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Curso Via Satélite Damásio de Jesus

PRÁTICA
TRIBUTÁRIA

Agosto/2007

____________________________________________________________________________________________ 1
ORIENTAÇÃO PARA O EXAME DE ORDEM

O Ex am e de Ordem abrange duas provas:

A PRIMEIRA refere - se a um a prova objetiva contendo no m ínim o 50


(cinqüenta) e no m áx im o 100 (cem ) questões de m últipla escolha, com 04
(quatro) opções cada, aplicada sem consulta e de caráter elim inatório, ex igindo-
se a not a m ínim a 05 (cinco) para o candidat o subm et er- se à prova subseqüent e.
A prova objetiva com preende as disciplinas profissionalizantes obrigatórias
e integrantes do currículo m ínim o de Direit o, com preendendo: Constitucional,
Civil, Com ercial, Penal, Trabalho, Adm inistrativo, Tributário, Processo Civil e
Processo Penal, com o tam bém questões sobre o Estatuto da OAB, o seu
Regulam ent o Geral e o Código de Ét ica e Disciplina.

A SEGUNDA diz respeit o a um a prova prático - profissional, som ente


acessível ao candidato que for aprovado na prova objetiva, sendo com posta de
duas partes distintas:
1ª - A redação de uma peça profissional privativa de advogado (petição ou
parecer), em um a das áreas de escolha do candidato, referindo- se a uma questão
que narra um caso concreto, através do qual o candidato deverá desenvolver a
peça jurídica m ais adequada, para, em seguida, justificá- la (cabim ento e
endereçam ento).
2ª - Respost as de at é 5 (cinco) quest ões prát icas, sob a form a de sit uações-
problem as, dentro da área de opção do candidato.
Na avaliação desta prova será levado em conta o raciocínio jurídico, a
fundam entação, a consistência, a capacidade de interpretação e ex posição, a
correção gram at ical e a t écnica profissional dem onstrada, considerando- se
aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 06 (seis)
O candidat o deverá m ant er- se calm o o suficiente para saber coordenar todo
o tem po concedido para a resolução da prova prático- profissional, 4 (quatro)
horas. Um a dica é, prim eiram ente, esquem atizar todo o problem a, conform e
verem os no decorrer desta apostila, para, posteriorm ente, proceder à redação
jurídica da peça.
Atenção especial deve ser dada ao endereçam ento da peça, detalhe que
deve ser observado até o m om ento da entrega da prova.

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Na argum ent ação a linguagem deve ser jurídica e o raciocínio lógico. O
candidato deve procurar apresentar um a letra clara e não dúbia, devendo sem pre
observar as regras de pontuação, utilizando na form ulação da peça períodos
m édios ou curt os.
Vale lembrar: Os problemas de ex ame de ordem são objetivos, ou seja, os
fat os narrados devem ser int erpret ados rest rit ivam ent e, o que, por conseguint e,
revela o cabimento de uma única solução jurídica. A prova que contiver qualquer
form a de identificação do ex am inando será considerada NULA.
Estas são as orientações básicas. No decorrer do nosso curso vam os realizar
int ensivam ent e a solução de sit uações- problem as.
Deste m odo, concluído o curso, esperam os ter colaborado para o
aprim oram ento dos bacharéis em Direito, para que possam enfrentar o ex am e de
ordem na área Tributária de form a a terem sucesso.

SOLUÇÕES PROCESSUAIS CABÍVEIS

1. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL


____________________________________________________________________________________________ 3
A cobrança de dívida at iva dos ent es políticos se dá por intermédio da
Ex ecução Fiscal, regulada pela Lei n° 6.830/ 80. Tal ex ecução se baseia em um
título ex trajudicial, a Certidão da Dívida Ativa (CDA), que goza de presunção de
liquidez e certeza. Os em bargos do ex ecutado representam um a ação de
conhecim ent o aut ônom a, cujo principal objet ivo é desconst it uir o t ít ulo ex ecut ivo,
obt endo a ex t inção da ex ecução.
A inicial dos em bargos deve obedecer aos requisitos do art. 282 do
CPC1 , devendo ser intentada no prazo de 30 dias. Este prazo é contado da data do
depósito, da juntada da fiança aos autos, ou da intim ação da penhora realizada,
nos t erm os do art 16 da LEF.
O juízo com pet ent e para a ação de em bargos é o m esm o da ex ecução
fiscal. Com o em qualquer inicial, deve - se ident ificar as part es, que são
em bargant e (quem opõe os em bargos) e em bargado (aut or da ex ecução fiscal), e
apresent ar os argum ent os, de fat o e de direit o, que ent enda fundam ent ar sua
pret ensão de opor- se à ex ecução. Seu principal pedido é a insubsist ência do
t ít ulo ex ecut ivo, com a extinção da ex ecução. Terá, com o valor da causa, o valor
do título que se pretende desconstituir (ou a parte que se pretende). Poderá, o
em bargante, requerer a produção de provas, sendo m ais freqüente a prova
docum ental, ainda que cabíveis todas as adm itidas em direito.
Da sentença que julga os em bargos, cabe apelação pela parte
int eressada.
Na Ex ecução Fiscal, por criação doutrinária e jurisprudencial, é cabível a
cham ada EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE, que é um a defesa apresentada pelo
ex ecut ado ant es ou independentem ente de garantia da ex ecução.
Est a defesa, que a rigor não ex ist e no processo de ex ecução, t ant o que o
crédit o som ent e pode ser discut ido em sede de em bargos (ação aut ônom a),
somente pode ser intentada em situações nas quais não há sequer condi ções de
ser adm itida a ação de ex ecução. É o caso, por ex em plo, de um a ex ecução sem
t ít ulo, ou acom panhada de t ít ulo sem liquidez, ou que não const a o nom e do
ex ecutado na CDA, crédito atingido, claram ente, pela decadência ou prescrição,
quit ação do t ít ulo, ent re out ras. Vale salient ar que, em quaisquer dos casos, não
se adm ite discussão quanto a fatos, mas apenas questões que poderiam ser
conhecidas de oficio pelo juiz ou que podem ser verificadas de plano pelo
ex ecutado, independentem ente de dilação probatória.

1
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com suas especificações, o requerimento de provas, a
indicação do valor da causa e o requerimento de citação do réu
____________________________________________________________________________________________ 4
Esta defesa nada m ais é que um a petição no processo de ex ecução,
pedindo que o juiz reconheça o argum ento aduzido a fim de ex tinguir a
ex ecução. Não ex iste momento correto ou prazo para sua propositura, em que
pese que o int eresse em sua ut ilização é para evit ar a const it uição da penhora, de
forma que, após realizada a garantia do juízo, o meio oportuno para a defesa são
os em bargos. Assim , norm alm ente, a ex ceção será apresentada após a intim ação
para o oferecim ent o de bens e ant es da efet ivação da garant ia, apesar de nada
im pedir sua utilização posterior.
O pedido específico será apenas o de decretar a ex tinção da ex ecução.
Em caso de denegação do pedido da ex ceção, o recurso cabível é o agravo de
inst rum ent o, já que é um a decisão int erlocut ória. Caso o juiz acolha o pedido,
ex tinguindo o processo, será cabível apelação, interposta pela Fazenda Pública
considerada.

1.1. Aspectos práticos

As partes no processo de ex ecução/ embargos são identificadas por


Ex eqüente (pessoa jurídica detentora da capacidade tributária) / Ex ecutado
(devedor/ contribuinte) e Em bargante (devedor – ex ecutado) / Em bargada (pessoa
jurídica detentora da capacidade tributária – ex eqüente).
Os Em bargos à Ex ecução Fiscal são endereçados ao próprio Juízo da
Ex ecução Fiscal. Seu fundamento legal está no art. 16 da Lei 6830/ 80, tendo
com o ré a Fazenda Pública, regra geral.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos form ulados, de form a que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

Pedidos:

i. O recebimento dos presentes embargos, assim como o seu


processamento regular.
ii. A intimação do embargado, na pessoa de seu representante legal,
para, querendo, apresentar impugnação aos embargos.
iii. O Julgamento totalmente procedente dos presentes embargos para
desconstituir o título ex ecutivo e por conseqüência ex tinguir- se a
presente ex ecução fiscal.
iv. A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios.

____________________________________________________________________________________________ 5
v. A declaração de insubsistência da penhora realizada como garantia
da ex ecução (ou “seja determinada a devolução dos valo res
depositados”, caso tenha havido depósito).
vi. A produção, por fim, de provas, por todos os meios em direito
admitidos.
vii. A indicação do endereço do embargante para recebimento das
intimações, conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.
1 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito de uma das varas cíveis da Comarca
de XX.2

Embargos à Execução Fiscal


Proc Nº ___
Embargante: (nome da empresa)
Embargada: Fazenda Pública Municipal de __

2
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelo tributo discutido.
____________________________________________________________________________________________ 6
(Nome da Empresa),3 (qualificação), por intermédio de seu
advogado, que esta subscreve (procuração anexa), nos Autos de Execução Fiscal
em referência, que lhe move a Faz enda Pública do Município __4 , com fundamento
no art 1 6 da Lei 6 8 3 0 / 8 0 , após regular garantia do juíz o pela penhora5 , vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar os presentes
EMBARGOS À EXECUÇÂO FISCAL, pelas razões a seguir expostas.

DOS FATOS:

A embargante é proprietária de um imóvel...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problem a, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
simples e parágrafos pequenos, os dados do FATO, até a intimação para a
penhora, oportunidade de apresentação dos presentes em bargos).

DO DIREITO

A pretensão da Faz enda Municipal não pode, de nenhuma


forma prosperar. O tributo em questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o, a fim de afast ar a pret ensão da Fazenda Ex eqüent e. É
recom endável que se faça a citação do fundam ento legal, citando artigos de lei, a
transcrição de algum a doutrina e jurisprudência, relacionada com o tem a
ESPECÍFICO do problema. Aqui se desenvolve a TESE jurídica do problema. É
MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE
ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA).

3
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
4
União Federal, Estado, Município ou pessoa jurídica de direito público tal, conforme dados do problema ou
tributo considerado.
5
A garantia do juízo, na execução, é obrigatória, por força do art. 16, § 1º da LEF, de forma que o problema
deve indicar este dado (penhora, depósito ou fiança). Contudo, mesmo não indicando expressamente,
deve-se fazer referencia à “garantia do juízo”.
____________________________________________________________________________________________ 7
DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a embargante requer:

1 . O recebimento dos presentes embargos, assim como o seu


processamento regular.
2 . A intimação da embargada, na pessoa de seu representante
legal, para, querendo, apresentar impugnação aos embargos.
3. O julgamento totalmente procedente dos presentes
embargos para desconstituir- se o título executivo (CDA), extinguindo- se a
presente execução fiscal.
4. A condenação da embargada ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios.
5 . A declaração de insubsistência da penhora realiz ada como
garantia da execução.
6 . Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a embargante informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no
seguinte endereço: ___________.
Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios
em direito admitidos.
Dá- se a causa o valor de R$___ 6

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 7
_______________________
Assinatura do Advogado 8
OAB/ SP n.°

2 . AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL

A Ação Anulat ória nada m ais é do que um a ação de conhecim ent o, de


rito ordinário, que tem por objetivo a tutela jurisdicional que implique na
anulação do ato administrativo de lançamento, por conta de alguma nulidade ou
6
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
7
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato pode
utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
8
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 8
irregularidade em sua produção. A ação anulatória pode, ainda, ser intentada
cont ra at o adm inist rat ivo de suspensão de im unidade, revogação de isenção
condicionada, indeferim ento de parcelam ento, apesar de ser m ais com um a
utilização do m andado de segurança.
A pretendida nulidade do ato pode versar sobre aspectos materiais
(inex istência da relação, ofensa a princípio, etc) ou form ais (incom petência da
autoridade lançadora, vícios no processo de constituição do crédito, etc).
A ação anulat ória será im port ant e, para nós, sem pre que já houver
ocorrido a prática do ato de lançamento, em qualquer de suas modalidades,
incluindo o Aut o de Infração e im posição de m ult a, ou seja, quando o crédit o
t ribut ário já est iver const it uído.
A ação anulatória com porta am pla dilação probatória, o que a diferencia
do Mandado de Segurança, que não adm ite oportunidade para a produção de
provas. Out ro aspect o im port ant e é a ex ist ência, na anulat ória, de condenação em
honorários advocatícios, incabíveis em sede de m andado de segurança.9
A petição inicial da ação anulatória deve obedecer aos requisitos do art.
282 do CPC. 10 É m ovida em face da entidade responsável pela confecção do ato,
ou seja, União, Est ado Mem bro, Município ou pessoa jurídica de Direit o Público
(INSS, conselho profissi onal, et c).
O juízo com petente para a ação anulatória é definido pela jurisdição em
que se encontra a sede da pessoa jurídica de direito público considerada,
podendo ser intentada, para tributos Federais, no local do domicílio do autor.
Para t ribut os est aduais, portanto, deverá ser proposta na capital do Estado e para
tributos m unicipais, no próprio m unicípio.
Deve, ainda, o aut or, apresent ar os argum ent os, de fat o e de direit o, que
ent enda fundam ent ar sua pret ensão de opor- se ao ato adm inistrativo de
lançam ento. Seu principal pedido é a anulação do ato adm inistrativo de
constituição do crédito. Terá, como valor da causa, o valor do crédito que se
pretende anular. Poderá, o autor, requerer a produção de provas, sendo m ais
freqüente a prova docum ental, ainda que cabíveis todas as adm itidas em direito.
Após a apresent ação da cont est ação da Fazenda Pública, em não
havendo necessidade de dilação probatória, poderá a parte, requerer o
julgam ent o ant ecipado da lide, nos t erm os do art . 330 do CPC. Da sent ença que
julga a ação, cabe apelação pela parte interessada. Vale lem brar que a sentença

9
Conforme súmula 512 do STF.
10
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com suas especificações, o requerimento de provas, a
indicação do valor da causa e o requerimento de citação do réu

____________________________________________________________________________________________ 9
não pode julgar pela nulidade parcial do at o, na m edida em que a aut oridade
judicial não é com pet ent e para proceder a lançam ent os subst it ut ivos. Ou o at o é
m ant ido em sua integralidade, ou é anulado, t am bém em sua int egralidade.

2 .1 Da antecipação dos efeitos da tutela

A ação anulatória, como vimos, tem por objetivo a anulação de um ato


adm inistrativo qualquer. Estando presentes os requisitos legais, será cabível a
antecipação dos efeitos da tutela, nos term os do art. 273 11 do CPC.
A ant ecipação de t ut ela t em por objet ivo ant ecipar os efeit os de um a
eventual decisão, a fim de produzir, de im ediato, determ inados efeitos. Deverá
ser requerida sem pre que o aut or precisar de um a medida com urgência, como a
suspensão de ex igibilidade do crédito para fins de em issão de certidão negativa
de débito (CND). Vale lembrar que o art. 150, V do Código Tributário Nacional
prevê que a decisão que concede a antecipação dos efeitos da tutela como uma
causa suspensiva da ex igibilidade do crédito. Esta decisão, cum ulada com a
previsão do art. 206 do Código Tributário Nacional, que prevê a possibilidade de
em issão, pelo ente, de certidão positiva com efeitos de negativa, fundam entam o
int eresse do autor na m edida.
Vale dizer que não deve ser considerado como aplicável o previsto no
art. 38 da Lei 6.830/ 81 (LEF), que ex ige o depósito do valor integral do crédito
para a propositura da ação anulatória. O depósito é sem pre faculdade do
contribuinte, a fim de conseguir a suspensão da ex igibilidade do crédito,
suspendendo- se a ex ecução fiscal, efeito que, com o sabem os, pode ser alcançado
com o deferim ento da antecipação dos efeitos da tutela. Desta form a, é prudente
que, ao se pleitear a antecipação, se faça, tam bém , o pedido subsidiário de
autorização para a realização do depósito do m ontante.
Para a concessão da m edida de antecipação da tutela, é preciso a
presença dos requisitos da (i) verossim ilhança da alegações e (ii) fundado receio
de dano irreparável, abuso de direito ou propósito protelatório.
Na peça, é int eressant e que se coloque um t ópico especial para est e fim ,
Para fins de ilustração, seguirá, abaix o, um ex em plo de argum entação para a
concessão de antecipação, que, vale dizer, será sempre nos termos gerais
apresentados.

