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OFICINA DA

COR
Carga horária: 40 h/a

Materiais necessários:

■ tinta a base d’água: vermelho,


amarelo, azul, branco e preto.

■ Lápis de cor

■ Pincéis

■ Régua

■ Outros solicitados ao longo do


período
Referências e
livros para consulta

Da cor magenta
Rê Fernandes

Psicodinâmica das cores


em comunicação
Modesto Farina; Clotilde Perez; Dorinho Bastos
Da cor à cor inexistente
Israel Pedrosa

A psicologia das cores


Eva Heller
I F F — B R U N O L E A L

OFICINA DA COR
Aula 1 — Introdução ao universo das cores
intro
dução
O uNIVERSO DAS
CORES
I
A U L A

VIVEMOS NO MUNDO DAS


IMAGENS.
C O R :

Há algum tempo, percebemos o


grande potencial das imagens,
D A

e o nosso mundo passou de um


mundo verbal para não-verbal.
O F I C I N A

Isso significa dizer que vivemos no


mundo regido pela comunicação
visual.

I F F

Nesse mundo, as cores


desenpenham um papel
fundamental.

7
I
A U L A

Qual o papel das


cores?
C O R :

ELAS CONSTITUEM UMA


PODEROSÍSSIMA FERRAMENTA
D A

DE COMUNICAÇÃO.
O F I C I N A

Todas as nossas formas de


expressão revelam-se como signos,
ou seja, possuem uma carga de

significados.
I F F

8
As Cores
I

Representam
A U L A

AS CORES SÃO ATRIBUÍDAS A


C O R :

SENSAÇÕES

Podemos usar as cores para


D A

expressar um sentimento,
sensações ou um estado de
O F I C I N A

espírito.

Vemos como essa ferramenta é


utilizada nas artes visuais no geral

ao longo da história, seja na pintura,


I F F

na fotografia, no cinema, na
publicidade, e muitos outros meios.

9
As dimensões
I
A U L A

AS CORES POSSUEM DIFERENTES


DIMENSÕES
C O R :

É importante que compreendamos


os diferentes pontos de vista dos
D A

quais podemos analisar as cores:


O F I C I N A

■ ótico-sensível (impressivo);

■ psíquico (expressivo);

■ intelectual-simbólico ou
I F F

cultural (estrutural).

17
I


A U L A
C O R :

Sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual, a cor exerce uma ação
tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. A cor é vista:
D A

impressiona a retina. E sentida: provoca uma emoção. E é construtiva, pois,


O F I C I N A

tendo um significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade, portanto,


de construir uma linguagem própria que comunique uma idéia.

Psicodinâmica das Cores em Comunicação



I F F

18
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

Já parou para pensar nisso?


AS CORES QUE ESCOLHEMOS VESTIR COMUNICAM NOSSA IDENTIDADE


I F F

Sejam escolhas conscientes ou não, a forma como alguém se veste revela


suas preferências, gostos pessoais e a forma como pretende ser visto pelas
pessoas que o cercam. Essa escolha envolve também as cores.

19
Exercício:
Moodboard
cromático
I
A U L A

DEFININDO SUA PALETA


CROMÁTICA
C O R :

Quase todos temos cores das quais


D A

nos apegamos mais ou menos.


O F I C I N A

Façamos um exercício: definir


qual seria a paleta cromática que
representa nossa identidade,
cores que melhor conversam com

nossa personalidade e as que mais


I F F

comunicam ela ao mundo.

Moodboard: quadro de ideias/


referências

20
I
A U L A

Entrega: 19/12
C O R :

Formato: A3
D A
O F I C I N A

Entrega no
Classroom e
Impresso

I F F

21
o que
é cor?
I
A U L A

definição
C O R :

A COR É UMA SENSAÇÃO


PROVOCADA PELA LUZ
D A

Podemos definir a cor como uma


O F I C I N A

sensação provocada pela ação da


luz sobre o orgão da visão.

Ela não tem, portanto, uma


existência material. Cor é luz.

I F F

23
E o que é a luz?
I
A U L A

PARTÍCULAS QUE SE
COMPORTAM COMO ONDAS
C O R :

A teoria da luz se divide entre


os que a consideram na forma
D A

corpuscular (partículas chamadas


fótons) e na forma ondulatória
O F I C I N A

(ondas eletromagnéticas).

