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Fibromialgia

• É uma síndrome comum, na qual a pessoa sente dores por todo


o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas
articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles.
• Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios
do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.
• De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são
mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece
haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as
mulheres tanto antes quanto depois da menopausa.
• A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os
30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e
também em crianças e adolescentes. (2,3)
Causas

• As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão
frequentemente associados a esta síndrome. Confira:
• Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um
indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome
• Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da
fibromialgia
• Distúrbio do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligados de
alguma forma à síndrome
• Trauma físico ou emocional: a fibromialgia às vezes pode ser desencadeada por um trauma
físico, o estresse psicológico também pode desencadear a condição.
Fatores de risco

• Os médicos alertam para alguns fatores de risco que facilitam o surgimento de


fibromialgia. Confira:
• Sexo: a síndrome é mais comum em mulheres do que em homens, em especial
naquelas entre 20 e 50 anos
• Histórico familiar: a doença é recorrente entre membros de uma mesma
família, indicando que talvez exista algum fator genético envolvido nas suas
causas
• Outros transtornos: se você tem artrite reumatoide ou lúpus é mais provável
que você acabe desenvolvendo fibromialgia.
Sintomas
• Dor generalizada: a dor associada à fibromialgia é constantemente descrita como uma dor presente em diversas partes do corpo e que
demoram pelo menos três meses para passar
• Fadiga: pessoas portadoras dessa síndrome frequentemente acordam já se sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por muitas
horas. O sono também é constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono,
a exemplo da apnéia, insônia e síndrome das pernas inquietas.
• Dificuldades cognitivas: para os portadores de fibromialgia, é mais difícil se concentrar, prestar atenção e focar em atividades que demandem
esforço mental
• Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável)
• Problemas de memória e de concentração
• Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
• Palpitações
• Redução na capacidade de se exercitar
Principais pontos de dor
• As dores de origem emocional atingem principalmente o sistema
musculoesquelético do paciente que apresenta fibromialgia e são
representadas pelos seguintes pontos dolorosos:

Tender Points
• Vértebras cervicais
• Região da secunda
costela
• Epicôndilos laterais
• Região medial dos
joelhos
• Occipitais
• Região supra espinhal
• Trapézio
• Glúteos
• Quadril
• Especialistas que podem diagnosticar a
Diagnóstico fibromialgia são:
• Clínico geral
• Reumatologista
O diagnóstico da fibromialgia é feito
clinicamente (por meio da história dos
sintomas e do exame físico). Não existem
testes laboratoriais que possam realizar o
diagnóstico, mas o médico pode solicitar
exames de sangue para que outras
doenças, com sintomas e características
parecidos, sejam descartadas entre os
possíveis diagnósticos.
Critérios

• Os critérios de diagnóstico da fibromialgia são:


• Dor provocada pela palpação de pontos dolorosos específicos. A palpação
deve ser feita com a aplicação de força de 4 kg. Um resultado positivo
requer que a palpação seja dolorosa
• Deve haver uma história de dor generalizada durante, pelo menos, 3
meses. A dor é considerada generalizada quando os pacientes têm dor no
lado esquerdo e direito do corpo, acima e abaixo da cintura.
Tratamento Não Farmacológico

• Suporte psicológico
• De 25% a 50% dos pacientes apresentam distúrbios psiquiátricos concomitantes, o que
dificulta a abordagem e a melhora clínica, necessitando muitas vezes de um suporte
psicológico profissional.
• A abordagem cognitivo-comportamental também é efetiva, desde que combinada com
técnicas de relaxamento, exercícios aeróbicos, alongamentos e educação familiar.
• Esta última é extremamente importante, em especial por se tratar de uma enfermidade
de longa duração, com queixas persistentes.
• Por outro lado, o apoio psicológico dos familiares conduz, com certeza, à melhora na
qualidade de vida.
Exercícios

• Exercícios
• A terapia mais importante para a dor muscular é o exercício regular, de baixo
impacto.
• Manter os músculos condicionados e saudáveis através do exercício três vezes por
semana diminui a quantidade de desconforto. Exercícios aeróbicos de baixo
impacto, como natação, ciclismo, caminhadas, dança, hidroginástica podem ser
tratamentos eficazes para a Fibromialgia.
• Os exercícios são mais benéficos quando realizados a cada dois dias pela manhã.
• Além do fortalecimento muscular e redução da intensidade da dor, o exercício pode
exercer o seu efeito benéfico melhorando a qualidade do sono.
• Por estimular a liberação de endorfinas, a
atividade física apresenta um efeito
analgésico, funcionando como
antidepressivo e proporcionando uma
sensação de bem-estar global.
• Entretanto, a atividade física deve ser bem

Exercícios dosada para que não seja muito


extenuante, seu início deve ser leve e a sua
“intensidade” deve aumentar
gradativamente.
• Deve ser bem planejada para que seja
tolerada desde o início e para que
mantenha a adesão do paciente por um
período prolongado.
Nutrição

• Dieta Balanceada
• Não existem recomendações sobre alimentos específicos que todos os pacientes com
Fibromialgia devem evitar ou adicionar a suas dietas.
• Entretanto, pode valer a pena dar uma olhada em como alimentos influenciam nos seus
sintomas.
• Uma boa maneira de começar a identificar os alimentos que podem agravar seus
sintomas, é manter um diário alimentar para descobrir o que funciona para você.
• Tente eliminar alimentos, um de cada vez, para ter a certeza de que esse alimento
realmente piora os seus sintomas.
Nutrição

• Evitar álcool e cafeína antes de deitar pode ajudar a promover um sono


repousante.
• Os alimentos que levam ao sono confortável devem ser preferidos. Embora
essas mudanças na dieta não possam ser aplicadas a todos, podem ser muito
úteis para alguns.
• Pacientes que apresentam síndrome do cólon irritável ou cistite intersticial
devem adaptar a sua dieta a essas complicações, de acordo com as
orientações médicas específicas.
Tratamento

• Acupuntura
• Estudos mais recentes demonstram que um grupo de pacientes pode
melhorar da dor com a eletroacupuntura.
• Portanto, em algumas situações, a acupuntura pode ser um tratamento
alternativo e aceitável, demonstrando melhora importante dos
sintomas.
Tratamento

• O tratamento medicamentoso inclui anti-inflamatório, relaxantes


musculares, analgésicos, hipnóticos, anticonvulsivantes, dentre outros
conforme os acontecimentos.
• O tratamento fisioterapêutico deve ser baseado nos sintomas e
comprometimentos musculoesqueléticos apresentados, sendo assim, os
diversos recursos podem ser utilizados, tais como a termoterapia e a
crioterapia, a eletroterapia, a cinesioterapia com os exercícios de
alongamento, o fortalecimento, as técnicas de massagem e miofasciais, a
hidroterapia, exercícios aeróbios e outros.

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