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F F
• Quando dois átomos de elementos químicos diferentes formam uma ligação covalente, a densidade eletrônica
da molécula se distribui de modo desigual entre eles.
• Isso faz surgir uma carga elétrica parcial negativa no átomo mais eletronegativo, representada com o símbolo .
Por consequência, resta uma carga elétrica parcial positiva, simbolizada por , no átomo menos eletronegativo.
• Essa variação da densidade eletrônica é denominada dipolo elétrico, e a molécula formada por esses dois
átomos é uma molécula polar.
d2
anotações em aula
Interações intermoleculares
Momento de dipolo elétrico
• A grandeza que descreve os dipolos elétricos de uma molécula é chamada momento de dipolo elétrico (ou
apenas momento de dipolo, representado por j).
adilson secco
f1 f–
H F
• Para determinar se uma molécula com mais de dois átomos é polar ou apolar é necessário somar todos os
vetores momento de dipolo elétrico das ligações, o que fornece o momento de dipolo elétrico resultante (jR).
Nome Fórmula molecular Fórmula estrutural Polaridade das ligações Polaridade da molécula
H
H
Dióxido de carbono CO2 O C O Polar Apolar (j = 0 )
R
Fonte: LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. Trad. Henrique E. Toma. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.
anotações em aula
Interações intermoleculares
Introdução à geometria molecular
• A geometria molecular descreve como os átomos estão posicionados na molécula, ou seja, qual é o ângulo
entre as ligações que os unem.
109,5°
adilson secco
180° 120°
Modelo VSEPR
• Esse modelo amplia a teoria de ligação química de Lewis para explicar a geometria molecular, adicionando
informações sobre os ângulos das ligações.
• Nesse modelo, a ideia é que os pares de elétrons se repelem entre si e, para reduzir essa repulsão, tendem a
se afastar o máximo possível uns dos outros.
• Isso ocorre tanto para os pares de elétrons das ligações químicas, chamados de pares ligantes, como para os
pares não ligantes, que não estão envolvidos nas ligações químicas do átomo central.
anotações em aula
Interações intermoleculares
Arranjo eletrônico e a geometria molecular
Previsão da geometria molecular utilizando o modelo VSEPR
Grupo 13 14 15 16 17
Nome Trifluoreto de boro Metano Amônia Água Fluoreto de hidrogênio
H
F B F H N H
Fórmula de Lewis H C H H O H F H
F H
H
H
F B F H N H
Fórmula estrutural H C H H O H H F
F H
H
H HH H FF H
F HH FF H HH
C N CC N
CNCO BHNBN F OO HO F F
HO HH FF
H Arranjo eletrônico
H HH B HH
HH H BB
HH H H HH
H H HHH
H FF H
F HF HH
F F FF FF
H H HH H
HHH Tetraédrico H
HTrigonal
Tetraédrico
Tetraédrico Tetraédrico
Tetraédrico Trigonal planar
Tetraédrico
planar Tetraédrico
Trigonal planar
Tetraédrico Linear
Tetraédrico
Linear Linear
Tetraédrico Tetraédrico Trigonal planar Tetraédrico
Tetraédrico Linear
Tetraédrico Trigonal planar Tetraédrico Linear
Trigonal planar Tetraédrica Pirâmide trigonal Angular Linear
n
H
F f1
f–
N O
anotações em aula
Interações intermoleculares
A polaridade das moléculas a partir do modelo VSEPR
• Conhecendo a geometria molecular, pode‑se determinar a resultante dos momentos de dipolo elétrico das
ligações e, portanto, definir se o momento de dipolo resultante é nulo ou não.
