participantes da pesquisa em duas perspectivas.
Por um lado, o ensino presencial tradicional e a incorporação do Power Point como
estratégia de ensino, e por outro, esse mesmo viés, porém, em relação ao ensino
remoto.
Nesse sentido, com a aplicação dos questionários foi possível identificar e
explicar a realidade multidimensional das tecnologias dentro das escolas. E sobre
como os professores vêm estabelecendo uma relação estável com essas TIC em sua
docência. Como salienta David (2020).
Para uma melhor análise dos dados coletados através das entrevistas com os
professores, fez-se uma triagem de informações mediante aos setores de ensino
(presencial e remoto) e mediante as percepções mais eficazes de cada docente
envolvido.

Setor 1 – Perguntas direcionadas ao ensino presencial: Nesse momento do


questionário, os três entrevistados destacaram a importância de inserir as TIC nas
aulas e lembraram de como devemos levar em consideração o momento de ampliação
tecnológica que as sociedades vivem no cenário atual, como disse o docente 3:
“[...] com novas expectativas, a sociedade vive um novo tempo. [...] As
tecnologias, então, possibilitam mais recursos e meios de aprendizagem aos
educandos, através da comunicação visual, além de oferecer uma interação entre
ambos (escola e aluno)” - Professora do 4° ano no ensino privado e de reforço escolar.
Ao destacar este comentário, que resume as concepções gerais dos entrevistados,
é testificada a questão da escola aderir a um planejamento de trabalho direcionado a
apresentar textos e enunciados com intenções claras, isso a partir da realidade dos
estudantes ao qual a linguagem deve ser direcionada e cuidada. Ou seja, as várias
faces dos gêneros textuais presentes nessas tecnologias, engajarão o aluno á
aprendizagem, uma vez que se trata de um mecanismo que, de fato, circulará na
sociedade e em sua realidade pessoal de cada um (COBUCCI, 2022).
Seguindo este pressuposto, o docente 2 respondeu complementando:
“[...] a evolução tecnológica [...] molda cada vez mais os gêneros textuais que
produzimos quando nos comunicamos. [...] se a era é o celular, a internet, por que não
utilizar? Isso é contextualidade, evolução linguística, eu diria. [...]” – Professor do 6°
ao 9° ano atuante no ensino público e privado.
Nesta perspectiva, é reforçado o papel dessas tecnologias na propagação dos
vários gêneros textuais que permitem a criação de cada vez mais meios de
comunicação entre os que se beneficiam dos estudos da língua.
Em relação à aplicabilidade da tecnologia em destaque neste estudo, o
docente 1 fez considerações, antes de tudo, relacionadas à disponibilização dos
recursos necessários para utilizar algum material produzido no Power Point. O que em
relação ao ensino presencial, por vezes, impossibilita essa alternativa de implementar
novas práticas de reprodução de linguagem através de mecanismos ligados ao
conceito hipermidiático por trás do uso desse tipo de programa.
“Presencialmente faço uso com pouca frequência do Power Point, [...] logo,
há poucos aparelhos data-show para cinco turmas, para o seu uso devemos fazer
agendamento.” – Professora do 5° ano no ensino privado.
No tocante a isto, vê-se uma das múltiplas adversidades enfrentadas pelos
docentes nas escolas onde trabalham em relação às tecnologias de informação e
comunicação (TIC). Seguindo esta linha de raciocínio, ainda segundo o docente 1
tem-se que:
“A inserção das novas tecnologias em sala de aula para o ensino de língua
portuguesa [...] não é muito utilizada por alguns professores devido a alguns fatores
como: a falta de conhecimento do manuseio dos aparelhos por preguiça de aprender
ou ainda por medo de serem trocados pelas TIC. Logo, o mundo contemporâneo é um
espaço de reformas, de implementações, recriações e tecnologias. Como o papiro na
antiguidade em relação aos Tablets e Notebooks na modernidade.” - Professora do 5°
ano no ensino privado.
Primeiro, em detrimento à familiaridade em se relacionar com os novos avanços
tecnológicos, o docente entrevistado ratifica a insegurança de alguns profissionais em
adaptar-se a essas práticas em suas aulas (PIMENTEL et al, 2021). Por conseguinte,
associa essa insegurança às mesmas ocorridas em outros âmbitos da sociedade, de
acordo com avanços na modernização advindos da antiguidade.
A priore, os professores expuseram suas considerações individuais a respeito
do uso específico do Power Point como uma tecnologia bastante vigente nas salas de
aula tradicionais, e por consequência, muito pertinente ao ensino de língua portuguesa
em suas múltiplas vertentes de propagação de competências linguísticas.

Setor 2 – Perguntas direcionadas ao ensino remoto: Em detrimento ao


ensino remoto, foram expostas questões restritas à realidade do ensino a distância, as
adversidades e potencialidades vivenciadas pelos professores, tanto no período
emergencial quanto nos momentos posteriores ao caos precípuo da pandemia. O
docente 2 começa salientando que:
“No contexto remoto, o Power Point é o quadro branco que o professor
utiliza. Portanto, é um importante recurso visual nessa situação. Por meio desse
programa, é possível preparar um material bastante semiótico a fim de tornar a
exposição do conteúdo mais atrativa.” - Professor do 6° ao 9° ano atuante no ensino
público e privado.
Entre outras coisas, ele coloca em evidência a alternância de metodologias e
materiais usados por ele no momento de troca de uma modalidade de ensino
tradicional aos costumes advindos dos primórdios das práticas educacionais, por um
ensino estritamente voltado para a ausência de um aspecto de contato presencial
(LÉVY, 1999).
Dessa forma, o profissional da educação de língua portuguesa teve que se
habituar em adaptar a sua forma de se comunicar com suas turmas, de maneira a
engajá-los aos conteúdos de forma didática, considerando dentre outros aspectos, a
individualidade de cada discente (uma vez que, nesta modalidade de ensino, é bastante
complicado estabelecer uma proximidade relacional entre professor e aluno). Veja o
que destacou o docente 3:
“Os professores devem conseguir transmitir os conteúdos em tempo hábil e
com clareza, levando em consideração o processo de aprendizagem de cada
educando” - Professora do 4° ano no ensino privado e de reforço escolar.
Sobre as práticas de ensino voltadas á modalidade on-line, o docente reforça
a importância de equilibrar as práticas educativas às práticas pedagógicas de interação
e mediação do professor. Uma vez que, destaca o ensino eficaz apesar das
adversidades por trás de uma sala de aula construída por uma plataforma de ensino on-
line.
Muitos são os desafios para compreender e ensinar o aluno, no entanto, o
profissional deve, com insistência, buscar promover as melhores estratégias para
disseminar os estudos da linguagem. Sendo o Power Point,, uma alternativa mais que
pertinente neste cenário.
Assim, como na situação do ensino presencial, no ensino a distância os docentes
também enfrentam os desafios em relacionar-se com essas ferramentas (desafios em
relação a infraestrutura e até mesmo de letramento digital por parte dos professores),
como fundamenta Pimentel et al (2021).
Na perspectiva de seus estudos, coloca que essa é uma realidade imersa em
descasos, negligências e carências, por vezes, o que não impede novos meios e novas
práticas didático-pedagógicas. Isso, porque as novas formas de fazer educação,
especialmente no que diz respeito às tecnologias, transcendem o espaço escolar
presencial (PIMENTEL et AL, 2021).
Setores 1 e 2 – Concepções em comum ao uso da tecnologia sob o olhar dos
três entrevistados: É primordial estabelecer uma opinião em comum sob o olhar de
todos os participantes da pesquisa. Isso, porque se trata de um tema que abraça a nova
realidade cultural de ensino no momento presente, a inserção das TIC no ensino de
língua portuguesa, de forma específica e a aplicabilidade de programas como Power
Point sendo estratégia de reprodução de conteúdos.
Podemos observar a resposta abaixo, retirada dos dados coletados com
abrangência por cada um dos professores entrevistados:
“os documentos que orientam o ensino de língua portuguesa apontam os
gêneros textuais como objeto de ensino. E levando em consideração o cenário não só
moderno mas hipermoderno, o mesmo tem proporcionado cada vez mais produções
de textos semióticos. Diante disso, é essencial que o ensino a partir dos gêneros
textuais, contemplem o aspecto multimodal.” - Contexto de resposta unânime entre os
entrevistados.
Portanto, consolidando as teses levantadas desde a idealização desta pesquisa,
é evidente a múltiplas justificativas por trás do uso das tecnologias de informação e
comunicação nos vários ambientes onde ocorre a dinâmica de ensino e aprendizagem
entre professores e alunos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, em detrimento às questões educacionais, o presente estudo objetivou


promover uma discussão construtiva a respeito do ensino de língua portuguesa. Isso,
em uma perspectiva remota e presencial, destacando as tecnologias de informação e
comunicação (TIC) como ferramenta de trabalho dos docentes em suas práticas
professorais.
Destacou-se a presença dessas tecnologias de forma efetiva no ensino, desde o
momento emergencial da pandemia (COVID-19), até os dias atuais. Em uma
perspectiva outrora ampla e posteriormente delimitada, apresentou-se a tecnologia em
destaque neste estudo, o Power Point, e foi salientada sua aplicabilidade nas aulas,
como ferramenta de produção de material didático para os alunos.
Explorando aspectos do multiletramento que deve estar inserido nas práticas de
ensino da língua, justamente para potencializar o aprendizado em relação às muitas
formas de linguagem as quais estão presentes na realidades dos discentes, podendo
ser utilizadas no fazer professoral de cada docente.
Evidenciou-se a necessidade de contemplar as novas tecnologias nas escolas.
Isso, segundo as próprias leis e documentos que regem a execução do trabalho dos
professores na educação básica. Foi considerada a amplitude das vertentes de estudo
da língua portuguesa, estando entre elas o desenvolvimento do saber acadêmico em
relação aos eixos da linguagem, além do desenvolvimento de compreensão de mundo
e as questões sociais. Ou seja, um trabalho de construção para criar indivíduos
letrados e capazes de estabelecer relações coletivas entre si e as adversidades
presentes nas sociedades atuais. O letramento digital através das hipermídias, nesse
contexto, é um dos fatores que possibilitam isso.
Desse modo, é notória a eficácia na aplicação do estudo. Uma vez que,
justifica a o quão essencial é a inserção dessas práticas metodológicas no dia a dia dos
alunos, principalmente nas séries iniciais, pois dessa forma, vigora uma lapidação dos
saberes tecnológicos para uma geração que se faz cada vez mais direcionada às novas
culturas digitais.

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04/01/2022.
TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
APLICADAS NO AMBIENTE ESCOLAR

Bruna Gabrielle Costa dos S. Silva

E-mail: bcsaantos07@gmail.com

Cursando o 6° período do curso de


Letras na Universidade Estadual do
Maranhão.

Aplicativo específico: Acentuando

Emanuelle Ferreira Vale

E-mail:
emanuellevale05@gmail.com

Cursando o 6°período do curso de


licenciatura em Letras na
Universidade Estadual do Maranhão.

Aplicativo específico: Padlet

Resumo

Este estudo foi realizado com o intuito de avaliar como o uso de tecnologias digitais de
informação e comunicação (TDICs) no meio escolar pode ajudar no desenvolvimento da
aprendizagem e como usar esse novo método de estudo na sala de aula. O presente estudo
foi efetuado com alunos do 7°, 8° e 9°ano do ensino fundamental do município de
Itapecuru Mirim-MA, executado por alunas da Universidade Estadual do Maranhão que
usaram como recurso os aplicativos Acentuando e Padlet para alcançar os resultados aqui
obtidos.

Palavras-chaves: aprendizagem; aplicativo educacional; tecnologia digital.


1. Introdução

Sabemos que o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) em sala


de aula vem aumentando cada vez mais, os avanços ocorridos nesse meio, permitem que
novas formas de conhecimento sejam adquiridas. Nessa perspectiva o educador passa a
ser o mediador que apresenta novos desafios aos seus alunos, guiado por novos modelos
de ensino e aprendizagem que a utilização de aplicativos podem proporcionar para o
aprendizado do aluno.

JORDÃO (2009, p.12) Afirma que, a formação do professor deve ocorrer de forma
permanente e para a vida toda. Sempre surgirão novos recursos, novas tecnologias e novas
estratégias de ensino e aprendizagem. O professor precisa ser um pesquisador
permanente, que busca novas formas de ensinar e apoiar alunos em seu processo de
aprendizagem.

Mudando e transformando a vida de todos, a tecnologia está cada vez mais evidente na
vida das pessoas, e principalmente da nova geração de jovens e adolescentes. Hoje em
dia é difícil ver alguém que não tem acesso a internet, smartphones, tablets, em várias
escolas do Brasil e do mundo podemos observar a utilização permanente desses
equipamentos.

O professor deve usar as TDICs ao seu favor em sala de aula e assim através dela
conseguir tornar suas aulas mais dinâmicas e interativas com o intuito de desenvolver
cada vez mais a aprendizagem do aluno. Precisamos ver o uso de tecnologias como uma
aliada á educação e explorar o seu uso.

MACHADO (2010, p.16) diz que “o domínio das tecnologias é hoje tão fundamental para
o desenvolvimento dos indivíduos quanto o domínio da leitura e da escrita”, então
também se torna papel da escola trabalhar com seus alunos o letramento digital e fazê-los
capaz de dominar essa necessidade. o vasto mundo de possibilidades de novos
conhecimentos que ela pode nos ofertar.

É por isso que a criação de aplicativos voltados para a educação está cada vez mais
proporcional, as empresas do ramo tecnológico estão a todo momento lançando um
aplicativo novo que possa auxiliar os estudantes no ensino e aprendizagem. Nesse
contexto, podemos perceber a importância da era tecnológica para a educação em especial
o uso de aplicativos.
É nítido que o Brasil ainda se encontra atrasado em relação ao uso de tecnologias digitais
em escolas, mas sabemos também que precisamos mudar esse número e que precisamos
o mais rápido possível adaptar a nossa classe estudantil as novas ferramentas de
aprendizagem, ferramentas essas que vem sendo de muita importância e eficácia no
desenvolvimento da educação de muitos países, e que precisam ser aplicadas aqui no
Brasil. É importante lembrar que é direito do aluno que essa competência seja
desenvolvida, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) compreende o
desenvolvimento do uso de TDICs no âmbito escolar de uma forma crítica, reflexiva e
responsável.

Nesse artigo apresentamos a vocês os aplicativos educacionais Acentuando e Padlet, os


mesmos foram usados com o intuito de analisar como está o andamento do conhecimento
e a escrita de alunos do 7°, 8° e 9° ano do ensino fundamental do município de Itapecuru
Mirim-MA.

2. Referencial teórico

Nas escolas brasileiras ainda observamos em dias atuais a prática de um ensino


tradicional, entretanto é observado a necessidade de incluir nas escolas o
desenvolvimento do letramento digital, um ensino com uso de tecnologias digitais de
informação e comunicação, o mundo vem se tornando cada vez mais tecnológico e
precisamos adaptar a escola e o ensino a essas novas demandas da sociedade.

SERAFIM E SOUSA (2011, p.19) em seus estudos sobre tecnologias digitais na educação
afirma que “A sociedade que se configura exige que a educação prepare o aluno para
enfrentar novas situações a cada dia. Assim deixa de ser sinônimo de transferência de
informação e adquire o caráter de renovação constante.” É justamente nessa perspectiva
que a sociedade busca que a educação prepare os alunos para estarem preparados para o
mundo, e se hoje estamos na era digital consequentemente nossas escolas tem que estar
preparadas para trabalhar o uso de ferramentas tecnológicas no trabalho de ensino-
aprendizagem.

O professor de hoje também precisa adquirir para si o caráter de renovação constante e


buscar sempre o conhecimento por novos métodos de ensino-aprendizagem para levar
aos seus alunos, repassar para eles aquilo que a sociedade irá cobrar deles futuramente,
hoje a escola também tem um papel na formação e preparação do seu aluno para o mundo.
Explorar novas ferramentas de ensino através da tecnologia é também explorar nos
estudantes habilidades e conhecimentos novos, conhecimentos esses que eles levaram
adiante para no seu dia a dia e em sua formação como cidadão.

As TDICs nos traz uma variedade incalculável de conhecimentos, trazer isso para o
ambiente escolar é abrir a janela do mundo para nossas crianças e adolescentes, isso
requer dos profissionais de educação uma preparação e que tenham suporte para poder
trabalhar com essas novas ferramentas de forma segura. Um dos objetivos da escola é que
seus alunos adquiram conhecimento, e as tecnologias digitais elas conseguem justamente
trazer isso de uma forma muito vasta e interativa que faz com que seja também alcançado
um desempenho do aluno.

LIRA (2018, p.11) “Partindo da ideia, de que a educação é um ato comprometido com o
ser humano, não se pode esquecer que somos seres inacabados, que estamos em constante
aprendizagem, e as novas tecnologias estão inseridas em nosso cotidiano e funcionam
como um desafio imposto a todos, sem pedir licença, vem de forma veloz e precisamos
acompanha-la. Porém, acompanha-la não é saber que existe, é termos acesso e usá-las de
forma criativa, que contribua para nosso desenvolvimento social e educacional.” A escola
é um ambiente de aprendizagem e trazer para dentro das salas de aula uma nova realidade
de aprendizagem com ferramentas tecnológicas é também situar o aluno no mundo em
que vivemos.

Também devemos olhar pelo lado dos benefícios que as TDICs trazem para o ambiente
escolar, melhorando o trabalho pedagógico, a relação professor x aluno, o interesse do
aluno dentro da sala de aula, o grande campo de conhecimento que eles tem dentro do
uso de internet feito com segurança, aulas mais dinâmicas e interativas, o
desenvolvimento que o aluno tem dentro daquela área que está sendo trabalhada, e muitos
outros benefícios que o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação trazem
para a vida desses alunos.

LIRA (2018, p.19) “ É inegável que as tecnologias colaboram muito em nossa sociedade,
mas, é necessário envolvimento de todos os participantes no processo de ensino e
aprendizagem, para buscar práticas inovadoras que colaborem e busquem o domínio das
tecnologias, para favorecer o ensino e o desempenho por parte do educador em sala de
aula, frente a essas novas tecnologias, a mediação do conhecimento será concretizada e o
aluno será capaz de desfrutar desse novo universo, através das ferramentas digitais.” Para
que isso aconteça precisamos que os profissionais da educação tenham domínio sobre as
tecnologias digitais e comecem a colocá-las em prática na sala de aula através de
planejamentos e organização.

Os professores podem trabalhar várias áreas do conhecimento com uso de tecnologias


digitais, vamos imaginar um professor de Língua Portuguesa, o mesmo poderá explorar
através da tecnologia o campo da leitura, imaginação, análise, reflexão, interpretação,
criatividade, e muitas outras áreas do conhecimento. Assim o professor também consegue
trabalhar com seus alunos várias habilidades que podem contribuir com seu
desenvolvimento social.

É notável que o uso de TDICs nas escolas trás novos saberes a práticas educacionais e
um grande campo de novos conhecimentos para os educandos, também abre novos
caminhos, novas perspectivas e oportunidades na vida do aluno, pois o conhecimento
adquirido na escola será levado e colocado em prática em outras áreas de sua vida, serve
como uma preparação futura para este aluno que também poderá usar o conhecimento
adquirido em práticas profissionais pois sabemos que o mercado de trabalho procura
pessoas cada vez mais capacitadas e com habilidades em tecnologias.

SERAFIM E SOUSA (2011, p.25) “O espaço educativo escolar deveria ser constituído
de ambientes de troca de saberes e construção de reflexões e práticas transformadoras.
No entanto, os alunos, muitas vezes, não encontram um ambiente em que possam discutir
suas ideias e participar do ato de aprender, mutuamente. Um dos problemas mais
debatidos quando se fala em escola e os jovens de hoje é justamente o distanciamento que
há entre a cultura escolar e a cultura da juventude. Os conteúdos e conceitos aprendidos
em sala de aula muitas vezes não fazem sentido para estes jovens que almejam um futuro
que na maioria das vezes não está ligado ou relacionado com o que veem nas salas de
aula.”

Quando observamos o ambiente escolar percebemos a grande dificuldade que muitas


crianças e adolescentes tem em interagir dentro da sala de aula, percebemos que muitas
vezes no ambiente escolar falta espaços comunicativos para que os alunos possam
desenvolver o hábito da comunicação, espaços como esse também traz reflexo de
desenvolvimento da área crítica x reflexiva do educando. Por esses e vários outros
motivos é interessante que a escola abra espaço para comunicação, trocas de ideias,
trocas de experiências. A tecnologia ela nos traz essa grande possibilidade de
comunicação e informação quando aplicada na escola ela consegue alcançar em grande
escala esses bloqueios comunicativos que existem muitas das vezes entre alunos e
professores.

SILVA E CORREA (2014, p. 26) “Muitas das perspectivas pensadas sobre as tecnologias
como processo formativo foram cumpridas. Vê-se como exemplo a educação à distância,
livros digitais, videoconferências, caixa eletrônico, correio eletrônico etc. Não se pode
esquecer, que agregados ao desenvolvimento tecnológico estão os problemas sociais que
também são provenientes dele.” Esses são exemplos de que tecnologias em todas as suas
inovações vêm dando muito certo, tudo que foi criado até aqui conseguiu um impacto
benéfico na sociedade, então agora chegou a hora da tecnologia começar a atuar nas
escolas brasileiras para que assim possamos alcançar um grande potencial de educação
dentro da sociedade, a escola é uma das melhores áreas para se trabalhar com TDICs
porque é na escola que conseguimos formar grande parte dos cidadãos da sociedade futura
e a tecnologia nos ajuda trazendo uma grande bagagem de conhecimento, de áreas de
estudos, ferramentas de aprendizagem e muitas outras opções para nos ajudar na formação
do estudante de hoje que será a sociedade adulta de amanhã.

A escola consegue ter esse potencial de ser formadora de consciência e conhecimento, ela
consegue alcançar em seus alunos áreas estratégicas que influenciam na formação da
criança e adolescente como pessoa, esse papel que a escola tem na vida do estudante é de
extrema importância e responsabilidade, portanto cabe aos responsáveis pela educação
estabelecer métodos e fornecer uma estrutura adequada para que os professores consigam
transferir uma educação de qualidade para os nossos estudantes, também vale lembrar
que cabe a sociedade cobrar que essa educação de qualidade que é direito de nossas
crianças e adolescentes seja a eles fornecidas.

Dentro de todos esses e muitos outros motivos que temos para usar tecnologias digitais
na escola, ainda me pergunto porque um país como o Brasil ainda se mantém tão atrasado
nessa questão? e essa grande defasagem é ainda maior em cidades pequenas como
Itapecuru Mirim-MA e tantas outras que precisam de grandes planejamentos e execuções
nessa área para que assim possa ser desenvolvida uma educação digital nas escolas.

3. Metodologia

Para realizar este presente estudo buscamos meios para que pudéssemos analisar o nível
de conhecimento dos alunos sobre tecnologias digitais de uso educativo, e se dentro das
escolas que eles estudavam estava sendo aplicado o uso de ferramentas digitais para
ajudar no processo de aprendizagem, também apresentamos a eles os aplicativos
educacionais Acentuando e Padlet para podermos trabalhar de uma forma prática e
participativa com os alunos.

3.1. Acentuando

Primeiramente foi aplicado um questionário para alguns alunos de turmas do 7° e 8° ano


do ensino fundamental. Eles responderam algumas questões e opinaram sobre o uso de
smartphones em sala de aula. Todas as respostas obtidas foram totalmente autorizadas a
fazerem parte deste trabalho. Em seguida, apresentamos o aplicativo “Acentuando”,
e apresentamos uma explicação minuciosa sobre o mesmo, sobre como funciona e pra
que ele serve. Ele é um aplicativo que incentiva o aluno a estudar de maneira
divertida, formado por 10 questões objetivas sobre cada tipo de acento da língua
portuguesa: agudo, circunflexo e crase. Podendo conhecer as regras de acentuação gráfica
enquanto praticam os exercícios de forma lúdica.

Quando encerrado todos os testes, o aluno pode experimentar o desafio do


concurso. Nesse nível ele terá 10 questões de várias bancas de concursos, podendo treinar
o que aprendeu e ainda ganhar o primeiro lugar do ranking.

3.2.Padlet

De início houve uma conversa com os alunos falando para eles sobre o uso de tecnologias
digitais na escola, em seguida foi aplicado um questionário para saber o nível de
conhecimento e de uso de tecnologias digitais desses alunos. Após o resultado do
questionário foi apresentado a eles o aplicativo Padlet, que é uma ferramenta digital que
pode ser usada de forma educativa nas escolas, esse aplicativo permite a criação de
murais, realização de atividades, permite curtidas, comentários e é de acesso gratuito. É
um aplicativo fácil de usar que permite que os alunos possam interagir entre si, também
é um meio de fugir da aula tradicional e passar a ter uma atividade diferente, mais
dinâmica e participativa.

Trazer para o ambiente escolar aplicativos como o Acentuando e o Padlet não foi uma
tarefa tão simples assim pois algumas dificuldades foram encontradas, porém apesar das
dificuldades podemos perceber o quão foi receptível e aceita por parte dos alunos que
gostaram muito de conhecer e usar os aplicativos aqui trabalhados, isso só nos mostra que
a maior barreira para aplicação de tecnologias digitais na escola não é por parte dos alunos
e sim pelos responsáveis da educação deste país que ainda não efetivaram um trabalho de
planejamento, organização, suporte e qualidade nessa área.
4. Análise de dados

Na análise de dados trazemos a vocês o percurso usado para alcançarmos os resultados


aqui obtidos com os aplicativo Acentuando e Padlet.

4.1. Análise de dados: Aplicativo Acentuando

Com um estudo exploratório, o objetivo dessa pesquisa é buscar elementos que


viabilizem o mesmo, dentro das expectativas impostas. Para a realização deste estudo, o
instrumento de coleta de dados criado foi uma entrevista com alunos do 7° e 8° ano do
ensino fundamental, com a utilização de um questionário com dez (10) perguntas sobre a
opinião deles referente ao uso do celular dentro da sala de aula. Baseado na literatura de
Ludke e André (1986 p. 33), “ A grande vantagem da entrevista é que ela permite a
capacitação imediata e corrente da informação desejada praticamente com qualquer tipo
informante e sobre os mais variados tópicos”.

Segundo Chizzotti (1995) “ a entrevista dirigida em pesquisa é um tipo de


comunicação entre um pesquisador que pretende colher informações sobre fenômenos e
indivíduos que detenham essas informações e possam emiti-las” (p.57).

O entrevistado discorre sobre o tema proposto com base nas informações que ele detém e
que no fundo são a verdadeira razão da entrevista (...) A entrevista é um encontro
entre duas pessoas , a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de
determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional (LAKATOS;
MARCONI, 1994, p. 195)

4.1.1. Sobre o questionário aplicado

Os questionários foram aplicados com seis (06) alunos do ensino fundamental


divididos entre três (03) alunos do 7° e três (03) do 8° Ano que se disponibilizaram a
responder o nosso questionário. Os mesmos aceitaram o convite com total entusiasmo e
nos comprometemos a manter o anonimato de cada aluno , afim de preservar a identidade
de cada um. Posteriormente, a transcrição das mesmas são de extrema importância para
a constituição e análise deste trabalho.

Em relação ao uso de parelhos celulares, 89,6% dos alunos entrevistados tem


seus próprios aparelhos e utilizam na escola e 10,4% tem seus próprios aparelhos, mas os
pais não deixam levarem pra escola. Tokamia (2018), afirma que houve aumento
considerável no uso de aparelhos celulares em sala de aula pelos alunos que estudam em
escolas públicas.
Sobre o uso de smartphone em sala de aula para fins pedagógicos 70% dos
alunos afirmaram que utilizam aplicativos para auxiliar no aprendizado e 30% não
utilizam ou nunca utilizaram nenhum tipo de aplicativo pedagógico.