Portanto, partimos do pressuposto


de que a luz pode ser considerada

um grupo de partículas que


I F F

se comportam como ondas


eletromagnéticas.

24
I
A U L A
C O R :

A emissão de luz é uma


propriedade de moléculas
energizadas. Portanto, todo corpo
D A

com temperatura acima do zero


absoluto (273,15 °C ou 0 K) emite
O F I C I N A

luz, mesmo que não visível aos


nossos olhos.

I F F

25
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

O experimento de Newton
A DECOMPOSIÇÃO DA LUZ SOLAR

I F F

O experimento de Newton demonstrou que a luz branca proveniente do Sol


é composta da adição das luzes de todas as cores. Como se comportam
como ondas eletromagnéticas, ao atravessarem o prisma, as ondas de
comprimentos diferentes refratam de maneira diferente.

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Isso quer dizer que as cores que enxergamos são apenas luzes com
comprimentos de onda diferentes umas das outras. Forma-se, assim
o especro de cores, entre o infravermelho e o ultravioleta, parte que
conseguimos ver com nossos olhos.
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

I F F

28
I F F — O F I C I N A D A C O R : A U L A I

29
Como
enxergamos as
I
A U L A

cores?
FUNCIONAMENTO DO OLHO
C O R :

HUMANO

Diversos componentes do nosso


D A

órgão da visão são responsáveis por


O F I C I N A

captar dados do mundo exterior


em forma de imagens.

Aqueles responsáveis pela


sensação de cores são células


localizadas na retina (região onde a
I F F

imagem é formada) denominadas


cones.

30
Possuímos cones responsáveis
I

por captar ondas de longo,


A U L A

médio e curto comprimento,


respectivamente ondas que
caracterizam as cores vermelho,
C O R :

verde e azul.

As demais percepções derivam da


D A

combinação de sensações dessas


O F I C I N A

três.

Então os
objetos emitem

as cores que
I F F

vemos neles?

31
I
A U L A


C O R :

Verifica-se, assim, que as substâncias (os objetos ou os corpos) não têm cor. O
D A

que têm é certa capacidade de absorver, refratar ou refletir determinados


O F I C I N A

raios luminosos que sobre ele incidem.

Da Cor à Cor Inexistente



I F F

32
I F F — O F I C I N A D A C O R : A U L A I

33
gera
trizes
Como vemos
I

mais de 3 cores?
A U L A

AS SÍNTESES CROMÁTICAS
C O R :

Se temos apenas 3 tipos


de receptores, como vimos
D A

anteriormente, como é possível que


consigamos enxergar além de 3
O F I C I N A

cores?

A resposta está no que


denominamos síntese. Estímulos

simultâneas em diferentes
I F F

receptores geram sensações


cromáticas diferentes.

35
Isso quer dizer que as cores
correspondentes aos nossos
I

receptores (vermelho, verde e


A U L A

azul) constituem uma


tríade de cores
C O R :

primárias
D A

Elas são chamadas assim pois


são indivisíveis, e podemos usá-
O F I C I N A

las para gerar as sensações das


demais cores, combinando-
as em maior, menor ou igual
quantidade.

I F F

As cores resultantes da combinação


de cores primárias são chamadas
de secundárias.

36
Por exemplo: quando os receptores de ondas longas (vermelho) e médias
(verde) são simultaneamente ativados, temos a sensação do amarelo.
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

Quando os de ondas médias (verde) e curtas (azul) são ativados


simultaneamente, temos a sensação do ciano.

I F F

37
Quando os de ondas longas (vermelho) e curtas (azuis) são ativados
simultaneamente, temos a sensação do magenta.
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

Quando todos são ativados juntos,


temos a sensação do branco.

I F F

38
RGB
I
A U L A
C O R :
D A
O F I C I N A

I F F

Temos então o que chamamos de síntese aditiva ou


sistema rgb (red, green, blue), relativo às cores-luz,
na qual a combinação de todas as cores primárias tende ao branco, ou luz
total (por isso chamado de aditivo, adiciona-se luzes até chegar à luz total).

39
I
A U L A

Podemos observar uma aplicação


do sistema RGB, ou de cores-
luz, no funcionamento de TVs e
C O R :

monitores.
D A

Cada pixel, ou seja, unidade básica


da tela da TV é composta por 3
O F I C I N A

pequenas “janelas” que permitem


a passagem da luz por filtros das
cores primárias, na proporção que
forme a sensação da respectiva cor

que tal pixel deva assumir.