• Exemplos:
Água (H2O)
Devido à diferença de eletronegatividade entre o
oxigênio e o hidrogênio, as ligações entre esses átomos f–
são polares, ou seja, o dipolo elétrico é O momento de dipolo
diferente de zero. H H elétrico resultante
Em razão da presença de dois pares eletrônicos não f+ f+
ligantes, a molécula de H2O apresenta arranjo eletrônico
jR % 0; molécula polar
tetraédrico e geometria angular, de modo que os
vetores momento de dipolo elétrico não se anulam,
fazendo com que sua molécula seja polar.
anotações em aula
Interações intermoleculares
Tipos de interações entre moléculas
• O conjunto de moléculas de uma substância determina as propriedades observáveis – cor, solubilidade,
temperatura de fusão, por exemplo – dessa substância, devido às interações intermoleculares.
anotações em aula
Interações intermoleculares
Forças de Keesom
• As moléculas polares que apresentam momento de dipolo elétrico não nulo sofrem também outro tipo de
interação, as chamadas interações dipolo permanente‑dipolo permanente, ou forças de Keesom.
• Nesse tipo de interação, a carga parcial negativa do dipolo de uma das moléculas atrai a carga parcial positiva
do dipolo de outra molécula, e vice‑versa.
• Nas moléculas polares ocorrem os dois tipos de interação, porém as forças de Keesom predominam na maioria
dos casos, pois são mais fortes que as forças dispersivas de London.
Forças de Keesom
(dipolo permanente-dipolo permanente)
d+
adilson secco
d– d– d+
d+ d–
anotações em aula
Interações intermoleculares
Ligações de hidrogênio
• A ligação de hidrogênio é a interação do tipo dipolo permanente-dipolo permanente entre o átomo de
hidrogênio ligado covalentemente a um átomo bastante eletronegativo (F, O ou N) e o par eletrônico não
ligante do átomo de flúor, oxigênio ou nitrogênio presente em outra molécula.
• Esse tipo de interação é mais forte que as forças dispersivas de London e forças de Keesom.
• Isso explica, por exemplo, a temperatura de ebulição elevada do fluoreto de hidrogênio (HF) e da água (H2O)
em relação a outras substâncias formadas por elementos químicos do mesmo grupo da tabela periódica.
0 80
–10 60
–20 40
–30
HI 20
–40
–50 0
H2Te
–60 – 20
–70 HBr
– 40
–80 H2Se
–90 HCl – 60
H2S
–100 – 80
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5
Fonte: LIDE, D. R. CRC Handbook of Chemistry and Physics. 90. ed. Fonte: LIDE, D. R. CRC Handbook of Chemistry and Physics. 90. ed.
Boca Raton: CRC Press, 2010. Boca Raton: CRC Press, 2010.
anotações em aula
Interações intermoleculares
Interações intermoleculares e propriedades dos compostos
Temperatura de ebulição
• De modo geral, quanto mais forte for a interação entre as moléculas, maior será a temperatura de mudança
de fase, porque mais energia será necessária para romper essa interação.
Polaridade da molécula
Temperatura de ebulição
Substância Massa molecular (u) Fórmula estrutural Modelo molecular (interação intermolecular
(ºC; 1 atm)
mais forte)
H H
H C H Apolar
Propano 44,0 –42 C C (forças dispersivas de
H H London)
H H
H O H
C C Polar
Éter dimetílico 46,0 –25
H H (forças de Keesom)
H H
Fonte: LIDE, D. R. CRC Handbook of Chemistry and Physics. 90. ed. Boca Raton: CRC Press, 2010.
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anotações em aula
Interações intermoleculares
Solubilidade
• A presença de fases em uma mistura pode ser explicada pelos diferentes tipos de interações entre as moléculas
das substâncias que a compõem.
• Moléculas que apresentam diferentes polaridades não interagem, formando diferentes fases em uma mistura.
• As interações que ocorrem entre moléculas ao se misturar substâncias de mesma polaridade são similares;
como consequência, elas tendem a ser miscíveis entre si, resultando em misturas homogêneas.
Tensão superficial
• As moléculas da superfície de um líquido interagem mais fortemente com as moléculas presentes no interior
do líquido do que com as moléculas do ar.