Quando questionados sobre a opinião deles a respeito do uso de celulares em sala de aula:

• 1. Metade dos alunos responderam que não acham nenhum problema em utilizar
o aparelho em sala, desde que saibam dosar e não deixarem que atrapalhe o
aprendizado;
• 2. A outra metade responderam que veem problemas do celular em sala de aula,
pois muitos alunos não sabem utilizar corretamente, e acabam por não
conseguirem usar o aparelho da maneira que é proposta e se deixam levar por
redes sociais e outros;
• 3. Ao serem questionados se os professores utilizam ou já utilizaram algum
aplicativo pedagógico 45,5% disserem que sim, e os outros 55% disseram que
não;
• 4. Sobre a influência do celular na vida do adolescente: Todos os
alunos responderam que acham sim, que o celular tem grande influência
sobre eles;
• 5. Questionados sobre como eles utilizam o celular na maior parte do tempo:
metade responderam para redes sociais e estudos e a outra metade para jogos e
estudos;

É nítido que os alunos estão bastante divididos em relação a esse tema, apesar
da tecnologia está bastante avançada ainda existe uma certa resistência em partes sobre
esse assunto, apesar da maioria dos alunos relatarem recorrer ao uso do smartphone
para estudar. Para Kenski (2015, p. 2) “A internet no sistema educativo pode ser apontada
a mais integrada, extensa e profunda ferramenta de aprendizado do mundo”.

O trabalho de Santos (2016) , investigou o uso dos dispositivos móveis em sala de aula
e Júnior (2017) realiza uma pesquisa sobre o uso do smartphone em sala de aula e
a influência que eles trazem sobre o processo de ensino e aprendizagem. Os dois
também chegaram a conclusão que é importante a incorporação dessas tecnologias no dia
a dia dos estudantes.

“Quando ocorre a incorporação tecnológica na escola uma nova técnica de ensino


se instaura nesse ambiente e, mais do que isso, uma nova concepção de ensino
e aprendizagem” (BRANDÃO, 2014, p.16).
Em seguida, apresentamos o aplicativo “Acentuando”, e apresentamos uma
explicação minuciosa sobre o mesmo, sobre como funciona e pra que ele serve. Ele é um
aplicativo que incentiva o aluno a estudar de maneira divertida, formado por 10 questões
objetivas sobre cada tipo de acento da língua portuguesa: agudo, circunflexo e crase.
Podendo conhecer as regras de acentuação gráfica enquanto praticam os exercícios de
forma lúdica.

Quando encerrado todos os testes, o aluno pode experimentar o desafio do


concurso. Nesse nível ele terá 10 questões de várias bancas de concursos, podendo treinar
o que aprendeu e ainda ganhar o primeiro lugar do ranking.

4.1.2. Resultado do aplicativo Acentuando aplicado com os alunos do 7° e 8°


ano.

Após a apresentação do aplicativo, houve a instalação no aparelho dos alunos , para


que eles pudessem testar seus conhecimentos em acentuação gráfica. O aplicativo foi
bem recebido pelos alunos , e eles ficaram muito animados para testar.

Os resultados obtidos pelos estudantes através do jogo se deram da seguinte forma:

• 40% acertaram 9/10 perguntas sobre acento agudo;


• 40% acertaram 8/10 perguntas sobre acento circunflexo;
• 10% acertam 5/10 perguntas sobre Acento grave (crase);
• 10% dos alunos acertaram 3/10 perguntas de concursos.

O desempenho geral dos estudantes foram de 62%. Podemos observar que apesar
da maioria dos relatos serem positivo ao uso de aplicativos para o ensino e aprendizagem,
ainda há muito a ser feito para que esses alunos possam ser mais conhecedores
da importância e do uso da acentuação gráfica ao ensino da língua portuguesa através
de jogos como esse que pode ser feito na sala de aula, com seus professores.

Para Moraes (1997, p. 5) “ o simples acesso à tecnologia, em si, não é o aperto


mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas
dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas”.

Através do uso de dispositivos móveis professores e estudantes tem o acesso


facilitado contribuindo para a inserção de variadas formas de ensino e estratégias de
aprendizagem, ampliando a interação entre o professor e aluno se fazendo uso de
processos de colaboração e cooperação (NICHELE, 2014).
Os alunos demostraram muito interesse em conhecer melhor os aplicativos voltados
para a educação, buscando assim melhor auxílio para seu ensino e aprendizagem.

4.2.Análise de dados: Aplicativo Padlet

Dentro das expectativas e avanços tecnológicos que vem acontecendo no mundo todo
sabemos que estamos vivendo na era digital e que a sociedade precisa acompanhar essas
evoluções, um grande passo é desenvolver o uso de tecnologias digitais de aprendizagem
dentro das escolas preparando assim a nossa futura sociedade para um mundo mais
tecnológico, mas trazer o uso dessa nova forma de conhecimento para dentro das escolas
não será um trabalho tão simples assim, pois além de planejamento precisamos ter
professores capacitados para trabalhar esses novos mecanismos de estudos dentro das
salas de aulas. Entrando nessa problemática foi realizado uma mera pesquisa com alunos
do 9°ano do ensino fundamental com faixa etária entre 14 e 15 anos para que possamos
analisar o nível de conhecimento e aceitação do público escolar com o uso de tecnologias
digitais de aprendizagem na escola, para avaliar esses alunos foi feito um questionário
para assim termos consciência do real conhecimento deles sobre tecnologias digitais,
também usamos o aplicativo “Padlet” para a realização de atividades.

4.2.1. Padlet

Criado em 2012 por Nitesh Goel e Pranav Piyush, o Padlet é uma ferramenta digital de
construção de murais virtuais dinâmicos e interativos que registra, guarda e compartilha,
permite também curtidas, comentários e avaliações.

Com a pandemia que aconteceu em 2020 houve a necessidade de trabalhar as tecnologias


digitais de aprendizagem com os alunos, nesse período o Padlet teve um grande
crescimento no número de usuários e começou a se destacar como uma ótima ferramenta
de tecnologia para ser usado na aplicação de atividades interativas com os alunos.

4.2.2. Resultado do Questionário


• Alunos avaliados com idade entre 14 e 15 anos.
• A cada 10 alunos 4 têm celular.
• 40% dos alunos têm entre 2 ou 3 celular em casa, 50% dos alunos têm entre 1 ou
2 celular em casa e 10% dos têm entre 1 ou 0 celular em casa.
• 20% dos alunos se consideram dependente de celular.
• 100% dos alunos fazem o uso de celular para redes sociais e jogos, somente 30%
desses alunos também usam o celular para estudos e ligações.
• 50% dos alunos acreditam que o uso de celular influência na vida da criança ou
adolescente.
• A cada 10 alunos 1 já usou aplicativos de aprendizagem.
• Nenhum aluno teve contato com tecnologia digital de aprendizagem na escola.

Depois de analisar o resultado do questionário podemos conhecer a real necessidade e a


urgência que temos em trabalhar com esse novo método de ensino na sala de aula onde
podemos perceber que no ensino fundamental existe uma grande defasagem no uso de
tecnologias digitais de aprendizagem na escola. Precisa-se com urgência preparar os
profissionais de educação para que eles possam aplicar o uso dessas ferramentas
tecnológicas de ensino dentro das salas de aulas para que os alunos possam ter
conhecimento dessas novas ferramentas e métodos de aprendizagem, pois o meio digital
nos traz um vasto campo de aplicativos aprimorados para uso escolar com finalidade de
ajudar o professor a interagir de uma forma mais dinâmica com os alunos. Com a
pandemia que ocorreu 2020 tivemos a tecnologia a nosso favor para nos ajudar no ensino
e aprendizagem de nossos alunos, porém também fomos pegos totalmente despreparados
pois apesar de já estarmos na era digital as escolas brasileiras ainda se mantém muito
atrasadas na questão de tecnologia, hoje nossos alunos já voltaram para as escolas e cabe
aos responsáveis pela educação planejar e atuar na área de tecnologias digitais de
interação e comunicação dentro das escolas para preparar os nossos alunos para a
sociedade digital que já se faz presente. O mundo digital veio, e veio para ficar, agora
devemos nos preparar e ensinar nossos alunos a melhor forma e a forma mais segura de
usar esse novo método de aprender.

4.2.3. As escolas estão preparadas para esses novo modelo de ensino?

Colocar em prática o uso de ferramentas como o Padlet, entre outros aplicativos em sala
de aula, requer além de profissionais qualificados, uma base de planejamentos para a
escolha do aplicativo que melhor se qualifica para o desenvolvimento da aprendizagem
do aluno. Sabemos que com o avanço do uso da internet muitas pessoas fazem mal uso
da internet e alguns aplicativos, portanto precisamos trabalhar a educação digital com
nossas crianças e adolescentes apresentando-as ferramentas para ajuda-las no crescimento
e desenvolvimento das disciplinas em sala de aula.

A BNCC diz que:

“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de


forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
(BNCC,2017).

Portanto sabemos que é direito do aluno e do professor fazer uso de tecnologia digitais
de informação e comunicação na escola, agora cabe a nossa a sociedade a exigir que esse
direito seja cumprido.

Dentro da pesquisa realizada na escola podemos perceber que apenas 40% dos alunos
possuem celular (smartphone) próprio dificultando assim o método de estudo através de
aplicativos, já que não conseguimos alcançar o numero total de alunos que tenham
smartphones para usar de uma forma educativa junto com os aplicativo de aprendizagem
em sala de aula. Essa problemática é um dos motivos pelos quais alguns professores não
trabalham com esse tipo de ferramenta para ministrar suas aulas e atividade, muitos
também alegam quem uma boa parte dos alunos ainda não tem maturidade o suficiente
para fazer uso de Internet na escola, que na verdade os poucos alunos que levam celular
para escola alguns acabam tendo problemas de distração durante a aula.

Então aqui nos deparamos com um problema ainda maior, socioeconômico e


socioeducativo é nesses dois pontos que precisamos trabalhar, precisa sim existir políticas
públicas que atuam nessas áreas direcionados para resolutiva dessa problemática em
questão.

Para impulsionar aqueles que ainda tem um pouco de dúvida podemos citar como
exemplo as escolas de Huntsville, no Alabama que adaptou suas escolas a “conversão
digital” trocando os livros por laptop ou tablets e tendo um aumento de proficiência em
matemática de 48% para 78%, e no quesito leitura o aumento foi de 46% para 66%.

Se alguns países conseguem implementar esse novo método de aprendizagem na


educação e colher melhorias dessa iniciativa, porque o Brasil não? Estamos esperando o
que mais acontecer ou quantos anos a mais para entender que estamos na era digital e que
precisamos nos adaptar a ela? São essas e muitas outras perguntas que está esperando por
resposta dos responsáveis pela educação do nosso país.

Precisamos começar a adaptação das nossas escolas para conseguir assim fazer o uso de
tecnologias digitais de aprendizagem com nossos alunos, mostrar para eles as mais
diversas formas que se tem de aprender, que internet não serve somente para distração
mas que ela é uma ferramenta que vai muito além disso, que no papel da educação ela é
uma aliada de muita importância e que precisa ser usada com responsabilidade e
segurança por todos.

4.2.4. Usando o aplicativo Padlet com os alunos do 9° ano

Após o questionário ser aplicado, conversamos com os alunos sobre o uso de tecnologias
digitais na sala de aula, depois dessa conversa que foi muita interativa resolvemos fazer
um teste com o aplicativo Padlet para analisar como seria o contato desses alunos com
esse nova ferramenta de aprendizagem. Tivemos o primeiro obstáculo, alguns dos alunos
não tinham aparelho celular (smartphone) porém explicamos e mostramos como era o
aplicativo, disponibilizamos o link no grupo da sala, não foi imposto que seria obrigatório
os alunos responderem mais sim àqueles que quisessem, pudesse e se sente-se a vontade,
e por mais impressionante tivemos uma grande aceitação com 82% dos alunos usando o
aplicativo Padlet. Esse resultado somente nos mostra o quanto é possível e necessário
trazer essas ferramentas de aprendizagem para sala de aula. Alguns alunos comentaram
como foi essa nova experiência (todos os relatos trazidos até aqui foram autorizado pelo
os responsáveis dos adolescentes):

“Gostei bastante, é bacana esse aplicativo, eu só usava meu celular para jogar minha tia
e minha vó até brigam comigo por causa disso, mas agora vou mostrar pra elas esse
aplicativo.” (Pedro Guilherme Silva, 14 anos)

“Eu uso muito meu celular para mexer no “Instagram” e fazer alguns vídeos no “Tik
Tok”, somente hoje usei para algo importante na escola, agora vou usar mais vezes, gostei
muito.” (Camilly Vitória S. Cunha14 anos)

“ Eu gostei muito de poder aprender dessa forma, queria que todas as nossas aulas fossem
assim, não ia ser tão chato porque tem algumas aulas que dar é sono.” (Dayvid Gustavo
S. Silva, 15 anos)

“Eu já vi na TV que tem uns países aí que as crianças usam notebooks, tablets essas coisas
na escola, eu queria que aqui também fosse assim.” (Maria Júlia F. Gomes, 14 anos)

Com base em toda essa experiência até aqui sabemos hoje o quão é importante trabalhar
de forma dinâmica com nossos alunos, talvez por isso a grande aceitação deles em estudar
através de ferramentas digitais pois possibilita uma forma muito interativa e dinâmica
entre os alunos e professores tornando assim o ensino/aprendizagem mais prazeroso,
chamando muito mais a atenção dos alunos e a sua a busca pelo conhecimento.

5. Conclusão
O estudo aqui apresentado buscou por meio de pesquisas e prática analisar como anda o
desenvolvimento de tecnologias digitais nas escolas públicas do município de Itapecuru-
Mirim-Ma. Chegamos a conclusão de que precisamos de políticas públicas de educação
efetivas nessa área voltada a tecnologia na educação para que possa ser colocado em
prática o desenvolvimento da aprendizagem usando tecnologias digitais de informação
comunicação dentro das escolas.

Ao analisar o uso se tecnologias digitais na educação percebemos uma melhoria na


participação dos alunos, interação entre alunos e professores, uma maior aproximação
entre esses grupos com trocas de conhecimentos e também o desenvolvimento de novos
conhecimentos. É notável os benefício que a tecnologia inserida dentro das escolas pode
trazer, porém antes de tudo precisamos também que os nossos professores estejam
preparados para encarar esses novos desafios e saber usar essas ferramentas de forma
segurança dentro da sala de aula, também exige que os responsáveis pela educação der
suporte para que seja colado em prática o uso desse novo método de ensino.

A sociedade contemporânea é uma sociedade globalizada voltada para o uso de


tecnologias, a escola tem um papel importante de formadora de pessoas tem que por
obrigação preparar seu aluno para a sociedade na qual ele está inserido, não trabalhar o
uso de tecnologias digitais nas escolas é tirar dos nossos alunos um direito que é deles, é
também perder tempo na formação desse aluno para sociedade.

É importante lembrar que sempre buscamos por melhorias na área da educação e hoje em
dia olhamos a tecnologia como a grande aliada na sala de aula para ajudar no
desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, precisamos quebrar essas barreiras e
preconceitos que ainda existem em relação ao uso de tecnologias digitais de informação
e comunicação na escola.

Muitos falam por aí “ou aprendemos a usar a tecnologia em favor próprio, ou seremos
atropelados pelos avanços tecnológicos” que vocês possam refletir sobre esse
pensamento.

6. Referência Bibliografia

TOKARNI, M. Celular ganhar cada vez mais espaço nas escolas, mostra pesquisa.
2018.Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-08/celular-
ganha-cada-vez-mais-espaco-nas-escolas-mostra-pesquisa. Acesso em: 01 de Nov. 2022
SILVA, Reinaldo Francisco/Corrêa, Emilce Sena. Novas tecnologias e educação: A
evolução do processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea. Educação
e linguagem. 06/05/2014 (PDF)

LIRA, Luzia dos Santos. O uso de tecnologias digitais no processo de ensino


aprendizagem. Trabalho de conclusão de curso da Universidade Federal da Paraíba. João
Pessoa-PB/2018 (PDF)

SOUSA, Robson Pequeno/Moita, Filomena/Carvalho, Ana Beatriz (Organizadores).


Tecnologias digitais na educação. Campina Grande. EDUEPB, 2011

JORDÃO, T.C, Formação de educadores: a formação do professor para educação em um


mundo digital. In: Tecnologias digitais na educação. MEC, 2019.

MACHADO, J. Estratégias de Comunicação em Relações Públicas na Ambiência da


Internet: percurso empreendido pela Petrobras em seu portal institucional. 2010. 100f.
Monografia (Graduação em Relações Públicas) – Universidade Federal de Santa Maria,
Santa Maria, 2010.
Gênero Textual: Tecnologias no Processo de ensino e aprendizagem

Ckamilly Mendes Palhano¹


Jennypher Fernanda de Sousa e Silva²

Resumo: O artigo que será apresentado tem cunho bibliográfico, e coleta de dados voltadas a análise e o
uso das tecnologias digitais em forma de comunicação dentro do ensino de gêneros textuais em uma escola e
em sala de aula como um meio de construir o conhecimento e assim transformar o aluno em um protagonista
de seu aprendizado. Aborda também a reconfiguração cultural pela qual as escolas vêm passando as novas
práticas de ensino que é associada ao uso das tecnologias digitais. Ao final serão apresentados resultados de
pesquisas feitas para saber como a tecnologia e a utilização de aplicativos ajudam no aprendizado de alunos
na sala de aula do ensino fundamental. Foi realizado também um questionário aos professores sobre essas
tecnologias atuais onde podemos notar a maneira como eles conseguem adaptar os seus conteúdos as
tecnologias digitais da atualidade. As novas tecnologias vêm abrangendo todas as áreas do conhecimento e
assim novos gêneros textuais surgem com base nas necessidades de cada leitor.

Palavras chave: tecnologias; gênero textual; ensino; formação;

Textual Genre: Technologies in the Teaching and Learning Process


Abstract: The article that will be presented has a bibliographic nature, and data collection
aimed at the analysis and use of digital technologies in the form of communication within
the teaching of textual genres in a school and in the classroom as a means of building
knowledge and thus transforming the student in a protagonist of his learning. It also
addresses the cultural reconfiguration through which schools have been going through the
new teaching practices that are associated with the use of digital technologies. At the end,
research results will be presented to find out how technology and the use of applications
help in the learning of students in the elementary school classroom. A questionnaire was
also carried out to teachers about these current technologies where we can see how they can
adapt their content to today's digital technologies. New technologies have been covering all
areas of knowledge and thus new textual genres have emerged based on the needs of each
reader.
Keywords: technologies; textual genre; teaching; formation;

1. INTRODUÇÃO

Dentro da atualidade, as tecnologias vêm fornecendo vários tipos de mídias que são
utilizadas em todo o mundo, trazendo consigo informações sobre as inúmeras áreas do
conhecimento. As mais variadas pessoas existentes no mundo possuem diferentes aparatos
tecnológicos como por exemplo um computador ou celular, e muitas dela com acesso direto
a internet, dessa forma a inserção do homem em um mundo multicultural acontece. A vida
passa a ter dimensões digitais e virtuais como consequência e vem gradativamente
incorporando no cotidiano de cada um. Desde o surgimento, crescimento e a rápida difusão
de novas tecnologias que se tornam a cada dia mais fácil acessa-las passamos a ter um novo
entendimento sobre as práticas discursivas e de letramento.

De acordo com (ECO, 1996), esse fato vem se enriquecendo quando nós voltamos aos
contextos educacionais, pois essas mídias se constituem como um canal eficiente para as
práticas pedagógicas. Há um tempo atrás essas tecnologias eram vistas de forma
preconceituosa e considerada como elementos que matariam a escrita e leitura dos serem
humanos, era vista como algo que faria as pessoas perderem a sua prática.

Porém o que ocorreu de verdade foi uma maior diversidade nas formas de ler e escrever,
junto com essas novas tecnologias surgiram vários gêneros textuais para que pudessem
atender a as necessidades de seus usuários, tendo como exemplo um site ou e-mail que
podem ser entendidos como ferramentas da atualidade voltadas ao aprendizado dos alunos.

Então é muito importante que cada professor esteja sempre ciente as mudanças sociais e
culturais que veem sendo apresentadas através da inserção das novas tecnologias dentro do
nosso cotidiano e assim saibam usa-la a favor do ensino para poder construir uma
aprendizagem significativa por parte de seus alunos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
GÊNERO TEXTUAL: TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM

2.1 Gênero Textuais: Mídias Digitais na Escola

De acordo com MARCUSHI (2002), ele afirma que para que possamos tratar de gêneros
textuais precisamos nos basear em um modelo funcionalista da linguagem, diz também
que os gêneros textuais são eventos maleáveis, advindas das necessidades e das
atividades socioculturais de cada uma das comunidades, que foram influenciados pelas
inovações tecnológicas.

Bakhtin (1992), ele foi um dos primeiros a trazer as noções de gênero textual, dessa
forma na qual entendemos e utilizamos hoje. Ele considerava os gêneros textuais como
numerosos e diversificados pois se relacionavam á própria atividade humana, então ele
destaca a seguinte afirmação no trecho a seguir:

Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão
relacionadas com a utilização da língua. Não é de se surpreender que o caráter e
os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da
atividade humana [...]. O enunciado reflete as condições específicas e as
finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e por
seu estilo verbal, pela seleção operada nos recursos da língua – recursos lexicais,
fraseológicos e gramaticais – mas também, e sobretudo, por sua construção
composicional. (BAKHTIN, 1992, p. 34).

Segundo PEREIRA (2008), os gêneros textuais são considerados estruturas dinâmicas que
foram moldadas a partir das necessidades discursivas dos interlocutores. Teve sua criação e
mudança atrelada às mudanças sociais e culturais da sociedade, e temos assim uma outra
definição de gênero textual que foi dada por MARCUSHI (2002, P.78):

[...]. usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga
para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que
apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos,
propriedades funcionais, estilo e composição característica.

Assim podemos então perceber a grande variedade existente entre os gêneros textuais, que
podemos encontrar em inúmeras formas de comunicação, como por exemplo: e-mails, um
pequeno bilhete, uma canção ou um mero outdoor, que são considerados gêneros textuais
diferentes. Onde cada um deles é utilizado em um contexto e uma prática social específica
e que se modifica conforme o surgimento das necessidades humana.

Marcuschi (2002, apud PEREIRA, 2008), faz a seguinte afirmação os “novos gêneros”
possuem velhas bases. Ele quer dizer que as inovações tecnológicas que vem surgindo a
todo o instante e favorecem o surgimento de novos gêneros. Junto com esse avanço surgiram
novas formas de inovar, mas que não podem ser consideradas totalmente novas, pois é
existente uma assimilação de propriedades de um gênero na formação de outro.

Então Marcuschi esclarece que: as formas, funções, suporte e ambientes em que os textos
surgem determinam o seu gênero. Então podemos destacar a diferença que se estabelece
entre tipo textual e gênero textual, ele entende que o tipo é representado pelo aspecto formal
e estrutural da língua como uma forma de construção teórica que é definida pela natureza
linguística de sua composição, assim podemos considerar tipos textuais a narração,
exposição, argumentação, descrição e a injunção. Se tratando então dessa esfera nos
deparamos com vários tipos de gênero, como, blogs, e-mails e sites, que abrangem várias
possibilidades de comunicação.

2.2 Leitura e Escrita

Segundo KLEIMAN, apud Soares (2002, p.144), pode ser definido como letramento o “o
conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto os sistemas simbólico e quandoa
tecnologia, em contextos específicos, para os objetivos específicos”. Dessa forma a leitura
passa por um processo intrínseco que está ligado à escrita fazendo parte do
desenvolvimento linguístico do indivíduo.

MORO et al. (1999, p.13), afirma que o simples ato de ler vem trazendo uma aglomeração
nos aspectos ideológicos, culturais e filosóficos que serão capazes de compor o
pensamento humano e é exigido como consequência uma posição crítica de ser leitor. Nos
dias atuais, as crianças já vem de seu nascimento inseridas em inúmero aparatos
tecnológicos, o livro e o papel os mesmos que costumavam ser seu primeiro contato coma
leitura, esses que muitas vezes hoje não é mais. Essas crianças desde muito novinhas jásão
influenciadas a “mexer” nos celulares e tabletes, desse modo podemos perceber o processo
que ocorre na formação dos leitores.

De acordo com SOARES (2002), os suportes virtuais vem se transformando e adquirindo


novas estruturas, ganhando significados e ações, que promovem mudanças nos modos de
ler, analisar ou ter um bom entendimento de uma texto. Então o leitor passa a ter uma
interação com o autor e com o próprio texto, podemos então assim afirmar que há uma
certa diferenciação entre a cultura do papel e a cultura das telas que Soares chamou de
“cibercultura”. Essa nova cultura vem determinando as novas organizações textuais e as
novas configurações visuais da páginas que mudaram a relação que existia do leitor como
texto.

Assim é interessante ressaltarmos que o contato físico com os textos passa a ser alterado,
acabamos perdendo o prazer de manusear as folhas de um jornal e livros, voltando nossa
atenção as necessidades de outros elementos como telas, mouses e teclados ao
configuramos ou mudarmos de páginas.

Existem pessoas que ainda chamam esse fenômeno de multiletramento, assim explica Rojo
(2004, p.31):

[...] ‘multiletramento’, aqui, significa que compreender e produzir textos não se restringe ao trato do
verbal oral e escrito, mas à capacidade de colocar-se em relação às diversas modalidades de
linguagens – oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos, etc. – para delas
tirar sentido.

Este tipo de reconhecimento vem trazendo reflexões aos contextos de realização da língua,
tendo como principio a sua modalidade escrita, que hoje ocorre de diferente maneiras como
oral e na comunicação visual, e observa como se desenrola a sua interaçãocom o mundo.
2.3 TDIC no Ensino da Língua Portuguesa

Segundo as Orientações curriculares para o Ensino Médio - Linguagens, códigos e suas


tecnologias (2006, p. 33), os objetivos de ensinar a língua portuguesa é trazer ao aluno as
possibilidades de dominar a leitura e a produção textual de diferentes gêneros, esses que
circulam de forma social e que estão presentes dentro do cotidiano da comunidade que é
letradas, então o domínio dessas capacidades e seu uso efetivo em práticas sociais
caracterizam esse letramento, pois trabalhar essas diferenças e semelhanças que existem
na linguagem oral e escrita em sala é poder ajudar no desenvolvimento dos alunos e nas
suas competências comunicativas.

Já compreendendo as estruturas da língua os alunos utilizam a gramática descritiva,


podendo o professor acentuar outros aspectos que também são considerados importantes
dentro do aprendizado da língua portuguesa, essa construção de textos tanto orais ou
escritos vem levando em conta os tipos de receptar os textos e salienta a diversidade de
variantes e as suas possibilidades de usar um meio que possa trabalhar a gramática
normativa podendo utilizar as competências comunicativas.

Aquilo que cada aluno adquire nas aulas de língua portuguesa tem por dever prepará-lo
para que ele saiba se comunicar tanto dentro da escola com em sua vida social fora dela,
em um ambiente familiar ou em seu local de trabalho e isso inclui as mídias digitais, pois
hoje elas constituem as várias ferramentas de comunicação que são indispensáveis.

O tipo de linguagem que é utilizada no ciberespaço possui as suas características e as


conhecer e poder reproduzi-las demonstram habilidades e competências comunicativas
dentro dessa esfera.