11
CPC, Art 273: O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela
pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da
alegação e: I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II – fique caracterizado o
abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.

____________________________________________________________________________________________ 10
Dispõe o art. 273 do CPC:

Art 273: O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente,


os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova
inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II – fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório do réu.

No caso em tela, a antecipação dos efeitos da tutela é medida que se impõe,


senão vejamos.

A verossimilhança das alegações é absolutamente evidente. (A verossimilhança


decorre dos argumentos jurídicos de sua tese, ou seja, violação de algum princípio, crédito atingido pela
prescrição ou decadência, etc).

Percebe-se que o ente tributante, ao proceder a alteração da alíquota do imposto


sobre a renda, por intermédio de decreto do presidente da república, violou de maneira incontestável o
mandamento constitucional contido no art 150, I da CF, qual seja o princípio da estrita legalidade tributária.

O requisito do receio de dano irreparável, também, mostra-se evidente. Em não


sendo concedida a medida pleiteada, não caberá outra alternativa ao contribuinte, a não ser se sujeitar ao
recolhimento indevido, gerando um impacto financeiro ilegal.

Em não recolhendo os valores referentes ao caso em tela, estará sujeito a sofrer


autuação por parte do ente tributante, aliada a consequente inscrição de débito em dívida ativa e execução,
representativa de constrição patrimonial para a autora. Ficará, ainda, impossibilitada de utilizar certidões
negativas ou positivas com efeito de negativas, o que inviabiliza o próprio objeto social da autora.

Não baste-se tudo isso, caso proceda ao recolhimento do tributo, posteriormente


considerado ilegal, deverá se sujeitar ao desumano e injusto pleito por intermédio de precatórios judiciais,
nos termos do art 100 da CF, de lentidão e morosidade notórias.

Assim, demonstrada a presença dos requisitos para a concessão da antecipação


dos efeitos da tutela, seu deferimento é medida que se impõe, configurando-se em direito subjetivo do
contribuinte.

Este m odelo pode ser utilizado, com pequenos ajustes, para todas as
peças em que se pleit eie a ant ecipação dos efeit os da t ut ela.

2.2. Aspectos práticos

As partes na ação anulatória são identificadas com o autor (contribuinte)


e Réu/ Ré (Fazenda pública responsável péla prát ica do at o – União, Est ado,
Município ou pessoa jurídica de direito público).
A ação será proposta no Juízo da sede da pessoa jurídica responsável
pelo ato, podendo ser proposta no local de dom icílio do réu, em caso de tributos
federais. Seu fundam ent o legal est á no art . 38 da Lei 6830/ 80, cum ulado com o
art. 282 do CPC.

____________________________________________________________________________________________ 11
Especial atenção deve ser dada aos pedidos form ulados, de forma que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. A concessão da antecipação dos efeitos da tutela, nos termos do art


273 do CPC, suspendendo - se a ex igibilidade do crédito tributário, nos
termos do art 151, V do CTN. Em não sendo esse o entendimento,
requer a autorização para a realização do depósito do montante, nos
termos do art. 151, II do CTN.
ii. A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para que
conteste a presente ação.
iii. O julgamento, ao final, totalmente procedente da pre sente ação, a
fim de desconstituir- se o ato de lançamento/ ato de infração, com a
conseqüente anulação do crédito tributário por ele identificado, com
base nas violações alegadas.
iv. A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios.
v. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos.
vi. A indicação do endereço da autora para recebimento das intimações,
conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.

2 .3 . Modelo

OBS: Para a ut ilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito de uma das varas cíveis da Comarca
de __1 2 .

Autor (qualificação completa)1 3 , por intermédio de seu


advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n°__), com fundamento no
art 3 8 da Lei 6 8 3 0 / 8 0 , cumulado com o art. 2 8 2 do CPC, vem, respeitosamente, à
prese nça de Vossa Excelência, apresentar a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE

12
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelo tributo discutido.
13
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
____________________________________________________________________________________________ 12
DÉBITO FISCAL, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, em face
da Fazenda Pública Estadual1 4 , pelas razoes a seguir expostas.

DOS FATOS:

A autora ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ent e, cont ar os fat os narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO, até a constituição definitiva
do crédit o).

DO DIREITO

A pretensão da Faz enda Estadual não pode, de nenhuma


forma prosperar. O tributo em questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o, a fim de afast ar a pret ensão da Fazenda. É recom endável que se
faça a cit ação do fundam ento legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a
doutrina e jurisprudência, relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui
se desenvolve a TESE jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR
QUE A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO
JURÍDICA PROCEDIDA).

DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, dispor sobre os requisitos para a
concessão da medida de antecipação. A verossimilhança estará relacionada com a
própria t ese desenvolvida no item anterior, de forma que, neste tópico, se fará
breve ref erência a ela).

14
Poderíamos ter Fazenda Pública Federal, Estadual, Municipal ou alguma pessoa jurídica de direito
público (INSS, por ex).
____________________________________________________________________________________________ 13
DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . A concessão da antecipação dos efeitos da tutela, nos


termos do art 2 7 3 do CPC, suspendendo- se a exigibilidade do crédito tributário,
nos termos do art 1 5 1 , V do CTN. Em não sendo esse o entendimento, requer a
autoriz ação para a realiz ação do depósito do montante, nos termos do art. 1 5 1 , II
do CTN.
2 . A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para
que conteste a presente ação.
3 . O julgamento, ao final, totalmente procedente da presente
ação, a fim de anular- se definitivamente o ato impugnado, com a conseqüente
extinção do crédito tributário, com base nas violações alegadas.
4 . A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios.
5 . Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a autora informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no seguinte
endereço: ___________.

Requer, por fim, a produção de pr ovas por todos os meios em


direito admitidos.
Dá- se a causa o valor de R$___ 1 5

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 6
_______________________
Assinatura do Advogado 1 7
OAB/ SP n.°

3. AÇÃO DECLARATÓRIA.

15
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
16
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
17
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 14
A Ação Declaratória nada m ais é do que um a ação de conhecim ento, de
rito ordinário, que tem por objetivo a tutela jurisdicional que implique na
declaração de ex istência ou de inex istência de um a relação jurídica. Será
utilizada, na seara tributária, quando ainda não houver sido procedido o ato
administrativo de lançamento tributário (quando será cabível a ação anulatória ou
m andado de segurança), particularm ente em situações em que se requeira a
declaração de um a relação de isenção ou im unidade, de inex ist ência de um a
relação t ribut ária em virt ude da inconstitucionalidade de um a lei ou ilegalidade de
um ato, a ex istência de um direito de compensação ou de utilização de um
crédit o, ent re out ros.
A ação declaratória será im portante, para nós, sem pre que não houver
ocorrido a prática do ato de lançamento (quando será cabível a ação anulatória),
ou seja, quando o crédito tributário ainda não estiver constituído e seja necessária
dilação probatória (que im possibilitará a utilização do m andado de segurança)18 .
A ação declaratória comporta ampla dilação probatória, o que a
diferencia do Mandado de Segurança, que não adm it e oport unidade para a
produção de provas. Out ro aspect o im port ant e é a ex ist ência, na declarat ória, da
ex istência de condenação em honorários advocatícios, incabíveis em sede de
m andado de segurança.
A petição inicial da ação declaratória também deve obedecer aos
requisitos do art. 282 do CPC. 19 É m ovida em face da entidade responsável pela
confecção do ato, ou seja, União, Estado Mem bro, Município ou pessoa jurídica de
Direit o Público (INSS, conselho profissional, etc).
O juízo competente para a ação declaratória é definido pela jurisdição
em que se encontra a sede da pessoa jurídica de direito pública considerada,
podendo ser intentada, para tributos Federais, no local do dom icílio do autor.
Para tributos estaduais, portanto, deverá ser proposta na capital do Estado e para
tributos m unicipais, no próprio m unicípio.
Deve, ainda, o aut or, apresent ar os argum ent os, de fat o e de direit o, que
entenda fundamentar sua pretensão de declarar a ex istência ou inex istência da
relação considerada. Seu principal pedido é est a declaração. Terá, com o valor da
causa, o valor do crédito ou tributo decorrente da relação discutida (por ex emplo,
o valor do tributo no qual se pleiteia o reconhecim ento da imunidade). Poderá, o

18
Assim co mo se já houver transcorrido o prazo de 120 dias para a propositura do Mandado de segurança
19
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com suas especificações, o requerimento de provas, a
indicação do valor da causa e o requerimento de citação do réu

____________________________________________________________________________________________ 15
autor, requerer a produção de provas, sendo m ais freqüente a prova docum ental,
ainda que cabíveis todas as adm itidas em direito.
Após a apresent ação da cont est ação da Fazenda Pública, em não
havendo necessidade de dilação probatória, poderá, a parte, requerer o
julgam ent o ant ecipado da lide, nos t erm os do art . 330 do CPC. Da sent ença que
julga a ação, cabe apelação pela parte interessada.

3 .1 Da antecipação dos efeitos da tutela

Assim com o na anulatória, valem as considerações ace rca da concessão


de antecipação dos efeitos da tutela, sendo necessária, sem pre que o autor
necessitar de um a m edida urgente, obedecidos aos requisitos da lei (art 273 CPC).
Vale, aqui, o ex em plo utilizado na anulatória.

3.2. Aspectos práticos

As part es na ação declarat ória são ident ificadas com o aut or


(contribuinte) e Réu (Fazenda pública responsável péla prática do ato – União,
Estado, Município ou pessoa jurídica de direito público).
A ação será proposta no Juízo da sede da pessoa jurídica responsável
pelo ato, podendo ser proposta no local de dom icílio do réu, em caso de tributos
federais. Seu fundam ent o legal est á no art . 4º, I do CPC, cum ulado com o art . 282
do CPC.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos form ulados, de form a que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. A concessão da antecipação dos efeitos da tutela, nos termos do


art 273 do CPC, de forma a obstar a realização do lançamento (ou
imposição da penalidade), suspendendo - se a exigibilidade de
eventual crédito a ser constituído.
ii. A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para que
conteste a presente ação.
iii. O julgamento, ao final, totalmente procedente, da presente ação,
a fim de declarar a ex istência/ inex istência da relação jurídica entre
a autora e a ré, em virtude dos argumentos aduzidos.
iv. A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios.
v. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos.

____________________________________________________________________________________________ 16
vi. A indicação do endereço da autora para recebimento das
intimações, conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.

3 .3 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
term inologia com base no tributo discutido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de uma das varas cíveis da Subsecção
de __2 0 .

Autor, (qualificação completa)2 1 , por intermédio de seu


advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n. ___), com fundamento
no art 4 º, I, cumulado com o art. 2 8 2 , ambos do CPC, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, apresentar a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA2 2 DE RELAÇÃO JURÍDICA, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS
EFEITOS DA TUTELA, em face da Faz enda Pública Federal 23, pelas razões a seguir
expostas.

DOS FATOS:

A autora ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relat ar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO, até a constituição definitiva
do crédit o).
20
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelo tributo discutido.
21
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
22
Existência ou inexistência, dependendo do que se visa no problema.
23
Poderíamos ter Fazenda Pública Federal, Estadual, Municipal ou alguma pessoa jurídica de direito
público (INSS, por ex).
____________________________________________________________________________________________ 17
DO DIREITO

A pretensão da Faz enda Federal não pode, de nenhuma forma


prosperar. O tributo em questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o, a fim de afast ar a pret ensão da Fazenda. É recom endável que se
faça a citação do fundam ento legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a
dout rina e jurisprudência, relacionada com o t em a ESPECÍFICO do problem a. Aqui
se desenvolve a TESE jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR
QUE A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO
JURÍDICA PROCEDIDA).

DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, dispor sobre os requisitos para a
concessão da medida de antecipação. A verossimilhança estará relacionada com a
própria tese desenvolvida no item anterior, de form a que, neste tópico, se fa´ ra
breve ref erência a ela).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . A concessão da antecipação dos efeitos da tutela, nos


termos do art 2 7 3 do CPC, de forma a obstar a realiz ação do lançamento (ou
imposição da penalidade), suspendendo- se a exigibilidade de eventual crédito a
ser constituído.
2 . A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para
que conteste a presente ação.
3 . O julgamento, ao final, totalmente procedente, da presente
ação, a fim de declarar a existência/ inexistência da relação jurídica entre a autora
e a ré, em virtude dos argumentos aduzidos.

____________________________________________________________________________________________ 18
4 . A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios.
5 . Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a autora informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no seguinte
endereço: ___________.

Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios em


direito admitidos.
Dá- se a causa o valor de R$___ 2 4

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 2 5
_______________________
Assinatura do Advogado 2 6
OAB/ SP n.°

4. MANDADO DE SEGURANÇA

O mandado de segurança é uma ação de cunho constitucional, previsto


no art 5º, inciso LXIX e regulada pela Lei nº 1.533/ 51.
Nos term os constitucionais tem os: “Conceder- se- á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, não am parado por habeas corpus
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no ex ercício de atribuições do
poder público.” Já a lei reguladora, define, em seu art . 1º que “conceder- se- á
m andado de segurança para prot eger direit o liquido e cert o, não am parado por
habeas corpus, sem pre que, ilegalm ente ou com abuso de poder, alguém sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê - la por parte de autoridade, seja de que
cat egoria for ou sejam quais forem as funções que ex erça” .
A ação de mandado de segurança, portanto, tem o objetivo de combater
ATO de autoridade ou de quem lhe faça as vezes na atividade coativa, que
24
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
25
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
26
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 19
im plique em VIOLAÇÂO de direito líquido e certo. As ex pressões têm um
cont eúdo im port ant e.
Esta ação é um meio somente disponível ao administrado para combater
ato de autoridade ou pessoa que ex erça atribuições do poder público, não
podendo, portanto, ser utilizado pelo próprio poder público contra o
adm inist rado, ou m esm o para solucionar pendências entre particulares. A pessoa
responsável pela prática do ato é considerada a autoridade coatora, ré da ação.
É requisito, ainda, que a ação verse sobre a violação de direito líquido e
certo, entendido com o aquele dem onstrável de plano, por provas pré -
constituídas, de natureza documental. Quando se fala em direito líquido e certo,
não se considera, jamais, a complex idade jurídica da questão, mas sim,
unicamente, a questão da desnecessidade de dilação probatória. A ação em tela,
por te r um rito m ais célere que a ação ordinária, não possui a previsão de
oport unidade processual para a produção de provas. Com isso, será incabível a
ação de mandado de segurança se a questão de fato for controvertida, cabendo,
apenas, event ual ação declarat ória ou anulatória.
Em m atéria tributária, o cam po de utilização do m andado de segurança é
ex trem am ente vasto. Com ele, pode - se im pugnar um lançam ento, um auto de
infração, afastar óbices à com pensação, ao reconhecim ento de créditos, im pugnar
atos de cancelam ento de im unidades ou isenções, obrigar a em issão de certidões
negativas ou positivas com efeitos de negativa, etc. Em todos estes casos, se
ex ige, apenas, a inex istência de controvérsia fática, resum indo- se a questão a
aspectos jurídicos. Os argum entos para a justificação da tutela pretendida podem
ser os m ais diversos, com o inconstitucionalidade da lei, violação de um princípio,
ilegalidade do ato, incom petência da autoridade, decadência, prescrição, etc.
O art 18 da Lei 1.533/ 51 estabelece um prazo decadencial de 120 dias
para a utilização do mandado de segurança, contados da data da ciência do ato
por parte da pessoa interessada. Este prazo deve ser observado com atenção.
O m andado de segurança pode ser utilizado em caso de violação efetiva
do dire ito (m andado de segurança repressivo), com o em caso de im inência da
violação (m andado de segurança prevent ivo). Seria, de fat o, um disparat e ex igir
que o interessado, sabendo da possibilidade efetiva de ocorrência da lesão, ter
que aguardar sua ocorrência para som ent e ent ão valer- se do remédio
const it ucional.
Por obviedade, nos casos de mandado de segurança preventivo, como
ainda não ocorreu a prática do ato, o prazo de 120 dias não se aplica.
A pet ição inicial do m andado de segurança deve obedecer à regra geral
do art 282 do CPC, conforme previsão do art. 6º da Lei 1.533/ 51, identificando,
____________________________________________________________________________________________ 20
de m aneira clara, os elem entos necessários para a correta com preensão da
situação. Sendo assim, a inicial deve identificar o impetrante, a autoridade
coat ora, o at o im pugnado, as razões de direito para sua im pugnação, o pedido e
o valor da causa. Em virtude do seu rito diferenciado, não há possibilidade de
requerim ento de produção de provas no m andado de segurança. 27
Interposto o m andado de segurança, a autoridade coatora, responsável
pelo ato im pugnado, será notificada para que apresente INFORMAÇÕES, no prazo
de 10 dias. Haverá ainda a oportunidade de m anifestação do Ministério Público.