• Essa interação resulta numa força de atração resultante direcionada para o interior do líquido, de modo que a
camada superficial do líquido se comporta como se fosse uma película.
• Essa propriedade dos líquidos é conhecida como tensão superficial.
Viscosidade
• A viscosidade é definida como a resistência de um fluido (líquido ou gás) ao escoamento.
• Quando as interações intermoleculares são fortes, elas mantêm as moléculas unidas, reduzindo seus movimentos
e diminuindo a velocidade de escoamento do líquido.
11
anotações em aula
Interações intermoleculares
Propriedades químicas
dos compostos
Soluções eletrolíticas
• Quando um soluto é dissolvido em um solvente, ocorrem interações químicas entre suas partículas, em um
processo conhecido como solvatação.
• Segundo a teoria eletrolítica de Arrhenius, as partes que formam uma substância podem se separar em solução,
formando íons. Essas soluções são denominadas soluções eletrolíticas, e seus solutos são chamados eletrólitos.
• Algumas substâncias têm suas moléculas solvatadas, mas não formam íons em solução. Essas soluções são
chamadas não eletrolíticas, dada sua incapacidade de conduzir corrente elétrica.
• Exemplo: para cada 100 moléculas de HCl dissolvidas, em média, a 25 wC, 92 sofrem ionização (eletrólito forte).
92
a= = 0,92 ou 92%
100
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Dissociação iônica
• Corresponde ao processo de dissolução de uma substância iônica em um líquido que, resultando na separação
dos íons que já existiam no sólido.
• Exemplo: dissolução do cloreto de sódio (NaCl).
Polo – Polo
negativo – + – positivo
- + – + + +
– + –
+ – + –
adilson secco
– + – +
+ – + –
+ – + – + – Íon Cl–
+ solvatado
+ – + –
– + – +
NaCl(s)
Íon Na+
solvatado H2O Cl–
Na+
+ –
H2O
NaCl(s) Na+(aq) + Cl–(aq)
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Ionização
• Alguns compostos moleculares formam soluções eletrolíticas em meio aquoso pela formação de íons decorrente
da interação entre as moléculas polares da água. Esse processo é denominado ionização.
• Exemplo: dissolução do gás cloreto de hidrogênio (HCl) em água.
–
Polo Polo
negativo positivo
adilson secco
- +
+ HCl(g)
+ – Íon Cl–
solvatado
HCl
Íon H + H 2O
solvatado
H2O
HCl(g) H+(aq) + Cl–(aq)
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
O comportamento ácido-base
Ácidos
• De acordo com Arrhenius, os ácidos são substâncias que, em solução aquosa, se ionizam,
gerando cátions H+(aq).
• Para que um átomo de hidrogênio seja considerado ionizável (ácido), ele deve estar 2 hidrogênios
ionizáveis
ligado a um átomo de elevada eletronegatividade. O OkH
kk
k
• Em muito casos, os hidrogênios ionizáveis são aqueles ligados diretamente a um átomo P
k
k
de oxigênio. H OkH
Ácido fosforoso
• Exemplo: hidrogênios ionizáveis do ácido fosforoso. (H3PO3)
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Nomenclatura e fórmula dos ácidos
• Para nomear um ácido segundo a nomenclatura sistemática estabelecida pela Iupac, usa-se o nome “ácido” –
que indica a presença do elemento químico hidrogênio, o qual forma, em solução, cátions H+(aq) – seguido da
indicação do ânion.