Então eles sugerem:

que o aluno tome a língua escrita e oral, bem como outros sistemas semióticos,
como objeto de ensino/estudo/aprendizagem, numa abordagem que envolva ora
ações metalinguísticas (de descrição e reflexão sistemática sobre aspectos
linguísticos), ora ações epilinguísticas (de reflexão sobre o uso de um dado recurso
linguístico, no processomesmo de enunciação e no interior da prática em que ele
se dá), conforme o propósito e a natureza da investigação empreendida pelo aluno
e dos saberes a serem construídos. (grifo meu)

Devido os acontecimentos da internet, várias plataformas de acesso que consequentemente


são distintas as suas modalidades de comunicação, e percebemos a necessidade da escola
em sua busca como Rojo (2013, p. 15), observa “desenvolver nosalunos a habilidade de
expressar e representar identidades multifacetadas apropriadas
na linguagem oral e escrita em sala é poder ajudar no desenvolvimento dos alunos e nas
suas competências comunicativas.

“multi”, para dois tipos de “múltiplos” que as práticas de letramento


contemporâneas envolvem: por um lado, a multiplicidade de linguagens,
semiose e mídias envolvidas na criação de significação para os textos
multimodais contemporâneos e, por outro, a pluralidade e a diversidade
cultural trazidas pelos autores/leitores contemporâneos a essa criação de
significação.

Dessa forma o trabalho de cada professor de língua portuguesa ultrapassa o ensino dos
gêneros textuais lineares para os hipertextos e os novos gêneros discursivos como chats,
twits e posts, pois as tecnologias vem proporcionando novas maneiras de apresentar e
representar maneiras de leitura e escrita.

3. METODOLOGIA
Este trabalho tem por seu objetivo fazer uma análise sobre o uso das tecnologias digitais
existente na atualidade e comunicação no ensino de gêneros textuais dentro das escolas,
mostrando as iniciativas de trabalho, podendo então identificar as facilidades e
dificuldades encontradas. Tendo como objetividade a integração das tecnologias e
conteúdos ministrados em sala de aula, descrevendo as mídias digitais existentes no
cotidiano escolar, podendo observar e relatar o uso delas dentro do processo de ensino e
aprendizagem da língua portuguesa através de uma breve análise de questionários
aplicados para professores e alunos e uma revisão de literatura.

4. ANÁLISE DE DADOS

Após analisar os conceitos e pensamentos de cada autor, e obter os resultados de cada


questionário lançado, foi possível ter uma posição sobre o assunto destacado a cima,
podemos então levar em consideração as opiniões e interpretações.

Foram lançados questionários para professores e alunos sobre suas tecnologias preferidas
para aprendizado e repasse de conteúdos em sala de aula, e os aplicativos foram Google
Forms X Kahoot.

A seguir resultados dos questionários aplicados:

• PROFESSORES
QUAL A FORMAÇÃO?

TEMPO QUE LESIONA?

QUAL A TECNOLOGIA MAIS CHAMA ATENÇÃO DO PROFESSOR PARA


TRABALHAR OS SEUS CONTÚEDOS EM SALA?
ELE SEMPRE DESENVOLVE ATIVIDADES ENVOLVENDO ESSAS
TECNOLOGIAS?

ELES SE PREPARAM ANTES DE UTILIZA-LO?


OS PROFESSORES ACHAM QUE TAIS TECNOLOGIAS SÃO EFICAZES?

• ALUNOS:

EM SALA DE AULA QUAL A TECNOLOGIA OS ALUNOS CONSIDERAM A


MAIS VIAVÉL PARA SEU APRENDIZADO?

• OPINIÃO DE ALGUNS ALUNOS:


• GOOGLE FORMS

ALUNO A:
ALUNO B:

ALUNO C:

• KAHOOT
• ALUNO A:

ALUNO B:

ALUNO C:
Podemos concluir então que sim ambas as tecnologias são importantes e utilizadas em
sala de aula, mas conforme os resultados o Kahoot se destaca por suas variadas
funcionalidades.

5. REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.

ECO, U. From Internet to Gutenberg. Palestra apresentada na Italian Academy for


Advanced Studies in America em 12 de novembro de 1996. Disponível em: . Acesso em
20 fev. 2012.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. São Paulo. 2000. In:


DIONÍSIO, Ângela Paiva, MACHADO, Anna Rachel & BEZERRA, Maria Auxiliadora
(Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

PEREIRA, L.G. Condicionalidade em jornais. In: V CONGRESSO DE LETRAS DA


UERJ – SÃO GONÇALO. 2008. São Gonçalo. Anais... Disponível em: . Acesso em 02
mai. 2012.

ROJO, R.H. R. Linguagens, códigos e suas tecnologias. In: Brasil. Ministério da


Educação. Secretaria de Educação Básica. Departamento de Políticas do Ensino Médio.
Orientações curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.

SOARES, M. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. In: Educ.


Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ITAPECURU MIRIM
CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

ELANDIA ALBUQUERQUE DA SILVA

LINGUAGEM VIRTUAL: A negatividade na qualidade da escrita formal dos


alunos do segundo ano do Ensino Médio da escola Newton Neves, Anexo
Povoado Leite

Itapecuru Mirim
2022
ELANDIA ALBUQUERQUE DA SILVA

LINGUAGEM VIRTUAL: A negatividade na qualidade da escrita formal dos


alunos do segundo ano do Ensino Médio da escola Newton Neves, Anexo
Povoado Leite

Artigo científico apresentado à disciplina


Tecnologia Aplicado ao Ensino da Língua na
Universidade Estadual do Maranhão –
UEMA, como requisito parcial para obtenção
de nota.
Orientadora: Profª Dra. Claudiene Diniz da
Silva

Itapecuru Mirim
2022
RESUMO
Atualmente, as tecnologias digitais tem feito parte do processo de ensino e
aprendizagem, sendo meio de suporte para professores e alunos. É uma parceria
que tem dado certo em sala de aula. No entanto, notou-se, que os aplicativos de
mensagens como; o WhatsApp tem influenciado negativamente na qualidade da
escrita de alunos, como erros de ortografia, palavras abreviadas, falta de
acentuação e pontuação tem feito parte da rotina dos estudantes do segundo ano
do Ensino Médio da escola Newton Neves, Anexo Povoado Leite. Diante disso, esse
artigo tem como objetivo analisar a escrita formal dos estudantes, tendo como base
as informações fornecidas pelo grupo de whatsApp e as anotações feitas por eles
nos cadernos.
Palavras- chave: WhatsApp; escrita formal; linguagem virtual.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................................... 5
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 8
4 ANÁLISE DE DADOS ...................................................................................................................... 8
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 13
5

1 INTRODUÇÃO

O uso das ferramentas tecnológicas em sala de aulas tem sido bastante


eficiente, pois vem ajudando no desempenho dos alunos, deixa as aulas mais
dinâmicas e promove a interação professor-aluno. No entanto, é sabido, que as
produções dos alunos vêm deixando a desejar; erros básicos, palavras abreviadas,
falta de acentuação e pontuação tem feito parte da rotina de estudantes e
professores. Dessa forma, o presente trabalho vem alertar sobre como a linguagem
virtual pode influenciar negativamente na qualidade da escrita dos alunos.
Devido a sua grande popularidade, o WhatsApp, virou o queridinho dos
brasileiros, especialmente, entre os jovens que o usam ele para tudo. Com a
chegada da Pandemia COVID -19 essa ferramenta tecnológica passou a ser usada
como recurso educacional, possibilitando a comunicação entre alunos e professores.
Aparentemente inofensivo esse aplicativo deixou efeitos negativos durante esse
período de isolamento social, por ser um dos meios educacionais utilizados naquele
período, não foi analisado se a linguagem usada nesse APP afetaria a realidade
escolar dos alunos.
Pesando nisso, essa pesquisa tem por objetivo apresentar o WhatsApp como
veículo negativo na escrita padrão de alunos do ensino do segundo ano do Ensino
Médio da escola Newton Neves Anexo povoado Leite; Investigar por que tais alunos
tem a qualidade da escrita tão ruim/ comprometida; Conhecer os efeitos negativos
causados pelo uso do WhatsApp no meio educacional; Comprovar que o uso
exagerado de aplicativos de mensagens pode influenciar na escrita.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A tecnologia como ferramenta de aprendizagem nas escolas vem crescendo


rapidamente. O uso de computadores, tablets e, smartphones no ensino já faz parte
da realidade de muitos alunos no Brasil. As contribuições trazidas por essas
ferramentas são incontestáveis, quando trabalhadas de forma correta e consciente.
Tanto que, os alunos preferem as aulas daqueles professores que trabalham com a
tecnologia como suporte de aprendizado, trazendo jogos, quiz, raciocínio lógico ou
até mesmo aulas que envolvam a prática e maior participação deles no próprio
aprendizado. A Base Nacional Comum Curricular diz:
6

Propostas de trabalho que possibilitem aos estudantes o acesso a saberes


sobre o mundo digital e a práticas da cultura digital devem também ser
priorizadas, já que impactam seu dia a dia nos vários campos de atuação
social. Sua utilização na escola não só possibilita maior apropriação técnica
e crítica desses recursos, como também é determinante para uma
aprendizagem significativa e autônoma pelos estudantes. (BNCC, 2018, p.
478 ).

Em razão da Pandemia do novo coronavírus, em 2019, as aulas presenciais,


tiveram que ser suspensas e a interação professor-aluno teve que ser reinventada,
passando a serem totalmente a distância dificultando o processo de ensino e
aprendizagem, mesmo com a tecnologia a favor, ambos os lados reclamaram
bastante as dificuldades encontradas. Primeiro, porque não conseguiam aprender e
segundo porque não obtinham o resultado desejado.
Não obstante, descobriu-se, que além da comunicação virtual ter sido a única
alternativa nesse período tão difícil, muitos alunos desenvolveram problemas na
escrita atribuindo o vício da linguagem virtual em produções formais. Muitas das
palavras usadas nos aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, passou a fazer
parte do vocabulário cotidiano desses alunos, comprometendo a sua escrita e o seu
desempenho escolar. Conforme, explica Antunes ( 2003 apud, Martins 2022):

Isso “nos leva a admitir que somente uma concepção interacionista da


linguagem, altamente funcional e contextualizada, pode de forma ampla e
legítima, fundamentar um ensino da língua que seja, individual e
socialmente, produtivo e relevante.” (ANTUNES, 2003, p. 41, apud.
MARTINS, 2022, p. 18).

Diante disso, professores vêm observando que os erros de pontuação e


ortografia estão atrelados ao uso exacerbado e ao contato desenfreado com as
linguagens virtuais. Percebe-se, que os jovens não sabem como escrever
determinadas palavras ou como usar uma vírgula que, aliás, para eles têm a função
de pausa respiratória. A situação fica mais horrível quando analisada suas
produções textuais, a exemplo, a redação. Segundo, Antunes ( 2003 apud, Martins
2022):

Nas atividades de escrita ainda podemos constatar a falta de


ingerência do aluno na formação de suas próprias teorias de
representação gráficas da língua e a consideração da escrita como
uma prática mecânica, periférica, artificial, sem planejamento e com
atividades irrelevantes e sem contexto social. (ANTUNES, 2003,
apud, MARTINS, 2022, p.17)
7

Nesse contexto, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), avalia a


redação através de 5 competências, a primeira delas, é a mais pecaminosa entre
estudantes, pois, avalia o domínio da escrita na forma padrão. Erros que passam
despercebidos no cotidiano tornam-se cruciais nesse exame. Segundo a cartilha de
Redações do ENEM, lançada pelo INEP, em 2019:

Uma das primeiras questões que devem ser consideradas na avaliação da


Competência I é que a escrita formal da Língua Portuguesa pressupõe um
conjunto de regras e convenções estabelecidas ao longo do tempo. É
importante enfatizar que aqui estamos tratando da escrita formal, uma vez
que é a escrita mais adequada a textos dissertativo-argumentativos, e que a
exigência de utilizar essa escrita fica explícita para os participantes já na
proposta de redação: (ENEM REDAÇÕES, 2019, p. 5).

PRENSKY (2001), diz que os estudantes atuais são “nativos digitais”, pois
fazem parte da geração que nasceu com a tecnologia. Ensinar alunos dessa
geração não é tarefa fácil, já que os professores não conhecem o perfil dos
estudantes e, além disso, precisam se fazer presentes na realidade deles,
compartilhando informações para só então, conseguir orientá-los de maneira ativa e
dinâmica. Quanto a isso, Moran diz:

Tanto na escola como fora dela, é muito importante a comunicação entre


pares, entre iguais, dos estudantes entre si, trocando informações,
participando de atividades em conjunto, resolvendo desafios, realizando
projetos, avaliando-se mutuamente. É na comunicação entre grupos, nas
redes sociais, que compartilham interesses, vivências, pesquisas,
aprendizagens. A educação se horizontaliza e se expressa em múltiplas
interações grupais e personalizadas ( BACICH; MORAN, 2018, p. 52, apud.
MARTINS, 2022. p. 24).

Segundo a BNCC (2018), mesmo considerando a cultura digital, os


multiletramentos e os novos letramentos a “cultura do impresso (ou da palavra
escrita) continuam sendo centralidade na educação”. Vale ressaltar, que mesmo
com o aluno sendo sujeito ativo na produção do próprio conhecimento, é preciso
direcioná-lo quanto ao uso excessivo da linguagem virtual e ao vício e seus efeitos
negativos, pois a escrita padrão é dotada de regras, diferentes da informal. Além
disso, ela advém de séries de combinações para sem seguidas.

A escrita exige a capacidade de selecionar e combinar as expressões


linguísticas, organizando-as numa unidade de nível superior, para construir
uma representação do conhecimento, correspondente aos conteúdos que
se quer expressar. A escrita encontra no texto a forma mais relevante de
representação do conhecimento. Escrever é, em grande parte das
situações, escrever um texto. (BARBEIRO e PEREIRA, 2007, p.7, apud.
MARTINS, 2022).
8

Dessa forma, é evidente que o vício de linguagem é o maior vilão na escrita


padrão. A escrita informal como nos grupos de amigos pelo WhatsApp, tem
contribuindo muito para tal efeito, nesses últimos anos. Buscando ficar atualizados
sobre tudo e todos, os jovens vêm aderindo às novas formas de comunicação muito
rápidas.

3 METODOLOGIA

Essa pesquisa é de cunho bibliográfico e também Qualitativo, utilizou-se


primeiramente, a observação de um grupo de jovens do Ensino Médio da escola
Newton Neves, Anexo Povoado leite por meio de mensagens no WhatsApp, para
saber como era a troca de mensagens entre eles e os professores. Logo depois,
analisou-se a escrita formal desses jovens para saber como estava sendo suas
produções e, erros. Foram analisadas aqui, somente as falhas desses jovens e se
isso estava sendo causado por alguma influência. E, finalmente, foi feito com esse
grupo um questionário, onde eles tiveram que responder perguntas bem simples
para chegar ao objetivo da pesquisa, como a linguagem virtual afeta diretamente a
escrita formal desses estudantes. Todas as etapas, os alunos estavam presentes e
seus relatos orais entraram na pesquisa, não contam como uma etapa, mas, como
valores a serem agregados nas três etapas supracitadas.
Como embasamento teórico, buscou-se um Trabalho de Conclusão de Curso
que tratava da produção da escrita, encontrou-se aí, citações de ANTUNES, que
foram usadas no presente trabalho. Utilizou-se também, a BNCC e a cartilha de
Redações do ENEM.

4 ANÁLISE DE DADOS

Como foi dito, essa pesquisa dividiu-se em três etapas, e, a análise se dará
em três etapas. Primeiramente, foi observado as mensagens entres alunos e seus
professores, de qualquer área, em conversas do WhatsApp, contastou-se que, os
erros não eram relevantes e que só importava a comunicação. Oriundos dos dois
lados, os desacertos passam despercebidos ou inequivocavelmente não são
corrigidos porque fazem parte apenas de uma conversa informal, o que se torna
fator determinante para falhas na escrita padrão.
9

É sabido que os alunos só são avaliados na sala de aula e que nem sempre é
um processo contínuo, o que atualmente, é uma falha no processo escolar. Pois,
estar por dentro daquilo que acontece na realidade do estudante é parte do campo
educacional. Além disso, o processo de ensino e aprendizagem envolve todo o
contexto em que o adolescente está inserido e diagnosticar quais fatores estão por
trás de possíveis erros tanto na escrita, quanto na fala ou comportamento possibilita
uma maior eficácia em resultados antes almejados.
Partindo para a segunda fase, foram analisados os cadernos escolares dos
alunos que estavam no grupo para saber se a escrita digital estava de fato
influenciando na escrita padrão. Obteve-se o resultado positivo para a hipótese
dessa etapa. Foi encontrado todas os erros que estavam presentes nas conversas
do WhatsApp. Tais como: ausência de pontuação, escrita abreviada e, letras
faltando, a exemplo, o (r) em finais de palavras e, acréscimo de letras.
Observou-se ainda, que os alunos não tinham seus cadernos revisados pelos
professores e, que quando acontecia era só o famoso “visto” sem nenhuma leitura
do que estava escrito e até mesmo, o “muito bom” no canto do caderno, indicando
que tinham olhado o texto ou atividade e que, não continha nenhum erro ou que
estava dentro do exigido. Analisando as atividades referentes a alguma nota, foram
encontrados pequenos traços de caneta vermelha que, sinalizavam algum tipo de
correção por parte dos professores, mas as palavras marcadas como erradas não
apareciam de forma correta na maioria dos cadernos revisados.
Segundo os próprios estudantes, os professores “só olhavam os cadernos
para saber se as atividades estavam todas respondidas, se a aula estava transcrita,
nunca era uma leitura de fato. Os alunos ainda relatam que, muitas das vezes se
sentem aliviados porque sabem dos erros que os professores podem encontrar, pois
escrevem abreviados quando estão com preguiça ou quando não gostam das aulas
e que só tentam escrever corretamente quando vale nota.” ( relato dos alunos. Grifo
meu).
A última etapa, contou com um pequeno questionário, composto por seis
perguntas objetivas e uma subjetiva, às quais foram atribuídas aos alunos. De forma
simples, individual e, sem interferência todas foram respondidas. Passamos aos
resultados obtidos.
Questionados se usavam palavras abreviadas no WhatsApp, todo responderam que
sim. Oralmente acrescentaram que, “é normal, mais rápido e até mesmo mais fácil e,
10

já que não vale nota não tem porque escrever certo, ninguém se importa” (grifo
meu). Vale ressaltar, que houve dificuldade de compreender a pergunta, pois a
maioria não sabia o que significa a palavra “abreviação”.
A segunda pergunta tratava sobre o uso do WhatsApp, com qual frequência
eles usavam o aplicativo, 80% (oitenta por cento) dos alunos responderam que o
usam sempre, 10% ( dez por cento) às vezes, e 10% (dez por cento) quase nunca.
Gráfico 1

2. Qual frequência você utiliza o WhatsApp?


10%
10%
sempre

às vezes
80%
Nunca

Fonte: Autoria Própria

Na terceira, foi perguntado se havia erros ortográficos nas mensagens e,


novamente, todos disseram que sim e, ainda, afirmaram que é o que mais tem e “às
vezes eu nem entendo o que está escrito, mas mudo de assunto e continuo a
conversa” (grifo meu).
A quarta pergunta, refere-se à escrita abreviada nas aulas de língua
portuguesa, 40% (quarenta por cento) dos alunos disseram que escrevem
abreviado, 20% (vinte por cento) relatou que não e, 40% (quarenta por cento)
responderam que às vezes. Como mostra o gráfico 2

4. Você escreve abreviado nas aulas de


português?

20% Sim
40%
Não
40% Às vezes

Fonte: Autoria Própria


11

Diante disso, nota-se que o uso do WhatsApp acaba influenciando na escrita


dos alunos, mesmo sem perceber esses estudantes acabam internalizando a
linguagem que usam nesse aplicativo para a sua vivência escolar.
Em relação à escrita errada no WhatsApp, foram questionados com se
sentiam e, 40% ( quarenta por cento) disseram se sentir mal enquanto, 60% (
sessenta por cento) relataram que não fazia diferença.

Gráfico 3

5. Como você se sente quando erra


algumas palavras?

Normal
40%
Mal
60%
Não faz difernça

Fonte: Autoria Própria


A última pergunta objetiva era voltada para a escrita errada na escola e qual a
sensação em relação a isso. Conforme o gráfico abaixo, 40% (quarenta por cento),
disseram se sentir normal enquanto, 60% (sessenta por cento), responderam que se
sentem péssimos.
Gráfico 4

6. Como você se sente ao escrever errado na


escola ?

Normal

Péssimo
40%
Não Faz
60% diferença

Fonte: Autoria própria


A sétima questão, totalmente subjetiva os alunos tiveram que relatar se o
WhatsApp influenciou na escrita padrão, deixando-a melhor ou pior e, logo depois
justificar a resposta. A intenção era descobrir como estava a escrita e saber qual a
12

opinião crítica dos estudantes a respeito da linguagem digital. Sem citar nomes,
traremos as respostas obtidas, chamando-os de A1, A2 e, assim, por diante.

A1 Melhor e pior Ao mesmo tempo pq tem hora


que eu penso que tô
escrevendo no WhatsApp aí
por isso minha escrita ficou
diferente.

A2 Melhor Porque a minha escrita era


muito ruia depois do WhatsApp
melhorou cem pusento agora
posso dizer que eu sou das
melhores.

Na tabela acima, estão os dados dos alunos A1, e A2, as respostas foram
transcritas da mesma forma que eles responderam. Como observado, o aluno A1
utilizou a linguagem virtual, mesmo sem perceber; diferente do A2 que, escreveu do
jeito que fala no dia a dia, sem se preocupar com a grafia correta. Ambos os
estudantes apresentaram erros na escrita padrão, mas só o A1, usou os clichês dos
aplicativos de mensagens os (pq e tô).

A3 Pior Quando comecei a usar o


WhatsApp, comecei também a
abreviar as palavras, o
WhatsApp deixou minha
escrita bagunçada.

A4 Pior Pois à alguma costumes do


WhatsApp que acabam ficando
na escrita.

A5 Pior Pois esse APP influenciou o


uso abreviações com maior
frequência e, isso tem sido
prejudicial em minha escrita de
redação, respostas de
atividades na escola.

A6 Pior Pois me deixou preguiçosa. Às


vezes eu escrevo abreviado
por mera preguiça.

A7 Pior Porque às vezes eu escrevo


errado na escola. Não por
querer, mas por pegar certo
costume. Ou seja, erro sem
perceber que estou errando.
13

Os estudantes A3, A4, A5, A6 e A7 relataram que, sua escrita piorou, pois às
vezes escrevem abreviado na escola por mera preguiça, e que os costumes do
WhatsApp acabam ficando na escrita e por isso, estão sempre abreviando. Apenas
o aluno A8 relatou que não fez diferença o uso do WhatsApp na sua escrita formal.
É importante ressaltar, que os dados estão de acordo com a escrita dos
estudantes que se submeteram ao questionário, nada foi alterado. Pois na última
pergunta estava sendo avaliada, também a escrita formal dos mesmos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que, o WhatsApp influenciou ( a) diretamente a escrita padrão e,


que a linguagem utilizada nesse e em outros aplicativos de mensagens, afetam os
jovens em sua produções escolares. O constante contato e o uso exagerado das
mídias digitais e das linguagens que ali circulam são fatores determinantes nos erros
da escrita formal.
Vale ressaltar, que mesmo em ambientes informais, especialmente, àqueles
que envolvem a escrita, como os aplicativos de mensagens, é sempre bom ter em
mente como é a grafia corretas das palavras e não esquecê-las, justamente por
causa do vício. É importante alertar os alunos para os efeitos da linguagem que
circula no meio digital, pois naquele meio a informalidade prevalece diferente de
ambientes sociais, como a sala de aula.
Portanto, faz-se necessário, o acompanhamento da linguagem virtual como
instrumento a ser estudado na sala de aula, junto com os alunos. É preciso refletir
sobre os efeitos negativos que essa linguagem traz para os mesmos e, torná-los
cientes dos limites da língua formal e informal tem que fazer do ensino.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira


(INEP), A Redação no ENEM, Cartilha do participante, 2019;
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular, Brasília,
2018;
MARTINS, Rita Maria Pires. Metodologias ativas e Tecnologias Digitais nas
Aulas de Produção Escrita em Língua Portuguesa: Uma sugestão de
Aplicabilidade. 59 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade
Federal do Pampa, LETRAS, PORTUGUÊS, 2022.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ENSINOS SUPERIORES DE ITAPECURU- MIRIM
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA PORTUGUESA

FERNANDA LETÍCIA DOS SANTOS DA SILVA


YOLI EMILLE SOUSA DIAS

TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

USO DOS JOGOS 4 FOTOS E UMA PALAVRA PARA


APRIMORAMENTO DA ESCRITA E LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL II
E
USO DA PLATAFORMA MEET

Itapecuru–Mirim
2022
FERNANDA LETÍCIA DOS SANTOS DA SILVA
YOLI EMILLE SOUSA DIAS

USO DOS JOGOS 4 FOTOS E UMA PALAVRA PARA APRIMORAMENTO


DA ESCRITA E LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II
E
USO DA PLATAFORMA MEET

Trabalho apresentado ao Curso de


Letras, na Disciplina de Tecnologias para o ensino
de Língua Portuguesa para obtenção de nota.