I F F

40
Cores pigmento
I
A U L A

TINTAS E IMPRESSÕES
COLORIDAS
C O R :

Desde a antiguidade que o homem


extrai da natureza materiais de
D A

origem vegetal e animal para


O F I C I N A

utilizarem na fabricação de tintas.

A semente de urucum utilizada


pelos índios e o pau-brasil extraído
pelos europeus para a obtenção do

pigmento vermelho são exemplos


I F F

comuns no nosso país.

41
Mas mesmo em cores-pigmentos, ou seja, tintas e colorações naturais dos
objetos, as regras de absorção e reflexão da luz também se aplicam.
I
A U L A

Sendo assim, quando vemos um objeto de coloração amarela, por exemplo,


é porque sua superfície, ou os pigmentos contidos nela, absorvem a luz azul,
e refletem simultaneamente os raios vermelhos e verdes.
C O R :
D A
O F I C I N A

I F F

42
I

Similar às cores-luz, com as cores-


A U L A

pigmento também conseguimos


construir um sistema próprio
de cores geratrizes, ou seja,
C O R :

com apenas algumas tintas


conseguimos gerar as demais
D A

pela mistura em partes maior,


menor ou igual das primárias.
O F I C I N A

As cores-pigmento, porém,
se dividem entre
dois sistemas

distintos.
I F F

43
Cores-pigmento RYB
opacas
I
A U L A

PRIMÁRIAS: VERMELHO,
AMARELO, AZUL
C O R :

Sistema básico que aprendemos


de mistura de cores: A mistura
de vermelho com amarelo gera o
D A

laranja, amarelo com azul o verde


O F I C I N A

e o vermelho com azul o púrpura


(roxo ou também violeta).

É o sistema usado na mistura


de qualquer tipo de substâncias

corantes opacas, incluindo a


I F F

pintura artística.

(RED, YELLOW, BLUE)

44
CMYK Cores-pigmento
transparentes
I

PRIMÁRIAS: CIANO, MAGENTA,


A U L A

AMARELO

Sistema utilizado nas impressoras


C O R :

para gerar a impressão colorida.


D A

É conhecido como síntese


subtrativa, assim
O F I C I N A

como o anterior, por em ambos


a combinação de suas cores
primárias tenderem ao preto.

OBS.: O preto gerado na síntese


I F F

acaba não sendo completamente


escuro por uma imperfeição, por
(CIAN, MAGENTA, YELLOW, isso, há uma adição do preto (K) ao
BLACK [K]) sistema.

45
I
A U L A

O sistema CMYK é chamado de


“transparente” pois se refere ao
C O R :

método utilizado para a impressão


colorida, que se baseia no seguinte
fenômeno:
D A

Quando vemos pequenas unidades


O F I C I N A

de cores diferentes muito próximas,


temos a sensação de ver, na
verdade, uma área com a mistura
dessas cores.

I F F

46
Essa técnica é utilizada na
impressão por meio do que
chamamos de retículas, num
processo conhecido como
I

quadricromia.
A U L A

As retículas são minúsculos


C O R :

pontos das cores primárias que


são justapostos e também
sobrepostos entre si em
D A

angulações e tamanhos que


O F I C I N A

variam, dando-nos assim a


impressão de estarmos vendo
várias cores e tons diferentes,
utilizando apenas 4 cores.

Ao advento das retículas devemos


I F F

a viabilidade do processo de
impressão colorida, de forma
prática e também econômica.

47

I

Qualquer cor é um fenômeno físico resultante da existência e concorrência


A U L A

de três elementos da natureza: Luz, anteparo e visão humana.

[...]
C O R :

Ao se insidir sobre qualquer anteparo colorido, o foco de luz passa por um


processo de subtração, ou seja, o anteparo absorve parte dessa luz e reflete
D A

a outra parte. Se esse anteparo puder ser mesclado com outro, sejam eles
O F I C I N A

transparentes ou líquidos, a cor resultante será mais escura, pois a subtração


é maior ainda.

Ao contrário, se cruzarmos dois focos de luz num ponto de encontro, a cor


resultante r deverá somar as duas luzes e produzir uma luminosidade ainda

maior. Esse é o chamado sistema aditivo.


