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DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADES SOCIAIS

Até o final do século XVII, a colonização da América portuguesa baseava-se em fazendas


produtoras de açúcar localizadas na faixa litorânea. Com o início da atividade mineradora, a
colonização passou por um processo de interiorização e de urbanização, contribuindo para o
desenvolvimento de um mercado interno. Nos centros urbanos, as moradias consistiam, em geral,
em casas térreas, pequenas, feitas de materiais como barro, pedra ou madeira, e abrigavam a
população mais pobre.

A elite da sociedade mineradora, por sua vez, habitava em casas maiores, geralmente de dois
andares, construídas de pedras fixadas com argamassa. Já os escravizados residiam em senzalas,
ao lado da moradia dos senhores.

A riqueza proporcionada pela extração de ouro e de diamantes e o dinamismo crescente dos


núcleos urbanos contribuíram para o desenvolvimento de atividades culturais nas vilas e cidades
mineiras.

Em muitas delas, intelectuais se reuniam para discutir literatura, filosofia e acontecimentos políticos
na Europa e na América e, também, para criticar o domínio da Metrópole sobre a Colônia.

A experiência da colonização em um contexto urbano, com a formação de uma rede de vilas e


cidades próximas das áreas de mineração, proporcionou o desenvolvimento de uma sociedade
caracterizada pela multiplicidade cultural. Esse ambiente urbano permitia que pessoas de origens
diversas convivessem nos espaços públicos.

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