Orientadora: Prof.ª Claudienne Diniz

Itapecuru–Mirim
2022
RESUMO

O presente artigo tem como proposta analisar o jogo 4 imagens e 1


palavra para auxiliar na consolidação da escrita e ampliação do vocabulário de
crianças do ensino fundamental II através de seu uso em sala de aula como
atividade lúdica complementar, bem como o uso da plataforma meet como apoio
tecnológico em âmbito educacional em tempos de pandemia.
Mediante a essa perspectiva, tal análise se dá através da pesquisa de
campo corroborado a pesquisa de base bibliográfica a fim de consolidar os
resultados obtidos e processos expostos ao longo da pesquisa realizada.
O jogo 4 imagens e 1 palavra pode ser encontrado em plataformas digitais
de fácil acesso, gratuito e com uma proposta bem interessante ao estímulo
cognitivo e aperfeiçoamento da leitura além da ampliação do vocabulário.
Para iniciar o jogo basta obtê-lo em seu aparelho, não é necessário estar
conectado á internet para jogar sendo permitido um jogador por vez, pensando
em sala de aula a proposta pode ser flexível a depender da disponibilidade de
aparelhos. O jogador deve descobrir qual palavra pode se obter ao analisar
quatro imagens apresentadas que tenham relação com ela ou parte dela e assim
possa passar de fase e pontuar a medida que as descobre.
Seu objetivo é interligar a palavra a ser descoberta a quatro imagens que
fazem alusão á resposta a ser dada e ajudar na descoberta dessa palavra o que
trabalha no jogador o aperfeiçoamento das habilidades adquiridas ao longo do
seu processo de ensino aprendizagem.
O aplicativo que irá ser destacado nesse artigo será Google meet , o uso
desse aplicativo a cada dia aumenta mais porque ajuda muito os usuários que
querem ter uma certa comunicação envolvimento tanto de alunos com
professores, quanto reuniões de professores com as demais vertentes de cada
escola que excedeu a marca de 100 milhões de pessoas.
Este aplicativo é fácil de baixar gratuito, para Android e IOS, para usar
basta fazer o download e acessar suas funções, o desenvolvedor dessa
plataforma é o Google Corp, é necessário apenas um link e um código para
participar digitar o seu nome ou entrar pelo seu e-mail
.
Palavras-chave: Educação, Jogos, Ludicidade, Leitura, Plataforma

INTRODUÇÃO
A educação em todo o seu contexto volta-se para o aprimoramento dos
alunos e consequentemente visa um desenvolvimento social. Por anos e até os
dias atuais ela sofreu e sofre mudanças procurando melhorias para sua
aplicação e excelência nos resultados obtidos e nos almejados.
Concomitante os desejos de uma educação de qualidade dar-se também
pela necessidade de aprimorar a sociedade e suas ramificações, tecnologia,
economia, por exemplo. Por isso, em momentos, é confundida como um aparato
para solucionar problemas e não como um bem necessário para o
desenvolvimento humano.
Entre os métodos, o mais aclamado foi a ludicidade. Essa prática no ato
de educar facilita o aperfeiçoamento dos educandos, as crianças, pois utiliza de
brincadeiras para incentivá-los a descobrir as suas habilidades e as
subjetividades do próximo aceitando-as, assim como facilita a aprendizagem de
conhecimentos pragmáticos, disciplinas.
O lúdico não está presente desde os dias atuais, vários estudiosos a
investigaram até chegar a um consenso para conceituá-la. Também não foi
identificada a partir de teorias ou estudos complexos, mas sim através da
observância do cotidiano de uma criança e da interpretação dos meios de
passagem de conhecimento, assim como aquisição desses.
“O educador alemão Froebel (1782-1852) considerava as brincadeiras
como o primeiro recurso para a aprendizagem, foi pioneiro na introdução à
brincadeira no cotidiano escolar infantil” (LIMA, 2013, p. 34). Com esse
pensamento e implantação dessas práticas educativas (as brincadeiras e os
jogos) de uma maneira metódica, Froebel notou que pôde compilar com destreza
o desenvolvimento intelectual nas crianças, incluindo aquelas com dificuldades
de aprendizagem, pois ainda que de maneira subconsciente elas aprenderiam
algo proveitoso.
Na trajetória lúdica há pontos específicos que devem ser o foco, segundo
Sousa (2010, p. 64), Wallon argumenta que há três pilares importantes para o
desenvolvimento: afetividade, motricidade e inteligência, onde a última depende
diretamente do grau de apropriação que o sujeito faz dela e das experiências
vividas, de tal modo, a cada estágio há uma formulação de novos conhecimentos
e uma reorganizar dos já existentes.
Com isso o lúdico, os jogos apresentam-se como um grande aliado da
educação e um objeto de estudo a ser revisado e discutido. Por isso o presente
trabalho visa demonstrar os benefícios de jogos como Quatro fotos e uma
palavra e a plataforma meet no aprendizado de crianças do ensino fundamental
e seu desenvolvimento na leitura e escrita.
Referencial teórico
A ludicidade e os jogos como meios para o aprendizado
Sant’anna ( 2011, p.20), argumenta que a ludicidade perpassou épocas,
em cada uma refletindo o contexto histórico, ideologias do dia a dia de cada povo
de modo sucinto na formação educação de cada um. Ao passar dos anos ela
sofreu modificações e foi adaptada para casa momento e os sucessíveis
cenários sociais que representam o desenvolvimento histórico humano.
Quando diretamente ligados ao contexto escolar e consequentemente
metodológicos de ensino as brincadeiras possuem suas características natas
com o intuito de fazer com que um monte de diversão seja também um modo de
produção de saber e para a avaliação do desenvolvimento cognitivo do
educando. Não de um modo explícito, mas sigiloso por parte do educador.
Segundo Queiroz e Jordano (2005), o indivíduo desperta suas
competências e habilidades através do brincar. Um jogo ou brincadeira pode não
só ser utilizados para o lazer, mas se destinar concomitantemente a uma
finalidade educativa e contribuir com diversas áreas do conhecimento ao qual a
criança perpassa.
O Lúdico é tido como um meio em que o aprender se torna prazeroso,
onde as consequências no processo de ensino e aprendizado são representadas
em grande quantidade por pontos positivos. “A palavra lúdico se origina do latim
ludus que significa brincar” (SANT’ANNA e NASCIMENTO, 2011, p. 20).
O lúdico auxilia no processo propiciando o aprendizado sem que a criança
se sinta pressionada a desenvolver as habilidades desejadas pelo sistema
educacional, dando uma eficácia maior ao aperfeiçoamento cognitivo do alunado
sendo por tanto, uma ótima alternativa para aprimorar os conhecimentos
apresentados em sala de aula

Plataforma meet e sua versatilidade nas práticas educacionais

A tecnologia ajuda na empregabilidade porque hoje em dia a internet é


essencial para a busca por trabalho e renda extra, a conectividade que é a
utilização das telas para ajudar em atividades, no encontro de aulas, show
,palestras e também na conexão com outras pessoas até mesmo aprender novos
idiomas e o desenvolvimento cognitivos , que é saber utilizar as tecnologias e a
internet como ferramentas ao favor do ensino e aprendizagem. Para crianças
,jovens e adultos com mais facilidade e flexibilidade pois o docente em si tem
que ser flexível para um bom retorno aos seus alunos.
O aplicativo que ira ser destacado nesse artigo será por nome Google
meet, o uso desse aplicativo a cada dia aumenta mais porque ajuda muito os
usuários que querem ter uma certa comunicação envolvimento tanto de alunos
com professores, quanto reuniões de professores com as demais vertentes de
cada escola que excedeu a marca de 100 milhões de pessoas.
Este aplicativo é fácil de baixar gratuito, para Android e IOS, para usar
basta fazer o download e acessar suas funções, o desenvolvedor dessa
plataforma é o Google Corp, é necessário apenas um link e um código para
participar digitar o seu nome ou entrar pelo seu e-mail.
O google meet se referi a todo o público, é desenvolvido para todos os
tipos de empresa você pode participar de reuniões a partir de um evento, você
só precisa de uma conta no Google.
Como já retratado a pandemia da covid-19 trouxe o grande impacto na
vida de todos os indivíduos. Tendo também um grande impacto na educação
fazendo com que fosse necessário a reação de novas metodologias de ensino e
aprendizagem sendo algo destacado o ensino remoto(ERE) uma das
alternativas necessárias para o campo de ensino.
Os docentes tiveram que começar a utilizar plataformas pouco valorizadas
para a transmissão de aulas onlines.
Esta pesquisa tem como intuito mostrar a visão e a opinião de estudantes
universitários e também do ensino médio sobre a opinião do que acham das
plataformas digitais.
Essa adaptação trouxe consigo durante os desafios que se
desencadearam mudanças no sistema educacional, trazendo o isolamento
fazendo com que tivessem sido tomadas medidas cabíveis de acordo com a
necessidade da situação contactada, fazendo com que tanto os docentes quanto
os discentes se flexibilizassem de acordo com as suas necessidades explorando
o método de amenização e carência e a necessidade de ensino presencial e do
contato físico entre professores e alunos.
O Google meet tenta de certo modo recriar um ambiente escolar da sala
de aula para permitir que os alunos e professores sincronizem em tempo real,
tudo isso para tentar amenizar os pontos negativos que a pandemia trouxe, vale
ressaltar, que apesar de ter sido muito importante para esses momentos, essas
plataformas não são a mesma coisa que está em sala de aula
presencialmente.causando muitos aspectos negativos no ensino. O fato de um
aluno estudar online em casa traz a ele muitas distrações como por exemplo
coisas a fazer, filhos para cuidar dentre outras distrações, não é o mesmo que ir
para uma sala específica é focar apenas numa aula , porém foi o modo
encontrado para diminuir o estrago causado por essa situação , que atrasou
muitos alunos.

Alguns dos benefícios do meet, é a possibilidade de poder ser ligado a


câmera para que os alunos e professor possam estar se vendo e interagindo,
tanto no chat escrevendo, como também, na modalidade oral em tempo real,
com diálogo sobre assuntos abordados importantes, dúvidas e questionamentos
ao vivo. A forma com que as atividades podem ser aplicadas de modos
diferenciados faz com que as aulas não sejam tão monótonas e mais didáticas,
assim se observa no presente sentido que o objetivo demonstra uma visão de
alunos universitários sobre esse assunto específico.
Visando o contraponto “o ensino a distância verso o ensino tradicional”
Vidal (2202,p.49)
Pontua: " a metodologia tradicional de ensino Visa a assimilação dos
conteúdos como forma de enriquecer o intelecto do aluno" . É visto como uma
metodologia antiga no país e ficou conhecido como educação bancária segundo
as palavras de Paulo Freire no livro Pedagogia de autonomia publicada em 2006.
“Um ser humano deve transformar informação em inteligência ou conhecimento.
Tendemos a esquecer que nenhum computador jamais fará uma nova pergunta.”
Grace Hopper cientista da computação pioneira em programação.
“Caráter investigativo onde segundo Proetti (2017), é uma pesquisa que
não se objetiva da busca da quantificação, e sim da elaboração de estudos que
visam respostas onde é possível compreender, caracterizar e interpretar
informações, permitindo que o pesquisador do estudo tenha um contato mais
próximo com o objetivo do trabalho. ”´
O público-alvo desse artigo foi uma aluna na qual conversei e apliquei o
questionário sobre o que achava da aula remota, e qual a diferença para a aula
presencial.
De acordo com os aspectos relatados pela mesma, a aprendizagem que
adquiriu remotamente não é muito comparada ao que aprendeu no ensino físico,
no caso esta aluna que já está no oitavo período na conclusão do seu TCC,
relata que preferiria se possível fosse ter concluído sua graduação em letras
licenciatura toda no ensino físico , pois, por conta de outras necessidades diárias
é mais complicado adquirir conhecimento de forma remota, por conta da
distração do dia a dia , porém por conta da necessidade, o Google Meet foi
essencial e muito necessário para com que os alunos não se prejudicassem
tanto com a evolução da pandemia de 2020, apesar de tudo esse marco foi muito
prejudicial ao ensino , trazendo a alguns alunos ate mesmo a ideia de que não
estão capacitados para ensinar e que precisam se especializar, agora neste
período que as aulas presenciais estão voltando.
Cada aplicativo tem uma função que pode ser utilizada para diversas
finalidades porém o que irá ser retratado será , será o uso do google meet , uma
plataforma utilizada atualmente para reuniões e aulas onlines , na aprendizagem
da língua materna, e todas as outras línguas , para o desenvolvimento do aluno
na sala de aula, dos aplicativos mais importantes, são aqueles que aprimorem
aportunidades de assistir aulas remotas , não deixando de lembrar que a sua
importância foi destacada justamente na pandemia período onde foi realmente
necessário que todas as aulas fossem online por conta do covid-19 , um vírus
que foi descoberto desde 11 de março de 2020.
Esses aplicativos são importantes para o desenvolvimento do futuro da
educação para ajudar na facilidade e na rapidez, por exemplo um assunto que
você quer saber sobre, a aplicativos que lhe dão a resposta da sua pergunta e
lhe ajuda também explicando o porquê daquela resposta, de forma menos
padrão, é justamente a quebra dos padrões impostos pelo ensino e
aprendizagem de antigamente.
Vale ressaltar que existe uma grande diferença entre a escola atual e a
escola antiga, no caso o ensino, não só na tecnologia mas também sobre o
envolvimento dela no âmbito escolar, e também dos métodos de ensino, os perfis
curriculares a diferença do aumento e da chegada de metodologias inovadoras.
O papel fundamental dos jogos digitais, ou seja, os aplicativos que ajudam
na educação da língua portuguesa servem principalmente no fundamental que é
no processo de alfabetização, onde o aluno está aprendendo a ler, que serve
justamente para aprimorar a atenção do aluno para com que cada assunto
relatado quanto mais chamativo para as crianças o aplicativo melhor o
envolvimento dela com ele.

METODOLOGIA

O jogo foi desenvolvido com proposta inicial de ampla usabilidade de


maneira dinamizada para atender qualquer publico pré alfabetizado. Através
dessa extensão na sua faixa de uso e levando-o para um contexto pedagógico,
o jogo proposto foi apresentado para crianças do ensino fundamental II situadas
no 6º e 7º ano para ampliar seus conhecimentos sobre o vocabulário da língua
Portuguesa além do desenvolvimento de habilidades cognitivas importantes ao
aprendizado.
Experimentar e descobrir podem ser uma maneira muito rica de aprender,
os jogos podem facilitar esse processo quando trabalhados com propostas
motivacionais e interativas. O uso de jogos em sala de aula permite aos alunos
participarem ativamente no processo de ensino aprendizagem assimilando
experiências e uma maneira de facilitar a prática docente e chegar a bons
resultados nesse processo o uso de jogos se torna uma proposta atrativa.
O jogo proposto foi apresentado às crianças de ensino fundamental de
um reforço escolar a fim de analisar o nível de conhecimento ortográfico e
vocabular que elas apresentam e através de sua visão e reconhecimento desses
níveis trabalhar o estímulo dessas habilidades sob o ato de interpretar imagens.
Aos alunos que possuíam smartphone foi solicitado que baixassem o jogo
e aos que não possuíam foi disponibilizado a esses alunos que não possuíam o
aparelho necessário para execução do jogo e explicado qual seu objetivo,
durante quatro dias após a realização das atividades escolares oficiais, esses
alunos tinham um tempo para descobrirem a maior quantidade possível de
enigmas que o jogo ofertava e descobrirem as palavras apresentadas.
RESULTADOS
Espera-se com esta proposta de trabalho que o educando possa
aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a
organização e a concentração no desenvolvimento das atividades. Espera-se
também que a inserção das atividades lúdicas, como ferramenta pedagógica,
possa constituir em um mecanismo de potenciação de aprendizagem, capaz de
incentivar a descoberta, a criatividade e a criticidade.

7 AVALIAÇÃO
No decorrer de todo o processo, os estudantes serão avaliados por meio
de observação direta e por meio de controle feito pelo professor, fundamentada
nos critérios de avaliação contínua, diagnóstica e formativa, baseadas em sua
participação nas atividades desenvolvidas, nas discussões promovidas em sala
e pelas contribuições feitas aos colegas. Serão analisados os seguintes
aspectos: Interesse e participação do aluno nas atividades propostas em sala;
Realização e conclusão das tarefas nos prazos determinados, compreensão da
proposta apresentada no jogo.

Jogo 4 fotos 1 palavra

Organização
Pedir aos alunos que com o jogo baixado em seu smartphone executem-
no.
Material
Smartphone
caderno
caneta

Objetivo
Proporcionar aos educandos, sob uma perspectiva lúdica, o
desenvolvimento de leitura, organização de ideias, interpretação do texto e
ampliação de vocabulário.
Sugestão de desenvolvimento
Cada aluno inicia o jogo ao mesmo tempo e o professor estabelece um
tempo determinado para que os jogadores identifiquem o maior número de
enigmas possível para depois anotá-los no caderno e trabalhar frases com as
palavras encontradas.

Uso da plataforma meet

METODOLÓGIA

Google Meet que é a metologia de ensino para educação técnica


profissional, “navegadores web se trata, especificamente, de uma Progressive
Web Application (PWA). O termo se refere a uma nova metodologia de
desenvolvimento de softwares, que resulta em programas que misturam as
páginas web tradicionais e aplicações para dispositivos móveis.” é considerado
uma plataforma digital que é multifuncional que abrange e ajuda de maneira
positiva em diversas atividades abrindo a porta para a sincronia de professores
e alunos.
Foco metódico deste aplicativo é colaborar com o ensino e aprendizagem
no período remoto fazendo que haja uma interação com que pois ele permite
com que sejam colocados links para se conectarem a outros aplicativos mesmo
estando conectado na sala de aula que proporciona com que seja mais dinâmica,
a metodologia do ensino remoto requer aulas com planos e Tecnologias para
facilitar aprendizagem do aluno interagem em ambientes virtuais, em grupos de
redes sociais de discussões e ambiente virtuais, textos em formato digital leitura
de artigo em postagem notícia, e-books e pdf's.
Para que possa ocorrer a aula no MIT é necessário apenas que abra o
aplicativo crie um evento marque a opção participar do Meet, definindo o horário
de início e de fim de cada reunião e pode também nele adicionar qualquer uma
outra informação relevante.
Google Meet na educação começa em vídeos conferências Fácil de usar
confiável e seguro e conecta a comunidade escolar para o maior desempenho
das aulas remotas, sabe-se que quando se fala de metodologia existem mais de
10 outras.
Docente deve-se flexibilizar de acordo com a evolução ou não evolução
do aluno, pois sabemos que cada pessoa tem suas dificuldades na
aprendizagem e por conta das aulas online pode ser pouco mais complicado
para com que os mesmos aprendam.

ANÁLISE DE DADOS

Se baseando nos dados coletados com a participação da aluna Júlia


Romana Souza Farias, Graduanda do curso de Letras em licenciatura da
Universidade Estadual do Maranhão, a respeito da sua opinião sobre as aulas
ministradas através do Google meet e sobre como ela considera que a
plataforma pode ser positiva ou não na vida do aluno referindo-se a
aprendizagem que pode ser adquirida, a contrapontos a respeito das aulas
ministradas por essa plataforma pois segundo Júlia Romana (2022) apesar de
ser explícito que essa plataforma é muito necessária para o ensino remoto não
pode ser comparado a aula que é lecionada fisicamente por conta das distrações
do dia a dia o aluno pode ser que não adquira o conhecimento que deveria por
ser a distância, porém este aplicativo tem seus pontos positivos em relação as
estratégias que podem ser aplicadas de formas dinâmicas bem realistas em
tempo atual.
Quando o Sol observa existem outros aplicativos que podem nos oferecer
vídeos online, que explicam conteúdos importantes como o YouTube, WhatsApp
para fazer videochamada, porém o mito se destaca por ser um app que permite
a interação tanto no chat, na mão que pode ser assinada, na voz que o professor
e o aluno podem conversar e também o fato deles poderem se ver em tempo
real.
Dentre as perguntas que foram feitas para a mesma foi abordado qual o
principal motivo de ponto positivo das aulas serem ministradas no via Google
meet.
E como já falado é o fato das aulas serem ministradas em tempo real
como se fossem presencialmente permitindo diálogos e interações podendo ser
mostrado pelos aplicativos slides imagens até mesmo vídeo de acordo com o
link conectado.
Uma das coisas que podem ser considerados pontos negativos para o
ensino remoto é justamente a falta de condição no quesito de falta de
instabilidade na internet que pode assim causar sérios danos no envolvimento
do discente e a falta da Democracia ao acesso e também da inclusão social,
acredita-se que a educação no país deveria ser vista com mais sensibilidade que
a partir da desigualdade social faz com que as pessoas que pagam impostos
caríssimos, não tenham retornos necessários parar de querer mais
conhecimento, algo que a contraponto é inacreditável.
De acordo com Nogueira, Cavalcante, Lima (2021, p. 219), “o ensino
remoto não substitui plenamente o ensino presencial. Entretanto, dadas às
circunstâncias anunciadas consideramos que as aulas remotas são
possibilidades interessantes de serem experimentadas na tentativa de minimizar
as perdas do distanciamento presencial”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das informações expostas este artigo teve como principal foco
destacar a importância da tecnologia nos dias atuais e de aplicativos
tecnológicos como os jogos ao público escolar foi profundamente impactado por
essa medida remota e essas alterações digitais que de certo modo foram
obrigatórios para serem usados como ferramentas do ensino e aprendizagem.
O Google Meet é de suma importância para o desenvolvimento
tecnológico de muitas atividades da interação entre alunos e professores algo no
qual era visto como o futuro hoje se tornou a realidade em que vivemos e que se
adequa de acordo com a necessidade da sociedade e dos alunos focando
basicamente na representatividade que os termos digitais têm.
O termo tecnologia é um processo abrangente que foca na aplicação da
ciência e dos conhecimentos em diversas áreas da vida com foco de alcançar
valioso os indivíduos e propósitos muito importantes.
Assim a importância vem do seu uso tanto no ambiente casual quanto no
ambiente profissional que transforma um trabalho padrão em algo dinâmico e
com um ótimo processo automático vendo termo técnica de estudo que é
justamente foco nas habilidades, métodos, e processos para os bens de serviço.
Espera-se que esse artigo possa ajudar no auxílio e e no desempenho dos
espaços de qualidade na interação dinâmica na sala de aula sejam elas remotas
ou não, nos estudos a metodologia que contemplam a diversidade de gêneros e
tipos textuais que compõem a língua tal como o uso de jogos a exemplo do
indicado neste artigo que promovam de maneira dinâmica e oportuna o
desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos.

REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Jogos para Estimulação das Múltiplas inteligências.
Petrópolis: Vozes, 2008.
ANTUNES NETO, J.M.F. Sobre ensino, aprendizagem e a sociedade da
tecnologia: por que se refletir em tempo de pandemia? Revista Prospectus, v. 02, n. 01,
p. 28- 38, ago. /fev., 2020.
ALVES, L. Educação remota: entre a ilusão e a realidade. Interfaces Científicas,

TEIXEIRA, D. A. de O. .; NASCIMENTO, F. L. . ENSINO REMOTO: O USO DO


GOOGLE MEET NA PANDEMIA DA COVID-19. Boletim de Conjuntura (BOCA), Boa
Vista, v. 7, n. 19, p. 44–61, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.5028436 . Disponível em:
http://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/374. Acesso em: 12 set.
2022.
Ricardo Santos David1 Orcid ID:http://orcid.org/0000-0001-5850-
005,TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO DA
LÍNGUA PORTUGUESA
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tempo de pandemia. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, p. e424997177,
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SANT’ANNA, Alexandre; NASCIMENTO, Paulo Roberto do. A história do lúdico


na educação. Revista Eletrônica de Educação Matemática, Florianópolis, v. 6, n. 2, p.
19-36, 2011. Disponível em: <
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2011v6n2p19 >.
Acesso em 19 de Outubro de 2022 às 21:12

SILVA, Adriana Alves. A importância do brincar na educação infantil. São Paulo:


Universidade Católica de São Paulo, 2007.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins


Fontes, 1989.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAPECURU MIRIM – CESITA
CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPLINA: TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE LÍNGUAS

ARTIGO

ITAPECURU MIRIM

2022
GISELE VELOSO SANTOS

MARIA JASILENE AGUIAR GOMES

TECNOLOGIAS APLICADAS AO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA

Trabalho de Curso apresentado ao Curso


de Letras –, da Universidade Estadual do
Maranhão – UEMA, Campus de Itapecuru Mirim,
para a obtenção de nota.

Orientador: Profª. Dra. Claudiene Diniz

ITAPECURU MIRIM

2022
Tecnologias aplicadas ao ensino de Língua materna
O USO DA TECNOLOGIA PARA O ENSINO DE FIGURAS DE
LINGUAGEM: PLEONASMO E METONÍMIA

Gisele Veloso Santos 1


Maria Jasilene Aguiar Gomes 2
3
Orientador: Profª. Dra. Claudiene Diniz

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo mostrar o uso das tecnologias no ensino
da língua portuguesa na escola, mas especificamente ao uso dos aplicativos
Google Meet e FormsApp para ensinar dentro da escola. Para a execução do
trabalho foi elaborado uma aula para alguns alunos do primeiro ano do ensino
médio, sobre as figuras de linguagem pleonasmo e metonímia, e realizada
através do aplicativo Google Meet, e elaborada questões com perguntas a
respeito do assunto no aplicativo FormsApp. Observamos que os alunos
tinham familiaridade com os aplicativos, no entanto o assunto ainda era algo
novo para eles.

Palavras chaves: Tecnologias, pesquisa, aplicativos, ensino.

1 Graduanda em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão –


giselesantos7523@gmail.com
2 Graduanda em Letras pela universidade Estadual do Maranhão –

Jacynhaaguiar2016@gmail.com
3 Profª. Doutora. claudiennediniz@gmail.com
INTRODUÇÃO

A tecnologia atualmente é algo totalmente necessário, a facilidade que ela


trouxe para o nosso dia a dia nos fez perceber que não conseguimos mais ficar
sem utilizar, até porque tecnologia não é só o celular, o notebook, a smart TV,
a tecnologia está presente em quase tudo, desde o lápis que você escreve ao
seu iphone de última geração.

Durante os últimos anos e os últimos acontecimentos no mundo vimos a


importância de saber usar as tecnologias, tendo em vista a grande necessidade
de se incluir na sociedade atual para conseguir desenvolver um bom trabalho,
ser um aluno conectado, saber ajudar o filho a utilizar algo tecnológico, e
durante a pandemia vimos o retrato de uma sociedade conectada. Se pararmos
para pensar, sem a tecnologia, sem a internet durante esse período um grande
número de pessoas não iria poder trabalhar, estudar, falar com um parente
distante, ter noticias de alguém que estivesse em um hospital, entre outras
situações.

Foi a partir disse que decidimos falar sobre e utilizar o aplicativo Google
Meet, ele foi um dos grandes aliados para conseguir passar por esse período
sem ser tão prejudicado no campo do conhecimento, ou seja, ele ajudou no
processo de assistir aulas a distância e sem sair da sua própria casa. Sabemos
da sua importância. No entanto, neste artigo veremos a experiência de usá-lo
com alunos do ensino médio, juntamente com outro aplicativo que não é muito
conhecido o FormsApp,

Contudo, apesar das dificuldades encontradas podemos afirmar que a


tecnologia é nossa aliada no processo de ensino. No momento em que
estamos vivendo, notamos como os professores precisam estar se atualizando
para conseguir elaborar uma aula dinâmica, produtiva e que chame atenção
dos alunos, e como essa geração é marcada pelo internet os professores
devem produzir suas aulas com esse pensamento. No entanto, temos que
prestar atenção em até que ponto devemos fazer o uso das tecnologias e
analisar se estar tendo resultados positivos na educação dos alunos.
REFERENCIAL TEÓRICO

A tecnologia é um instrumento utilizado por todos, atualmente quase tudo


envolve tecnologia e todos nós estamos envolvidos come ela, segundo
SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA (2017, p.14) “[...] é possível ver que a
tecnologia pode ser relacionada ao uso de instrumentos, arte, sociedade e
ideologia. O termo ultrapassa o conhecimento de determinadas ferramentas,
indo até a sua influência nas formas de pensar e agir em uma sociedade.
Portanto, é possível perceber o quanto o conceito é amplo e se aplica a vários
contextos”.

A partir disso vemos a importância da tecnologia para a sociedade, para


Gomes (2008), o papel das tecnologias na educação é cada vez mais
reconhecido e a sua utilização vem de longa data, quer no ensino presencial,
quer no ensino a distância. Do quadro negro do pau de giz, aos quadros
interactivos e aos computadores portáteis que começam a marcar presença
nas salas de aula presenciais, umas vezes com alterações significativas nas
formas de ensinar e de aprender, outras vezes sem alterações tão
significativas quanto seria de esperar, temos assistido a uma diversificação das
tecnologias presentes nas salas de aula das nossas escolas.

As autoras SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA (2017), dizem que as


inovações tecnocientíficas partem, ou deveriam partir, das necessidades
sociais. Nesse ponto, entra a educação e sua contribuição para o
desenvolvimento científico e tecnológico. Não estamos dizendo que a escola
deve estar voltada para a ciência e para a tecnologia, o que precisamos pensar
é como a escola/educação pode se posicionar e colaborar nesse desafio que
está posto, ou seja, a escola deve se preparar para os desafios que sempre
virão, principalmente os desafios causados pela tecnologia digital a qual muitos
professores ainda tem dificuldade de utilizar.

O processo de ensino, é algo indispensável para toda a sociedade. A


educação é um meio primordial para nossa evolução e desenvolvimento. A
professora Karla Loiola (2021), ressalta que é importante os professores se
apropriarem da tecnologia e fazer um bom uso da mesma em sala de aula. A
tecnologia nos rodeia, e assim como os tempos mudam, todos os profissionais
da educação também devem se deixar mudar e se envolver nesse meio
tecnológico, ativar sua curiosidade e criatividade para assim, acompanhar as
mudanças e usufruir da tecnologia da melhor forma para suas aulas.