4.1. Autoridade coatora no mandado de segurança

Aspect o de sum a im port ância no m anejo da ação de m andado de


segurança é a definição da aut oridade coat ora, ou seja, a pessoa responsável pela
prát ica do at o im pugnado. Est a definição é de sum a im port ância na m edida em
que est a aut oridade ocupará o pólo passivo da ação, ou seja, a ré da ação.
Vale dizer que esta autoridade coatora é definida como sendo a pessoa
com com pet ência para definir a prát ica ou abst enção do at o. Tendo em vist a os
casos m ais com uns, podem os visualizar o seguinte quadro.

ATO/ TRIBUTO AUTORIDADE COATORA2 8


Ato praticado (ou Tribut os f ederais arrecadados) Ilust ríssim o Senhor Delegado da Receit a Federal
pela Secret aria da Receit a Federal em XX
At o prat icado (ou Tribut os f ederais arrecadados)
Ilust ríssim o Senhor Gerent e Regional de
pelo INSS (cont rib Previdenc, sist em a “S”, Sal
Arrecadação e Fiscalização do INSS em XX
Educ)
At o prat icado (ou Tribut os f ederais arrecadados)
Ilust ríssim o Senhor Inspet or da Receit a Federal
relacionados a t ribut os aduaneiros (II, IE e
em XX
PIS/ COFINS im port ação)
At o prat icado (ou Tribut os Est aduais) pela Ilust ríssim o Senhor Delegado Regional
Secret aria da Fazenda Tribut ário (ou Chef e do Post o Fiscal) 2 9 em XX
Ilust ríssim o Senhor Secret ário de Finanças do
At o prat icado (ou Tribut os Municipais) pela
Município XX (ou Diret or do Depart am ent o de
Fazenda Municipal
receit as m obiliárias/ im obiliárias)3 0

27
Admite-se, apenas, conforme previsão do art. 7º da Lei 1.533/51, o requerimento de apresentação de
documentos por parte da autoridade, quando esteja em repartição pública e a autoridade se recuse a
fornecer certidão. O juiz ordenará, preliminarmente, que a autoridade exiba o documento.
28
Como muitas vezes se tem dúvida sobre a correta autoridade, é bom sempre colocar, após a identificação
da que se entende correta, a expressão “ou quem seja responsável pelo ato praticado”.
29
Caso o problema fale que não existe Delegacia Regional tributária na cidade, haverá Posto Fiscal. Se o
problema não falar nada, pode-se usar a figura do Delegado.
30
Em cidades maiores, normalmente existe essa divisão de Departamento de receitas imobiliárias (IPTU,
ITBI e taxas relacionadas com imóveis) e mobiliárias (ISS e demais taxas). Em SP e Campinas, existe a
divisão.
____________________________________________________________________________________________ 21
4 .2 . Da medida liminar

A medida liminar, em sede de mandado de segurança, muito se


aprox ima da antecipação dos efeitos da tutela. Ela será deferida sempre que
estiverem presentes os requisitos do art 7º, II da Lei 1.533/ 51.
A m edida lim inar tem por objetivo sustar a prática do ato ou ordenar
algum a prática, a fim de produzir, de im ediato, determ inados efeitos. Deverá ser
requerida sempre que o autor precisar de uma medida com urgência, como a
suspensão de ex igibilidade do crédito para fins de emissão de Certidão negativa
de débit o (CND). Vale lem brar que o art . 150, IV do Código Tribut ário Nacional
prevê a decisão que concede a lim inar com o um a causa suspensiva da
ex igibilidade do crédit o. Est a decisão, cum ulada com a previsão do art . 206 do
Código Tributário Nacional, que prevê a possibilidade de em issão, pelo ente, de
certidão positiva com efeitos de negativa, fundam entam o interesse do autor na
m edida.
Para a concessão da m edida lim inar é preciso a presença dos requisitos
da (i) relevância do fundamento e (ii) possibilidade de ineficácia da medida
quando deferida, ao final. A relevância refere - se à própria tese, enquanto a
ineficácia da medida refere - se ao risco de o provim ento, no m om ento da
sentença, não ser mais necessário. Se o problema versar sobre a necessidade de
um a certidão para participação em processo de licitação, por ex em plo, é
im portante que se deix e clara a necessidade da urgência. Aqui, podem os usar as
ex pressões clássicas das m edidas caut elares, “fum us boni iuris” e “ periculum in
m ora”.
Na peça, é int eressant e que se coloque um t ópico especial para est e fim .
Para fins de ilustração, seguirá, abaix o, um ex em plo de argum entação para a
concessão de antecipação, que, vale dizer, será sempre nos termos gerais
apresentados.

Dispõe o art. 7º, II da Lei 1.533/51:

Art 7º: Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:


(...)
II – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando for relevante o
fundamento e do ato impugnado puder resultara ineficácia da medida, caso seja
deferida.

No caso em tela, a concessão da medida liminar se impõe, senão vejamos.

____________________________________________________________________________________________ 22
A relevância do fundamento é absolutamente evidente. (Esta relevância decorre
dos argumentos jurídicos de sua tese, ou seja, violação de algum princípio, crédito atingido pela prescrição
ou decadência, etc).

Percebe-se que o ente tributante, ao proceder a alteração da alíquota do imposto


sobre a renda, por intermédio de decreto do presidente da república, violou de maneira incontestável o
mandamento constitucional contido no art 150, I da CF, qual seja o princípio da estrita legalidade tributária.

Presente, pois, o requisito do “fumus boni iuris”.

O requisito da possibilidade de ineficácia da medida também se mostra evidente.


Em não sendo concedida a medida pleiteada, não caberá outra alternativa ao contribuinte, a não ser se
sujeitar ao recolhimento indevido, gerando um impacto financeiro ilegal. (Aqui poderíamos alegar, por
exemplo, a necessidade de emissão de certidões negativas, positivas com efeito de negativas, etc).

Em não recolhendo os valores referentes ao caso em tela, estará sujeito a sofrer


autuação por parte do ente tributante, aliada a consequente inscrição de débito em dívida ativa e execução,
representativa de constrição patrimonial para a autora. Ficará, ainda, impossibilitada de utilizar certidões
negativas ou positivas com efeito de negativas, o que inviabiliza o próprio objeto social da autora.

Não baste-se tudo isso, caso proceda ao recolhimento do tributo, posteriormente


considerado ilegal, deverá se sujeitar ao desumano e injusto pleito por intermédio de precatórios judiciais,
nos termos do art 100 da CF, de lentidão e morosidade notórias.

Presente, também, portanto, o “periculum in mora”.

Assim, demonstrada a presença dos requisitos para a concessão da ordem


liminar, seu deferimento é medida que se impõe, configurando-se em direito subjetivo do contribuinte.

Este m odelo pode ser utilizado, com pequenos ajustes, para todas as
peças em que se ple iteie a concessão da m edida lim inar.

4.3. Aspectos práticos

As partes no Mandado de Segurança serão identificadas por im petrante


(pessoa que sofre a lesão ou a ameaça de lesão – contribuinte) e impetrada
(autoridade que pratica o ato im pugnado). A fazenda Pública envolvida deve
participar da relação processual com o litisconsorte passiva.
A ação será proposta no Juízo do local onde se encontra a autoridade
coatora. Seu fundam ento legal está na própria CF, art 5º, inciso LXIX e Lei
1.533/ 51.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos formulados, de forma que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. A concessão da medida liminar, nos termos do art 7º da Lei 1533/51,


suspendendo-se a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art 151,
IV do CTN (ou libere a mercadoria, ou determine a expedição da certidão
negativa, ou impeça a lavratura de auto. Resumindo, que afaste o ato que
viola o direito líquido e certo do impetrante).
ii. A notificação da autoridade coatora, para que preste as informações, no
prazo legal.

____________________________________________________________________________________________ 23
iii. A citação da fazenda pública Fed/Est/Mun (dependendo do tributo), na
pessoa de seu representante legal, para integrar a presente lide, na
qualidade de litisconsorte passivo.
iv. A determinação da oitiva do representante do Ministério Público.
v. Ao final, a concessão definitiva da segurança pleiteada, de forma a afastar
a cobrança do tributo, nos moldes alegados.
vi. A indicação do endereço da impetrante para recebimento das intimações,
conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.

4 .4 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de uma das varas cíveis da Subsecção
de __3 1 .

Impetrante/ Autor, (qualificação completa)3 2 , por intermédio


de seu advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n. ___), com
fundamento no art 5 º, LXIX da Constituição Fe deral, cumulada com a Lei
1 .5 3 3 / 5 1 , vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar o
presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR, contra ato
praticado pelo Ilustríssimo Senhor Delegado da Receita Federal em __3 3 , ou quem
responda pela prática do ato combatido, pelas razoes a seguir expostas.

DOS FATOS:

A autora/ impetrante ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
si m ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO).

31
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelo tributo discutido.
32
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
33
Atentar, sempre, para a indicação da autoridade coatora
____________________________________________________________________________________________ 24
DO DIREITO

A pretensão da Faz enda Federal não pode, de nenhuma forma


prosperar. O tributo em questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o, a fim de afastar a pretensão da Fazenda. Deve - se mostra a
ilegalidade do ato praticado pela autoridade. É recom endável que se faça a citação
do fundam ent o legal, cit ando art igos de lei, a t ranscrição de algum a dout rina e
jurisprudência, relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se
desenvolve a TESE jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE
A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
PROCEDIDA).

DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR

A presença dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum


in mora são evidentes. Vejamos. ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, dispor sobre os requisitos para a
concessão da m edida de lim inar. A relevância do fundam ento estará relacionada
com a própria t ese desenvolvida no it em anterior, de form a que, neste tópico, se
fará breve referência a ela. A possibilidade de ineficácia da m edida se refere a
necessidade de urgência).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a impetrante/ autora requer:

1 . A concessão da medida liminar, nos t ermos do art 7 º da Lei


1 5 3 3 / 5 1 , suspendendo- se a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art
1 5 1 , IV do CTN (ou libere a mercadoria, ou determine a ex pedição da certidão
negativa, ou im peça a lavratura de auto. Resum indo, que afaste o ato que vi ola o
direit o líquido e cert o do im pet rant e).

____________________________________________________________________________________________ 25
2 . A notificação da autoridade coatora, para que preste as
informações, no prazo legal.
3 . A citação da faz enda pública Federal 3 4 , na pessoa de seu
representante legal, para integrar a presente lide, na qualidade de litisconsorte
passivo.
4 . A determinação da oitiva do representante do Ministério
Público.
5 . Ao final, a concessão definitiva da segurança pleiteada, de
forma a afastar a cobrança do tributo, nos moldes alegados, extinguindo- se
definitivamente o crédito tributário.
6 . Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a impetrante informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no
seguinte endereço: ___________.

Dá- se a causa o valor de R$___ 3 5


Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 3 6
_______________________
Assinatura do Advogado 3 7
OAB/ SP n.°

5. AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO

A ação de repet ição de indébit o nada m ais é que um a ação de


conhecim ento de natureza condenatória, de rito ordinário, que tem por objetivo
obter o reconhecim ento do direito à restituição de valores indevidam ente pagos
ao ente tributante, com a devida condenação. Esta ação é im portante na m edida
em que, por uma série de motivos, o contribuinte poderá proceder a pagamentos
em desacordo com a previsão legal.
Para que se fale na propositura da ação de repetição é im perioso que
tenha ocorrido efetivo PAGAMENTO e que este pagam ento esteja, de algum a

34
Fazenda Pública a qual se vincula a autoridade responsável pelo ato, ou seja, Federal, Estadual ou
Municipal.
35
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
36
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
37
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 26
forma, caracterizado como indevido. O autor deve, necessariamente, fazer prova
do efet ivo pagam ento. É um a ação que visa a condenação do ente a proceder a
restituição de pagam ento realizado, desde que indevido.
A ação de repetição de indébito não tem previsão no CPC, de form a que
seu fundam ento legal está no Código Tributário Nacional, art 165. Este artigo
ainda nos t raz os casos em que esse pagam ent o é considerado indevido.
A pet ição inicial da ação de repet ição deve obedecer aos requisit os do
art 282 do CPC38 . É m ovida em face do ent e que recebeu o efet ivo pagam ent o, ou
seja, União, Est ado m em bro ou Município.
O juízo competente para a apreciação da ação de repetição é definido
pela jurisdição em que se encont ra a sede da pessoa jurídica de direit o público
considerada, podendo ser intentada, para tributos Federais, no local do dom icílio
do autor. Para tributos estaduais, portanto, deverá ser proposta na capital do
Estado e para tributos m unicipais, no próprio m unicípio.
Deve, ainda, o aut or, apresent ar os argum ent os, de fat o e de direit o, que
entenda fundam entar sua pretensão de restituição dos valores indevidos,
configurando- se um a das hipóteses do art 165 do Código Tributário Nacional.
Seu principal pedido é a condenação do ent e à rest it uição dos valores
indevidam ente pagos. Terá, com o valor da causa, o valor do crédito que se
pret ende restituir. Poderá, o autor, requerer a produção de provas, sendo m ais
freqüente a prova docum ental, ainda que cabíveis todas as adm itidas em direito.
Após a apresentação da contestação pela Fazenda Pública considerada,
em não havendo necessidade de dilação probatória, poderá a parte, requerer o
julgam ent o ant ecipado da lide, nos t erm os do art . 330 do CPC. Da sent ença que
julga a ação, cabe apelação pela parte interessada.

