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Fibromialgia

Síndrome Miofascial
Idio Garcia Júnior
Definição - Fibromialgia
É uma síndrome dolorosa crônica que se manifesta principalmente
no sistema músculo-esquelético, comumente observada e com
etiopatogenia ainda obscura.
Frequentemente as dores são acompanhadas por;
• Fadiga;
• Distúrbios do sono;
• Sintomas psiquiátricos
• Múltiplos sintomas somáticos.
OBS: Apesar da dor musculoesquelética, não há evidências de
inflamação nesses tecidos.
Epidemiologia
• A fibromialgia (FM) é uma das condições clínicas dermatológicas mais
comuns, sendo uma causa frequente de dor crônica, atrás apenas da
osteoartrite;
• Causa mais comum de dor musculoesquelética generalizada em mulheres
entre 20 e 55 anos;
• No Brasil, estima-se que a prevalência seja de 2,5%, predominante no
sexo feminino, principalmente entre os 35 e 44 anos;
• É mais comum em mulheres do que homens e ocorre em crianças e
adultos.
• Fatores sociais, emocionais, familiares, aliados a uma característica de
maior resposta aos estímulos dolorosos, o baixo nível de condicionamento
cardiovascular e desempenho muscular são as hipóteses mais plausíveis.
Fisiopatologia
• Sensibilização central, com resposta exagerada ao estímulo
experimental de dor e alteração estrutural e na função
neurotransmissora;
• Alterações de sono, humor e distúrbios cognitivos, estresse
envolvendo o sistema nervoso autônomo, que contribuem para a
hiperirritabilidade do sistema nervoso central;
• Fatores genéticos e ambientais provavelmente interagem para
promover um estado de hiperirritabilidade crônica do sistema
nervoso central e periférico.
Quadro Clínico
• Dor difusa e crônica – esqueleto axial e periférico;
• Normalmente, seis locais estão envolvidos em pacientes com FM:
cabeça, cada braço, o tórax, o abdômen, cada perna, a parte
superior das costas e coluna vertebral e a parte inferior das
costas e coluna (incluindo as nádegas);
• Os pacientes têm dificuldade para localizar a dor e não
conseguem especificar se a origem é muscular, óssea ou articular
(queimação, pontada, peso, “tipo cansaço” ou como uma
contusão).
• “Sinto como se estivesse doendo tudo” ou “Sinto como se
estivesse sempre gripado”.
Quadro Clínico
• Fatores de piora relatados:
Frio;
Tensão emocional;
Esforço físico.

• As vezes, os pacientes descrevem edema articular, embora


sinovite não esteja presente, particularmente nas mãos,
antebraços e trapézios.
Diagnóstico
• Puramente clínico, uma vez que não há alterações laboratoriais
nem achados radiológicos determinantes.
• Desde 1990, o Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu
critérios diagnósticos para a fibromialgia:
Dor difusa, por mais de três meses no lado esquerdo e direito do
corpo;
Dor em 11 dos 18 tender points específicos no corpo.
Diagnóstico – Tender Points
1. Subocciptal – Inserção dos músculos Occipitais;
2. Cervical baixo – atrás do terço inferior do esternocleidomastoideo, no ligamento
intertransverso C5-C6;
3. Trapézio – ponto médio do bordo superior, numa parte firme do músculo;
4. Supraespinhoso – acima da escápula, próximo à borda medial, na origem do músculo
supra-espinhoso;
5. Segunda junção costo-condral – lateral à junção, na origem do músculo grande peitoral;
6. Epicôndilo lateral – 2 a 5 cm de distância do epicôndilo lateral;
7. Glúteo médio – Parte media do quadrante súpero-externo;
8. Trocantérico – Posterior à proeminência trocantérica;
9. Joelho – Pouco acima da linha média do joelho
Tender Points
Tratamento
• Reduzir os principais sintomas desse distúrbio,
incluindo dor crônica generalizada;
• Melhorar Fadiga, insônia e disfunção cognitiva;
• Priorizar medidas não farmacológicas;
• Todavia maioria necessitará de terapia
medicamentosa em algum momento.
Tratamento
• Para pacientes que não respondem às medidas
não farmacológicas e a monoterapia com
medicamentos:
• Indica-se a combinações de medicamentos,
intervenções psicológicas e fisioterapia
supervisionada.
Tratamento
• Treinamento aeróbio cardiovascular;
• Atividades aeróbicas de baixo impacto, como
caminhada, ciclismo, natação ou hidroginástica;
• O tipo e a intensidade do programa devem ser
individualizados; (baseados na preferência do
paciente e na observação de quaisquer outras
comorbidades)
Tratamento
• Fisioterapia:
• Diminuir os sintomas:
• Melhorando o controle da dor e manutenção ou melhora das
habilidades funcionais dos pacientes;
• Papel educativo, incentivo a estilos de vida mais participativos e
funcionais.
Tratamento
• Estudos recentes indicam que o exercício aeróbico, na
intensidade adequada para um indivíduo, pode melhorar a
função, os sintomas e o bem estar;
• Outra contribuição da atividade física na diminuição da dor está
relacionada com a quebra do ciclo vicioso:

Dor – Imobilidade - Dor


Tratamento
• Importância da abordagem multidisciplinar do
paciente portador desta síndrome devido à sua
elevada morbidade.
Tratamento
Ensaio clínico aleatório com dois grupos de intervenção:
Hidrocinesioterapia e cinesioterapia convencional.
Conclusão: Houve melhora da QV em ambos os grupos;
Alongamentos e os exercícios aeróbios de baixa intensidade
empregados em ambos os protocolos foram considerados os
prováveis responsáveis pelos efeitos benéficos observados nas
duas modalidades terapêuticas analisadas.

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