Nomenclatura de alguns ânions
Cl– (cloreto) HCO3– (hidrogenocarbonato) SO32– (sulfito) CrO42– (cromato) BO33– (borato) P2O64– (hipofosfato)
Br– (brometo) CN– (cianeto) SO42– (sulfato) Cr2O72– (dicromato) [Fe(CN)6]3– (ferricianeto) SiO44– (silicato)
I– (iodeto) OCN– (cianato) S2O32– (tiossulfato) MnO42– (manganato) AsO33– (arsenito) [Fe(CN)6]4– (ferrocianeto)
ClO– (hipoclorito) SCN– (tiocianato) S2O82– (persulfato) AsO43– (arseniato)
ClO2– (clorito) PO3– (metafosfato) S2O62– (pirossulfato)
ClO3– (clorato) H2PO2– (hipofosfito) C2O42– (oxalato)
ClO4– (perclorato) MnO4– (permanganato) CO32– (carbonato)
NO2– (nitrito) HSO4– (hidrogenossulfato) SiO32– (metassilicato)
Fonte consultada: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e meio ambiente. Trad. Ricardo Bicca de Alencastro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Bases
• De acordo com Arrhenius, as bases são substâncias que, em solução aquosa, se dissociam, gerando ânions OH–(aq).
• Assim como os ácidos, as bases inorgânicas também podem ser classificadas de acordo com suas características
estruturais e seu comportamento em reações químicas.
• As classificações mais importantes referem-se à sua solubilidade em água e à sua força.
Classificação Exemplos
Fonte consultada: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e meio
ambiente. Trad. Ricardo Bicca de Alencastro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
Fortes a = 100% Hidróxidos de metais alcalinos e alcalinoterrosos LiOH, NaOH, Ca(OH)2, Ba(OH)2
Fonte consultada: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e meio ambiente.
Trad. Ricardo Bicca de Alencastro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Nomenclatura e fórmula das bases
• A nomenclatura sistemática das bases de Arrhenius é feita utilizando-se o nome do ânion (hidróxido), seguido
do nome do cátion.
• Exemplo:
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Medida de acidez: a escala de pH
• A acidez e a basicidade das soluções podem ser medidas utilizando‑se a escala de pH (poder do hidrogênio).
• Essa escala está relacionada com a concentração de íons hidrogênio (H+) em solução aquosa e varia de 0 a 14,
à temperatura de 25 wC.
• Quanto mais ácida for uma solução, ou seja, quanto maior for a concentração de íons H+(aq), menor será o valor do pH.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 pH < 7
Aumento Aumento da Solução ácida
da acidez Neutro basicidade
pH > 7
A escala de pH. Solução alcalina
• Indicadores ácido-base são substâncias que têm suas cores alteradas na presença de ácidos ou bases.
• São adicionadas em pequenas quantidades à solução a ser analisada.
Fonte consultada: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e meio ambiente.
Trad. Ricardo Bicca de Alencastro. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Sais
Reações de neutralização
• Quando quantidades equivalentes de íons H+(aq), provenientes da ionização do ácido, e íons OH–(aq), provenientes
da dissociação da base, reagem, produzindo água, dizemos que ocorreu uma reação de neutralização.
• Exemplo: neutralização de ácido clorídrico (presente no estômago) com hidróxido de magnésio (presente
em medicamento antiácido).
• Caso a água da solução seja evaporada, os íons Cl–(aq) e Mg2+(aq) se reagruparão em um retículo cristalino,
formando a substância cloreto de magnésio sólida, MgCl2(s).
• Substâncias formadas por ao menos um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de OH– ou oxigênio (que
dá origem aos óxidos) são chamadas de sais.
10
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Solubilidade dos sais em água
• Em solução aquosa, a dissociação dos sais pode ocorrer em maior ou em menor grau.
11
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Nomenclatura e fórmula dos sais
• A partir da fórmula de um sal é possível deduzir sua nomenclatura sistemática.
• Exemplo: Na2CO3
• A partir da nomenclatura sistemática do sal também é possível construir sua fórmula química.
• Exemplo: sulfito de sódio
12
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Óxidos
• São compostos binários (constituídos por dois elementos químicos): o oxigênio e outro elemento químico
qualquer, que deve ser menos eletronegativo que o oxigênio.