5 .1 . Prazo prescricional

Questão relevante na ação de repetição de indébito refere - se ao prazo


prescricional do pedido. Nos tem os do art 168 do Código Tributário Nacional,
este prazo é de cinco anos, contados, regra geral, da data da ex tinção do crédito
(leia- se, da data da realização do pagam ento indevido).
Assim , realizado um pagam ent o indevido (definido no art . 165 do
Código Tributário Nacional), o contribuinte poderá pleitear a devolução do

38
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com suas especificações, o requerimento de provas, a
indicação do valor da causa e o requerimento de citação do réu

____________________________________________________________________________________________ 27
pagam ent o, respeit ado o prazo de cinco anos (definido no art 168 do Código
Tributário Nacional).
Essa questão do prazo, contudo, não se mostra tão simples. Há de se
considerar um a situação ex trem am ente particular, que é a repetição de indébito
de tributos cujo lançam ento se dá na m odalidade por hom ologação. Nestes casos,
nos termos do art 156, VII, assim como do art. 150, todos do Código Tributár io
Nacional, a ex t inção do crédit o se dá com a hom ologação, ex pressa ou t ácit a.
Vale lembrar que esta homologação, via de regra, acaba se dando pela
m odalidade t ácit a, ou seja, cinco anos após a ocorrência do fat o gerador sem
m anifestação efetiva da autori dade fiscal.
Em assim sendo, por criação doutrinária e jurisprudencial, acabou- se
por criar a tese dos “10 anos” para a restituição de pagamento indevido de
tributos cujo lançam ento se dá pela m odalidade por hom ologação. Na verdade,
deve - se atentar para o fato de que não se alterou o prazo para o ex ercício do
direito à restituição. Sim plesm ente, se alterou o m om ento do inicio da contagem .
Ao invés de contar o prazo a partir da data do efetivo pagam ento antecipado,
conta- se da data da efetiva hom ologação, que, regra geral, ocorre cinco anos
após a ocorrência do fato gerador. Para fins práticos da propositura da ação,
poderá ser pleiteada a devolução do pagam ento dos tributos cujos fatos
geradores ocorreram nos dez anos anteriores à propositura da aç ã o.
Esta discussão, contudo, apesar de aceita por boa parte da doutrina e
jurisprudência, deix ou de ser aplicada aos fatos geradores ocorridos a partir da
edição da Lei Com plem ent ar 118/ 05, que est abelece que o prazo para a
propositura da ação de repetição contar - se- á a partir do pagam ento antecipado,
e não m ais da hom ologação. Diante da com petência constitucional da Lei
com plem entar (art 146, III CF), parece não m ais cabível tal construção.
Outra tese que ganha im portância é a que define o inicio da contagem
do prazo com o o m om ento da declaração de inconstitucionalidade da lei que
institui o tributo, desde que seja decisão com efeitos erga om nes. Pelas regras de
controle de constitucionalidade, esse efeito ocorrerá nas ações de controle
concentrado (procedênci a da ADIN ou im procedência da ADECON) ou na
publicação da Resolução do Senado Federal, em caso de controle difuso (acórdão
em Recurso Ex traordinário).
Nesses casos, ent endeu o STF, em algum as oport unidades, que a
decisão iniciaria a cont agem do prazo prescricional, possibilitando ao contribuinte
pleitear a devolução de todos os valores pagos, independente do m om ento do
pagam ento. Para essa tese, perm itir - se- ia pleit ear t odo o período.

____________________________________________________________________________________________ 28
5.2. Aspectos práticos

As partes na ação de repetição do indébito são identificadas como autor


(contribuinte) e Réu (Fazenda pública responsável pelo tributo considerado ou
pessoa jurídica de direito público).
A ação será proposta no Juízo da sede da pessoa jurídica responsável
pelo ato, podendo ser proposta no local de dom icílio do réu, em caso de tributos
Federais. Seu fundam ent o legal est á no art . 165 do Código Tribut ário Nacional,
cum ulado com o art. 282 do CPC.
A rest it uição do pagam ent o indevido, nos t erm os do art 167 do Código
Tributário Nacional, deve ser acom panhada de correção monetária, calculada
desde o m om ent o do pagam ent o indevido, e juros de m ora, a cont ar do t rânsit o
em julgado da decisão que condenou ao pagam ent o.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos form ulados, de form a que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para que


apresente sua contestação.
ii. O julgamento totalmente procedente da presente ação, condenando a
ré a restituição dos valores recolhidos, devidamente atualizados, desde
o p agamento indevido, e acrescidos de juros de mora, a partir do
trânsito em julgado da ação.
iii. A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios.
iv. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos
v. A indicação do endereço da autora para recebimento das intimações,
conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.

5 .3 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
term inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de uma das varas cíveis da Subsecção
de __3 9 .

39
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelo tributo discutido.
____________________________________________________________________________________________ 29
Autor, (qualificação completa)4 0 , por intermédio de seu
advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n. ___), com fundamento
no art 1 6 5 do CTN , cumulado com o art. 2 8 2 do CPC, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DE
INDÉBITO TRIBUTÁRIO, em face da Faz enda Pública Federal 41, pelas raz oes a
seguir expostas.

DOS FATOS:

A autora ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO, até ex tinção do crédito. Deve-
se salient ar a ocorrência efet iva do pagam ent o).

DO DIREITO

A manutenção do pagamento do referido crédito não pode


prosperar. O tributo em questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidato, a fim de configurar uma das situações descritas no art 165 do
Código Tributário Nacional. É recomendável que se faça a citação do fundamento
legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutri na e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA).

40
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
41
Poderíamos ter Fazenda Pública Federal, Estadual, Municipal ou alguma pessoa jurídica de direito
público (INSS, pore ex).
____________________________________________________________________________________________ 30
DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para


que apresente sua contestação.
2 . O julgamento totalmente procedente da presente ação,
condenando a ré à restituição dos valores recolhidos, devidamente atualizados,
desde o pagamento indevido, e acrescidos de juros de mora, a partir do trânsito
em julgado da ação.
3 . A condenação da ré ao pagamento das custas processuais
e honorários advocatícios.
4 . Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a autora informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no seguinte
endereço: ___________.
Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios em
direito admitidos.
Dá- se a causa o valor de R$___ 4 2

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 4 3
_______________________
Assinatura do Advogado 4 4
OAB/ SP n.°

6. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

A ação de consignação em pagam ent o é um a ação por int erm édio da


qual se busca o ex ercício do direito de pagam ento de um crédito tributário, em
f ace de um a indevida resistência oferecida pelo ente tributante.

42
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
43
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
44
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 31
Em seara tributária, será cabível a ação de consignação sem pre que se
configurar uma das hipóteses previstas no art. 164 do Código Tributário
Nacional45 .
Os casos previst os nos incisos I e II são de pouca utilidade, pois, em
verdade, o ente tributante pode se valer da imputação ao pagamento (art 163) ou
acaba não podendo se opor, na m edida em que os pagam ent os são procedidos
nos estabelecim entos bancários.
De ocorrência m ais provável é a situação prevista no inciso III, qual seja,
m ais de um ent e t ribut ant e ex igindo t ribut o idênt ico sobre o m esm o fat o gerador.
Nest es casos, haverá, em verdade, um conflit o no ex ercício efet ivo da
com pet ência t ribut ária.
Ex emplo desta situação seria um prestador de serviços, com
estabelecimento e local de prestação diversos, querendo, os dois municípios,
cobrarem o ISS sobre a at ividade. Out ro ex em plo seria o propriet ário de im óvel
sendo cobrado, pela União e pelo m unicípio, ITR e IPTU, respect ivam ent e.
Nestes casos, deverá o cont ribuint e, para não t er que arcar com as duas
cobranças, nem ter que escolher um a das duas e se sujeitar as conseqüências da
cobrança do outro, poderá se valer do poder judiciário para solucionar a questão.
A pet ição inicial da ação de consignação deve obedecer aos requisitos do
art. 282 do CPC.46 Aliado a isso, o contribuinte deverá proceder ao depósito do
valor. A ação de consignação não versa sobre a discussão da cobrança, mas
sem pre sobre valor que o contribuinte pretende pagar. Caso a ação seja movida
com base nos incisos I e II, deverá ser proposta no juízo competente para julgar
as ações contra o ente considerado (definido pelo tributo considerado). Caso o
fundam ent o seja o inciso III, a quest ão da com pet ência não é t ão sim ples, na
m edida em que est ão envolvidos dois ent es diferent es.

ENTES ENVOLVIDOS NO CONFLITO COMPETÊNCIA


União X Est ado Mem bro Just iça Federal da sede do Est ado Mem bro
Just iça Federal do Município (dom icilio do
União X Município
cont ribuint e)
Est ado Mem bro X Est ado Mem bro Just iça Est adual do dom icilio do cont ribuint e

45
Art 164: A importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
casos: I – de recusa de recebimento, ou subordinação desta ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II – de subordinação do recebimento ao
cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III – de exigência, por mais de uma
pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
46
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos do pedido, o pedido com suas especificações, o requerimento de provas, a
indicação do valor da causa e o requerimento de citação do réu

____________________________________________________________________________________________ 32
Just iça Est adual do Município (dom icilio do
Est ado Mem bro X Município
cont ribuint e)
Just iça Est adual do Município (dom icílio do
Município X Município
cont ribuint e)

Na ação de consignação proposta com base nos incisos I e II, o


cont ribuint e, aut or da ação, e a Fazenda Pública considerada, ocupam as posições
de aut or e réu com o em qualquer ação. Já se a ação é propost a com base no
inciso III, a sit uação do cont ribuint e, aut or da ação, é peculiar, na m edida em que,
ao suscitar o poder judiciário para solucionar o conflito, a discussão será travada,
em verdade, ent re os ent es.
Nest e caso, a feit ura do depósit o do valor do crédit o no m ont ant e
integral ex igido libera o contribuinte, que se considera ex imido do seu dever de
pagar e pode ser ex cluído da relação processual, sendo- lhe devido honorários
advocatícios, a ser rateado pelos diversos entes públicos envolvidos. A partir
desse m om ento, a ação prossegue para os entes tributantes envolvidos, não m ais
para o cont ribuint e.
Deve, ainda, o aut or, apresent ar os argum ent os, de fat o e de direit o, que
entenda fundamentar sua pretensão de opor - se ao obstáculo colocado pelo ente,
ou a demonstração da cobrança por mais de um ente. Terá, como valor da causa,
o valor do crédito que se pretende pagar.

6.1. Aspectos práticos

As part es na ação de consignação em pagam ent o são ident ificadas com o


consignante/ autor (contribuinte) e consignatário/ réu (Fazenda pública
responsável pelo tributo considerado ou pessoa jur ídica de direito público).
A ação será proposta conforme as regras vistas no item anterior,
dependendo dos ent es envolvidos na dem anda.
Seu fundam ento legal está no art. 164 do Código Tributário Nacional,
assim com o nos art. 890 a 900 do CPC.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos formulados, de forma que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. Autorização para a realização do depósito judicial do valor do crédito


tributário.
ii. A citação de réu (ou das rés, nos casos de mais de um ente ex igir o
tributo), na pessoa de seu representante legal, para que apresente sua
defesa.
____________________________________________________________________________________________ 33
iii. O julgamento totalmente procedente da presente ação, convertendo- se
o depósito realizado em renda para o ente tributante, declarando- se
ex tinto o crédito tributário.
iv. A condenação da ré (ou as rés) ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios.
v. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos.
vi. A indicação do endereço da autora para recebimento das intimações,
conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.

6 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
esp ecializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de uma das varas cíveis da Subsecção
de __4 7 .

Autor, (qualificação completa)4 8 , por intermédio de seu


advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n. ___), com fundamento
no art 1 6 4 do Código Tributário Nacional e art 8 9 0 e seguintes do CPC , vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, em face da Faz enda Pública Federal 49 ( ou
Fazenda Pública Federal e em face da Fazenda Públi ca do Estado de São Paulo, por
ex em plo), pelas razoes a seguir expostas.

DOS FATOS:

47
O endereçamento deve seguir as regras de competência, definida pelos entes envolvidos na ação de
consignação.
48
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
49
Na consignação poderíamos ter o caso da ação ser proposta em face de dois entes tributantes, acaso o
fundamento seja a exigência em duplicidade.
____________________________________________________________________________________________ 34
A autora ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever a situação
fática de obstáculos ao pagam ento ou duplicidade na ex igência)

DO DIREITO

A consignação em pagamento, diante da situação que se


afigura, resta como única opção ao contribuinte. Vejamos. ...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidato, a fim de configurar uma das situações descritas no art 164 do
Código Tributário Nacional. É recom endável que se faça a citação do fundam ento
legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . Autorização para a realização do depósito judicial do valor


do crédito tributário.
2 . A citação da ré (ou das rés, nos casos de mais de um ente
ex igir o t ribut o), na pessoa de seu representante legal, para que apresente sua
defesa.
3 . O julgamento totalmente procedente da presente ação,
convertendo- se o depósito realiz ado em renda para o ente tributante,
declarando- se extinto o crédito tributário.
4 . A condenação da ré (ou das rés) ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios.
5. Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a autora informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no seguinte
endereço: ___________.

____________________________________________________________________________________________ 35
Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios em
direito admitidos.

Dá- se a causa o valor de R$___ 5 0

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 5 1
_______________________
Assinatura do Advogado 5 2
OAB/ SP n.°

7 . AÇÃO CAUTELAR INOMINADA

A Ação Cautelar inom inada é um a ação que tem por objetivo a tutela
jurisdicional de proteção de determ inado direito. Ex erce um a função integradora
dos processos de conhecim ento e de ex ecução, preparando a realização do
direit o ou visando a rem oção de event uais am eaças. Em outras palavras, a
cautelar poderá ser utilizada em situações em que haja fundado receio de grave
lesão ou perecim ento de um direito (liberação de m ercadorias perecíveis,
at ribuição de efeit o suspensivo a recurso que não possua, et c).
Nos casos de cabim ento da ação cautelar, norm alm ente, poderem os nos
ut ilizar, t am bém , de um m andado de segurança. Vale salient ar que m uit o se
confundem as m edidas lim inares em m andado de segurança, lim inar em
cautelares e antecipação de tutela em ações de conhecimento. Em verdade, em
todos os casos, os efeitos são sim ilares. Em relação ao m andado de segurança,
devem os observar a questão do prazo decadencial de 120 dias, da necessidade de
dilação probatória e eventual dúvida quanto à autoridade coatora. Nestes casos,
d ever- se- á optar pela ação cautelar.
A ação caut elar é sem pre dependent e de um processo principal, em
andam ento (incidental) ou não (preparatória), nos term os do art. 796 CPC).

50
Valor do crédito tributário que o contribuinte pretende pagar.
51
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
52
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 36
Quando for preparatória, a ação principal deverá ser proposta no prazo de 30 dias
(art. 806 do CPC).
A petição inicial da ação cautelar deve obedecer aos requisitos do art.
801 do CPC. 53 É m ovida em face da entidade responsável pela confecção do ato,
ou seja, União, Est ado Mem bro, Município ou pessoa jurídica de Direit o Público
(INSS, conselho profissional, et c).
O juízo com petente para a ação cautelar é definida pela regra do art.
800 do CPC. Por este dispositivo, a ação cautelar deve ser proposta no juízo
com pet ent e para ação principal, se preparat ória (seguindo, pois, as regras para as
ações ordinárias), ou ao juiz da própria causa, se incidental. Vale dizer, portanto,
que deverá ser proposta, quando preparatória, no local em que se encontra a sede
da pessoa jurídica de direito público considerada, podendo ser intentada, para
tributos Federais, no local do domicílio do autor. Para tributos estaduais,
portanto, deverá ser proposta na capital do Estado e para tributos m unicipais, no
próprio m unicípio.
Deve, o autor, apresentar os argum entos, de fato e de direito, que
ent enda fundam ent ar sua pret ensão. Terá, com o valor da causa, o valor do
crédito ou tributo decorrente da relação discutida. Poderá, o autor, requerer a
produção de provas, sendo mais freqüente a prova documental, ainda que
cabíveis t odas as adm it idas em direit o. Será requerida, ainda, a concessão de
m edida lim inar, nos t erm os em que verem os.
Ut ilização relevant e para a ação caut elar é a at ribuição de efeit o
suspensivo a recursos que não o tem , notadam ente, Recurso Especial e Recurso
Ex t raordinário. Nos t erm os do art 800, par único do CPC, a part e pode apresent ar
a ação diretamente ao tribunal, após apresentado o recurso (ou seja, deve- se
fazer prova da apresentação tem pestiva do recurso).
As súm ulas 634 e 635 do STF dispõem que, apresentado o REsp e REx t,
que não gozam de efeito suspensivo, o tribunal que ex arou a decisão pode
atribuir tal efeito, até realizar o juízo de adm issibilidade. Vale destacar, portanto,
que esta ação cautelar deve ser proposta ao Tribunal que ex arou a decisão, e não
ao STJ ou STF, endereçando- a ao presidente do tribunal (presidente do TJ ou, no
caso do TRF, ao Vice- presidente do Tribunal, segundo determ inação do
regimento interno, art 298). Somente após realizado o juízo de admissibilidade, e
não atribuído o efeito suspensivo (que via de regra não ex ist e nest es recursos), a
part e deverá apresent á- lo no STJ e STF. Assim com o a regra geral, devem ser
53
Deverá constar, da inicial, a indicação do juiz o tribunal ao qual é dirigida, a qualificação das partes, o fato
e os fundamentos jurídicos, a exposição sumária do direito ameaçado e do receio de lesão e as provas que
serão produzidas.