Atualmente com a evolução constante da tecnologia, as habilidades


exigidas pela sociedade estão cada vez mais complicadas, sendo necessário
qualificação, eficiência e a constância do aprender a aprender. Assim, a
educação se torna, mais do que nunca, um dos pilares essenciais para o
desenvolvimento das novas habilidades exigidas pela sociedade digital, afirma
as autoras SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA (2017).

Completando SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA (2017), reiteram nesse


sentido, que a formação docente precisa acompanhar tais mudanças, olhar o
contexto social atual e, a partir deste, repensar os programas de formação. Em
contextos educativos, tais mudanças passam, também, pela mudança no perfil
dos estudantes. Desse modo podemos notar que os estudantes de hoje em dia
são rodeados pela tecnologia digital, vivem uma realidade baseada na
tecnologia.

Segundo o que diz Karla Loiola (2022), é de suma importância estar


familiarizado com as ferramentas digitais e de comunicação, muitos
desacreditam no potencial da tecnologia para o processo de ensino, mas a
todo momento podemos perceber sua importância. O que seria da educação
sem a tecnologia durante a pandemia? Estaria parada. Então, daí sai a certeza
que a tecnologia usada de forma consciente, é mais que importante.

Moran (2000), enfatiza que “Com a Internet podemos modificar mais


facilmente a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como
nos a distância.”, com a ajuda do aplicativo Google Meet por exemplo, teremos
uma aula descontraída, com toda formalidade e profissionalismo, mas um
pouco mais descontraída e controlada. Mas, devemos ter noção que as aulas
virtuais não são iguais às presenciais, o aluno tem a autonomia de escolher
assistir à aula ou somente ligar a chamada e se descontrair com outra coisa,
sendo responsabilidade somente dele a formação do conhecimento que está
sendo passado por a professora. Portanto é dever do professor ter uma
metodologia que prenda atenção do aluno na sala de aula.
Karla Loiola (2020), afirma que as ferramentas do Google, como por exemplo o
Google Meet e Google forms, passaram a ser um material indispensável na
vida do professor durante o processo de educação desde a pandemia.

Com o uso da tecnologia, tivemos uma significativa mudança na educação.


Trouxe um ar de modernização para as salas de aulas, excluindo o tabu que a
tecnologia atrapalharia o desenvolvimento escolar do aluno. Levando em
consideração o aplicativo meet, ele colabora com a interação entre o professor
e o aluno em tempo real, porém é perceptível que nem todos têm o acesso
imediato à essa ferramenta.

De acordo com SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA (2017), “O


desenvolvimento pleno do potencial cognitivo depende da interação social.”
Portando é importante ressaltar que através da tecnologia também é possível
ter interação social, o professor e os alunos conseguem essa interação,
principalmente através do Meet, por ser um aplicativo completo, por possuir
acesso a câmera, áudio, e também chats (onde se troca mensagem de texto).

Os autores YAMADA E MAN FREDINI (2014) dizem que a utilização dos


recursos da internet pode estimular os alunos às mais diversas atividades, com
os mais variados temas. As pesquisas em inúmeros sites fornecem subsídios
ao docente e promovem alterações salutares no ensino, visto que são
entendidas como metodologias ativas, que tem por objetivo facilitar e aumentar
a construção do conhecimento do educando. Ou seja, a internet é um dos
grandes avanços da tecnologia, e com base nela as metodologias dos
professores, como também a educação dos alunos melhoram em vários
aspectos.

MORAN (2000), diz que: “Uma das áreas prioritárias de investimento é a


implantação de tecnologias telemáticas de alta velocidade, para conectar
alunos, professores e a administração. O objetivo é ter cada classe conectada
à Internet e cada aluno com um notebook.” Afirmando mais uma vez que as
plataformas digitais estão sendo necessárias na educação e com isso,
devemos ter os alunos cada vez mais perto dos estudos, alavancando a
educação.
METODOLOGIA

No dia 10 de outubro de 2022 nos reunimos pela primeira vez para decidir
como iriamos fazer todo esse trabalho, pensamos primeiramente nos
aplicativos que iriamos utilizar, fizemos pesquisas, baixamos vários aplicativos
até que resolvemos usar o Google Meet pela grande importância que ele teve
durante a pandemia.

Tivemos várias conversas no WhatsApp para decidir o outro aplicativo e


decidir como seria feito a pesquisa. Dia 17 de outubro de 2022 nos reunimos
mais uma vez, e então planejamos tudo. Decidimos que seria feito uma micro
aula sobre figuras de linguagem e o outro aplicativo que seria usado seria o
“kahoot!”.

Depois de vários sugestões e questionamentos resolvemos elaborar uma


aula sobre duas figuras de linguagem, a metonímia e o pleonasmo. Em 20 de
outubro elaboramos a aula e fizemos os testes dos aplicativos, e tivemos a
grande surpresa que o Kahoot! não era mais gratuito, e então fomos pesquisar
sobre outro aplicativo que tivesse as mesmas funções que ele, e encontramos
o FormsApp.

Produzimos uma aula para alunos do primeiro ano do ensino médio da


escola Centro de Ensino Wady Fiquene, a aula foi online transmitida pelo
aplicativo Google Meet, no dia 26 de outubro de 2022. Buscamos fazer uma
aula simples, destacamos: o que eram as figuras de linguagens; Qual a
importância delas; conceitos do pleonasmo; exemplos de pleonasmo; conceitos
de metonímia; e exemplos de metonímia. Logo após concluir a aula, foi pedido
para que os alunos respondessem um questionário sobre as figuras de
linguagem pleonasmo e metonímia.

No questionário foram feitas as questões objetivos sobre as figuras de


linguagem apresentada na aula, as questões eram para os alunos identificarem
frases que fazem parte da figura de linguagem metonímia ou pleonasmo.
Durante todo o processo de aplicação do conteúdo utilizamos ao todo três
aplicativos, o WhatsApp, o Meet e o formsApp, no entanto para concretizar a
aula usamos apenas o Meet e o formsApp.
ANÁLISE DE DADOS

Observamos muitas questões a serem destacadas, no primeiro momento


em que fomos para a sala de aula conversar com os alunos notamos o
desinteresse de uma grande parte, explicamos mais de uma vez qual era o
nosso objetivo, mas não foi o suficiente para conseguir que todos da turma
participassem.

Fomos até a escola Centro de Ensino Wady Fiquene, pegamos os contatos


dos alunos para criar um grupo no WhatsApp e conversar com os alunos sobre
data e hora da nossa micro aula. A priori, conseguimos 14 contatos de alunos
interessados em participar da nossa micro aula, mas somente 7 alunos
realmente participaram e assistiram à aula e responderam ao questionário, e
uma aluna somente respondeu o questionário.

Apesar de um assunto considerado fácil, presenciamos dificuldades de


entendimento enfrentada por nossos alunos. Buscamos explicar o máximo
sobre o assunto, sempre exemplificando e fazendo perguntas, para assim
estabelecer elo entre aluno, professor e assunto. Deixando claro que nenhum
dos alunos tiveram dificuldade para usar os aplicativos, e alguns já até os
conheciam.

As questões que foram feitas, para obter esses números foram:

1- Na frase “Vamos comer Mcdonald’s.” É...

a) Pleonasmo b) Metonímia

2- Assinale a alternativa que apresenta um pleonasmo vicioso:

a) Durante todo o concerto, não vi ela nem por um segundo.


b) Subi no ônibus correndo.
c) Para abrir a janela de segurança, levante a alavanca para cima.
d) Pegue o sanduíche de mortadela que deixei em cima da mesa.

3- Na frase: “Serviram um prato delicioso de entrada.” É um pleonasmo?

a) Verdadeiro b) Falso
4- Na frase: “Comprei um refrigerante e ganhei grátis um copo.” É um
pleonasmo?

a) Verdadeiro b) Falso

5- Assinale a alternativa que possui metonímia:

a) Sua boca é como um túmulo b) Pedro é bom de garfo. c) A flor é bonita.

6- O pleonasmo é conhecido como:

a) Pleonasmo lexical b) Pleonasmo gramatical


b) c) Pleonasmo vicioso d) Pleonasmo literário.
c) e) Todas as alternativas f) Nenhuma das alternativas

Veremos a baixo os resultados da pesquisa em gráficos e tabela:

Gráfico 1 - Porcentagem de erros- por questão. Fonte: Gomes, 2022.

Podemos perceber que foram baixos os resultados positivos do conteúdo.


Gráfico 2 - Acertos por sexo. Fonte: Gomes, 2022.

Gráfico 3 - Erros por sexo. Fonte: Gomes, 2022.

Notamos que apesar do número de meninas ser maior que os dos meninos,
na quinta questão obtivemos um melhor resultado por parte dos meninos, pois
os dois garotos responderam corretamente, enquanto quatro das seis meninas
erraram. Já na sexta questão observamos que a dúvida prevaleceu entre
ambos os sexos, visto que, todos erraram a mesma questão.

Tabela 1 – Tabela Comparativa. Fonte: Gomes, 2022.

Quanto a esta tabela, anexamos para que fique mais claro a situação de erros
e acertos em relação as questões. Notamos uma pequena diferença positiva de
respostas por parte dos que assistiram e não assistiram a aula.
CONCLUSÃO

O Artigo buscou saber se o uso das tecnologias na escola é algo eficiente


ou não, e como os alunos estão familiarizados com a tecnologia, então de
início, observamos o receio dos alunos para se comunicar durante a micro
aula, mas ao longo de conversas e perguntas, eles foram se “soltando” e
demonstrando interesse. Parte dessa boa comunicação se deu por conta da
funcionalidade do aplicativo Google meet, visto que ele nos deu a possibilidade
de administrar a aula sem interrupções desnecessárias. Aí você pergunta: -
Como assim, em sala de aula tem interrupção? É mais difícil administrar uma
boa aula, presencial?. Bem, o aplicativo nos apresenta vários recursos
interessantes para se passar o assunto e para que os alunos os recebam
facilmente.

Na sala de aula, o professor tem dificuldade de ser ouvido e assim


compreendido, durante a aula tem sempre um grupo que fica conversando,
rindo, brincando ou fazendo joguinhos. Na sala virtual disponibilizada pôr o
aplicativo, o professor ministra a aula e somente ele fica com o microfone
ligado, os alunos ligam o microfone somente para responder perguntas ou para
pedir que o professor repita.

Temos presente na sala virtual a opção de ligar a câmera para termos


certeza que não estamos falando sozinho, temos a opção de chat para aqueles
mais discreto em falar no áudio e facilita também, na chamada, já que o nome
dos participantes/alunos, fica registrado na tela e também tem como os alunos
responderem apenas apertando na opção presente na tela inicial do aplicativo,
que é a opção de levantar a mão. Essa função de levantar a mão, facilita e
muito durante o processo de ministrara a aula, já que, sempre que os alunos
tiverem dúvidas, para não atrapalhar o professor, ele poderá simplesmente
clicar na função e aparecerá para o professor a notificação.

Assim, a tecnologia nos possibilita apresentar nossa aula sem muita


dificuldade, os alunos não têm a desculpa de dizer que não participaram da
aula porque estavam sem transporte, que perdeu o horário ou que a farda
estava suja.
Sendo assim, é muito viável a opção de dar importância e visibilidade ao
aplicativo Google meet, como também outros aplicativos e plataformas digitais,
como por exemplo o outro aplicativos que utilizamos, o FormsApp, que tem
função de fazer questionário e formulários, que o professor pode usar para
fazer atividades e provas com seus alunos.

Portanto, podemos ver atualmente como a tecnologia é eficaz e nos traz


grandes benefícios, e devemos entender que a tecnologia está aí para nos
ajudar a progredir, evoluir e inovar a cada dia.
REFERENCIAS

SANTOS, SANTOS E OLIVEIRA. Educação e Tecnologia. Porto Alegre:


SAGAH, 2017.
ALCICI, ALMEIDA, MANFREDINI E YAMADA. Tecnologia na escola:
Abordagem Pedagógica e Técnica. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

GOMES, Maria. Na senda da inovação tecnológica na educação a


distância. Revista Portuguesa de pedagogia. Disponível
em:<https://www.researchgate.net/publication/259324578_Na_senda_da_inova
cao_tecnologic a_na_Educacao_a_Distancia>. Acesso em 20 de Outubro de
2022.

LOIOLA, Karla. E voce professor(a)... Esta ON ou OFF Professora Karla


Loiola. Ceará, 19 de jun. de 2021. Disponível em:
<https://www.professorakarlaloiola.com/2021/06/e-voce-professor-esta-on-ou-
off.html>: Acesso em: 31 de out. de 2022.
LOIOLA, Karla. Reflexão: A mídia digital presente na sociedade
contemporânea. Professora Karla Loiola. Ceará, 12 de jun. de 2020.
Disponível em: <https://www.professorakarlaloiola.com/2020/06/reflexao-midia-
digital-presente-na.html>. Acesso em: 31 de out. de 2022.
ANEXOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAPECURU-MIRIM
CURSO DE LETRAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

IASMIM IZABELLE MATOS ABREU SILVA


THACYELLE COELHO VIANA

AS POTENCIALIDADES DO USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O


ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS

Itapecuru Mirim
2022
IASMIM IZABELLE MATOS ABREU SILVA
TACYELLE COELHO VIANA

AS POTENCIALIDADES DO USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O


ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS

Artigo apresentado ao Curso de Letras


Licenciatura em Língua Portuguesa e
Literatura de Língua Portuguesa da
Universidade Estadual do Maranhão como
requisito de nota do componente Curricular:
Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Língua
Materna
Orientadora: Prof.ª Dra Claudiene Diniz da
Silva

Itapecuru Mirim
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................05

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................06

3 METODOLOGIA .....................................................................09

4 ANÁLISE DE DADOS..............................................................10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................14

REFERÊNCIAS .........................................................................15
RESUMO

A tecnologia está cada vez mais se ressignificando, diante disso, se faz a


necessidade dos professores de língua materna se reinventar para
utilização de novas ferramentas, visando o podcast e o designer para
produções de uma aula inovadora.

Palavras Chaves: Língua Materna, Ensino-aprendizagem, Gêneros


textuais, Tecnologias Digitais.

SUMMARY

Technology is increasingly resignifying itself, given the need for native


language teachers to reinvent themselves to use new tools, aiming at the
podcast and the designer for productions of an innovative class.

Key Words: Mother Tongue, Teaching-learning, Textual Genres, Digital


Technologies.
INTRODUÇÃO

O aumento crescente das Tecnologias, se faz a necessidade de renovar


as práticas pedagógicas nas aulas de língua portuguesa. A escola não deve
impor apenas um modo de saber, visto que as mudanças são necessárias.
Este artigo visa discutir as necessidades de ressignificação do trabalho do
professor em uma inovação mediada pelas tics e tdics, mais precisamente
nos trabalhos de gêneros textuais. Dessa forma investigaremos a utilização
das ferramentas Canva e Anchor no ensino de língua materna,
identificando e ressignificando as tecnologias no processo de ensino das
escolas.
Visto que a 5 competência da BNCC ressalta:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
praticas socias (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BNCC; 2018)

A língua nos dar diversas formas de aprendizagens, podendo ser visual:


através de gráficos, videos, imagens, mapas mentais. Auditivo: através de
podcasts, exposições orais, entrevistas, músicas e através da
Leitura/Escrita: utilizando livros, textos, apostilas.
A capacidade adaptativa e a plasticidade com os gêneros textuais sejam
um construto histórico que se encanta na ação social. Este aspecto ajuda
na identificação de muitos gêneros, com base em sua função e intenção
(BAKHTIN,1997; MARCUSCHI,2002)
Desenvolver a produção de diversos gêneros de forma que seja moldado
de melhor adaptação para os alunos torna acessível e de melhor resultado
nas produções de gêneros textuais que independente da forma a ser
trabalhada deve ser analisado a intenção que é destinada a produção.
Os gêneros textuais podem ser trabalhados de diversas maneiras, através
de poemas, poesias, resenhas, receitas sendo que, cada texto possui uma
linguagem e uma estrutura, visto que podem ser usadas diferentes formas
de aprendizagens, como leitura, produção e oralidade.
Quando falamos em gêneros textuais, é feito logo uma relação com a
escrita e produção, mas para trabalhar os gêneros de forma inovadora,
deve-se utilizar mecanismos novos, que possibilitam o desenvolvimento do
aluno. Visto que, oralizar e produzir deve permear o processo de ensino.
Diante de tal contexto, observa-se que trabalhar a oralidade com os alunos
é de grande relevância para o desenvolvimento do aluno, dessa forma,
utilizar o podcast no processo de ensino favorece a capacidade do aluno
de argumentar e expor um ponto de vista, de modo a modernizar o ensino
de acordo com as mudanças socias.
O principal objetivo nesse artigo, é conhecer o uso das tecnologias digitais
nas escolas, de tal forma identificando como os professores utilizam tais
ferramentas, visando destaque aos aplicativos Canva e Anchor nas
produções de gêneros textuais

REFERENCIAL TEÓRICO

Os gêneros textuais, deve ser trabalhado de forma, que o aluno possa ser
participativo, visto que a tecnologia está diante dessa nova geração, deve
ser implementado tecnologias digitais no processo de ensino. Diante disso
o podcast é um ótimo recurso para trabalhar oralidade com os alunos.
O podcast é uma ferramenta digital voltado para gravar áudios, através de
um serviço de streaming, um desses programas voltados para gravação é
o aplicativo anchor.

“Ao utilizar um podcast o professor alia informação, entretenimento,


dinamismo e rapidez ao processo de ensino-aprendizagem. Mas criar um
podcast exige ao professor muita dedicação uma vez que conceber e
dinamizar atividades exige uma grande capacidade de trabalho e criatividade”
(CRUZ,2009 p.67)

Diante disso, percebe-se que o podcast é uma ferramenta, que ajuda o


professor no processo de ensino, visando a criatividade, desenvolver as
habilidades dos alunos através das produções, visto que é de grande
relevância para o aluno. Diante de tal contexto, deve ser analisado qual
assunto pode ser trabalhado no podcast nas aulas de língua portuguesa?
Um dos assuntos a serem trabalhados é os gêneros textuais, os gêneros
textuais representam variedades de textos sejam eles orais ou escritos
visto que possuem suas características, alguns desses gêneros são: conto,
lenda, fabula, biografia, carta, bilhete, reportagem...

Outros podcasts dão a conhecer as obras, contos e poemas de autores


nacionais e estrangeiros e que podem ser usados pelos professores na sala
de aula. São disso exemplos os podcast “estúdio raposa” podcast
portugurlingQ (CRUZ,2009 p.71)

Outra forma, de ser trabalhado o podcast além da criação entre, professor


e aluno é a facilitação da ferramenta com podcast prontos, como afirma,
CRUZ já existem podcasts prontos direcionados as aulas de língua
portuguesa que estão se expandido em nível nacional e internacional.
A leitura, no processo de ensino é imprescindível torna, o aluno cada vez
mais eficiente no processo de aprendizagem, nas aulas de língua
portuguesa os gêneros textuais é uma das grandes formas para trabalhar
a leitura e escrita e oralidade.
De acordo, com Wanderley em uma entrevista os professores de LP:

“Considera importante o trabalho de gêneros textuais na sala, por razões


diversas, dentre os gêneros textuais nas aulas de LP, os professores
enumeram uma diversidade. Os dados apontaram, especialmente, a
necessidade de investimento para uso efetivo de mídias e tecnologias”
(WANDERLEY,2014 P.2524 e 2525).

Aliar os trabalhos de gêneros textuais com as crescentes tecnologias, se


faz necessário, visto que as tics e tdics, estão crescendo e o podcast como
a tecnologia digital, é um ótimo recurso para trabalhar a oralidade dos
alunos além de estar fazendo o uso das tecnologias.
Trabalhar a oralidade, promove o aluno a capacidade de se expressar e
tornar pessoas capazes de se comunicar, Visto que torna pessoas a ter
uma melhor interação com as demais, deixando a timidez de lado, além de
promover a cultura da sociedade em geral.

“A oralidade se apresenta através dos gêneros textuais fundados na


realidade sonora. Através dela, assim como da escrita, podemos construir
textos coesos e coerentes, elaborar raciocínio abstratos, expor de modo
formal e informal” (MACIEL, BARBOSA P.4)

Visto que, o podcast é uma ferramenta viável para atribuir no contexto


escolar por inúmeros fatores, é necessário a capacitação dos profissionais
para o uso das possíveis tecnologias. Dessa forma, o professor, além de
enfatizar outros podcasts aos alunos, pode construir um podcast através
de textos, poesias, músicas, sempre buscando criatividade para o uso,
deixando o aluno ter uma participação expressiva nas diferentes
produções, seja para publicação, ou não.
Uma outra plataforma a ser utilizada dentro da sala de aula no ensino de
língua portuguesa é o aplicativo Canva, uma ótima ferramenta para criação
e edição de designer e elementos gráficos, é uma plataforma gratuita, mas
que também possui sua versão paga. Possui uma diversidade de
elementos a serem utilizados para diversas finalidades.
A nossa finalidade com a plataforma é basicamente apresentar como essa
tecnologia pode ser utilizada em sala de aula através do ensino dos
gêneros textuais. Uma das possibilidades da utilização dessa plataforma é
através das histórias em quadrinhos, dado como um gênero textual
narrativo, onde histórias são narradas através de imagens, com as falas
expressas dentro de balões ou quadrinhos narrando todo o contexto da
história.
“Os estudantes querem ler os quadrinhos e estas fazem parte do cotidiano
de crianças e jovens há décadas. Assim, a inclusão das histórias em
quadrinhos na sala de aula não é objeto de qualquer tipo de rejeição por parte
dos estudantes, que, em geral, as recebem de forma entusiasmada,
aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico quanto aos
conteúdos das aulas” (RAMA, VERGUEIRO, BARBOSA, RAMOS, VILELA,
2004).
Sendo assim, essa ferramenta nos possibilita a criação do gênero exposto
de forma simples e fácil a ser trabalhado, onde o mediador pode sugerir
aos alunos a criação das histórias, assim estimulando-os na habilidade de
produção e a criatividade dos indivíduos.

“A revolução tecnológica traz fortes demandas para a Educação, julga-se que


as TIC enriquecem o processo de ensino-aprendizagem quando propiciam a
criação de condições para a construção e apropriação de conhecimentos,
habilidades e atitudes”. (SCHUHMACHER, 2016, p.01).

Além do que foi exposto, também se pode usar a plataforma para criações
de apresentações e vídeos, onde o professor pode auxiliar seus alunos nas
atividades individuais e em trabalhos em equipe, de forma que a aula seja
mais criativa e demonstrativa.

[...] o professor interdisciplinar traz em si um gosto especial por conhecer e


pesquisar, possui um grau de comprometimento diferenciado para com seus
alunos, ousa novas técnicas e procedimentos de ensino, porém, antes,
analisa-os e dosa-os convenientemente. (FAZENDA, 2005, p. 31)

São diversas as possibilidades de se trabalhar os gêneros textuais através


do aplicativo canva, como os textos descritivos que podem ser trabalhados
através de vídeos e na criação de reportagens em forma de jornal como
também na criação de notícias e anúncios.

METODOLOGIA

O artigo, visa discutir a importância das tecnologias digitais no processo de


ensino. O mesmo para produção partiu de um viés teórico e prático. Para a
produção do presente artigo, foi necessária uma pesquisa de punho
bibliográfico e pesquisa de campo, onde foi feito questionamentos a
professores em pleno exercício.
A pesquisa apresentada é qualitativa, pois a mesma é baseada no caráter
subjetivo, isto que a mesma mostra experiências individuais de cada
entrevistado.
A entrevista foi aplicada, utilizando o google forms para coletar as
informações. O questionário é apresentado 6 questões.
Os questionamentos abordados foram:
1-Qual a tecnologia digital, você utiliza durante suas aulas?
2- Você, conhece ou já utilizou o aplicativo canva? Se sim quais
procedimentos utilizados?
3- Você, conhece o aplicativo anchor?
4- Você, já trabalhou com podcast em sala de aula, se sim conte como foi,
se não por que?
5-Como, você trabalha os gêneros textuais nas suas aulas de língua
portuguesa?
6- Em sua concepção, qual a importância de trabalhar, produções e
oralidade?
Diante disso, o principal objetivo nesses questionamentos são: Conhecer
as tecnologias adotadas no ensino de língua portuguesa.
Identificar a funcionalidade das ferramentas “canva e anchor”.
Analisar a importância de trabalhar gêneros textuais
Identificar a importância de trabalhar oralidade e consequentemente as
possíveis produções.
Após os questionamentos foi feito uma apresentação dos aplicativos, para
que os professores conhecessem os apps, onde foi expressado algumas
funcionalidades das ferramentas, fornecendo novas formas que se podem
ser trabalhadas.

ANÁLISE DE RESULTADOS

Os aplicativos canva e anchor são aplicativos voltados para as mídias


digitais o canva é de designer gráfico o anchor é aplicativo de áudio. Dessa
forma, para buscar informações para produção do artigo, tabulamos alguns
questionamentos, a professores da rede pública.
O objetivo nos questionamentos propostos é identificar, se os professores
utilizam tecnologias digitais nas suas aulas e se conhecem os aplicativos
em destaque, tornando como sugestão para implementação nas suas
aulas.
Dos professores, foram 3 entrevistados apenas 1 professora conhece o
canva, mas enquanto utilização nas suas aulas, não obtém nenhuma
produção, a mesma apenas utilizou para elaboração de alguns panfletos.
Os entrevistados, enfatizam a importância de se trabalhar a oralidade em
sala, mas acreditam que se torna mais prático aplicações de trabalhos em
grupos, dinâmicas, ou seja, outros métodos para trabalhar com a oralidade.
Nenhum dos entrevistados, conhecem o anchor ou utilizaram outros apps
de podcast. Enquanto tecnologia apesar de não conhecer o anchor e usar
apps, apenas uma professora utiliza o notebook como tecnologia nas aulas.
Observa-se, que os professores apesar de acreditarem que trabalhar com
oralidade favorece o desempenho do aluno, não são pessoas letradas
digitais. O letramento digital é dominar os usos sociais, desenvolvendo
habilidades em recursos tecnológicos.
O letrado digital, visa utilizar diferentes interfaces, buscando informações
tem a capacidade de produzir textos digitais, utilizando diversos modos de
comunicação, oral, visual, gestos.
Os professores, não buscam métodos para modernizar, as vezes é comum
perceber os trabalhos voltados para monotomia, voltados apenas ao livro
didático.
A pandemia de covid -19 intensificou a utilização das tecnologias digitais,
o professor passou a adaptar maneiras para trabalhar e obter recursos que
são de grande relevância para o desempenho do aluno.
A internet fruto da tecnologia passou a ser a grande aliada na comunicação.
O que se observa é que mesmo com todas as dificuldades encontradas,
acreditava-se que com os pós pandemia muitos professores, passariam
adotar a tecnologia como principal aliada, mas é uma realidade estagnada,
ou seja, não tem uma evolução quando se trata de modernização.
Os professores tem que ser letrados digitais? Será que ser letrado digital
significa acesso a recursos ou domínios das ferramentas, nota-se que
mesmo uma escola estruturada, com computadores, internet, não são
essenciais para suprir a necessidade, se o professor nada sabe, como
utilizara, será que a grande dificuldade não está no professor,
especificamente na formação do professor. O que falta é capacitação para
entender, que trabalhar tecnologia é essencial, enquanto professor
necessitará que seguir a contemporaneidade, entender que os alunos já
nascerão letrados digitais. O professor é o grande aliado para construção
de alternativas para uma aula exploratória, por que não usar os gêneros
textuais de forma dinamizada? O professor tem que entender a linguagem
estabelecida pelos seus alunos, possibilitando uma diversificação sair do
monótono, desenvolvendo novas formas de ensinar.
Trazer ferramentas para suas aulas além de ser criativo, possibilitará
enquanto professor, a despertar no seu aluno a capacidade de buscar,
inovar, explorar instrumentos novos,

“As tecnologias digitais permitem repensar o atual processo de ensino


aprendizagem. O computador e a internet são realidades no cotidiano de
alunos e professores. A internet abre caminho para a interação mundial e o
contato com diferentes gêneros discursivos. A escrita passa a ser uma
produção coletiva de textos e a leitura é fluida e torna-se uma navegação.”
(RIBEIRO, FREITAS P.70 2011

Dessa forma, se faz ter uma análise a respeito de como introduzir essas
tecnologias dentro das salas de aulas, dinamizando onde o Aluno passa a
ser mais participativo, não adianta apenas chegar na sala de aula e
entregar uma aula sem ao menos ter uma interação com o professor, ou
seja, trazer essas abordagens é desenvolver a capacidade do aluno.
Dessa forma é papel da escola alfabetizar os alunos no contexto letrado é
levando em conta as práticas de leitura e escrita nas vidas cotidiana
fornecendo importância tanto no ensino quanto na aprendizagem dos
alunos.
A forma com que o professor está diante das dificuldades, favorece
habilidades já absolvidas por eles para garantir habilidades na construção
das aprendizagens.
A professora entrevistada, afirma que não utiliza podcast e outras
ferramentas digitais por acreditar que possui outros métodos para se
trabalhar com oralidade incluindo os trabalhos em grupo, ao analisar o
trabalho em grupo, mas se trabalharmos apenas com trabalhos em grupos
para explorar a oralidade dos alunos se tornaria algo monótono, enquanto
professor devo buscar instrumentos que são da realidade do aluno para o
contexto da sala de aula, visto que tende incentivar aquele aluno, a
conhecer, buscar.
Ampliando os limites do próprio conhecimento, da aquisição da linguagem
fluente despertando o espírito crítico, aumentando o vocabulário, dessa
forma desempenhando um papel imprescindível na aprendizagem e um
envolvimento integral do aluno possibilitando uma postura construtiva
refectiva frente à realidade.
De fato, o que se pretende com este artigo é visibilizar a importância de se
trabalhar as tecnologias no contexto escolar visibilizando os gêneros
textuais como uma facilitação é para a aprendizagem dos alunos visto que
os gêneros textuais são de grande relevância para a compreensão de
textos aprimora são de uma leitura rebuscada.
Os entrevistados não possuem características próprias de letrados digitais,
infelizmente a rede pública de ensino destaca, falta de recursos para se
trabalhar, mas como observado pode ser trabalhado a tecnologia com
diferentes maneiras.
É notável observar que ainda falta sim, estrutura e capacitação aos
professores para lidar com as variadas tecnologias impostas no âmbito
escolar seja pelo notebook, tablet ou celular, se deve aliar o que se tem
para buscar inovações dentro de um contexto escolar.
Enquanto o professor, não perceber que para a sua aula ser dinamizada
precisa buscar inovações o ensino não passará de uma monotonia onde os
professores apenas vão reproduzir.