13
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Óxidos ácidos
• Em contato com a água, esses óxidos geram ácidos de Arrhenius.
• Exemplo: trióxido de enxofre em água (uma das substâncias responsáveis pela chuva ácida).
SO3(g) + H2O(l) H+(aq) + HSO4–(aq)
• Óxidos ácidos são neutralizados por bases:
SO3(g) + 2 Na+(aq) + 2 OH–(aq) 2 Na+(aq) + SO42–(aq) + H2O(l)
Trióxido de Hidróxido de sódio Sulfato de sódio
enxofre
Óxidos básicos
• Em contato com a água, esses óxidos formam bases.
• São compostos formados de metais alcalinos e alcalinoterrosos.
• Exemplo: óxido de cálcio (cal) em água.
CaO(s) + H2O(l) Ca2+(aq) + 2 OH–(aq)
• Óxidos básicos são neutralizados por ácidos:
CaO(s) + H+(aq) + HSO4–(aq) CaSO4(s) + H2O(l)
Óxido de Ácido sulfúrico Sulfato de
cálcio cálcio
14
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Nomenclatura dos óxidos
• A nomenclatura dos óxidos depende do caráter iônico ou molecular da ligação entre o oxigênio e o outro
elemento químico.
• Para nomear óxidos iônicos, encontra-se o nome do cátion ligado ao ânion óxido (O2–), escrevendo-o depois
do nome do ânion.
Nome e fórmula do
Fórmula do óxido Nome do óxido
cátion que forma a base
MgO Magnésio (Mg 2+) Óxido de magnésio
• Para nomear óxidos covalentes, é necessário observar o número de átomos de ôxigenio e do outro elemento
químico presentes na fórmula molecular, indicando‑os pelos prefixos "mono", "di", "tri" ou "tetra".
15
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Tipos de transformações químicas
Reconhecimento das transformações químicas
• Uma das formas de identificar uma transformação química é analisando os estados inicial e final de um
sistema com base nas mudanças de propriedades físicas e químicas dos reagentes e dos produtos.
• A equação química é também uma representação dessa mudança de propriedades que caracteriza as
reações químicas.
• Exemplo:
Estado inicial Estado final
luiz rubio
+
16
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
A reversibilidade das transformações químicas
• Algumas reações são chamadas reversíveis.
• Exemplo:
• Na atmosfera, o gás carbônico se dissolve em água, formando uma solução ácida:
• Com as chuvas, essa solução penetra pelas fendas das rochas e dissolve o calcário (CaCO3) que as compõe:
• No interior das cavernas, ocorre o processo inverso: a solução ácida libera dióxido de carbono, e o
bicarbonato de cálcio solúvel volta a se transformar em carbonato de cálcio, que se precipita:
• Reações reversíveis como essa, que podem ocorrer em ambos os sentidos, podem ser representadas por uma
seta dupla:
Ca2+(aq) + 2 HCO3–(aq) CaCO3(s) + H2O(l) + CO2(g)
17
anotações em aula
Propriedades químicas dos compostos
Reações químicas:
aspectos quantitativos
Quantidades e unidades
Estudo dos gases e a massa dos elementos químicos
• No início do século XIX, Amedeo Avogadro observou que um volume de hidrogênio reagia com um volume de
cloro, originando dois volumes de cloreto de hidrogênio, todos em fase gasosa.
• Para explicar esse fenômeno, Avogadro propôs que volumes iguais de qualquer gás, nas mesmas condições
experimentais de pressão e temperatura, contêm o mesmo número de partículas, que chamou de moléculas.
• Essa ideia ficou conhecida como hipótese de Avogadro:
• Os gases são formados por moléculas.
• No caso dos gases hidrogênio e cloro, cada molécula é constituída por dois átomos; portanto, o número de
átomos será o dobro do número n deH moléculas.