____________________________________________________________________________________________ 37
demonstrados os requisitos das cautelares, qual seja, o fundado receio de grave
lesão ou perecim ento de um direito

7.1 Da concessão de medida liminar

Na ação cautelar, é cabível a concessão de ordem liminar, a fim de


garantir seus efeitos. O juiz, ao receber a inicial, deverá verificar a ex istência dos
requisitos da (i) relevância do fundam ento jurídico e do (ii) perigo da dem ora da
prestação .
São os fam osos requisitos do “fum us boni iuris” e “periculum in mora”.
Nos term os do art 798 e 804 do CPC, o juiz, ex ercendo o poder geral de cautela,
poderá conceder a m edida pleiteada em sede de decisão lim inar. Estes requisitos
devem ser dem onstrados de form a equivalente ao que vim os no m andado de
segurança, ou seja, m ostrando os argum entos jurídicos, retratados na própria
tese jurídica do problem a, e o risco da dem ora, m ostrando que haverá o
perecim ent o de algum direit o ou um prejuízo injust ificado, caso não seja deferida
a m edida im ediatam ente. È a dem onstração da urgência da m edida. Vale lem brar
que, por força da previsão do art. 151 do Código Tributário Nacional, essa m edida
tem o condão de suspender a ex igibilidade do crédito tributário.

7.2. Aspectos práticos

As part es na ação caut elar são ident ificadas com o aut or (cont ribuint e) e
Réu (Fazenda pública responsável péla prática do ato – União, Estado, Município
ou pessoa jurídica de direito público).
A ação será proposta no Juízo da sede da pe ssoa jurídica responsável
pelo ato, podendo ser proposta no local de dom icílio do réu, em caso de tributos
federais, em caso de ação preparat ória. Sendo ação incident al (durant e o curso de
out ra ação), o juízo com pet ent e será da ação já em andam ent o. Seu fundamento
legal está no art. 796 e seguintes do CPC. Especial atenção deve ser dada aos
pedidos form ulados, de form a que, um a sugestão é a que segue abaix o.

i. A concessão da medida liminar pleiteada, para que ...(resumir o


que se pretende), diante do preenchimento dos requisitos legais.
ii. A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para que
conteste a presente ação
iii. O julgamento, ao final, totalmente procedente, da presente ação,
a fim de confirma a liminar deferida, determinando - se ...(resumo,
novamente, do que se pretende com a ação).
____________________________________________________________________________________________ 38
iv. A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios
v. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos
vi. A indicação do endereço da autora para recebimento das intimações,
conforme determina o art. 39, inciso I do CPC.
7 .3 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
term inologia com base no tributo discutido, a Fazenda Púb lica envolvida e a ex istência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal de uma das varas cíveis da Subsecção
de __5 4 .

Autor, (qualificação completa)5 5 , por intermédio de seu


advogado, que esta subscreve (procuração anexa – doc. n. ___), com fundamento
no art 7 9 6 e seguintes do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, apresentar a presente AÇÃO CAUTELAR INOMINADA, em face da
Fazenda Pública Federal 5 6 , pelas razoes a seguir expostas.

DOS FATOS:

A autora ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO, até o surgim ento do risco
efet ivo de lesão grave ou de difícil reparação).

DO DIREITO

54
Lembrar que o endereçamento, na cautelar, dependerá da futura ação a ser proposta, se preparatória, ou
da ação já em andamento, se incidental.
55
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
56
Poderíamos ter Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal.
____________________________________________________________________________________________ 39
A medida pleiteada é decisão que se impõe. O tributo em
questão ....

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o, a fim de just ificar a m edida pleit eada. É recom endável que se faça
a citação do fundam ento legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a
doutrina e jurisprudência, relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui
se desenvolve a TESE jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR
QUE A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO
JURÍDICA PROCEDIDA. Será tratada, aqui, a violação ao direito, o fundam ento da
violação, assim com o o prejuízo possível de ocorrer).

DA CONCESSAO DA MEDIDA LIMINAR

A presença dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum


in mora são evidentes. Vejamos. ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, dispor sobre os requisitos para a
concessão da m edida de lim inar. A relevância do fundam ento estará relacionada
com a própria t ese desenvolvida no item anterior, de form a que, neste tópico, se
fará breve referência a ela. A possibilidade de ineficácia da m edida se refere a
necessidade de urgência).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . A concessão da medida liminar pleiteada, para que


...(resum ir o que se pret ende), diante do preenchimento dos requisitos legais.
2 . A citação da ré, na pessoa de seu representante legal, para
que conteste a presente ação.
3 . O julgamento, ao final, totalmente procedente, da presente
ação, a fim de confirma a liminar deferida, determinando- se ...(resumo,
novam ente, do que se pretende com a ação).
4 . A condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios.
____________________________________________________________________________________________ 40
5. Em atendimento ao disposto no artigo 3 9 , inciso I, do CPC,
a autora informa que receberá as intimações decorrentes deste feito no seguinte
endereço: ___________.

Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios em


direito admitidos.
Dá- se a causa o valor de R$___ 5 7

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 5 8
_______________________
Assinatura do Advogado 5 9
OAB/ SP n.

8. RECURSOS

Na seara tributária, o sistema recursal segue as regras do CPC, de forma


que não há regras específicas a serem seguidas.
Neste tópico, verem os ao m enos aqueles que são m ais com uns. São eles:
(i) agravo de instrum ento; (ii) apelação; (iii) em bargos de declaração; (iv) recurso
especial; (v) recurso ex t raordinário e (vi) em bargos infringent es.
Um a observação im port ant e é lem brar que, por força da EC 45, de 08 de
dezembro de 2004, foram ex tintos os Tribunais de Alçada dos Estados, de form a
que a com petência, agora, é ex clusiva do Tribunal de Justiça. 60 Todos os recurso
endereçados anteriormente aos Tribunais de Alçada (quando da discussão de
t ribut os m unicipais, por ex em plo), agora devem ser endereçadas ao Tribunal de
Justiça do Estado.

57
Valor do crédito tributário discutido no problema, se for informado.
58
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
59
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
60
Todos os membros dos TA integram, agora, o TJ, sendo promovidos s desembargadores. A estrutura
física a administrativa continua sendo utilizada.
____________________________________________________________________________________________ 41
8.1. AGRAVO

O agravo é o recuso cabível contra decisões interlocutórias, que


resolvem um a quest ão no curso da ação, sem ex t ingui- lo. Sua previsão está nos
art 522 e seguintes do CPC.
O recurso de agravo tem um a aplicação m uito grande no direito
tributário, particularmente sendo utilizado em face de decisões que indeferem
lim inares ou antecipações de tutela, que indeferem a produção de provas, entre
out ras.
Com base na recent e reform a im plem entada pela lei 11.187/ 05, o
agravo deve ser proposto, em regra, na m odalidade retido, sendo cabível o agravo
por instrum ento apenas nos casos ex pressos na lei.
Com base na nova redação dada ao art. 522, caberá agravo por
inst rum ent o apenas de (i) decisão recorrida que puder causar à parte grave lesão
ou de difícil reparação, (ii) inadm issão de apelação e (iii) atribuição de efeitos no
recebim ento da apelação (atribuição ou não de ser efeito suspensivo).
Vale dizer que o agravo retido será apresentado no momento da
apreciação da apelação, em caráter prelim inar, desde que requerido pela parte. 61
O recurso de agravo deve ser proposto diretamente ao Tribunal
com petente e não ao juiz de 1º instância. O próprio relator fará o juízo de
adm issibilidade do recurso. Ao recebe - lo, o relator poderá negar - lhe seguim ento,
converte - lo em agravo retido, ordenando a remessa ao juiz da causa, ou ainda
determ inar a antecipação dos efeitos da tutela recursal, determ inando a
providencia negada pelo juiz da causa ou suspendendo - a. A decisão do relat or do
agravo acerca da conversão em agravo ret ido ou ant ecipação dos efeit os da t ut ela
recursal não são passíveis de recurso, som ente podendo ser reconsideradas pelo
próprio relator ou analisadas no m om ento do julgam ento do recurso.
O prazo para a propositura do agravo é de 10 dias, contados da
publicação da decisão ou da data da tom ada de ciência pelo interessado.
A petição do agravo deverá conter, nos termos do art. 524 do CPC, a
ex posição do fato e do direito (discrição da decisão que se pretende reformar), as
razões do pedido de reform a da decisão (argum ent os que fundam ent am o
desacert o da decisão recorrida, por ex em plo, a presença dos requisit os da
lim inar) e o nom e e endereço com pleto dos advogados, constantes do processo.
Aliado a isso, a petição ainda deverá ser instruída com alguns documentos
obrigatórios, nos termos do art. 525 do CPC, quais sejam: copia da decisão

61
Atenção, pois se o problema versar sobre apelação em que haja referencia a interposição anterior de
agravo retido, é importante constar, expressamente, o pedido de apreciação do agravo interposto.
____________________________________________________________________________________________ 42
agravada, cópia da certidão da respectiva intim ação ou ciência e cópia das
procurações outorgadas aos advogados do agravant e e da agravada. Além disso,
deverá ser anex ado o com provant e de pagam ent o das respect ivas cust as e do
port e de ret orno.
Por fim , no prazo de 3 dias após a interposição, o agravante deverá
inform ar o juízo agravado, junt ando ao processo cópia do agravo interposto, nos
term os do art 526 do CPC. Em não sendo cum prida esta form alidade, o recurso
não será adm itido, em virtude de ausência de pressuposto recursal. Vale lem brar
que esta providencia é im portante na m edida em que o juiz prolator da decisão
recorrida poderá reconsidera- la, reformando sua própria decisão, o que implicará
na perda do objeto do agravo.

8 .1 .1 . Antecipação dos efeitos da tutela recursal

O recurso de agravo som ente possui o efeito devolutivo, de form a que


sua interposi ção não im plica na suspensão do cum prim ento da decisão recorrida.
Ut ilizava- se, para conseguir tal efeito, suspendendo a decisão recorrida, a ação de
m andado de segurança ou ação cautelar.
Esta situação foi profundam ente alterada, de m odo que, hoje, com a
redação do art 527, III do CPC, o recurso de agravo pode ser recebido pelo relat or
com efeito suspensivo, nos casos do artigo 558 do CPC, ou poderá ser antecipado
os efeit os da t ut ela recursal, para conceder a m edida pleit eada e negada em
prim eira inst ância. Em outras palavras, concede - se a m edida de antecipação de
tutela no recuso de agravo, aguardando a m anifestação definitiva pelo tribunal.

8.1.2. Aspectos práticos

As partes no recurso de agravo são identificadas com o


agravante/ recorrente (parte que apresentou o agravo) e agravado/ recorrido (parte
adversa na ação).

O recurso será propost o diret am ent e no t ribunal conform e as seguint es


regras:

TRIBUTO COMPETÊNCIA
Ex c Sr Dr Desem bargador Federal President e do
Tribut os Federais
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Ex c Sr Dr Desem bargador President e do Tribunal
Tribut os Est aduais e Municipais
de Just iça do Est ado de São Paulo
____________________________________________________________________________________________ 43
Seu fundam ento legal está no art. 522 e seguintes do CPC.
Especial atenção deve ser dada aos pedidos formulados, de forma que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.

i. A concessão da antecipação dos efeitos da tutela recursal,


autorizando, de imediato, a realização do depósito (ou a concessão
da liminar ou antecipação de tutela na ação) para que se suspenda
a ex igibilidade do crédito tributário (resumir o pedido da inicial da
ação).
ii. A intimação do agravado, a fim de que ofereça sua resposta.
iii. A total procedência do presente recurso, determinando - se a
definitiva reforma da decisão agravada.
iv. A juntada das anex as guias comprobatórias do recolhimento das
custas de preparo e de porte de retorno (art.525, § 1°, do CPC e Lei
Estadual n. 11.608/ 03, art. 4°, §5°) 6 2 .

8.1.3. Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçamento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.
(Fernando, sugiro que o modelo contenha uma petição de interposição e as
razões anexas – vide modelo que estou encaminhando)

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal presidente do Tribunal


Regional Federal da 3 ª Região.

Autor (qualificação)6 3 , por intermédio de seu advogado, com


fundamento no art 5 2 2 e seguintes do CPC, vem, respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL, em face da decisão de fls __,
com a qual não se conforma, proferida nos autos da Ação Declaratória6 4 (colocar

62
Somente aplicável para o agravo de instrumento.
63
Colocar apenas os dados fornecidos pelo problema. Caso não seja informado, utilizar da forma como
consta do modelo.
64
Conforme os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 44
o nom e da ação que m ove inicialm ente), em face da Faz enda Pública Federal ( ou
Fazenda Pública Est adual ou Municipal, conform e a ação original), processo nr
___, em trâmite perante a __ Vara Cível da Subsecção de __6 5 , pelas razões a
seguir expostas.

DOS FATOS:

A autora ...

(Nest e t ópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo juiz de 1º inst ância)

DO DIREITO

A decisão proferida pelo DD. Magistrado não pode prosperar.


A medida pleiteada...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onst rar quais os argum ent os para dem onst rar o equívoco da decisão do
Juiz de 1ª instância. VIA DE REGRA, A DISCUSSÃO, AQUI, VAI SE LIMITAR AOS
REQUISITOS PARA A CONCESSAO DA LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, JÁ
QUE ESSA SERPA, REGRA GERAL, A DECISÃO RECORRIDA).

DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL

A antecipação dos efeitos da tutela, no caso em tela, é medida


que se impõe.

65
Colocar os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 45
Nos termos do art 5 2 7 , III cumulado com 5 5 8 do CPC, a tutela
recursal deve ser antecipada sempre que o relator perceber a relevância do
argumento e a possibilidade de grave lesão ou de difícil reparação.

(Discorrer sobre os requisitos para a concessão da m edida, que se assem elham


aos requisitos da concessão da antecipação dos efeitos da tutela, anteriorm ente
vistos.)

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer:

1 . O recebimento do presente recurso e a concessão da


antecipação dos efeitos da tutela recursal, autoriz ando, de imediato, a realiz ação
do depósito (ou a concessão da liminar ou antecipação de tutela na ação) para
que se suspenda a exigibilidade do crédito tributário (resum ir o pedido da inicial
da ação).
2 . A intimação do agravado, a fim de que ofere ça sua
resposta.
3 . O total provimento do presente recurso, determinando- se
a definitiva reforma da decisão agravada.
Informa, ainda, que os nomes dos advogados constantes da
inicial, são (qualificação completa dos advogados do agravante e agravado). 6 6
Conforme determina o art. 5 2 5 do CPC, esta inicial segue
instruída com os seguintes documentos: 6 7
(i) Cópia da decisão agravada
(ii) Copia da intimação da decisão agravada
(iii) Cópia da procurações dos advogados, da agravada e da
agravante

Termos em que
Pede deferimento

Local e data 6 8
66
Conforme exigido pelo art 524, III do CPC
67
Nos termos do art 525 do CPC. Pode ser juntado, ainda, qualquer outro documento, devendo, apenas, se
respeitar os documentos obrigatórios.
____________________________________________________________________________________________ 46
_______________________
Assinatura do Advogado 6 9

8 .1 .4 . Contra Minuta de Agravo

O problema pode versar acerca de um agravo interposto pela Fazenda


Pública, de form a que o candidat o deve apresent ar cont ra m inut a ao recurso
aprese ntado. Neste caso, som ente é preciso lem brar que o recurso é apresentado
pela parte adversa, de forma que a decisão do magistrado é favorável ao
candidato.