“Um aspecto relevante na utilização das tecnologias digitais como


mediadoras é o fato de que, primeiro, é necessário garantir que as escolas
possuam tais equipamentos em número suficiente e que haja conectividade
disponível. Também é importante que a escola e os professores estejam
aptos a ensinar os alunos a utilizarem esses artefatos como tecnologias do
conhecimento. Assim, a capacitação docente é condição precípua e anterior
a quaisquer outros investimentos” (VIEIRA, SILVA P.2555)
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante disso, conclui-se que os trabalhos com gêneros textuais desde as


séries iniciais é uma forma eficaz tornando assim a proposta do letramento
que transcende a alfabetização dando destaque às práticas discursivas
entender como um conhecimento de gênero textual facilita a organizar as
diferentes formas e características de diversos textos.
sendo assim o professor ele como contemporâneo deve estar à frente das
tecnologias buscando conhecimento, favorecendo espaços de construções
proporcionando aprendizagens compartilhadas.
Uma educação transformadora é aquela que busca inovações diante das
dificuldades, rompendo paradigmas, visto que a tecnologia possibilita o
senso critico do aluno, ajuda na democratização do ensino, fornece
conhecimentos despertando os interesses e motivação dos alunos,
conhecer, buscar nunca é demais quando se trata de transformação
REFERÊNCIAS

MARCUSSHI, Luiz A. Gêneros textuais emergentes no contexto da


tecnologia digital In: Xavier, Antonio C. 9org). Hipertexto e gêneros
digitais. Rio de janeiro. Lucerna,2004.

BRASIL. Ministério da educação. Base nacional comum curricular.


Brasília ,2018.

CRUZ. Sonia C. O podcast no ensino básico, Braga; Portugal.2009


WANDERLEY, Marta F. Tecnologias, Mídias e Gêneros textuais nas
aulas de Língua portuguesa: O que sabem e fazem professores de
uma escola pública. revista: Linha mestra ano VII- N° 24, Jan-jul.2014.

MACIEL; BARBOSA. Gêneros textuais, Oralidade e o livro didático de


língua portuguesa: O que esperar dessa relação. Dissertação do curso
de letras UPE, UFPE: P.4

MORAES Ketlin; REGINATTO Douglas; ZARA Reginaldo. III Congresso


internacional de educação: Desafios contemporâneos. Aplicativo canva
para ensinar estatísticas por meios de histórias em quadrinho
. Paraná,2018.

GOMES Geam, MUNIZ Andressa, SOUZA Sara, Educação em foco; As


tdcis no campo de atuação social vida pública: uma sequência
didática do gênero textual linha do tempo com o canva ,2021.

FREITAS Maria Tereza, Educação em revista: Letramento digital e


formação de professores Revista V:26 N: 03 p.335-352, Belo Horizonte
dez-2010

VIEIRA, Mauricéia S.P; SILVA Daniel Leitura e tecnologia digitais:


Quo Vadis revista: Linha mestra ano VII- N° 24, Jan-jul.2014.
AS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS DIGITAIS INSERIDAS NO CONTEXTO
ESCOLAR: UTILIZANDO O KAHOOT COMO COMPLEMENTO DO
MÉTODO DE ENSINO.

Marco Antonio da Silva de Souza1

Resumo

As novas tecnologias chegaram no seio da sociedade de modo que as


pessoas estão sempre em busca dessas novidades para consumir, cada um
almeja obter a melhor tecnologia em suas mãos, e a corrida dos
desenvolvedores de sites, apps, programas, plataformas, aparelhos e
ferramentas digitais para apresentar sempre a melhor opção para os indivíduos
sedentos de novidades e inovações não tem ponto de chegada, somente o ponto
de largada, e nessa corrida tecnológica digital, sai na frente não aquele que
dispõe da internet mais rápida, mas sim, aquele que possui criatividade e visão.
E neste percurso, nós, profissionais da educação, buscamos trazer para dentro
da nossa sala de aula, essas novas tendencias tecnológicas, buscando também
diversificar os métodos de ensino, contribuindo para o processo de
aprendizagem de cada aluno, observando o letramento digital, e as relações que
cada um deles cria com as tecnologias digitais. Neste trabalho iremos analisar
como os alunos desenvolveram atividades em sala de aula proposta pelo
professor que utilizou de uma plataforma digital especialmente o Kahoot, e
veremos também um breve panorama acerca desse tema que vem a cada dia
encontrando espaço nas mais diversas áreas da sociedade.

Palavras-chaves:

Tecnologia. Digital. Letramento. Educação. Aluno.

Introdução

Nos últimos anos o advento das grandes tecnologias favoreceu na busca


de tentar suprir as necessidades dos seres humanos, e os cidadãos recorrem a
essas novas tecnologias, afim de suprir os mais diversas anseios no dia a dia, e
compreendemos que a tecnologia a cada momento vem proporcionando para as
comunidades diversas formas de interação, bem como, possibilitando conforto
nas mais variadas esferas sociais.

1
Graduando em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
2

É perceptível que a cada dia as ferramentas, máquinas, internet, jogos,


veículos, equipamentos e muitas outras inovações tecnológicas foram ganhando
espaço, e não só nas casas e nas mãos das pessoas, mas também nas
instituições de ensino por todo lugar, com a revolucionária ideia de que a escola
precisa caminhar junto com o processo evolutivo da sociedade e buscar trazer
as novas tendências tecnológicas para sala de aula com o intuito de trabalhar
uma contextualização, bem como, contribuir com o processo de ensino e novas
formas de interação com os alunos e com o mundo, e paralelo a isso, buscar
trazer uma maior comodidade e facilidade de criar, conduzir, buscar, trabalhar e
produzir uma diversidade materiais.
As escolas, juntamente com os professores precisam perscrutar esses
novos caminhos visando acompanhar e caminhar junto ao processo evolutivo
social e tecnológico, e não fugir do uso das novas tecnologias, observando a
importância das mesmas para o processo formativo do indivíduo moderno,
dando ênfase no letramento digital, buscando assegurar uma inserção dos
educandos nesse novo mundo, afim de possibilitar a inclusão desses cidadãos
e futuros profissionais no mundo digital de uma forma saudável.

A evolução tecnológica tende a alterar comportamentos,


estabelecer processos comunicativos diversificados provocando
uma interação que vai desde o contato entre pessoas diferentes
como à relação entre conhecimentos e aprendizagens distintas.
A escola precisa acompanhar essa nova realidade de sociedade
repleta de informação e conhecimento. (SILVA e CORREA
2014, p. 31)

Nesse sentido, busca-se nesse trabalho trazer uma visão de como essas
tecnologias podem contribuir na prática dentro da sala de aula, tendo em vista
que as TDICs (Tecnologias digitais da informação e comunicação) estão cada
vez mais presentes dentro da esfera educacional, consequentemente abrindo
espaço para diversos tipos de letramento, e nesta produção iremos nos
compreender e discutir acerca do letramento digital e como a utilização de apps
e plataformas digitais podem ajudar no processo de ensino dentro da sala de
aula, sendo esses dois fatores bem presentes em diversos cantos da sociedade
e também na vivencia cotidiana dos discentes, e esses conceitos, talvez um
pouco distante do conhecimento de muitos, vem ganhando espaço nos campos
de pesquisas, pois a sociedade passou a ser dependente desses recursos
tecnológicos, onde as práticas sociais de leitura, ultrapassam as barreiras dos
3

livros, jornais e materiais impressos, abraçando o universo do letramento digital,


que ao longo desta produção iremos refletir acerca desse conceito tão importante
e presente em nossa rotina como diz RIBEIRO e COSCARELLI (2005).

Letramento digital diz respeito às práticas sociais de leitura e


produção de textos em ambientes propiciados pelo computador
ou por dispositivos móveis, tais como celulares e tablets, em
plataformas como e mails, redes sociais na web, entre outros
(RIBEIRO e COSCARELLI, 2005, p. 1).

Observando esse grande processo de inclusão digital no mundo moderno,


buscamos ponderar no campo de pesquisa como os alunos se comportam e se
beneficiam com o uso das tecnologias, pois é válido ressaltar que vivemos em
um novo cenário onde a comunicação através dos veículos de mídias sociais
ganham cada vez mais espaço, e ALVES (2009) diz que “aplicação das novas
tecnologias, conduziram à passagem da Sociedade Industrial para a Sociedade
da Informação, uma sociedade da comunicação generalizada, marcada pelo
predomínio dos meios de comunicação.” Nesse sentido procuramos em campo,
inserir essa tecnologia e colher resultados acerca da metodologia aplicada
utilizando o Kahoot, que de acordo com LIRA (2017) “O Kahoot é uma plataforma
global e colaborativa de jogos educativos de diversas categorias, fundada em
2012, que pode ser acessada de qualquer dispositivo com internet.” Sendo uma
boa opção de plataforma digital para a aplicação de divertidas atividades com o
objetivo de trabalhar com os alunos e colaborar com a fixação do conteúdo
apresentado em sala de aula, colaborando com o letramento digital, e
implementando as tecnologias como proposta somadora no processo de ensino
e aprendizagem da escola.

O mundo digital na mentalidade dos jovens nos dias atuais

É notório que os jovens nos dias atuais estão cada vez mais inseridos no
mundo das tecnologias, sendo elas jogos, aparelhos celulares, televisores,
computadores, robôs e vários outros aparelhos eletrônicos que surgem a cada
momento e são vendidos em larga escala e consumidos pela sociedade. E qual
é a relação desses jovens com essas tecnologias? E a sociedade em geral?
Como essas tecnologias estão influenciando a população? Quando vamos
analisar esses pontos, temos inúmeros meios de observar como essas pessoas
se inserem nesse mundo, pois todos nós temos em nosso cotidiano contato com
diversos jogos, meios sociais, nuvens, aparelhos de diversos tipos entre outras
4

realidades tecnológicas digitais, e esse mundo cresce de forma rápida, e a


juventude entra e participa dele de tal forma, como se eles fossem nano chips,
ou dados de uma nuvem, o que vai além de ser somente um personagem de um
jogo ou um administrador de um grupo de mensagens.

O jovem, ao lidar com as mídias, tradicionais e digitais, atua


como se tivesse um controle absoluto da máquina e dos mundos
que elas proporcionam. Ele sabe para onde vai e o que
encontrar, mesmo sem ter, uma única vez, estado lá. (SOUSA,
et al. 2015, p. 27)

Ao entrar em contato com essa esfera tecnológica, o indivíduo consegue


interagir facilmente com o aparelho que ele está utilizando, pois a acessibilidade
a esses aparelhos são um dos pontos principais a serem observados pelos
desenvolvedores, afim de possibilitar uma maior aceitação pelos consumidores.
Sendo assim, esses consumidores conseguem desenvolver grandes habilidades
em diversas plataformas.
Navegando por essa esfera tecnológica, compreendemos que pela visão
material das coisas, as redes sociais, os jogos, os sites e outras plataformas
digitais, estão tomando espaço na rotina das pessoas, pois a cada dia que passa,
o contato físico está sendo menos frequente, os consumidores preferem pedir
um lanche pelo famoso delivery, do que precisar ir até a lanchonete, preferem
comprar roupas e produtos pelos sites e aplicativos ao invés de ir a loja, ou seja,
apesar desses universo digital não possuir um espaço físico propriamente dito,
mas eles vem oferecendo uma escolha para que as pessoas decidem se
preferem ir até esses espaços físicos para adquirir produtos e materiais ou utilize
a tecnologia ao seu favor tendo o conforto de conseguir receber esses produtos
do sofá de casa.
Quando vemos essa variedade na forma de utilizar as tecnologias,
observamos que ela vem também complementando o espaço físico, e se faz
necessário entendermos essa diversidade de espaços, o físico, o conceitual e o
tecnológico, com diz COELHO E FIALHO (2007) “O espaço físico consiste na
localização em um espaço geográfico e em um determinado instante de tempo,
de agentes, interações e artefatos[…],espaço conceitual que se caracteriza pela
possibilidade de novas formas ou mesmo padrões de interações”.
Começamos a pensar nesses conceitos, e compreendemos que o espaço
virtual não se distancia muito do espaço físico, pois eles se relacionam, mesmo
o digital sendo incapaz de nos entregar objetos concretos como no espaço físico,
5

porém, o digital nos oferece inúmeras opções que não conseguimos obter em
outros espaços.

Espaço digital abrange todas as extensões aos espaços físicos


e conceituais obtidos pelas possibilidades trazidas pela
tecnologia. O espaço digital é a medida de nossa conectividade
e sua principal propriedade é a possibilidade de emergências
devido a esta conectividade. (COELHO e FIALHO, 2007, p.6)

Nessa visão, vemos então que apesar de não existir esse espaço físico
de interação e manuseio, o universo digital entrelaçado com o conhecimento
humano estão se inserindo no espaço geograficamente falando, e se
apropriando e criando novos meios e rumos dentro da sociedade, e esse espaço
é onde as pessoas estão constantemente se encontrando, ou seja a tecnologia
sendo relacionada ao conhecimento, inovam e abraçam a sociedade mostrando
um novo modo de convivência, e essa ideia é o que LEVY (1998) chama de
espaço do novo nomadismo.

O espaço do novo nomadismo não é o território geográfico, nem


o das instituições ou dos Estado, mas um espaço invisível de
conhecimento, saberes, potências de pensamentos em que
brotam e se transformam as qualidades do ser, maneiras de
construir sociedade. Não os organogramas do poder, nas
fronteiras das disciplinas, tampouco as estatísticas dos
comerciantes, mas o espaço qualitativo, dinâmico, vivo da
humanidade, em vias de se autoinventar, produzindo o seu
mundo (SANTOS et.al. In: LEVY, 1998, p. 15).

E esse novo mundo está cada dia mais aparente dentro das mais várias
áreas da sociedade, trazendo novas visões e formas de interação e convivência
com o outro e consigo mesmo, mas vale ressaltar que, esse mundo assim como
o mundo real, contém uma diversidade de espaços, porém, contém muitos
perigos que precisam ser evitados pelos seus habitantes.

As TDICs na esfera educacional e o letramento digital

As tecnologias digitais vêm ganhando protagonismo nas últimas décadas,


dando um passo à frente das TICs (tecnologias da informação e comunicação),
essa tendencia digital vem se apresentando com uma diferenciada roupagem,
com uma capacidade de desenvolver um maior trabalho em relação as TICs. As
TDICs são caracterizadas principalmente pela forma de processar e transformar
os dados e informações em números 0 e 1, como diz RIBEIRO (2014)
Tecnologia digital é um conjunto de tecnologias que permite,
principalmente, a transformação de qualquer linguagem ou dado
6

em números, isto é, em zeros e uns (0 e 1). Uma imagem, um


som, um texto, ou a convergência de todos eles, que aparecem
para nós na forma final da tela de um dispositivo digital na
linguagem que conhecemos (imagem fixa ou em movimento,
som, texto verbal), são traduzidos em números, que são lidos
por dispositivos variados, que podemos chamar, genericamente,
de computadores. Assim, a estrutura que está dando suporte a
esta linguagem está no interior dos aparelhos e é resultado de
programações que não vemos. Nesse sentido, tablets e
celulares são microcomputadores. (RIBEIRO, 2014, p.1)

E interessante apresentar que essa tecnologia digital conta com uma


grande capacidade de processar e armazenar dados, contribuindo para uma
interligação entre diversos aparelhos por meio de vários tipos de conexões.
Essas tecnologias vieram para revolucionar o modo de vida das pessoas,
as formas de produção das indústrias e até mesmo a difusão em massa de
informações, sendo capazes de se comunicar com pessoas do outro lado do
mundo em tempo real, e trocar diversos tipos de informações por meio de
aplicativos plataformas e sites, dados de várias formas, como textos, mídias, e
até mesmo transferências bancárias que são feitas de forma instantânea por
meio do sistema Pix, que segundo o desenvolvedor o BANCO CENTRAL DO
BRASIL (2020) “Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento
criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas
em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.” E
assim observamos o grande espaço que as tecnologias digitais estão ocupando
na sociedade.
Nas instituições de ensino, essas ferramentas digitais também vêm
contribuindo em diversas áreas, e RIBEIRO (2014) ressalta que:

na escola, nossos sistemas acadêmicos de frequência e notas


já são, em grande medida, digitais, o que alterou nossos tempos
e modos de trabalho. Parte dos materiais de que dispomos para
planejar e ministrar nossas aulas pode ser de tecnologia digital,
assim como muitos dos meios de que dispomos para interagir
com nossos alunos. (RIBEIRO, 2014, p.1)

Ou seja, a tendencia digital vem se implementando na esfera educacional


contribuindo com as demais tecnologias, possibilitando uma repaginação e
organização de documentos e informações.
E trazendo essas tendencias digitais para dentro do contexto de sala de
aula, observamos que os alunos a cada dia estão compartilhando dessas
informações, tendo em vista que a última geração já nasce na maioria dos casos
7

dentro de uma cultura digital, cercados pelos aparelhos celulares, computadores,


consoles de jogos e etc., o que os fazem adentrar na escola com essa
aculturação e consequentemente interagir com esse meio.
E com o advento dessas várias formas de interação por meio das TDICs,
podemos inseri-las no contexto sala de aula, com diferentes propostas e meios
de buscar fomentar o conhecimento junto com os alunos, mas, é necessário
observar a forma com que esses alunos estão inseridos dentro desse mundo
digital.

No entanto, considerar a tecnologia digital, desde a


alfabetização, exige que incorporemos esta cultura nos materiais
e nas práticas cotidianas com as crianças, seja produzindo
registros imagéticos e verbais, seja usando jogos para aprender,
seja lendo e escrevendo em dispositivos digitais, como teclado
de grandes computadores ou de um celular. Implica, além de
tudo, saber que crianças que já nasceram inseridas nessa
cultura passa a pensar e agir com esses dispositivos, quer a
escola queira ou não. (RIBEIRO, 2014, p.1)

Portanto, é importante analisar e arquitetar a maneira pela qual irá se da


essa implementação das tecnologias digitais dentro da sala de aula,
possibilitando uma maior vantagem do desenvolvimento educacional e no
processo de ensino, acrescentando aos conhecimentos que cada aluno possui
em relação a esse mundo tecnológico, pois como já abordado anteriormente,
cada aluno já chega no contexto escolar com algum conhecimento acerca dessa
esfera digital.
Nesse sentido, abrimos o espaço para compreender onde o letramento
digital se estabelece nesse contexto escolar, pois com já citamos neste artigo, o
letramento digital vem ganhando espaço e está diretamente ligado e associado
a essas ferramentas digitais que se fazem presentes na vida das pessoas, ligado
as práticas de leitura e produção de textos desenvolvidas nesses espaços
tecnológicos, onde o indivíduo entra em contato com essa diversidade de
materiais, dados e informações, absorvendo e compartilhando-os com o mundo.
E compreendendo esse conceito, e observando os princípios que devemos partir
para inserção dessas tecnologias em sala de aula para variados fins, entramos
então no ponto de partida para a utilização desses elementos tecnológicos
digitais nas instituições de ensino.
Recorrer a essas novas tendencias tecnológicas para o trabalho em sala
de aula, vai muito além de simplesmente utilizar essas ferramentas para
8

apresentar aos alunos algo novo ou incentivá-los ao uso correto dessas


tecnologias, mas também é buscar em sala de aula um meio de educar e debater
acerca de como esses elementos digitais podem contribuir com a vida familiar e
em sociedade, observando pois que a escola também é um espaço de
transformação e contribuição, onde os alunos são preparados não só para o
vestibular e mercado de trabalho, mas também para a vida em sociedade, e o
educar deve vir cheio dessas novas realidades como nos traz MARTINS e
BASTOS (2007) “Educar significa muito mais do que transmitir conhecimentos,
significa formar para a autonomia, isto é, para autogovernar-se. Um processo
educacional somente será verdadeiramente autônomo e libertador se for capaz
de, tendo o conhecimento científico produzido pela humanidade como
instrumento, formar cidadãos críticos, dotados das condições que lhes permitam
entender os contextos históricos, sociais e econômicos em que estão inseridos.”
Depois de ter mergulhado nesses conceitos e propostas apresentadas por
diversos autores acerca da educação e das novas tendencias tecnológicas
digitais, buscamos em campo observar as mais variadas formas de trabalhar
com esses materiais e recursos tecnológicos na esfera educacional, partindo dos
pontos essenciais para dar início a um trabalho eficaz no processo de
aprendizagem dos alunos, utilizando das ferramentas digitais presentes no
contexto de cada um, e apresentando essas novas metodologias.
Vale lembrar, que esses novos meios de contribuição no processo
educativo em sala de aula utilizando as TDICs, podem ser aproveitados e
aplicados por professores das mais diversas áreas do conhecimento, seja de
exatas, humanas ou linguagens, pois como já tratado neste artigo, há inúmeras
formas de se trabalhar com essas ferramentas digitais, pois hoje dispomos de
uma grande variedade de aplicativos, sites e plataformas das mais diversificadas
áreas do conhecimento, favorecendo o profissional docente uma praticidade em
trabalhar na sala de aula seus temas de maneira interativa e dinâmica.
Percorrendo pelo mundo digital, buscamos encontra um mecanismo que
nos possibilitasse fazer esse tipo de trabalho, onde pudéssemos inserir os alunos
nesse contexto, e buscando organizar e dialogar com eles uma nova forma de
trabalho, observando também o contexto social, cultural e familiar de cada aluno,
afim de conseguir, e construir um espaço onde todos pudessem participar e
desenvolver as atividades propostas de uma maneira bem acessível e didática,
contextualizando com autores que nos apresentam esses assuntos de maneira
9

clara e positiva, e ajudando os alunos no aperfeiçoamento das habilidades com


esses materiais tecnológicos, bem como observando e próprio letramento digital
que cada aluno possui, sendo positivamente enriquecido com outros temas e
novidades que com certeza irá contribuir para a vida no contexto familiar,
educacional e social de cada um, e para realizar esse trabalho, utilizamos da
plataforma Kahoot, como já citado, é uma plataforma global cheia de utilidades,
como reforça Varela (2019).
Trata-se de uma plataforma com a versão gratuita para
a Educação que é totalmente funcional. Contudo, as versões
Plus ou Pro trazem bastantes vantagens para quem está
interessado em aplicar de forma consistente nas suas atividades
letivas. O Kahoot! permite criar, aplicar e partilhar os resultados
de questionários (Quiz ou Survey) em sala de aula ou como
complemento ao trabalho realizado. A aplicação de
questionários pode ter vários objetivos, que poderão, ou não,
incluir algum tipo de competição. (VARELA, 2019, p.1)

Percurso metodológico

O desenvolvimento do presente trabalho foi realizado com uma pesquisa


campo com os alunos do curso de inicialização musical da escola de música
Porta do Céu localizada na cidade de Itapecuru, com a utilização do aplicativo
escolhido buscou-se observar como anda o conhecimento básico da língua
portuguesa no campo da leitura voltada para o letramento digital, onde os alunos
participaram de um Quiz, que a própria plataforma Kahoot nos possibilita
produzir com um atraente layout de uma forma divertida e interativa, com a
utilização de vários elementos midiáticos como imagens, músicas, entre outros
elementos.
Para dar início a trabalho de pesquisa, a princípio foi necessário um
estudo sobre a plataforma escolhida, com o intuito de observar o funcionamento
da mesma, afim de facilitar a utilização na aplicação da atividade. Posteriormente
foi dado início a produção do método de perguntas e resposta Quiz oferecido
pelo próprio Kahoot, onde foi elaborado um questionário com 10 perguntas
objetivas relacionadas ao tema LETRAMENTO DIGITAL. Com a elaboração do
Quiz, foi discutido em sala de aula sobre a importância das tecnologias nas mais
diversas esferas da sociedade e nas mais diversas situações do nosso cotidiano,
e foi abordado o conceito de letramento digital, onde os alunos compreenderam
a importância da tecnologia, dando ênfase nas TDICs. Após a discursão do tema
10

em sala de aula, foi aplicado a atividade, onde os alunos utilizaram aparelhos


celulares conectados à internet para acessar a plataforma Kahoot prosseguindo
com a realização da atividade proposta. O contato com a plataforma foi de fácil
acesso para todos os alunos, pois os mesmos já contavam com uma grande
habilidade na utilização de aparelhos digitais como o celular, bem como a
facilidade na compreensão das plataformas digitais que os mesmos adquiriram
no seio familiar com o advento dessas ferramentas, o que possibilitou uma
praticidade na hora de participar do jogo de perguntas e respostas desenvolvido
Para obter uma melhor observação e análise do trabalho de pesquisa, foi
elaborado um ciclo PDCA, afim organizar as estratégias e ações desenvolvida
para a realização do trabalho e coleta de dados.