I F F

Da Cor Magenta

48
Mesmo sendo sistemas diferentes,
é importante lembrarmos que,
I

ainda se tratando das cores-


A U L A

pigmento, o que enxergamos não


deixam de ser os raios luminosos
C O R :

não absorvidos e refletidos pelas


superfícies.
D A

Reparou alguma semelhança entre


os sistemas RGB e CMYK? Apesar
O F I C I N A

de mais ou menos brilhantes, as


cores primárias de um equivalem
às cores secundárias do outro, e
vice-versa.

I F F

Isso nos auxilia a observar como


percebemos essas combinações.

49
Por exemplo, no sistema CMYK, quando misturamos pigmentos ciano
com magenta, percebemos o azul-violeta, também conhecido como o azul
primário do sistema RGB.
I
A U L A

Isso acontece pois, como vimos, para percebermos o ciano, a superfície


precisa absorver os raios vermelhos e refletir somente raios verdes e azuis.
C O R :

Para o magenta, ela precisa absorver o verde e refletir vermelho e azul.


Portanto, na soma ciano+magenta, temos a absorção de raios vermelhos e
verdes provenientes dos dois pigmentos. Sobra para ser refletida somente a
D A

luz azul, por isso ele se torna o resultado dessa combinação.


O F I C I N A

- vermelho + verde + azul



I F F

+ vermelho - verde + azul

50
O mesmo acontece com as demais combinações:
I
A U L A

+ vermelho - verde + azul


C O R :

+ vermelho + verde - azul


D A
O F I C I N A

+ vermelho + verde - azul



I F F

- vermelho + verde + azul

51
No caso da combinação das três primárias, ou de uma primária e uma
I

secundária opostas, a absorção acaba sendo completa, levando ao preto ou


A U L A

à ausência de luz.
C O R :

- vermelho + verde + azul


D A
O F I C I N A

+ vermelho - verde + azul



I F F

+ vermelho + verde - azul

52
RGB

RGB vs CMYK
I
A U L A

TÓPICO IMPORTANTE PARA O


DESIGNER GRÁFICO
C O R :

Como vimos, o sistema RGB está


presente nas telas e monitores,
D A

enquanto o CMYK é utilizado na


CMYK
O F I C I N A

impressão.

Justamente por criarmos nossas


peças primeiramente em uma tela
para depois imprimi-las, devemos

tomar cuidado com essa diferença


I F F

fundamental.

53
Nesse caso, entra em jogo o que
denominamos espaço de cores,
I

uma forma de representar de


A U L A

maneira linear a gama de cores que


enxergamos.
C O R :

O espaço de cores relativo ao


sistema CMYK é menor que o
D A

RGB, que por sua vez também


ocupa um espaço dentro desta
O F I C I N A

gama.

Isso quer dizer que, na prática, as


cores no espaço CMYK acabam

sendo menos vibrantes e podem se


I F F

alterar dependendo da forma como


o arquivo é tratado.

54
I

Portanto, arquivos destinados


A U L A

à impressão devem ser feitos


ou convertidos em CMYK, para
C O R :

evitar disrepâncias consideradas


as limitações do sistema. Ainda
assim, é necessário observar que o
D A

estamos vendo por uma tela RGB,


que irá apenas simular a aparência
O F I C I N A

das cores quando impressas.

Arquivos destinados à WEB, telas


ou dispositivos móveis devem ser

feitos em modo RGB.


I F F

55
Con
cluin
do
Tópicos vistos: dos nossos cones. Procuramos
também entender como as cores
são geradas nos principais sistemas
■ Importância das cores na geratrizes RGB, RYB e CMYK.
comunicação;
I
A U L A

■ O que é a cor; Para fechar, falamos um pouco


da diferença entre dois desses
■ Como enxergamos as cores; sistemas, RGB e CMYK, que são
C O R :

■ Sistemas de cores; contantes na vida do designer


gráfico.
■ Sistema RGB vs CMYK.
D A

Num próximo momento, falaremos


O F I C I N A

como podemos organizar,


Neste primeiro momento, classificar e combinar as cores do
discutimos a importância de se espectro, e como elas interagem
entender a cor para a comunicação umas com as outras.
visual.

I F F

Entendemos como podemos


definir uma cor como sensação
provocada pela luz, e como esta
é percebida pela visão, por meio

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