8 .1 .4 .1 . Modelo de Contra Minuta de Agravo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal Presidente do Tribunal


Regional Federal da 3 ª Região. (ou Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo)

Proc nº __

Autor, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 5 2 3 , § 2 ° do CPC, apresentar sua CONTRA MINUTA AO
RECURSO DE AGRAVO apresentado pela Faz enda Pública Federal (ou Fazenda
Pública Est adual ou Municipal, conform e a ação original), por não se conformar
com a decisão constante de fls __, proferida nos autos da Ação Declaratória7 0
(colocar o nom e da ação que m ove inicialm ent e).

68
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
69
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
70
Conforme os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 47
Termos em que
Pede deferimento

Local e data 7 1

_______________________
Assinatura do Advogado 7 2
OAB/ SP n.

CONTRA MINUTA DE AGRAVO

Recurso de agravo
Recorrente: Autor do recurso
Recorrido: Contribuinte
Proc nr __

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original, a decisão do juiz de 1º instância, assim como a
apresentação do recurso pela outra parte. Deve - se falar sim plesm ente do fato que
se quer com bat er, ou seja, os argum ent os do agravo apresentado pela recorrente,
com o objetivo de m anter a decisão do m agistrado).

DO DIREITO

71
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
72
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 48
O recurso apresentado pela Fazenda Pública não pode, de
forma alguma, prosperar, impondo- se a manutenção da decisão proferida pelo
DD. Magistrado. O tributo em questão...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onstrar quais os argum entos para dem onstrar o ACERTO da decisão do
Juiz de 1ª instância. Deve- se combater o argumento utilizados PELA RECORRENTE
PARA COMBATER A DECISÃO DO JUIZ). LEMBRAR QUE, NESTE CASO, DEVEM SER
COMBATIDOS OS ARGUMENTOS DO RECORRENTE PARA REFORMAR A DECISÃO DO
JUIZ. O OBJETICO DA PRESENTE MANIFESTAÇÃO É CONVENCER O TRIBUNAL A
MANTER A DECISÃO, NÃO REFORMÁ- LA.

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a recorrida requer:

1 . O não conhecimento do recurso, e, caso conhecido, seu


total indeferimento, mantendo- se a referida decisão, nos termos da contra
minuta apresentada, para que seja confirmada a liminar concedida7 3 .

Termos em que
Pede deferimento

Local e data 7 4
_______________________
Assinatura do Advogado 7 5
OAB/SP n.

73
Ou qualquer outra providencia, com base na tese do problema
74
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
75
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 49
8.2. APELAÇÃO

O recurso de apelação é cabível contra sentença, ainda não transitada


em julgado, ou seja, decisão que ex tingue a relação processual, com ou sem
julgam ent o de m érit o.
O recurso de apelação est á previst o no art . 513 e seguint es do CPC. Tem
por objet ivo reform ar ou anular, total ou parcialm ente, a decisão proferida pelo
juiz de 1º instância. Deve ser proposta perante o juiz que proferiu a decisão, que
faz um juízo de adm issibilidade do recurso (prazo, custas, correta instrução, etc),
acom panhada das razões de recurso, est as sim , enviadas ao t ribunal com pet ent e
(responsável pelo julgam ento do m érito do recurso). Perceba- se, pois, que a
apelação é dividida em duas peças: Pet ição de int erposição e razões de recurso.
O prazo para a proposit ura da apelação é de 15 dias, a contar da
publicação da sentença.
A petição da apelação deve conter os nom es e qualificação das partes,
os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão, nos termos do
art. 514 do CPC.
Apresentada a apelação, a parte contrária poderá apresentar contra-
razões de apelação, t am bém no prazo de 15 dias.
A apelação é recebida, regra geral, nos efeitos devolutivo e suspensivo,
salvo nos casos previstos no art. 520 do CPC.

8.2.1. Aspectos práticos

As part es no recurso de apelação são identificadas como


apelante/ recorrente (parte que apresentou a apelação) e apelado/ recorrido (parte
adversa na ação).
O recurso será proposto ao juiz de 1ª instância que proferiu a sentença,
e as razões serão rem etidas ao Tribunal com petente, conform e as seguint es
regras:

TRIBUTO COMPETÊNCIA
Tribut os Federais Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Tribut os Est aduais e Municipais Tribunal de Just iça do Est ado de São Paulo

Seu fundam ento legal está no art. 513 e seguintes do CPC.

____________________________________________________________________________________________ 50
Especial at enção deve ser dada aos pedidos formulados, de forma que,
um a sugest ão é a que segue abaix o.
a) Para a pet ição de int erposição:

i. Recebimento e regular processamento do presente recurso,


remetendo - o ao tribunal competente .
ii. Requerer a juntada da guia de preparo, conforme art. 519
do CPC.

b) Para as razoes de recurso

i. Conhecimento do recurso, com seu total provimento, anulando - se (ou


reformando- se) 76 a referida sentença, nos termos das razões
apresentadas, para que seja declarado ex tinto o crédito tributário 7 7 .

8 .2 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de


__/ SP.

Proc nº __

Recorrente, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento no art 513 e seguintes do CPC, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO
DE APELAÇÃO, em face da sentença constante de fls __, com a qual não se
conforma, proferida nos autos da Ação Declaratória7 8 (colocar o nome da ação
que m ove inicialm ent e) em face da Faz enda Pública do Estado de São Paulo (ou

76
Anulação em caso de sentença sem julgamento de mérito, de forma que voltem os autos à 1º instância
para julgamento. Reforma em caso de sentença com julgamento de mérito, de forma a ser definida pelo
próprio tribunal.
77
Conforme o objeto da apelação.
78
Conforme os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 51
Fazenda Pública Est adual ou Municipal, conform e a ação original), processo nr
___, nos termos das razões de apelação anexas.

Requer, ainda, que este recurso seja regularmente recebido e


ordenado seu processamento, bem como a remessa dos autos ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (ou ao tribunal com petente), juntando-
se, para tanto, o comprovante de recolhimento de preparo.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 7 9

_______________________
Assinatura do Advogado 8 0

RAZÕES DE APELAÇÃO

Recurso de apelação
Recorrente:
Recorrido:
Proc nr __

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relat ar, em discurso

79
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
80
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 52
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo juiz de 1º instância. Deve - se falar
sim plesm ente do fato que se quer com bater, ou seja, da sentença desfavorável)

DO DIREITO

A decisão proferida pelo DD. Magistrado não pode prosperar.


O tributo em questão...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
cit ando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onst rar quais os argum ent os para dem onst rar o equívoco da decisão do
Juiz de 1ª instância. Deve - se combater o argumento utilizado pelo juiz para
fundam entar sua sentença) .

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, o recorrente requer:

1 . Conhecimento do recurso, com seu total provimento,


anulando- se (ou reformando- se)8 1 a referida sentença, nos termos das razões
apresentadas, para que seja declarado extinto o crédito tributário8 2

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 8 3
_______________________

81
Anulação em caso de sentença sem julgamento de mérito, de forma que voltem os autos à 1º instância
para julgamento. Reforma em caso de sentença com julgamento de mérito, de forma a ser definida pelo
próprio tribunal.
82
Pedido específico com base na tese do problema
83
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
____________________________________________________________________________________________ 53
Assinatura do Advogado 8 4

8 .2 .3 . Contra razoes de Apelação

O problem a pode versar acerca de um a apelação interposta pela Fazenda


Pública, de forma que o candidato deve apresentar contra razoes ao recurso
apresentado. Neste caso, som ente é preciso lem brar que o recurso é apresentado
pela parte adversa, de form a que a decisão da sentença é favorável ao candidato.
Assim , os argum entos serão dados pelo próprio problem a.

8.2.3.1. Modelo de Contra razoes de Apelação

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excele ntíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de


__/ SP.

Proc nº __

O Recorrido, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
suas CONTRA RAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO apresentado pela Faz enda
Pública do Estado de São Paulo (ou Fazenda Pública Estadual ou Municipal,
conform e a ação original), por não se conformar com a sentença constante de fls
__, proferida nos autos da Ação Declaratória8 5 (colocar o nom e da ação que move
inicialm ente).

Termos em que,
Pede deferimento.

84
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIF ICAR a peça, sob pena de anulação.
85
Conforme os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 54
Local e data 8 6

_______________________
Assinatura do Advogado 8 7

CONTRA RAZÕES DE APELAÇÃO

Recurso de apelação
Recorrente:
Recorrido:
Proc nr __

EGRÉGIO TRIBUNAL

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo juiz de 1º instância, assim com o a
apresentação do recurso pela outra parte. Deve - se falar sim plesm ente do fato que
se quer com bater, ou seja, os argum entos da apelação apresentada pela
recorrente)

DO DIREITO

O re curso apresentado pela Fazenda Pública não pode, de


forma alguma, prosperar, impondo- se a manutenção da decisão proferida pelo
DD. Magistrado. O tributo em questão...

86
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
87
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 55
(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada
pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onstrar quais os argum entos para dem onstrar o ACERTO da decisão do
Juiz de 1ª instância. Deve- se combater o argumento utilizados PELA RECORRENTE
PARA COMBATER A SENTENCA DO JUIZ). LEMBRAR QUE, NESTE CASO, OS
ARGUMENTOS DA SENTENÇA SÃO OS SEUS PRÓPRIOS ARGUMENTOS, POIS ELA FOI
FAVORÁVEL AOS SEUS INTERESSES.

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, o recorrido requer:

1 . O não conhecimento do recurso, e, caso conhecido, seu


total indeferimento, mantendo- se a referida sentença, nos termos das contra
razões apresentadas, para que seja confirmada a extinção do crédito tributário8 8 .

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 8 9
_______________________
Assinatura do Advogado 9 0

8.3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

88
Ou qualquer outra providencia, com base na tese do problema
89
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
90
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 56
Os embargos de declaração são o recurso cabível contra decisão
definitiva (sentença ou acórdão) que contenha om issão, contradição ou
obscuridade. 91
Seu fundam ent o legal está no art 535 e seguintes do CPC. Os em bargos
devem ser propostos no prazo de 5 dias, contados da data da publicação ou
ciência da decisão, interrom pendo o prazo para dem ais recursos. Os em bargos,
por terem com o objetivo apenas sanar a dúvida, de vem ser endereçados ao
próprio juiz ou relator prolator da sentença em bargada, não havendo a
oportunidade processual para a outra parte ofertar contra razões.
A pet ição dos em bargos deve cont er os nom es e qualificação das part es,
a indicação da om issão, o bscuridade ou contradição.
Os em bargos são m uito utilizados a fim de possibilitar o pré -
questionam ento necessário para a interposição dos recursos especial ou
ex traordinário. Conform e prevê a legislação, esses recursos som ente podem ser
m anejados em face de decisão que, ex pressamente, viole questão federal ou
const it ucional, devendo ex ist ir referência no acórdão. Caso não haja essa
referência, e tendo havido, no processo, questionam ento da m atéria, deverá ser
m anejado esse recurso a fim de que o relat or m anifeste - se sobre a m atéria. Esse
entendim ento foi, inclusive, sum ulado pelo STF (súm ula 356) e STJ (súm ula 98).
Vale dizer, apenas, que som ente poderem os utilizar os em bargos para pré -
questionam ento, se a m atéria foi anteriorm ente tratada na própria ação, não
podendo os em bargos inovarem .

8.3.1. Aspectos práticos

As partes no recurso de em bargos de declaração são identificadas com o


em bargant e/ recorrent e (part e que apresent ou o recurso) e em bargado/ recorrido
(part e adversa na ação).
O recurso será propo st o ao juiz de 1ª inst ância que proferiu a sent ença
ou ao relator do acórdão no Tribunal, no prazo de 5 dias. Seu fundamento legal
está no art 535 do CPC. O endereçam ento deverá obedecer as seguintes regras.

TRIBUTO COMPETÊNCIA
Ex c Sr Dr Desem bargador Federal (NOME do
Acórdão TRF Relat or), relat or do acórdão nr XX, da X Turm a
do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Acórdão do Tribunal de Just iça Ex c Sr Dr Desem bargador (Nom e do relat or),

91
A doutrina e a jurisprudência tem admitido embargos contra decisão interlocutória, com força de
interromper o prazo para eventual agravo.
____________________________________________________________________________________________ 57
relat or do acórdão nr X, da X t urm a do Tribunal
de Justiça do Est ado de São Paulo
Ex c Sr Dr Juiz (Nom e do Relat or), relat or do
Acórdão do 1º TAC de SP 92 acórdão nr x , da X t urm a, do 1º Tribunal de
Alçada Civil do Est ado de São Paulo
Ex c Sr Dr Juiz de Direit o (Nom e do Juiz), da X
Sent ença de Juiz de 1º Inst ância (Est adual)
Vara cível da Com arca de XX/ SP.
Ex c Sr Dr Juiz Federal (Nom e do Juiz), da X Vara
Sent ença de Juiz de 1º Inst ância (Federal)
cível da Subsecção da Com arca de XX/ SP.

O recurso deve ser proposto para o juiz/ relator, pessoalm ente.

8 .3 .2. Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal (nome do Relator)9 3 ,


relator do acórdão em (recurso em ação específica)9 4 , da X Turma do Egrégio
Tribunal Regional Federal da 3 ª Região.

Recorrente, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento no art 535 e seguintes do CPC, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor o presente EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, em face da decisão/ acórdão de fls __, com a qual não se
conforma, proferida nos autos da Ação Declaratória9 5 (colocar o nome da ação
que m ove inicialm ent e ou recurso) em face da Faz enda Pública Federal ( ou
Fazenda Pública Est adual ou Municipal, conform e a ação original), processo nr
___, pelas razões a seguir expostas.

92
Apenas se o problema relatar que a decisão e o recurso são anteriores a EC 45.
93
Somente colocar algum nome próprio se o problema mencionar. Caso contrário, utilizar conforme a
indicação.
94
Se o problema fizer menção, por exemplo: “ Apelação em Mandado de Segurança”.
95
Conforme os dados fornecidos pelo problema
____________________________________________________________________________________________ 58
DOS FATOS:

A embargante ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ent e, cont ar os fat os narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever a
ex istência da om issão, contradição ou obscuridade da decisão preferida pelo juiz
de 1º instância ou relator do acórdão).

DO DIREITO

A respeitável decisão deve ser aclarada, tendo em vista ...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidato. Nesta peça, deve - se , sim plesm ente, fazer referencia ao art 535
do CPC, m ostrando, m ais um a vez, a ex istência dos pressupostos para este
recurso. Não se discute, neste recurso, nenhum a questão de m érito ou m esm o
t ese jurídica, m as apenas a resolução do obscuridade ou cont radição). É
recomendável que se faça a citação do fundamento legal, citando artigos de lei, a
transcrição de algum a doutrina e jurisprudência, relacionada com o tem a
ESPECÍFICO do problem a).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a recorrente/ embargante requer:

1 . O recebimento dos presentes embargos, e seu regular


processamento.
2 . A resolução da omissão, contradição ou obscuridade
alegada, aclarando- se a sentença, nos termos requeridos.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 9 6

96
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
____________________________________________________________________________________________ 59
_______________________
Assinatura do Advogado 9 7

8.4. RECURSO ESPECIAL

O Recurso Especial é o recurso, de competência ex clusiva do STJ, cabível


cont ra decisões de últ im a ou única inst ância, proferidas por t ribunal (TRF ou TJ),
das quais não é m ais cabível qualquer recurso ordinário.
O recurso especial será cabível apenas nas hipóteses tax ativas previstas
no art. 105, III da CF, quais sejam: (a) decisão que contrariar tratado ou lei
federal, ou negar - lhe vigência, (b) julgar válido ato de governo local , contestado
em face de lei federal e (c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe
haja atribuído outro tribunal.
A adm issibilidade deste recurso fica condicionada ao apontam ento de
um a dest as espécies de vício e ant erior que stionam ento da m atéria (o fam oso
pré- questionam ento).
Não há previsão de recolhim ento de custas para a interposição de
Recurso Especial, contudo, é necessário que se recolha as custas relativas ao
port e de rem essa e de ret orno, que nada m ais são do que os valores que o
tribunal ad quo deverá suportar para rem eter ao STJ o processo, e sua posterior
devolução. Portanto, haverá preparo (porte e retorno), devendo ser recolhido no
at o de int erposição do recurso.
O recurso deve ser proposto no prazo de 15 dias, definido pela regra
geral dos recursos do art 508 do CPC. Igual prazo será dado à part e cont rária
para oferecim ento de contra razões.
A previsão legal do processam ento deste recurso, assim com o do
Ex t raordinário, est á no art . 541 a 545 do CPC. Será endereçado ao presidente do
tribunal que proferiu a decisão, onde será realizado o juízo de admissibilidade do
recurso (no caso do TRF é o Vice- Presidente, nos term os do regim ento interno,
art 277). Nest e juízo, será verificado o preenchim ent o dos requisit os legais, assim
como o recolhimento do preparo. Caso seja denegado o cabimento do recurso,
caberá agravo de instrum ento, diretam ente ao STJ, no prazo de 10 dias. Este
agravo tem por fim determ inar a adm issão do recurso, podendo o Recurso
Especial ser analisado no m érito nos próprios autos do agravo, desde que
suficientem ente instruído.
97
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 60
A pet ição de recurso especial deve cont er a ex posição do fat o e do
direito, a dem onstração do cabim ento do recurso e as razões do pedido de
reform a da decisão.
O pedido no recurso especial será para a reform a (ou m anut enção, em
caso de cont ra razões) da decisão, com base nos argum ent os de m érit o (t ese de
violação de legislação federal).