Ciclo PDCA
ETAP
AÇÕES
AS
Planejar o trabalho a ser realizado com a
escolha do app e uma plano de ação elaborado, a
proposta foi levar em consideração a realidade
P
tecnológica e digital de cada aluno, debater em sala de
(PLAN)
aula o assunto a ser desenvolvido e posteriormente
realizar a atividade pela plataforma escolhida,
seguindo de uma análise de resultados.
Foi realizado o trabalho planejado de acordo
com o plano de ação estabelecido, onde a plataforma
D Kahoot foi a escolhida para o desenvolvimento desse
(DO) trabalho, elaborando a forma de aplicação do
questionário, debatendo em sala de aula a importância
do letramento digital seguindo da aplicação do Quiz.
Medir ou avaliar. Foi trabalhado de maneira fácil
e prática o desenvolvimento da pesquisa, onde
C
consideramos de forma positiva todos os pontos que
(CHECK)
buscamos avaliar com a pesquisa, e os passos
percorridos no processo de elaboração e aplicação do
11

trabalho, bem como a atuação positiva dos alunos em


relação ao tema proposto.
Observando todo os pontos do processo de
construção, aplicação e coleta de dados do seguinte
trabalho, notamos que sempre é necessário um maior
estudo e conhecimento dos meios tecnológicos e
A digitais a serem utilizados na sala de aula, para
(ACT) possibilitar um maior desenvolvimento dos alunos,
bem como uma melhor apresentação dos temas
abordados, tendo em vista que as tecnologias digitais
estão em constante evoluções nos mais diversos
aspectos

Resultados

Na realização da pesquisa foi obtido diversos resultados em quatro


principais pontos que buscamos analisar com essa pesquisa de campo.
Os pontos analisados foram:
• Facilidade no uso das tecnologias por parte dos alunos.
• Compreensão da proposta didática aplicada.
• Verificar se houve o entendimento do assunto discutido em sala.
• Examinar o desenvolvimento de cada aluno acerca da atividade
proposta.
12

Após analisar os pontos acima, foram obtidos os seguintes resultados


apresentados nos gráficos a seguir:

Gráfico 1 - Habilidades no uso das tecnologias por parte dos alunos.

80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%

Pouca habilidade
Habilidade
média Habilidade
positiva Alta habilidade

Fonte: Própria (2022)

De acordo com a coleta de dados, concluímos que a maioria dos alunos


obtinham altas habilidades com o uso das TDICs, como ilustra o gráfico 1. Esse
resultado se dá principalmente pelo contato diário com essas tecnologias, o que
foi constatado em uma das alternativas presentes no Quiz, como mostra o anexo
A. Esse frequente contato com os aparelhos tecnológicos, contribuem para o
desenvolvimento dessas habilidades, favorecendo os alunos e os professores
na aplicação e desempenho de atividades utilizando essas ferramentas na sala
de aula.
Sobre a compreensão dos alunos acerca da proposta didática aplicada,
todos os alunos reagiram positivamente à forma de trabalho utilizando a
plataforma Kahoot para a elaboração da atividade.
13

Gráfico 2 - Compreensão do assunto abordado em sala.

10%

20%
50%

20%

Entenderam quase tudo Entenderam tudo Entenderam Pouco Entenderam quase nada

Fonte: Própria (2022)

Em relação a compreensão do assunto, obtivemos alguns resultados com


a análise da atividade como mostra o gráfico 2.

Houve uma grande compreensão do assunto por parte dos alunos,


apenas 10% não conseguiram compreender de forma clara o assunto, e 20%
entenderam de forma parcial como mostra o gráfico 2.
Vale ressaltar, que a faixa etária dos discentes que participaram dessa
pesquisa são alunos com idade entre 9 e 35 anos, o que contribui muito para
essa variação no entendimento e no rendimento de cada um, isso implica
também na forma que cada discente irá se comportar quando entrar em contato
com uma tecnologia na sala de aula, pois é comum observar que na maioria dos
casos, os jovens e adolescentes conseguem obter mais respostas positivas
quando relacionados ao uso das tecnologias, isso se dá pelo fato de que as
pessoas dessa faixa etária estão com mais frequência ligadas aos jogos,
plataformas e aplicativos desenvolvidos nos últimos tempos, porém, com o
detalhamento e a explicação da atividade desenvolvida na plataforma Kahoot, a
maioria dos alunos que conseguiram compreender o tema debatido em sala de
aula, também conseguiram obter boas notas ao resolver o Quiz, como veremos
a seguir.
14

Gráfico 3

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

Nota abaixo da média Nota média Nota acima da média Nota máxima
. 20%
. 50%
. 20%
. 10%

Fonte: Própria (2022)

Neste quarto ponto podemos observar, que grande parte dos alunos que
participaram da atividade obtiveram notas acima da média, e apenas 10% dos
alunos não conseguiram alcançar a média de pontos no jogo.
É interessante observar que o próprio Kahoot disponibiliza os resultados
no final de cada rodada, trazendo um relatório parcial, como mostra o anexo B,
e também emite um relatório completo e detalhado pelo Exel no final de cada
partida, como ilustra o anexo C, apresentando o número exato de acertos e as
porcentagens juntamente com a pontuação. E é importante frisar, que a
plataforma também apresenta a opção de pontuação correspondente ao tempo
em que cada jogador demanda para responder as alternativas,
consequentemente aquele que responde em um período de tempo menor,
consegue pontuar e tentar chegar ao pódio no fim do jogo.
Analisando todos os pontos, vemos que os alunos conseguiram reagir de
forma positiva a esse formato de trabalho em sala de aula, fazendo com que o
conteúdo discutido pudesse ser fixado de uma maneira mais interativa e
divertida, proporcionado um bom rendimento de cada aluno.

Discursões

Diante de todos esses dados coletados, vemos que a tecnologia que hoje
se faz presente dentro de várias esferas da sociedade, contribui em diversas
formas para o processo em que ela é recorrida, bem como na sala de aula em
15

vários momentos, e no campo de pesquisa, obtivemos resultados e experiencias


que nos mostraram como essas ferramentas tecnológicas digitais são usadas
nesse contexto educacional, e por nossa pesquisa ser realizada em uma sala
bem heterogênea em vários aspectos como a própria diferença de idade entre
os alunos, vemos que cada um reage de uma forma diferente ao uso das TDICs,
o que nos faz observar alguns aspectos relacionados a diferença de idade, e
como cada um absorve as informações relacionadas a essas ferramentas
digitais, o que também concluiu GARCIA (2013) “As pessoas já estão
dependentes de toda a tecnologia existente. Hoje é muito comum uma criança
já saber utilizar um celular e/ou os programas de computador. Uma realidade
muito diferente de anos atrás, já que o acesso a essas tecnologias se dava
apenas quando fossem jovens e/ou adultos.” Ou seja, apesar da pouca idade e
da baixa experiência, as crianças conseguem desenvolver e reagir de forma
positiva com o uso dos aparelhos digitais, plataformas e jogos educacionais
dentro da sala de aula.
O uso dessas ferramentas em sala de aula está inserindo paulatinamente,
tendo em vista que muitos professores ainda não conseguiram compreender a
importância desses recursos tecnológicos na formação dos alunos, o que pode
até mesmos enfraquecer a bagagem de conhecimento de cada aluno e também
do professor, já que as tecnologias estão ganhando muito espaço no dia-a-dia
das pessoas, e não saber lidar com essa cibercultura, faz com que esses alunos
ficam um passo atrás de outros, o que compartilha também Garcia.

Este é outro ponto importante da utilização das tecnologias no


processo de ensino-aprendizagem, já que a escola passa a fazer
um trabalho social, inserindo essas pessoas no mundo
tecnológico, eliminando assim todas as barreiras que possam
existir, sejam elas sociais, culturais ou intelectuais. (GARCIA,
2013, p. 30)

Vale ressaltar que também devemos analisar a realidade tecnológica de


cada aluno, já que o acesso a esse mundo digital ainda é distante para uma
grande parte da sociedade, tendo em vista as diferentes realidades culturais e
até mesmo financeiras ao adquirir essas ferramentas, ou seja, dentro da esfera
educacional, existem alunos que se sobressaem no quesito habilidades no uso
das TDICs, o que aparece de uma forma involuntária a desigualdade, e o
processo de inclusão digital precisa ser trabalhado em sala de aula, de forma
16

teórica e se possível, também de forma prática, pois cada aluno precisa ser
inserido nesse contexto.

A escola e o professor precisam explorar esse conhecimento


que já possuem, permitindo assim novas formas de ensinar e
aprender e também incluir aqueles que ainda estão nas
estatísticas de exclusão digital, pois, apesar das facilidades de
acesso às tecnologias, ainda existe desigualdade social nesse
âmbito. (GARCIA, 2013, p. 30)

De um modo geral, o contato com esse mundo tecnológico requer uma


atenção especial dos professores, pois é um mundo muito vasto, e se não for
vivenciado de uma forma sábia e saudável, o conhecimento de cada aluno pode
ser comprometido, tendo em vista que o entretenimento se dá de várias formas
dentro desse universo.

Considerações finais

A busca diária por um melhor resultado dos alunos em sala de aula, é o


que muitos professores e pesquisadores vem percorrendo ao longo do tempo,
por meio de pesquisas e compartilhamento de experiencias com os mais
diversos profissionais das mais diversas áreas, e no decorrer da construção
deste trabalho, aprendemos com essas contribuições e experiencias, diversas
formas de inovar e aperfeiçoar o trabalho docente em sala de aula, com o
objetivo possibilitar aos alunos uma melhor educação, em prol do
desenvolvimento e rendimento escolar, bem como a preparação desses alunos
para a vida em sociedade.
E navegando por esse mar global digital, compreendemos que a evolução
das tecnologias vem contribuindo bastante com a transformação dos indivíduos,
vale ressaltar, que deve haver cautela na utilização dessas tecnologias, pois
nesse mundo digital existem várias extensões que nos levam a inúmeras
informações, e é preciso filtra-las para que para que possamos colher apenas os
frutos bons dessa gigantesca arvore tecnológica.

Referencias

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nas escolas: da idealização à realidade. Lisboa 2009. Disponível em:<
https://recil.ensinolusofona.pt/bitstream/10437/1156/1/Taises%20Araujo%20-
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17

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http://educa.fcc.org.br/pdf/de/v07n22/v07n22a11.pdf> Acesso em 15 de agosto
de 2022.

COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, A. E. Letramento digital. Glossário Ceale: termos


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ensino-aprendizagem. Educação a Distância, Batatais, v. 3, n. 1, p. 25-48,
jan./dez. 2013. Disponivel em:<
https://intranet.redeclaretiano.edu.br/download?caminho=upload/cms/revista/su
marios/177.pdf&arquivo=sumario2.pdf> Acesso em: 22 de novembro de 2022.

Letramento digital. Kahoot, 2022. Disponível em:< https://create.kahoot.it/user-


reports/live-game/7f375535-bcf5-43b0-bff4-59ff7a4b8e5f/cefdb08e-4c30-4e7a-
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LIRA, Marcia. Você sabe o que é Kahoot? Entenda aqui como funciona! B2B
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18

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https://socialeducation.files.wordpress.com/2016/03/juventudes-e-tecnologias-
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Disponível em:< https://www.educatech.pt/kahoot/> Acesso em 20 de novembro
de 2022.
19

ANEXO A – Questão 8 do Quiz.

Fonte: Kahoot (2022)

ANEXO B – Breve relatório gerado pelo Kahoot no final de cada partida.

Fonte: Kahoot (2022)

ANEXO C – Relatório Exel


20

Fonte: Kahoot (2022)


CONSTRUINDO UM E-BOOK: processo de elaboração do livro Manual para
elaboração de trabalho de conclusão de curso de graduação

BUILDING AN E-BOOK: the process of writing the book Manual for Preparing an
Undergraduate Course Term Paper

1
Mateus Lopes Nascimento
Maurício Silva 2
Orientadora: Claudiene Diniz da Silva 3

Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o processo de elaboração do e-book Manual para
elaboração de trabalho de conclusão de curso de graduação: orientações para os concluintes do curso
de letras da Universidade Estadual do Maranhão, campus de Itapecuru Mirim – CESITA. Tal estudo se
mostra necessário pois ressalta a importância do livro digital como um recurso mais acessível na
divulgação de conhecimento. Para desenvolver esta pesquisa, recorremos principalmente ao
Regimento dos cursos de graduação da UEMA (2019) e a materiais que tratam sobre o surgimento e
modos de produção de um e-book. No decorrer do trabalho, faremos uso de conceitos como letramento
acadêmico, multisemiose e hipertextualidade. A nossa metodologia resulta em uma pesquisa de caráter
qualitativo, ou seja, é baseada na interpretação de uma experiência. Nossos dados mostram as etapas
de produção do já citado e-book, detalhando a importância de cada uma dessas fases e os cuidados
necessários durante o processo de criação desse tipo de material. Diante o exposto, podemos afirmar
a relevância das ferramentas digitais na produção e divulgação do conhecimento acadêmico.

Palavras-chave: E-book; Trabalho de conclusão de curso; Letras.

Abstract: This work aims to present the elaboration process of the e-book Manual for the elaboration
of the conclusion work of the undergraduate course: guidelines for the students of the course of letters
of the State University of Maranhão, Itapecuru Mirim campus - CESITA. This study is necessary
because it highlights the importance of the digital book as a more accessible resource for the
dissemination of knowledge. To develop this research, we resorted mainly to the Rules of UEMA's
undergraduate courses (2019) and to materials that deal with the emergence and modes of production
of an e-book. Throughout the work, we will make use of concepts such as academic literacy,
multisemiosis, and hypertextuality. Our methodology results in a qualitative research, that is, it is based
on the interpretation of an experience. Our data shows the production stages of the aforementioned e-
book, detailing the importance of each of these stages and the care required during the process of
creating this type of material. In view of the above, we can affirm the relevance of digital tools in the
production and dissemination of academic knowledge.

Keywords: E-book; End of course work; Languages.

1
Graduando no Curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa pela
Universidade Estadual do Maranhão. E-mail para contato: mateuslopesm82@gmail.com

2
Graduando no Curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa pela
Universidade Estadual do Maranhão. E-mail para contato: mauriciosilva2342@gamil.com

3
Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais e com Pós-Doutorado na mesma
instituição. Professora do Curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão. E-mail para contato:
claudiennediniz@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

O livro vem sendo utilizado como um dos mais importantes meios para a
comunicação escrita entre diversas sociedades há séculos. Ele é fruto do
desenvolvimento da escrita, aprimorado pelas técnicas de produção desse recurso.
Através dele, é possível repassarmos conhecimentos às pessoas e às futuras
gerações, não estando mais restritos à tradição oral.
Com o surgimento da internet e, consequentemente, das Tecnologias da
Informação e da Comunicação (TICs), surgiu uma nova forma de produzir livros.
Segundo Virginio e Nicolau (2012, p.1),

após cinco séculos de supremacia do livro impresso, os avanços tecnológicos


e as necessidades do homem moderno, permitiram a criação – ainda na
década dos anos de 1970 - de uma nova forma para a publicação de obras,
mas que só agora vem ganhando notoriedade e se mostrando como um forte
produto comercial: o livro digital, também conhecido como e-Book [...]~.

Desse modo, esse projeto pioneiro foi responsável pelo primeiro passo em
direção à utilização dos recursos tecnológicos para criação, disseminação e leitura de
livros em formato digital.
O e-book é um recurso valioso para divulgação do conhecimento e, no caso
do presente artigo, para a difusão de normas para elaboração de trabalhos
acadêmicos, que possuem um caráter científico. Há diversas vantagens na utilização
desse recurso digital para o letramento acadêmico, pois “o livro, na versão eletrônica,
explora os recursos do hipertexto e traz aos leitores uma nova experiência de ler,
podendo conter diversos elementos interativos que dinamizam as possibilidades dos
usuários.” (VIRGINIO; NICOLAU, 2012, p.1-2).
A partir disso, o presente artigo tem por objetivo apresentar o processo de
elaboração do e-book Manual para elaboração de trabalho de conclusão de curso de
graduação: orientações para os concluintes do curso de letras da Universidade
Estadual do Maranhão, campus de Itapecuru Mirim – CESITA, no qual, como expresso
em seu subtítulo, há orientações para a elaboração de trabalho de conclusão de curso
aceitos pela Instituição de Ensino Superior (IES) já citada, com a finalidade de auxiliar
os alunos de graduação e seus orientadores na reta final do curso.
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Evolução histórica do livro

A comunicação escrita é utilizada por grande parte das pessoas há


milhares de anos. A historiografia diz que a escrita mais antiga surgiu na
Mesopotâmia. Ela foi inventada pelos sumérios e é conhecida como cuneiforme. Rosa
(2012, p.56) diz que

A invenção [da escrita], pelos sumérios, no terceiro milênio, surgiu da


necessidade de atender aos crescentes requisitos de uma sociedade mais
complexa, como as atividades comerciais e ordenanças reais, que não
podiam continuar dependendo da transmissão oral, da memória, para a troca
de dados e informações.

Dessa forma, a escrita surgiu para atender necessidades das pessoas


naquele momento histórico, como as trocas comerciais. Sobre a importância da
escrita, Miranda e Sousa (2013, p.141), dizem que

De todos os elementos que contém e transmitem conhecimento, um tem


especial significação na formação do homem, a escrita. A escrita é um
método de comunicação criado pelo homem após a aquisição da linguagem
e foi determinante para a evolução do planeta, marcando o fim da pré-história.

Assim, com o passar dos séculos, a comunicação escrita foi ocupando cada
vez mais espaço em diversas sociedades, tornando-se um importante meio para a
transmissão do conhecimento entre as gerações.
Há séculos, o livro tem sido utilizado como importante recurso para essa
transmissão do conhecimento por meio da comunicação escrita. Virginio e Nicolau
(2012, p.2) afirmam que “desde o surgimento da máquina de prensar criada pelo
alemão Johannes Gutenberg, no século XV, o livro passou a ser um importante
produto comercial e de difusão de informações e conhecimentos durante todos estes
séculos”. Desse modo, essa invenção foi de suma importância para a história do livro,
sendo reconhecido pelo importante passo para o avanço da produção em massa
desse recurso e consequente popularização do conhecimento.

2.2 O surgimento do e-book e sua funcionalidade


Com o transcorrer dos séculos, assim como as tecnologias eram
desenvolvidas nas mais diferentes áreas, as técnicas utilizadas para a produção de
livros também se modificaram. Um marco importante é a elaboração de uma máquina
chama Mémex (Memory Extension), no final da primeira metade do século XX.
Segundo Procópio (2010, p. 23),

Em julho de 1945, no início da Guerra Fria, o Dr. Vannevar Bush [1890–1974],


então Diretor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Científico
dos EUA, escreveu um artigo para o periódico The Atlantic Monthly, intitulado
“As We May Think”. Neste artigo, além de descrever experiências junto a sua
equipe de cientistas, empenhada no desenvolvimento de novas tecnologias
paramilitares, o Dr. Vannevar Bush idealizou o que seria o primeiro protótipo
de uma máquina de leitura, cujo conceito é muito próximo ao e-reader de
hoje, o qual ele apelidou de MEMEX [...].

Assim, os primeiros passos para a elaboração de um livro eletrônico são


dados, pois Vannevar Bush “acreditava que o crescimento do volume de pesquisas e,
consequentemente, o acúmulo de conhecimento humano, deveria estar acessível [...]”
(REIS; ROZADOS, 2016, p.5). Contudo, o projeto não chegou a ser construído, mas
o caráter visionário em criar uma biblioteca que fosse universal, podendo armazenar
uma grande quantidade de livros foi importante para motivar outros projetos do tipo
(REIS; ROZADOS, 2016, p.5).
Os livros eletrônicos surgem, de fato, na década de 70. Segundo Reis e
Rozados (2016, p.7),

em 1971, Michael Hart – considerado o criador do livro eletrônico – deu os


primeiros passos para que a ideia do livro eletrônico se tornasse realidade.
Ele digitou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, primeiro
documento da história da humanidade a se tornar um documento eletrônico.

Surge, então, o livro eletrônico, livro digital ou e-book (abreviação de


eletronic book). Vale ressaltar que não é consenso entre os especialistas um conceito
para definir o e-book, nem uma definição oficial de instituições tidas como autoridades
sobre o tema, embora o termo esteja sempre associado a um livro em formato digital
(REIS; ROZADOS, 2016).
Segundo Procópio (2010, p.27), essa
[...] tecnologia tem múltiplas funcionalidades que permitem, entre outras
tarefas, o acesso instantâneo a milhares de documentos digitais, e vem de
encontro às ideias de muitos escritores e editores, de fazer seus textos
chegarem a um número máximo de leitores

Além disso, o e-reader, ou leitor de livros digitais, possuiu várias vantagens


como o acesso a diversos títulos, pesquisa rápida, ajuste de luminosidade, a criação
de uma biblioteca pessoal, economia de papel, ajuste de tamanho e tipo de fonte, não
está sujeito a danificação por agentes biológicos, facilidade na aquisição, além de
grande capacidade de armazenamento (REIS, ROZADOS, 2016, p. 3, apud
PROCÓPIO, 2010, p. 26-27).

2.3 O e-book na divulgação das normas técnicas de trabalhos acadêmicos

A normalização de trabalhos acadêmicos é importante, pois

o crescente desenvolvimento da informação e os avanços tecnológicos, que


oferecem suportes diversos para o registro e veiculação do conhecimento
geram a necessidade de padronização de normas para melhoria da qualidade
dos trabalhos (UEMA, 2019, p. 9).

Essa normalização, no Brasil, segue as instruções dadas pelas normas atuais da


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é o órgão responsável por
regula os padrões de divulgação científica seguindo o que recomenda a Organização
Internacional de Normalização (ISO).
Além disso, é importante que haja essa normalização, pois incide sobre
alguns princípios, como “[...] garantir a veracidade e segurança das informações;
facilitar a circulação de informações (dados) em diversas fontes de informação
(primárias, secundárias ou terciárias); e evitar a duplicidade de fontes”. (MELO et al;
2012, p. 3). Desse modo, a normalização visa garantir a confiabilidade da pesquisa
científica e facilitar a sua divulgação.
O TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) é um tipo de trabalho acadêmico
“[...] apresentado como forma de avaliação no término do curso de graduação,
elaborado sob a coordenação de um orientador [...]” (UEMA, 2019, p.10). O TCC
objetiva levar o aluno à reflexão sobre temas de seu interesse acadêmico para depois
transmitir as ideias obtidas dessa reflexão para o papel, sem perder a objetividade e
seriedade da pesquisa científica (SILVA et al., 2010, p. 17).
Entre os trabalhos acadêmicos aceitos pela UEMA (Universidade Estadual
do Maranhão) para a conclusão dos cursos de graduação estão a monografia e o
artigo científico. A monografia é “escrita por uma só pessoa, tem como finalidade
apresentar interpretações científicas dentro de um determinado assunto, abordagem
ou problemática” (UEMA, 2019, p.9). Fundamentado em Marconi e Lakatos (2003, p.
235), apresentam-se, no Quadro 1, algumas características da monografia.

Quadro 1 – características da monografia


Trabalho escrito, sistemático e completo.
Tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela.
Estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do
Caso.

Tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso, é limitado).


Metodologia específica.
Contribuição importante, original e pessoal para a ciência.

Fonte: Marconi e Lakatos (2003, p. 235).

Já o artigo científico “é um texto produzido com o objetivo de publicar


resultados de uma investigação científica ou de um estudo a respeito de determinado
assunto” (ROVER; MELLO, 2020, p.25). Além disso, os artigos também são “[...]
pesquisas completas a respeito de uma questão científica, mas que não constituem
material suficiente para um livro em razão do menor número de páginas” (ROVER;
MELLO, 2020, p. 25 apud MARCONI; LAKATOS, 2017).
A utilização de e-books para a divulgação da normalização de trabalhos na
Universidade é importante, pois facilita a disseminação dessas normas técnicas entre
a comunidade acadêmica, devido à facilidade trazida pelo livro eletrônico, tornando-o
acessível através de computadores, tablets, smartphones, dentre outros aparelhos
tecnológicos.

3 METODOLOGIA

A construção do presente artigo é pautada na experiência provinda da


produção de um e-book voltado para graduandos dos últimos períodos do curso de
Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus de Itapecuru Mirim
(CESITA), e seus respectivos orientadores, produzido entre os dias 6 de outubro e 10
de novembro de 2022. Assim, trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, ou
seja, “envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais empíricos –
estudo de casos; experiência pessoal; introspecção [...] que descrevem momentos
significativos rotineiros e problemáticos na vida dos indivíduos” (DENZIN, LINCOLN.
Et al. 2006)
Para a elaboração do e-book, recorreu-se à pesquisa bibliográfica,
“desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros
e artigos científicos” (GIL, 2002), e utilizou-se da leitura analítica, a qual tem por
finalidade “ordenar e sumariar as informações contidas nas fontes” (GIL, 2002). A
elaboração desse material foi direcionada pelos seguintes materiais teóricos: o
Regimento dos cursos de graduação da UEMA (2019) e o Manual de trabalhos de
Conclusão de curso – TCC: orientações para estudantes do curso de Ciências
Biológicas licenciatura do CESC/ UEMA, organizado por Câmara et. Al (2022). Contou
também com materiais que serviram de base visual para montar o seu design gráfico,
além de modelos disponibilizados pelo próprio aplicativo mencionado acima.
Após a produção desse material, realizou-se a identificação das principais
dificuldades na sua elaboração, desde a coleta de dados até o processo de construção
no aplicativo Canva. Para melhor versar sobre esse processo de produção, recorreu-
se ao Regimento dos cursos de graduação da UEMA (2019), o qual serviu como base
teórica na produção do nosso livro, e a materiais que tratam sobre o surgimento e
modos de produção de um e-book para entender seus aspectos. Fazendo uso do
fichamento de citação para destacar os principais pontos dos materiais selecionados
a fim de fundamentar este trabalho.
No decorrer da pesquisa foram feitas reuniões periódicas, utilizando da
rede social WhatsApp como principal meio de comunicação, para discutir sobre o
andamento da pesquisa e delimitar os processos a serem feitos.
Por fim, vale ressaltar que nossa análise apresentará as estratégias,
dificuldades e etapas para a produção de um e-book com base nas experiências
obtidas, apresentado também os motivos que levaram a escolha do aplicativo Canva
para montagem do material.

4 ANÁLISE DE DADOS

4.1 Leitura e Coleta de material: marco inicial da produção do e-book


Assim como em toda pesquisa cientifica, o processo de produção do nosso
e-book iniciou a partir da pesquisa bibliográfica, ou seja, buscamos em obras já
disponíveis, principalmente em formato digital, os dados para fundamentar a nossa
produção.
Como bem explicado por Fonseca (2002), a pesquisa bibliográfica é
realizada

[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e


publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma
pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se
estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se
baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências
teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a
resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

Assim sendo, após a escolha e delimitação do tema a ser tratado em nosso


livro, sendo este pensado objetivando sua relevância para o nosso público alvo, iniciou
o processo de leitura e seleção dos materiais para fornecer as informações
necessárias para compô-lo.
Vale ressaltar que é indiscutível o fato da produção de um material voltado
a um público imerso no meio acadêmico necessitar de um rigor presente em todas as
fases do seu desenvolvimento, cuidado esse fundamental para fornecer informações
verazes e essenciais para o progresso universitário dos graduandos, aprimorando
assim o seu letramento acadêmico, isto é, a “fluência em formas particulares de
pensar, ser, fazer, ler e escrever, muitas das quais são peculiares a um contexto
social” (Fischer, 2008, p.180), e, como bem acrescentado por Souza (2012), “um
processo de desenvolvimento de práticas e comportamentos sociais que interagem
continuamente com a escrita” (SOUZA, 2012, p. 159).
Com base no pensamento estabelecido acima, voltamo-nos aos materiais
que serviram de fonte para coletar as informações que queríamos que fossem
apresentadas no e-book, recorrendo a dois de modo especial: o Manual de trabalho
de conclusão de curso – TCC: orientações para estudantes do curso de Ciências
Biológicas Licenciatura do CESC/ UEMA (2022) e o Regimento dos cursos de
graduação da UEMA (2019).
Como pode ser observado, o primeiro texto apresentado é voltado
especificamente ao curso de Ciências Biológicas, a partir dele, foi iniciado um
processo de seleção de informações que se estendiam ao público pertencente ao
curso especifico ao qual queríamos atingir com a nossa produção, o de Letras ofertado
pelo CESITA. Assim, intercalando entre os dois materiais já citados, coletamos as
informações necessárias para compor a nossa produção.
A principal dificuldade no processo de leitura e análise dos textos
escolhidos para organizar o conteúdo e redigir a nossa produção se deu no fato dessa
etapa exigir muita atenção e cuidado para não fugir da nossa finalidade, isso é,
apresentar um material que realmente atendesse a necessidade do nosso futuro leitor.