+ Cl HCl
adilson secco
H2 + Cl 2 2 HCl
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
A massa dos átomos
• A massa atômica (ma) de um átomo deve‑se essencialmente às massas de seus prótons e nêutrons.
• A massa dos elétrons é desprezada porque tem valor relativo muito pequeno: cerca de 2.000 vezes menor que
as massas de um próton ou de um nêutron.
(76 • 35 u) + (24 • 37 u)
ma(Cl) = = 35,48 u
100
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Massa molecular
• A massa molecular relativa (Mr) representa a massa de uma molécula e, portanto, é a soma das massas atômicas
relativas dos átomos que formam cada unidade de um composto químico.
• Exemplos:
Fórmula do composto Elemento químico Massa atômica (u) Quantidade de átomos Massa total (u)
Quantidade de matéria
• A unidade de medida utilizada para quantificar a matéria e relacioná-la com a quantidade em massa é o mol.
• Um mol representa um valor constante de espécies químicas, chamado constante de Avogadro (NA).
{ {
átomos átomos
1 mol de moléculas equivale a 6,02 31023 moléculas
íons íons
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Massa molar
• 1 mol de duas espécies químicas diferentes, embora corresponda sempre ao mesmo número de unidades
(representado pela constante de Avogadro), apresenta massas diferentes, porque suas massas atômicas
são diferentes.
• Porém, a definição de mol permite estabelecer uma relação entre a massa de uma amostra de substância, que
pode ser medida em uma balança, e o número de espécies químicas que ela contém.
• Exemplo: combustão do enxofre.
• A massa de um mol de uma espécie química é denominada massa molar (M), expressa em g/mol (gramas por mol).
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Balanceamento de equações
Lavoisier e a conservação da massa
• Lei de conservação da massa ou lei de Lavoisier: em um sistema fechado, a massa dos reagentes se conserva
e é igual à massa dos produtos.
• Em uma transformação química, a matéria não se forma nem é destruída; os átomos que compõem os reagentes
interagem e se reorganizam para produzir novos materiais.
• Exemplo: síntese da água.
O
H H H H
adilson secco
O O
H H O
H H
• A soma das massas dos reagentes (4,0 g + 32,0 g = 36,0 g) é igual à massa do produto (36,0 g).
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Proust e as proporções definidas
• Lei das proporções definidas ou lei de Proust: todas as reações químicas ocorrem de acordo com as proporções
definidas de reagentes e produtos, independentemente da quantidade de reagentes utilizada para a reação.
• Exemplo: síntese da água.
Massa em gramas Massa em gramas Massa em gramas de Massa em gramas de Massa em gramas de
Experimentos
de O2(g) de H2(g) H2O(l) O2(g) que não reagiu H2(g) que não reagiu
A 0,32 0,02 0,18 0,16 —
B 0,32 0,04 0,36 — —
C 0,32 0,06 0,36 — 0,02
D 85,0 15,0 95,6 — 4,4
• É possível constatar que existe uma proporção em massa entre reagentes efetivamente consumidos e
produtos em relação ao hidrogênio.
• A proporção é 8 : 1 : 9, ou seja, 8 partes em massa de gás oxigênio reagem com uma parte em massa de
gás hidrogênio formando 9 partes em massa de água.
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
A contribuição de Dalton
• A combinação entre elementos químicos pode levar à formação de diferentes compostos.
• A diferença entre compostos formados pelos mesmos elementos químicos se deve às diferentes proporções
entre esses elementos químicos.
• A combinação entre elementos químicos em um composto se dá sempre por números inteiros.
• Essas conclusões constituem a lei das proporções múltiplas ou lei de Dalton.
• Exemplo: reações de carbono com oxigênio.
C C O
O O
C C O C O O O C O
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Fórmulas químicas e o balanceamento de equações
• As reações químicas são representadas por equações que indicam, por meio de fórmulas, quais são os participantes
da reação e a proporção em quantidade de matéria (mol) entre cada um deles.