8.4.1. Aspectos práticos

As part es no Recurso Especial são ident ificadas com o recorrente (parte


que apresentou o recurso) e recorrido (parte adversa na ação).
O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no prazo de
15 dias. Seu fundam ento legal está no art 541 e seguintes do CPC.
A petição do Recurso Especial deverá ser apresenta em um a petição de
int erposição, endereçada ao president e (ou vice) do t ribunal prolat or da decisão, e
as razões de recurso, direcionadas ao STJ.
Na petição de interposição deve ser requerida a adm issão do recurso,
com seu regular processam ent o, e envio à superior instância.

8 .4 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça


do Estado de São Paulo.

Proc nº __

Recorrente, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento na alínea “a” (ou “b” ou “c”), do art 1 0 5 , III da CF,
cumulado com o art 5 4 1 e seguintes do CPC, vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO ESPECIAL, diante da decisão
constante de fls __, com a qual não se conforma, proferida nos autos da Ação
____________________________________________________________________________________________ 61
Declaratória9 8 (colocar o nom e da ação que m ove inicialm ent e) em face da
Faz enda Pública do Estado de São Paulo (ou Fazenda Pública Estadual ou
Municipal, conform e a ação original), processo nr ___, nos termos das raz ões
recursais anexas.

Requer, ainda, que este recurso seja regularmente recebido e


ordenado seu processamento, bem como a remessa dos autos ao Egrégio
Superior Tribunal de Justiça , juntando- se, para tanto, o comprovante de
recolhimento de preparo (porte e retorno).

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 9 9

_______________________
Assinatura do Advogado 1 0 0

RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL

Recurso Especial
Recorrente:
Recorrido:
Proc nr __

EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,


EMINENTE MINISTROS.

DOS FATOS:

A recorrente ...

98
Conforme os dados fornecidos pelo problema
99
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
100
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 62
(Nest e t ópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo Tribunal. Deve - se falar
simplesmente do fato que se quer combater, ou seja, do acórdão desfavorável.
Deve - se dem onstrar o cabim ento do recurso, de acordo com o art. 105, III da CF.)

DO DIREITO

A decisão proferida pelo Tribunal a quo não pode prosperar.


O tributo em questão...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onst rar quais os argum ent os para dem onst rar o equívoco da decisão do
Tribunal. Deve - se combater o argumento utilizado pelo Tribunal para
fundamentar seu acórdão. Fazer referência que a matéria alegada foi objeto de
pré- questionam ento). .

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, o recorrente requer:

1 . A admissão do presente recurso, com seu total provimento,


reformando- se (ou m antendo- se, em caso de cont ra razões)1 0 1 a referida decisão,
nos termos das raz ões apresentadas, para que seja declarado extinto o crédito
tributário1 0 2

101
Anulação em caso de sentença sem julgamento de mérito, de forma que voltem os autos à 1º instância
para julgamento. Reforma em caso de sentença com julgamento de mérito, de forma a ser definida pelo
próprio tribunal.
102
Pedido específico com base na tese do problema
____________________________________________________________________________________________ 63
Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 0 3
_______________________
Assinatura do Advogado 1 0 4

8.5. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

O Recurso Ex traordinário é o recurso, de com petência ex clusiva do STF,


cabível cont ra decisões de últim a ou única instância, proferidas por tribunal (TRF
ou TJ), das quais não é m ais cabível qualquer recurso ordinário.
O recurso ex traordinário será cabível apenas nas hipóteses tax ativas
previstas no art. 102, III da CF, quais sejam : (a) contrariar dispositivo da
Const it uição Federal, (b) declarar a inconst it ucionalidade de t rat ado ou lei federal,
(c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição
Federal e (d) julgar válida lei local cont est ada em face de lei federal.
A adm issibilidade deste recurso fica condicionada ao apontam ento de
um a dest as espécies de vício e ant erior quest ionam ent o da m at éria (o fam oso
pré- questionam ento).
As dem ais questões são idênticas ao recurso especial, tanto que a
fundam entação legal é a mesma, ou seja, art. 541 e seguintes do CPC. Vale
lem brar, apenas, que no Recurso Ex traordinário haverá incidência de custas,
diferent e do Especial, em que não há est a incidência.
O recurso deve ser proposto no prazo de 15 dias, definido pela regra
geral dos recursos do art 508 do CPC. Igual prazo será dado a part e cont rária
para oferecim ento de contra razões.
A previsão legal do processam ento deste recurso, assim com o do
Especial, est á no art . 541 a 545 do CPC. Será endereçado ao president e do
t ribunal que proferiu a decisão, onde será realizado o juízo de admissibilidade do
recurso. Neste juízo, será verificado o preenchim ento dos requisitos legais, assim
como o recolhimento do preparo. Caso seja denegado o cabimento do recurso,
caberá agravo de instrumento, diretamente ao STF, no prazo de 10 dias. Este
agravo tem por fim determ inar a adm issão do recurso, podendo o Recurso

103
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
104
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 64
Ex traordinário ser analisado no mérito nos próprios autos do agravo, desde que
suficientem ente instruído.
A pet ição de recurso ex t raordinário deve cont er a ex posição do fat o e do
direito, a dem onstração do cabim ento do recurso e as razões do pedido de
reform a da decisão.
O pedido no recurso ex t raordinário será para a reform a (ou m anut enção,
em caso de cont ra razões) da decisão, com base nos argum entos de m érito (tese
de violação de tex to constitucional).
Pode acontecer da parte ajuizar, ao mesmo tempo, Recurso
Ex t raordinário e Especial, já que pode haver, ao m esm o t em po, violação de
legislação federal e do t ex t o const it ucional. Neste caso, os dois recursos são
propostos independentem ente, com prazos e peças distintas. Contudo, os dois
recursos serão remetidos ao STJ, que após julgar o Especial, em não tendo havido
prejuízo para o pedido do Ex traordinário, o rem eterá ao STF. Assi m, o
Ex t raordinário som ent e chega ao STF após o STJ haver se m anifest ado no Especial
(nos term os do 543 do CPC).

8.5.1. Aspectos práticos

As partes no Recurso Ex traordinário são identificadas com o recorrente


(part e que apresent ou o recurso) e recorrido (parte adversa na ação).
O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no prazo de
15 dias. Seu fundam ento legal está no art 541 e seguintes do CPC.
A petição do Recurso Ex traordinário deverá ser apresentada em um a
petição de interposição, endereçada ao presidente do tribunal prolator da decisão
(no caso do TRF é o Vice- Presidente, nos term os do regim ento interno, art 277), e
as razões de recurso, direcionadas ao STF.
Na petição de interposição deve ser requerida a adm issão do recurso,
com seu regular processam ent o, e envio à superior inst ância.

8 .5 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal Presidente do Tribunal


Regional Federal da 3 º Região.
____________________________________________________________________________________________ 65
Proc nº __

Recorrente, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento no art 1 0 2 , III da CF (indicar a alínea), cumulado com
o art 5 4 1 e seguintes do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, interpor o presente RECURSO EXTRAORDINÁRIO, diante da decisão
constante de fls __, com a qual não se conforma, proferida nos autos da Ação
Declaratória1 0 5 (colocar o nom e da ação que m ove inicialm ent e) em face da
Faz enda Pública Federal (ou Fazenda Pública Estadual ou Municipal, conforme a
ação original), processo nr ___, nos termos das razões de apelação anexas.

Requer, ainda, que este recurso seja regularmente recebido e


ordenado seu processamento, bem como a remessa dos autos ao Egrégio
Supremo Tribunal Federal , juntando- se, para tanto, o comprovante de
recolhimento de custas e de porte e retorno dos autos.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 0 6

_______________________
Assinatura do Advogado 1 0 7

RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Recurso Extraordinário
Recorrente:
Recorrido:

105
Conforme os dados fornecidos pelo problema
106
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
107
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 66
Proc nr __

EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,


EMINENTE MINISTROS

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo Tribunal. Deve - se falar
simplesmente do fato que se quer combater, ou seja, do acórdão desfavorável.
Deve - se dem onstrar o cabim ento do recurso, de acordo com o art. 102, III da CF))

DO DIREITO

A decisão proferida pelo Tribunal a quo não pode prosperar.


O tributo em questão...

(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada


pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onst rar quais os argum ent os para dem onst rar o equívoco da decisão do
Tribunal. Deve - se combater o argumento utilizado pelo Tribunal para
fundam entar seu acórdão Fazer referência que a m atéria alegada foi objeto de
pré- questionam ento)..

DOS PEDIDOS

____________________________________________________________________________________________ 67
Ante todo o exposto, a recorrente requer:

1 . A admissão do presente recurso, com seu total provimento,


reformando- se (ou m antendo- se, em caso de cont ra razões)1 0 8 a referida decisão,
nos termos das raz ões apresentadas, para que seja declarado extinto o crédito
tributário1 0 9

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 1 0
_______________________
Assinatura do Advogado 1 1 1

8.6. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

O Recurso Ordinário Constitucional é o recurso de com pet ência do STF


ou STJ, cabível contra as decisões enum eradas na CF.
O recurso ordinário será cabível ao STF nos casos m encionados no art
102, II da CF e 539, I do CPC. Na seara tributária, nos interessam os casos de
denegação de ordem em m andado de segurança de com petência originário dos
tribunais superiores (STJ, TSE e TST)112 . Já ao STJ, será cabível nos casos de
decisão denegatória de ordem em m andado de segurança de com petência
originária de TRF ou Tribunal de Justiça dos Estados, nos term os do art 105, II da
CF e 539, II do CPC. Perceba- se que o objetivo do presente recurso é permitir a
reapreciação de decisões t om adas em sede de com pet ência originária de
t ribunais.
O recurso ordinário deve ser int erpost o em face do relat or do acórdão
proferido, no prazo de 15 dias. Nos termos do art 540 do CPC, aplica- se a este
recurso, no que se refere a admissibilidade e procedimento no juízo de origem as
regras aplicáveis à apelação e ao agravo.
108
Anulação em caso de sentença sem julgamento de mérito, de forma que voltem os autos à 1º instância
para julgamento. Reforma em caso de sentença com julgamento de mérito, de forma a ser definida pelo
próprio tribunal.
109
Pedido específico com base na tese do problema
110
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
111
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
112
Em caso de concessão da ordem, será cabível, via de regra, o Recurso extraordinário, desde que
verificados os requisitos do art. 102 da CF.
____________________________________________________________________________________________ 68
O recurso será endereçado ao President e do STF ou STJ,

Não há pre visão de recolhimento de custas para a interposição de


Recurso Ordinário, contudo, é necessário que se recolha as custas relativas ao
port e de rem essa e de ret orno, que nada m ais são que os valores que o t ribunal
ad quo deverá suport ar para rem et er ao STJ o processo, e sua posterior
devolução. Portanto, haverá preparo (porte e retorno), devendo ser recolhido no
at o de int erposição do recurso.
Este recurso será endereçado ao presidente do tribunal que proferiu a
decisão, onde será realizado o juízo de adm issibilidade do recurso (no caso do
TRF é o Vice- Presidente, nos term os do regim ento interno, art 274). Neste juízo,
será verificado o preenchim ento dos requisitos legais, assim com o o recolhim ento
do preparo. Caso seja denegado o cabim ento do recurso, cabe rá agravo de
instrum ento, diretam ente ao STJ/ STF, no prazo de 10 dias. Este agravo tem por
fim determ inar a adm issão do recurso, podendo o Recurso Ordinário ser
analisado no mérito nos próprios autos do agravo, desde que suficientemente
inst ruído.
A pet ição de recurso ordinário deve conter a ex posição do fato e do
direito, a dem onstração do cabim ento do recurso e as razões do pedido de
reform a da decisão.
O pedido no recurso ordinário será para a reform a (ou m anut enção, em
caso de cont ra razões) da decisão, com base nos argum ent os de m érit o (t ese de
violação de legislação federal), a fim de conceder a ordem denegada pelo tribunal
prolator de decisão recorrida.

8.6.1. Aspectos práticos

As partes no Recurso Especial são identificadas com o recorrente (parte


que apresentou o recurso) e recorrido (parte adversa na ação).
O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, no prazo de
15 dias. Seu fundam ento legal está nos art 102, II e 105, II da CF, além dos art
539 e seguintes do CPC.
A pet ição do Recurso Ordinário deverá ser apresenta em uma petição de
int erposição, endereçada ao president e (ou vice, no caso do TRF) do t ribunal
prolator da decisão, e as razões de recurso, direcionadas ao STJ ou STF.
Na petição de interposição deve ser requerida a adm issão do recurso,
com seu regular processam ento, e envio à superior instância.

____________________________________________________________________________________________ 69
8 .6 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Federal Presidente do Tribunal


Regional Federal da 3 º Região. (ou Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo)

Proc nº __

Recorrente, já qualificado nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento no art 1 0 2 , II da CF, cumulado com o art 5 3 9 e
seguintes do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, diante da decisão
constante de fls __, com a qual não se conforma, proferida nos autos do Mandado
de Segurança movido em face da Faz enda Pública Federal (ou Fazenda Pública
Est adual ou Municipal, conform e a ação original), processo nr ___, nos termos das
raz ões de recurso anexas.

Requer, ainda, que este recurso seja regularmente recebido e


ordenado seu processamento, bem como a remessa dos autos ao Egrégio
Supremo Tribunal Federal , juntando- se, para tanto, o comprovante de
recolhimento do preparo de porte e retorno dos autos.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 1 3
113
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
____________________________________________________________________________________________ 70
_______________________
Assinatura do Advogado 1 1 4

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Recurso Extraordinário
Recorrente:
Recorrido:
Proc nr __

EGRÉGIO STJ OU STF


EMINENTE MINISTROS

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, sim plesm ente, contar os fatos narrados no enunciado do
problema, de forma a não criar dados novos. Deve - se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pe dido
procedido na ação original e sua denegação pelo Tribunal. Deve - se falar
sim plesm ente do fato que se quer com bater, ou seja, do acórdão desfavorável a
concessão da segurança. Deve - se dem onstrar o cabim ento do recurso, de acordo
com o art . 102, II da CF)

DO DIREITO

A decisão proferida pelo Tribunal a quo não pode prosperar.


O tributo em questão...