4.2 A utilização de ferramentas digitais: porquê a opção pelo Canva

Em páginas da internet e lojas de aplicativos virtuais, como o caso da Play


Store, há disponíveis uma série de ferramentas digitais de desing gráfico que, entre
inúmeras finalidades, podem ser utilizadas também na produção de livros digitais, no
caso, o foco do nosso trabalho. Entre a gama de possibilidades a qual tivemos acesso,
o Canva tornou-se alvo de nossa escolha, sendo utilizado em todas as etapas de
produção que se segue após a leitura e coleta do material teórico.
Como mencionado no parágrafo anterior, o Canva é uma ferramenta digital
de design gráficos que oferece uma abundância de possibilidades na produção de
pôsteres, infográficos, apresentações, entre outros tipos de conteúdo visuais. Como
ponderado no site Pluga (2022), ele foi desenvolvido com a finalidade de

Criar e editar uma série de artes gráficas a partir de templates prontos: posts
para redes sociais, apresentações, logotipos, cartazes e até mesmo vídeos,
dentre tantas outras opções. Fontes e imagens também são disponibilizados
para as criações (Pluga, 2022)

Além da oportunidade de escolher entre milhares de design prontos


disponibilizados pela plataforma (de forma grátis e paga, aderindo ao pacote
premium), quem faz uso dessa ferramenta tem a possibilidade de criar o seu próprio
design ou adaptar os disponibilizados por meio dos recursos ofertados.
Vale ainda destacar que a facilidade na sua utilização é outro ponto que
contou muito para sua escolha, fator esse que não torna o aplicativo restrito apenas
aos designers experientes, sendo facilmente utilizado por amadores, certo que com
algumas limitações. Além do que, a existência de uma versão gratuita, como já
ponderado, deixa essa ferramenta ainda mais atrativa.

4.3 Construindo o e-book: processo de elaboração do design

Como já mencionado, todas as etapas de produção seguintes à seleção do


material teórico que fundamentou nosso livro foram produzidas por meio da
ferramenta Canva. Estágios essenciais como a elaboração do desing, escolhas das
cores, figuras utilizadas, tamanho e modelo das letras, entre outros fatores, foram
pontos bem pensados antes de se materializarem por meio do aplicativo em questão
e, mesmo após um resultado, passarem por novos processos de adaptação até
chegar em um resultado satisfatório.
Na construção identitária do nosso livro digital, diversas questões foram
discutidas a fim de chegarmos a um material que de fato exalasse o sentido desejado
e que, de certa forma, representasse o nosso público alvo: graduandos dos últimos
períodos e seus respectivos orientadores, sendo esses do curso de Letras da UEMA/
CESITA.
Para tanto precisamos explorar a multissemiose, ou seja, um
conglomerado de signos/ linguagens a fim de levar maior significância ao conjunto do
livro. De acordo com Vieira (2012),

Em uma sociedade do conhecimento, em que há uma multiplicidade de


informações disponíveis aos leitores, os textos multissemióticos permitem
representar imageticamente uma informação, de modo que esse leitor
tenha, além do texto verbal, recursos visuais que o auxiliarão na leitura e
compreensão do conteúdo em questão. Assim, as imagens, as cores, os
tipos de letras também são portadores de sentido e precisam ser lidos e
interpretados; trazem informações que precisam de ser inferidas (VIEIRA,
2012, p.2).

Mediante isso, o processo de desing do e-book passou por um ponto muito


importante nas primeiras etapas da criação: a escolha das cores que darem vida ao
nosso trabalho, não o deixando restrito apenas ao mundo preto e branco. Muitos
podem pensar que essa etapa não passa de algo banal, afinal poderíamos usar
qualquer cor, optando até por combinações vibrantes, mas, como dito anteriormente,
objetivamos proporcionar um sentido desejado nos mínimos detalhes.
Assim sendo, pensamos em utilizar as principais cores que colorem a logo
da UEMA: verde e amarelo; afinal, o público que queremos atingir faz parte desta
instituição. Mas, essa escolha se mostrou muito abrangente, o que nos levou a optar
por algo mais especifico, uma cor que representasse os graduandos do curso de forma
mais intima, o que é o caso da cor lilás que, além de simbolizar o curso de letras,
abrange também os cursos de Teologia e Pedagogia. Nessa perspectiva, o nosso livro
foi avivado com variações desse tom.
Paralelo a escolha da cor, trabalhou-se a programação visual do e-book,
ou seja, o modelo da capa, sumário, das páginas que conteriam a marcação do início
de um capítulo e das que teriam apenas informações disponibilizadas mediante os
tópicos, etc. Para isso, buscamos inicialmente templates disponíveis no próprio
Canva, porém, mesmo entre tantas opções, resolvemos criar um desing “único”,
recorrendo a modelos de livros impressos e digitais existente além de vídeos
explicativos na internet que mostravam modelos de produções gráficas, assim,
através da adaptação e junção do que achamos interessante, demos forma ao nosso
trabalho.
Após a criação do desing, o livro ficou pronto para receber as informações
que já haviam sido coletadas nas devidas fontes, sendo elas selecionadas
cuidadosamente mediante sua relevância e credibilidade. Mesmo o livro digital não
tendo critérios específicos para formatação do seu texto, não poderíamos fugir do
padrão acadêmico e formular um material sem a devida organização necessária.
Assim, foi definido um padrão na fonte a ser utilizada (Times New Roman), o tamanho
da fonte dos títulos, dos tópicos e do texto em si e em quais situações se faria o uso
do negrito ou itálico. Dessa forma, a nossa produção manteve um caráter mais
científico.
Por fim, vale ressaltar que, além de multissemiótico, nosso e-book adquiriu
também um caráter hipertextual, ou seja, os leitores têm a possibilidade de
“moverem-se, rápida e facilmente, de uma seção de texto (...) para outras seções
relacionadas ao texto” (JOHNSON- EILOLA, 1994, p. 197). Assim, por meio dos links
que dão acesso ao Manual de Normalização da UEMA; ao Regimento da UEMA; e
aos modelos de estrutura do Projeto de Pesquisa, de Monografia e de artigo,
disponibilizados em nosso livro digital, ampliamos o acesso à informação do nosso
público alvo.
5 CONCLUSÃO

O e-book, conforme evidenciou-se, é um importante recurso para a


comunicação escrita na sociedade em que vivemos, pois através dele podemos
transmitir conhecimento de uma forma mais ampla. E que, por meio de ferramentas
digitais existentes, um usuário de internet pode produzir um livro eletrônico sobre os
mais variados assuntos, utilizando os inúmeros recursos disponíveis de forma gratuita
ou paga.
Vale ressaltar mais uma vez que a produção do e-book Manual para a
normalização de trabalho de conclusão de curso de graduação foi um projeto pensado
para atender um público interessado no tema, apresentando a eles um material
produzido e divulgado a partir da utilização das tecnologias comuns na sociedade.
Além disso, a construção desse material foi feita de forma planejada e seguindo o rigor
acadêmico exigido para que um trabalho tenha seriedade.
Por fim, é importante frisar que mesmo optando por uma ferramenta digital
de fácil utilização como o Canva, a produção de um e-book não é um processo
simples, pois, é sempre um desafio fazer uso de variados recursos para tornar o
material atrativo para os leitores, visando uma comunicação escrita mais interativa.
Contudo, essa experiência se formulou bem satisfatória.

REFERÊNCIAS

COMO usar o Canva: passo a passo para criar peças profissionais. Pluga, 2022.
Disponível em: https://pluga.co/blog/como-usar-canva/. Acesso em: 23 de nov. 2022.

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pesquisa qualitativa:
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FONSECA, J.J.S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.


Apostila.

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metodologia científica. - 5. ed. - São Paulo: Atlas 2003. Disponível em:
https://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-i/historia-ii/china-e-
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MELO, Ana Cristina Azevedo Ursulino et al. A normalização de trabalhos acadêmicos


na Universidade Federal do Ceará. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS, 17.,2012, Gramado. Anais eletrônicos [...]. Gramado: UFRGS,
2012. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/10315. Acesso em: 28 out.
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MÚLTIPLAS MÍDIAS, p. 139-150, 2013, Florianópolis. Anais. Disponível em:
https://www.udesc.br/arquivos/ceart/id_cpmenu/5932/Artigo12_15505120525828_59
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MOTA JUNIOR, Julio Corcino Rodrigues. Recursos educacionais abertos: a


construção de um ebook. In: CIET:EnPED:2020 - (Congresso Internacional de
Educação e Tecnologias | Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância), São
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https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/151235/001009111.pdf Acesso
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ROVER, Ardinete; MELLO, Regina Oneda. Normas da ABNT: orientações para a


produção científica. Joaçaba: Editora Unoesc, 2020. Disponível em:
https://www.unoesc.edu.br/images/uploads/editora/Normas_da_ABNT_-_Miolo_-
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Curitiba: Juruá, 2010.
Universidade Estadual do Maranhão. Sistema Integrado de Bibliotecas da UEMA.
Manual para normalização de trabalhos acadêmicos. – 3. ed. rev. atual. e ampl. –
São Luís: EDUEMA, 2019.
SOUZA, Clinio Jorge de. LETRAMENTO ACADÊMICO. 2012.

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para velhos problemas. Anais do SIELP, v. 2, n. 1, p. 1-8, 2012.

VIRGINIO, Rennam; NICOLAU, Marcos. Livro digital: percalços e artimanhas de um


mercado em reconfiguração. In: Congresso de Ciências da Comunicação na Região
Nordeste, 14, 2012. Recife, PE. Anais. Disponível em:
http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2012/resumos/R32-0794-1.pdf.
Acesso em: 28 out. 2022
O USO DE APLICATIVOS DIGITAIS NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA:
A EFICIÊNCIA DE APRENDER POR MEIO DOS APLICATIVOS “PANDA” E
“PORTUGUÊS CORUJA”

Tamyres Goulart da Luz1


Vanessa D’Avila Marinho Ribeiro2
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo promover e divulgar o uso das


tecnologias digitais dentro da sala de aula, a fim da melhoria do conhecimento dos
alunos em assuntos de língua portuguesa de maneira descontraída e inovadora. Além
de verificar se o uso de tais tecnologias acrescentam no processo de ensino e
aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica além ainda da observação e
análise das experiências dos usuários a respeito dos dois aplicativos apresentados.
Esta pesquisa foi realizada no período de outubro de 2022. Os aplicativos utilizados
nesta ação foram: “Panda” e “Português coruja”.

Palavras chaves: Tecnologia, Educação, Aprendizagem.

1 Graduanda do 6° período do curso de licenciatura em letras língua portuguesa da Universidade Estadual do


Maranhão – campus Itapecuru Mirim. E-mail: tamyresluz55@gmail.com
2 Graduanda do 6°período do curso de licenciatura em letras língua portuguesa da Universidade Estadual do

Maranhão – campus Itapecuru Mirim. E-mail: Vanessaribeiro2@aluno.uema.br

1
1 INTRODUÇÃO

Inúmeros avanços tecnológicos marcam os séculos XX e XXI, destacando-se


o aperfeiçoamento informático. Essa tendência fica cada vez mais forte nas
instituições de ensino, influenciando dessa forma, a maneira como os docentes devem
agir na sala de aula.
O uso das Tecnologias da Informação e comunicação (TlCs) no ensino da
Língua Portuguesa se tornam tão necessário quanto em qualquer outra disciplina, o
uso de tais mecanismos quando bem orientado e empregado traz contribuições
significativas para o processo de ensino/aprendizagem. Essa orientação tem de ser
de forma a agregar valor para o aluno, tendo interação e também fazendo com que a
sua metodologia seja expressiva e significativas para a vida do aluno.
O uso das tecnologias digitais nos dias atuais principalmente pelo público mais
jovem tem se tornando algo fútil e que na maioria das vezes não agrega em nada sua
vida estudantil. Dessa forma, fazer com que o professor utilize e mostre essas
ferramentas para esse público pode e deve ser uma forma de chamar a atenção dos
educandos e assim despertá-los para um vasto e amplo conhecimento de maneira
lúdica e inovadora adquirida por meio das TICs no ensino de língua portuguesa e
também de outras disciplinas.

As tecnologias na educação favorecem a difusão do conhecimento e


contribuem para o compartilhamento de informações entre os
conectados, seja professor ou aluno, e este tem a possibilidade de
acessar as informações com apenas um clique, facilitando a difusão de
novos conhecimentos (Carneiro et al., 2020).

As tecnologias são de extrema importância para a educação quando utilizada


para meios educativos, abrir as janelas do conhecimento é o primeiro benefício da
inclusão digital. O acesso a diferentes culturas, saberes locais dos mais remotos
cantos do planeta e todo tipo de informação que se desejar a um clique precisa ser
possível a muito mais pessoas. O conhecimento existe para ser compartilhado e
multiplicado, a sua utilização para o meio educacional faz total diferença para que os
alunos experimentem inúmeras situações.

2
2 METODOLOGIA

A metodologia que foi utilizada, assim como, o embasamento presente neste


trabalho, é uma pesquisa descritiva e teve seu desenvolvimento baseado na
metodologia bibliográfica, onde foi possível aprofundar o conteúdo através de livros,
artigos e revistas. Além da observação e análise das experiências dos usuários a
respeito dos dois aplicativos e se os seus objetivo foram alcançados.

A tecnologia dentro da educação tem ganhando bastante espaço na atualidade


e principalmente pelos acontecimentos, ou seja, a chegada da covid-19 fazendo com
que houvesse a paralisação das escolas. E com o ensino remoto a tecnologia ganhou
ainda mais espaço dentro desse ambiente.

“A evolução das tecnologias de informação ao longo dos anos exigiu


novas habilidades e desafios; o professor deve se familiarizar com esse
contexto tecnológico e, no caso particular do professor de Língua Portuguesa,
aprender a ler, escrever, expressar-se utilizando as novas modalidades
tecnológicas que se inserem no processo de ensino-aprendizagem da língua
materna.” BEZERRA, SILVA, SILVA, 2022 p. 1

A princípio, foi selecionado dois aplicativos para serem apresentados com o


objetivo de promover o aprendizado dos alunos de maneira descontraída a respeito
dos principais assuntos da língua portuguesa que mais caem em provas e também
promover conhecimento a respeito dos aplicativos utilizados.

3 MÍDIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO

As tecnologias de informação há um bom tempo se fazem presentes no cenário


educacional; são utilizadas como recursos pedagógicos no processo de ensino-
aprendizagem dentro e fora da sala de aula. (Bezerra, Silva, Silva 2022)

A Internet trouxe diversas vantagens para o nosso dia a dia, porém o maior
problema visto dentro das salas de aula, é que os alunos passam a maior parte do
tempo dando atenção aos seus smartphones deixando de lado o conhecimento
transmitido pelo professor e o conhecimento que o próprio aparelho pode trazer e
acrescentar de maneira positiva para o aluno o que acaba por ser um dos motivos
pelos quais o uso do aparelho é proibido dentro das salas de aula. Falta aos alunos
maturidade e controle na hora de “filtrar” as informações que serão úteis para o uso

3
do aparelho e também a escolha das ferramentas que o aparelho pode disponibilizar
para a educação.

Segundo Setton (2011), com o uso das tecnologias da informação e


comunicação no ensino digital, os professores aprendem ao mesmo tempo que os
alunos e, assim, atualizam continuamente tanto seus saberes disciplinares como as
competências pedagógicas.

Alguns dos principais avanços tecnológicos que auxiliaram o ensino durante a


história foram o quadro negro, o projetor, a fotocopiadora (xerox), o corretivo, a caneta
esferográfica, a calculadora portátil, entre muitos outros. Sim, a tecnologia é todo
objeto, conhecimento ou técnica que modifique o ambiente para resolver problemas.
É necessário que os professores mostre o caminho para que essa tecnologia seja
aproveitada para beneficiar a educação de modo geral e demonstrar, mostrar as
inúmeras tecnologias para a aprendizagem dentro e fora da sala de aula,
possibilitando assim um ensino de qualidade e aperfeiçoamento a tecnologia para a
educação.

Não há mais como negar a existência da tecnologia digital nos


espaços educacionais, é necessário investigar como esses
mecanismos podem ser úteis no fazer pedagógico do professor da
atualidade. (MENEGAIS. 2022)

Os Meninos e as meninas de hoje habitam os mundos da chamada web 2.0


(redes sociais como Facebook, blogs, YouTube, Wikipedia, games) com desenvoltura
e muita intensidade. Estudos recentes (RIVOLTELLA, 2006; LIVINGSTONE, 2009;
ITO, 2008; LENHART et al., 2008; CARDOSO et al., 2007) indicam que participar de
redes sociais e bater papo na internet são atividades realizadas várias vezes por dia,
durante várias horas, todos os dias, por jovens de diferentes países do mundo.

A "cultura da participação" (JENKINS et al., 2009), tem sido fortemente


vivenciada pelos mais jovens, contribuindo para a construção de novos hábitos, visões
de si e do mundo. Integrar-se ao ambiente digital se inscreve como atividade complexa
na qual várias tarefas são executadas ao mesmo tempo: participar de jogos on-line,
conversar no MSN, ler e atualizar as mensagens nas páginas das redes sociais, ouvir
música, pesquisar, ver vídeos, ler, escrever e falar.

4
Conforme Silvertone (2022), se não podemos escapar à onipresença da mídia
nas nossas vidas esta se configura como uma atmosfera e integra a textura da
experiência cotidiana. O que tem a educação a dizer e a fazer quanto a isso? É
possível pensar na educação dos mais jovens sem levar em consideração a
integração com tecnologias? É possível uma escola na qual a análise do que se lê,
escreve, assiste, fotografa, escuta, joga e navega esteja ausente? É possível ensinar
sem oportunidade aos que aprendem de se expressarem em diferentes linguagens e
não exclusivamente em linguagem oral ou escrita?

A Mídia-Educação acredita que não. Em resumo, pode-se dizer que a mídia-


educação se sustenta em três tipos de ação educativa, transdisciplinares e
preferencialmente indissociáveis: educar com a mídia, educar para a mídia e educar
por meio da mídia.

Pode-se dizer que educar com as mídias engloba o esforço de incluir os


recursos das novas tecnologias para reinventar e dinamizar práticas pedagógicas.
Quando professores exibem filmes de ficção e documentários em suas aulas, como
complemento, ou utilizam recursos digitais para o desenvolvimento de atividades
colaborativas, estão educando com as mídias. O uso de materiais sonoros,
audiovisuais ou digitais com objetivos pedagógicos também pode ser enquadrado
nessa categoria programas de televisão, de rádio, jogos eletrônicos e softwares
educativos são alguns exemplos.

3.1 PORTUGUÊS PANDA PARA CONCURSOS

O aplicativo “panda” foi oferecido por Pedro Sobrinho, lançado em 2017, ele
possui uma interface lúdica e de fácil acesso, ele disponibiliza simulados de português
e videoaulas gratuitas para inúmeras pessoas, a plataforma funciona mesmo sem
acesso a Internet e também pode ser realizado mudanças na sua Interface. A
plataforma possui videoaulas organizadas em um catálogo com 12 modos de
treinamento, interpretação de texto e relatórios de desempenho. Além de tudo isso
ele ainda possui videoaulas organizadas por: fonologia, ortografia, morfologia, sintaxe
1 e 2, estilística e interpretação, cada um com seus segmentos, o “panda” também
possui jogos rápidos, que pode ser selecionado de acordo com necessidade da
pessoa, por exemplo, revisar (Acentuação, coesão, concordância, fonologia,
morfologia, ortografia, pontuação, regência, semântica, sintaxe ou todos os tópicos).

5
Assim como vários aplicativos educativos o “panda” é dinâmico, didático e
prático. O fato dele não precisar está conectado a internet contribui para que o usuário
possa utilizar ele em qualquer lugar. Outro ponto importante é que o “português panda
para concursos” é gratuito, facilitando nesse caso, um maior acesso por parte dos
usuários que querem aprender, desenvolver, treinar, revisar assuntos da língua
portuguesa.

O professor deve ser visionário e sempre priorizar o aprendizado mútuo, para


o aluno e para si, não se prendendo a um processo de ensino bitolado e
apoiado na prática de ensino estática e muitas vezes ultrapassada que se limita
ao quadro e à caneta Pilot. As ferramentas digitais devem ser empregadas no
ensino da Língua Portuguesa, pois podem conduzir a um aprendizado mais
prazeroso e dinâmico, motivando o aluno e construindo o conhecimento de
maneira participativa e criativa. (CAVALCANTE, MELLO, OLIVEIRA. 2022).

Nesse contexto, o professor deve dominar os avanços tecnológicos, procurar,


pesquisar a melhor metodologia para que o aluno seja motivado a utilizar essas e
inúmeras ferramentas digitais que estão cada vez mais se desenvolvendo,
aprimorando e construindo o conhecimento de maneira participativa e criativa
segundo as autoras mencionadas.

“Com as mudanças provocadas na sociedade pelo uso das tecnologias


e o acesso à internet, facilitado pelos dispositivos móveis, muito tem se
pronunciado o termo metodologias ativas, relacionando a essas um sentido
tecnológico, o que não é verdadeiro. Nas metodologias ativas, as práticas
pedagógicas são organizadas com a finalidade de fazer com que o estudante
pertença ao seu processo de aprendizado, seja qual forem as maneiras
escolhidas para alcançá-lo. Isso significa que essas metodologias podem
contribuir com o desenvolvimento tanto da dimensão cognitiva quanto da
socioemocional dos estudantes.” MARTINS (2022. Pág.20)

O aplicativo ainda possui simulado de português com 1000 questões de


concurso comentadas, 1000 videoaulas organizadas em um catálogo esquematizado,
interpretação de texto, relatório de desempenho, aparência personalizada, integração
com WhatsApp e grupo de estudos.

6
Figura 1. Menu principal do aplicativo “panda”.

Fonte: Goulart, (2022)

7
Figura 2. Área que mostra o desempenho de quem está utilizando o aplicativo.

Fonte: Goulart (2022)

8
Figura 3. Área das videoaulas.

Fonte: Goulart (2022)

9
Figura 4. Menu de seleção para a aula.

Fonte: Goulart (2022)

3.2 PORTUGUÊS CORUJA

O aplicativo “Português coruja” de forma fácil, sem complicação o usuário


aprende jogando e se divertindo. Nele você encontra:

• Questionários com questões comentadas para ajudar a fixar o conhecimento;


• Comentários simples, de fácil compreensão;
• Biblioteca de questões para revisão;
• Painel de conquistas obtidas.
10
Foi criado para proporcionar a aprendizagem de maneira natural, por meio de
exemplos e repetição. Treinando bastante, o usuário estará estimulando sua
curiosidade e terá mais facilidade de estudar depois por meio de uma gramática.

O aplicativo é gratuito e não requer conexão com a internet. É oferecido por


Heavy Go e foi lançado em 03 de março de 2019, possuindo mais de 500.000
downloads até a última atualização.

Figura 5. Menu do aplicativo “português coruja”

Fonte: Arquivo pessoal (2022)

11
Figura 6. Interface do aplicativo

Fonte: Arquivo pessoal (2022)

12
Figura 7. Comentário e explicativo sobre a questão respondida

Fonte: Arquivo pessoal (2022)

13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O aplicativo “panda” trouxe resultados de modo geral satisfatórios, observando


o seu objetivo maior. Alguns comentários como: “ Ele é muito prático e sua interface
é bem agradável”, “O aplicativo é excelente, diversas questões e ainda conta com
links para aula no YouTube”, “As videoaulas são organizadas e práticas”, “O aplicativo
de modo geral é prático e bem organizado”, “O aplicativo é legal, mas seria
interessante que o estudante possa rever as questões que errou, para uma melhor
compreensão”, “Muito prático, com funções acessíveis, pois não necessita de internet
para utilizá-lo”, “Ele é dinâmico, didático, prático e ainda é gratuito possibilitando maior
acesso ao aplicativo” esses foram algumas considerações a respeito do aplicativo.
Portanto, percebe-se que a utilização do aplicativo “panda” atingiu o seu
objetivo, que é introduzir o ensino de língua portuguesa atrelado ao uso de aplicativos
educativo, e observado o seu desempenho nesse aspecto, claro que a utilização
dessas tecnologias tem que haver uma mediação em todo o processo de ensino
aprendizagem, é notório que a utilização da tecnologia juntamente com a educação
pode e deve ser mostrada e conduzida da melhor forma possível, para um melhor
desempenho tanto do aluno, quanto do professor que vai aplicar essa metodologia
mostrando que o seu próprio aparelho pode fazer muito mais do que apenas entrar
em redes sociais, jogos, para tirar selfie, gravar vídeos e outras funções que não
agregam em conhecimentos educacionais.
Em relação ao aplicativo “português coruja” alguns feedbacks recebidos após
o uso foram: “É um aplicativo muito interessante”, “Tem uma boa Interface, os
comentários trazem dicas para a fixação do conteúdo”, “Eu adorei o aplicativo, a
plataforma é fácil de usar , com várias atividades e aulas ótimas”, “Ótimo, simples e
muito didático”, “O aplicativo é muito legal, ajuda a revisar o conhecimento da língua
portuguesa de forma fácil e prática”, uma professora acrescentou: “pretendo utilizar
como apoio em minhas aulas de língua portuguesa”. Por fim, fica evidente como uso
das tecnologias digitais, bem como, aplicativos educativos são um ótimo método para
inovar o ensino e aprendizagem tanto da língua portuguesa quanto das demais áreas
de conhecimento, partindo da realidade em que aluno está vivenciando.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o uso das tecnologias digitais atreladas ao ensino de língua
portuguesa é uma ótima iniciativa de aprendizagem para os alunos da era digital. A
inserção da tecnologia no ambiente escolar permite uma inovação na maneira do
professor ensinar e do educando aprender.
Nessa perspectiva, observa-se que o uso da tecnologia juntamente com ensino
de língua portuguesa tem uma enorme relevância nos dias atuais, principalmente, pelo
momento em que vivemos, os jovens estão 100% de seu tempo conectados de
maneira que não agrega em nada no seu aprendizado ou até mesmo no seu dia a dia.

REFERÊNCIAS

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Cristiane Silva de. Aulas remotas de Língua Portuguesa no contexto da
pandemia: os desafios de professores de escolas estaduais da Região Metropolitana
de Recife/PE. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 24, 28 de junho de
2022. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/24/aulas-
remotas-de-lingua
MARTINS, Rita Mara Pires. Metodologias ativas e tecnologias digitais nas aulas
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SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia?. São Paulo: Loyola, 2002.
RAMAL, Andrea; SANTOS, Edméa (Org.) Mídias e tecnologias na Educação
presencial e a distância. 1.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

RIVOLTELLA, P. C. Mídia-educação perspectiva educativa. Florianópolis, v. 27, n.


1, p. 119-140, jan./jul. 2009.

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