• Toda fórmula química é a representação dos átomos ou íons e suas proporções em determinada substância.
• Exemplo: fórmula molecular da glicose – C6H12O6
• Os elementos químicos presentes na molécula dessa substância são: 6 átomos de carbono, 12 átomos de
hidrogênio e 6 átomos de oxigênio.
• O índice representa a proporção entre os átomos que compõem as moléculas dessa substância.
• A fórmula CH2O, por exemplo, é chamada fórmula empírica ou fórmula mínima porque apresenta apenas a
proporção dos átomos (1 : 2 : 1), utilizando os menores números inteiros possíveis.
• A fórmula mínima CH2O pode representar várias substâncias diferentes, como o ácido acético (C2H4O2), o ácido
lático (C3H6O3), a glicose (C6H12O6) e outras substâncias que respeitem a proporção de átomos indicada.
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Coeficientes estequiométricos e balanceamento
• Quando se pretende mostrar a proporção em quantidade de matéria, em mol, entre as diversas espécies em uma
equação química, esse valor é indicado antes da sua fórmula e é denominado coeficiente estequiométrico.
• Exemplo: combustão do metano.
Coeficiente estequiométrico Coeficiente estequiométrico
1 mol de CH4 1 mol de CO2
• O valor do coeficiente estequiométrico pode ser alterado desde que todos os outros da equação também sejam
alterados pelo mesmo fator, para que a proporção entre os reagentes e os produtos permaneça constante. Esse
procedimento é denominado balanceamento.
• Exemplo: síntese da glicose – CO2(g) + H2O(g) C6H12O6(aq) + O2(g)
• 1º passo: igualar o número de átomos que estão presentes em apenas um composto em cada lado da equação.
6 CO2(g) + H2O(g) C6H12O6(aq) + O2(g)
• 2º passo: igualar o número de átomos de hidrogênio.
6 CO2(g) + 6 H2O(g) C6H12O6(aq) + O2(g)
• 3º passo: igualar o número de átomos de oxigênio.
6 CO2(g) + 6 H2O(g) C6H12O6(aq) + 6 O2(g)
10
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Estequiometria
Prevendo a massa dos produtos de reação
• De acordo com a lei de Proust, todas as reações químicas ocorrem segundo proporções definidas de massas
de reagentes e produtos.
• Portanto, pode‑se aplicar um cálculo proporcional para determinar a massa da substância que se espera produzir
a partir de determinada massa de reagente.
• Exemplo: produção de ferro metálico a partir de 1 tonelada de minério de ferro.
x = 0,70 t de Fe
11
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Rendimento de uma reação química
• Devido à presença de impurezas nos reagentes ou mesmo pela eficiência de processos industriais, o rendimento
das reações químicas são inferiores a 100%.
• Exemplo: produção de ferro metálico a partir de 1 tonelada de minério de ferro.
• A quantidade de óxido de ferro presente no minério de ferro é inferior a uma tonelada, devido às impurezas
• Supondo que a porcentagem de impurezas no minério extraído de determinada jazida seja de 10%, o
rendimento da reação será de 90%.
• Quantidade teórica (rendimento teórico):
1 t de Fe2O3 0,70 t de Fe
1 t de minério
(100%) (100%)
12
anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos
Reagente limitante e reagente em excesso
• O reagente limitante determina a quantidade máxima de produto que pode ser formado.
• Exemplo: produção de ferro metálico a partir de 1 tonelada de minério de ferro.
• Quantidade de carvão (C) e de oxigênio (O2) necessários para a reação de 1 t de óxido de ferro(III):
2 Fe2O3 6C 2 Fe2O3 3 O2
319,2 g 72 g 319,2 g 96 g
1t z 1t a
z = 0,23 t a = 0,30 t
• Como a reação tem um rendimento de 90%, ou seja, apenas 90% do minério se converte em ferro metálico:
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anotações em aula
Reações químicas: aspectos quantitativos