114
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 71
(Neste tópico, deve - se proceder à argum entação jurídica pertinente, identificada
pelo candidat o. É recom endável que se faça a cit ação do fundam ent o legal,
citando artigos de lei, a transcrição de algum a doutrina e jurisprudência,
relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problem a. Aqui se desenvolve a TESE
jurídica do problem a. É MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE
FATO NARRADA SE ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve-
se dem onst rar quais os argum ent os para dem onst rar o equívoco da decisão do
Tribunal. Deve - se combater o argumento utilizado pelo Tribunal para
fundam entar seu acórdão).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a recorrente requer:

1 . A admissão do presente recurso, com seu total provimento,


reformando- se (ou m antendo- se, em caso de cont ra razões) a referida decisão,
concedendo- se a segurança pleiteada, nos termos das raz ões apresentadas, para
que seja declarado extinto o crédito tributário1 1 5

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 1 6
_______________________
Assinatura do Advogado 1 1 7

8.7. EMBARGOS INFRINGENTES

Os em bargos infringentes são o recurso cabível contra acórdão,


pr oferido em apelação 118 , não unânime, que tiver reform ado sentença ou houver
julgado procedente ação rescisória.
115
Pedido específico com base na tese do problema
116
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
117
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
118
De acordo com a súmula 169 do STJ, não são cabíveis embargos infringentes em sede de apelação em
mandado de segurança.
____________________________________________________________________________________________ 72
Seu fundam ent o legal est á no art 530 e seguint es do CPC. Busca- se,
com esse recurso, não a obtenção da unanim idade no julgam ento, m as apenas a
pr evalência do voto vencido, favorável ao em bargante. No caso de São Paulo, os
em bargos serão analisados pela Turm a, com posta por 5 juízes.
O m esm o t ribunal que julgou a apelação é com pet ent e para apreciar os
em bargos. Devem ser endereçados ao relator do acórdão em bargado,
pessoalm ente.
Os em bargos infringentes devem ser lim itados à m atéria versada no voto
vencido, ou seja, ao apresentar o recurso, a parte requer, apenas, que a turma
julgadora faça prevalecer o voto vencido, por seus argumentos. Não pode, o
recorrente, inovar os argumentos. Os limites da divergência são dados pelo voto
vencido.119
Os em bargos podem ser apresentados no prazo de 15 dias, a contar da
publicação do acórdão. A propositura dos em bargos tem o condão de interrom per
o prazo para a proposit ura de recurso especial ou ex t raordinário, nos t erm os do
art 498 do CPC. Apresentados os embargos, será dada oportunidade à parte
contrária oferecer contra razões, tam bém no prazo de 15 dias.

8.7.1. Aspectos práticos

As part es nos em bargos infringent es são ident ificadas com o


em bargant e/ recorrent e (part e que apresent ou o recurso) e em bargado/ recorrido
(part e adversa na ação).
O recurso será proposto ao Tribunal que proferiu o acórdão, endereçado
ao relat or do acórdão, no prazo de 15 dias. Será dado prazo ao em bargado
apresentar contra razoes no m esm o prazo. Seu fundam ento legal está no art 530
e seguint es do CPC.
O principal pedido dos em bargos é a reform a da decisão, de form a a
prevalecer o voto vencido, por seus próprios argum entos.

8 .7 .2 . Modelo

OBS: Para a utilização do m odelo, deve ser lem brada a necessidade de se adequar o endereçam ento e a
t erm inologia com base no t ribut o discut ido, a Fazenda Pública envolvida e a ex ist ência ou não de varas
especializadas.

119
Em sendo assim, para a prova da OAB, a questão deve fornecer exatamente quais os argumentos do
voto vencido.
____________________________________________________________________________________________ 73
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador (nome do relator do acórdão)1 2 0
relator do Acórdão nr XX, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 121

Apelação Nr

Recorrente, já qualificada nos autos, por intermédio de seu


advogado, com fundamento no art. 530 e seguintes do CPC, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor os presentes EMBARGOS
INFRINGENTES, diante da decisão constante de fls __, com a qual não se
conforma, proferida nos autos de Apelação nr ___, em face da Fazenda Pública do
Estado De São Paulo (ou Fazenda Pública Federal ou Municipal, conform e a ação
original), nos termos que se segue.

DOS FATOS:

A recorrente ...

(Neste tópico, deve - se, simplesmente, descrever os fatos narrados no enunciado


do problem a, de form a a não criar dados novos. Deve- se relatar, em discurso
sim ples e parágrafos pequenos, os dados do FATO. Deve - se descrever o pedido
procedido na ação original e sua negação pelo Tribunal, com os argum entos do
vot o vencido. É im port ant e, apenas, m ost rar a ex ist ência da decisão não
unânime).

DO DIREITO

A decisão proferida pelo Tribunal não pode prosperar,


devendo, por medida de justiça, prevalecer os termos do voto vencido. ...

120
Caso o problema forneça o nome do relator, deve ser utilizado.
121
Mesmo tribunal que proferiu o acórdão
____________________________________________________________________________________________ 74
(A principal questão aqui é mostrar a correção dos argumentos do voto vencido.
Lem brar que não se pode inovar Neste tópico, deve - se proceder à argum entação
jurídica pertinente, identificada no voto vencido. É recom endável que se faça a
citação do fundam ento legal, citando artigos de lei, a transcrição de algum a
doutrina e jurisprudência, relacionada com o tem a ESPECÍFICO do problema,
relat ada no vot o vencido. Aqui se desenvolve a TESE jurídica do problem a. É
MUITO IMPORTANTE DEMONSTRAR QUE A SITUAÇÃO DE FATO NARRADA SE
ENQUADRA NA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA PROCEDIDA. Deve- se demonstrar quais
os argum ent os para dem onstrar o equívoco da decisão do Tribunal e o acerto da
decisão do voto vencido.).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, a autora requer o recebimento do


presente recurso, com seu total provimento, reformando- se (ou m ant endo- se, em
caso de contra razões)122 a referida decisão, nos termos do voto vencido, para
que seja declarado extinto o crédito tributário123

Termos em que,
Pede deferimento.

Local e data 1 2 4
_______________________
Assinatura do Advogado 1 2 5

122
Anulação em caso de sentença sem julgamento de mérito, de forma que voltem os autos à 1º instância
para julgamento. Reforma em caso de sentença com julgamento de mérito, de forma a ser definida pelo
próprio tribunal.
123
Pedido específico com base na tese do problema
124
Caso o problema indique, utilizar o local e data informada no problema. Caso contrário, o candidato
pode utilizar a expressão “local e data”, ou mesmo o local e data do exame.
125
O candidato JAMAIS DEVE IDENTIFICAR a peça, sob pena de anulação.
____________________________________________________________________________________________ 75
QUADROS DE APOIO (Endereçamento de ações)

Quadro de endereçamento de Tributos FEDERAIS

Peça Sujeito Passivo Competência Endereçamento OBS


Ações Ordinárias União Fed, Just iça Federal do Ex Sr Dr Juiz Federal 1. Se aut or com
(Anulatória ou Aut arquias Fed dom icilio do da ___ Vara Cível da dom em SP, em face
declarat ória) ou Em p Pub Fed aut or (sujeit o Seção Judiciária de do INSS: Endereçado
passivo da XX para Vara
t ribut ação) Falar que é Previdenciária
Subsecção para
int erior
Mandado de Aut oridade Just iça Federal do Ex Sr Dr Juiz Federal
Segurança Federal m unicípio da da __ Var Cível da
Aut oridade Seção Judiciária de
coat ora XX
1. Se aut or dos
em bargos com
dom icílio em SP:
Em bargos è União Fed, Just iça Federal do Ex Sr Dr Juiz Federal Endereçado para
Ex ecução Fiscal Aut arquias Fed m unicípio do da __ Vara Cível da Vara de Ex ecuções
ou Em p Pub Fed ex ecut ado (aut or Seção Judiciária de Fiscais;
(Fazenda Publica dos Em bargos e XX
que m ove a sujeit o passivo da 2. Se no Município
execução) t ribut ação) não houver VARA
FEDERAL, a
com pet ência será da
JUSTIÇA ESTADUAL:
Endereçada ao Ex Sr
Dr Juiz de Direit o da
Vara Cível da
Comarca de XX.

Quadro de endereçamento de Tributos ESTADUAIS

____________________________________________________________________________________________ 76
Peça Sujeito Passivo Competênci a Endereçamento OBS
Ações Ordinárias Fazenda Pública Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de 1. Se aut or com
(Anulatória ou Est adual do dom icilio do Direit o da ___ Vara dom ic em SP,
declarat ória) aut or (sujeit o Cível da Com arca de Cam pinas, e out ras
passivo da XX cidades que t enha
t ribut ação) vara especializada:
Ressalva que a Endereçado para
regra é São Paulo Vara da Fazenda
Pública
Mandado de Aut oridade Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de 1. Se aut oridade
Segurança Est adual do m unicípio da Direit o da ___ Vara coat ora com dom ic
Aut oridade Cível da Com arca de em SP: Endereçado
coat ora XX para Vara da
Fazenda Pública
1. Se aut or dos
em bargos com
dom icílio em SP:
Em bargos è Fazenda Pública Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de Endereçado para
Ex ecução Fiscal Estadual do dom icilio do Direit o da ___ Vara Vara de Ex ecuções
aut or (sujeit o Cível da Com arca de Fiscais;
passivo da XX
t ribut ação) 2. Se no Município
houver VARA
ESPECUALIZADA:
Endereçada para
Anex o Fiscal

Quadro de endereçamento de Tributos MUNICIPAIS

____________________________________________________________________________________________ 77
Peça Sujeito Passivo Competência Endereçamento OBS
Ações Ordinárias Fazenda Pública Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de 1. Se aut or com
(Anulatória ou Municipal do dom icilio do Direit o da ___ Vara dom ic em SP:
declarat ória) aut or (sujeit o Cível da Com arca de Endereçado para
passivo da XX Vara da Fazenda
tributaç ão) Pública

Mandado de Aut oridade Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de 1. Se aut oridade
Segurança Municipal do m unicípio da Direit o da ___ Vara coat ora com dom ic
Aut oridade Cível da Com arca de em SP: Endereçado
coat ora XX para Vara da
Fazenda Pública
1. Se aut or dos
em bargos com
dom icílio em SP:
Em bargos è Fazenda Pública Just iça Est adual Ex Sr Dr Juiz de Endereçado para
Ex ecução Fiscal Municipal do dom icilio do Direit o da ___ Vara Vara de Ex ecuções
aut or (sujeit o Cível da Com arca de Fiscais;
passivo da XX
t ribut ação) 2. Se no Município
houver VARA
ESPECUALIZADA:
Endereçada para
Anex o Fiscal

QUESTÕES PRÁTICAS

1. O Contribuinte “A” foi autuado pelo Fisco Estadual por suposto não
pagamento de ICMS, referente ao mês de competência de abril de 1999. O
contribuinte não se conformando com o referido lançamento tributário ajuizou a
competente ação anulató ria de débito fiscal, com fundamento no art. 38, da Lei n°
6.830/ 80, tendo, ainda, efetuado o depósito judicial do valor do débito tributário. A
Fazenda Estadual objetivando a cobrança do referido crédito tributário ajuiza em maio
de 2000 a competente Ex ecução Fiscal contra o contribuinte “A”, o qual é citado em
junho de 2002. Como advogado do contribuinte, tome a providência judicial cabível.

____________________________________________________________________________________________ 78
2. A empresa “XTAL” tem como objetivo social a prestação de serviços de
construção civil estando estabelecida no Município de Campinas. A referida empresa
foi contratada para ex ecutar obra de construção civil no Município de Sumaré,
efetuando em tal Município o recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza. Para a sua surpresa, o Município de Campinas, em 25.11.2002, ao ex ercer a
sua atividade de fiscalização no estabelecimento da empresa não concordou com o
procedimento adotado pela mesma no tocante ao recolhimento do ISSQN incidente
sobre a obra de construção civil efetuada no Município de Sumaré e lavro u o
competente Auto de Infração e Imposição de Multa objetivando a constituição do
referido crédito tributário. Como advogado do contribuinte, tome a providência
judicial cabível.

____________________________________________________________________________________________ 79
3. A empresa Macaco Paulista Ltda foi autuada pelo Fisco Federal em 12 de
novembro de 1996 por três motivos distintos: a) ter deixado de recolher aos cofres
públicos os valores concernentes ao imposto de importação, referente à fatos
geradores ocorridos em 20.02.96 e 22.02.96; b) ter deix ado de recolhe r aos cofres
públicos os valores concernentes ao IPI, referente à fato gerador ocorrido em
05.03.1994; e c) ter deixado de recolher imposto sobre a renda, referente ao mês de
competência de julho de 1995. O contribuinte, inconformado com a autuação,
aprese ntou defesa administrativa com relação aos itens a e b do auto de infração.
Após o trâmite do processo administrativo, no qual foi mantida a ex igência fiscal, a
União Federal ajuizou a competente Ex ecução Fiscal, cuja inicial foi deferida em maio
de novembro de 2002. Questão: Como advogado da empresa propor a medida judicial
cabível.

4. O Presidente da República, em 03.10.2002, ex pediu Decreto n° 35.225,


publicado na mesma data que elevou a alíquota do IR (imposto de renda), e a base de
cálculo do IOF sobre empréstimos rurais. Por sua vez, a Lei n° 2.289, publicada em
08.10.2002, elevou a base de cálculo do ITR incidente sobre imóveis rurais

____________________________________________________________________________________________ 80
localizados no interior do Estado de São Paulo. Pessoa Jurídica, sua cliente, não
concordou com as alterações acima. Questão: Como advogado da referida pessoa
jurídica, propor medida judicial cabível.

____________________________________________________________________________________________ 81
5. A sociedade educacional, sem fins lucrativos, Educando Ltda, recebeu, em
02 de janeiro de 2002, o lançamento do IPTU, emitido pela Municipalidade de
Campinas, incidente sobre a propriedade do imóvel no qual ex erce suas finalidades
sociais. A entidade supra mencionada não concordando com o referido lançamento
apresentou, tempestivamente, a sua impugnação administrativa, a qual foi julgada
improcedente e transitada em julgado em 05.05.2002. Antes da inscrição do débito
na dívida ativa, a empresa procurou o seu escritório. Questão: Como advogado da
entidade educacional, propor a medida judicial cabível.

____________________________________________________________________________________________ 82
6. Contribuinte recebeu notificação de lançamento de imposto predial e
territorial urbano, tendo por base de cálculo o valor venal do imóvel. Na mesma
notificação consta o lançamento de tax as de limpeza e conservação tendo por base de
cálculo t ambém o valor venal do imóvel. Questão: Como advogado do contribuinte,
tomar a providência judicial cabível, fundamentando- a.

7. A União Federal institui tax a de emissão de guia de importação, com


fundamento no artigo 145, II, d a Constituição Federal. O valor da referida taxa
correspondia a aplicação da alíquota de 1,8% sobre o valor da operação de

____________________________________________________________________________________________ 83
importação. A empresa XMD Comércio e Indústria Ltda, recolheu a referida tax a no
período de 1993 a 2000, quando a mesma veio a ser julgada inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal. A referida empresa procura seu escritório de advocacia em
2002 para consultá- lo acerca da possibilidade de recuperação das quantias pagas no
período de 1993 a 2000, como advogado da empresa tomar a providência judicial
cabível.

8. A empresa MWE Ltda ao conferir a sua escrituração contábil verificou que


deix ou de recolher o ICMS referente ao mês de competência de maio de 2002. Após a

____________________________________________________________________________________________ 84
referida constatação a em presa efetuou o recolhimento do tributo em 01.07.2002
devidamente atualizado monetariamente e acrescidos dos juros de mora. Para a sua
surpresa, recebeu em 02.08.2002 uma Notificação de Cobrança Amigável emitida pelo
Posto Fiscal de Cruzeiro, referente à multa moratória pelo recolhimento fora do prazo
de vencimento do tributo. A aludida empresa não tomou nenhuma providência e em
10.10.2002 foi citada para responder o Ex ecutivo Fiscal ajuizado pela Fazenda do
Estado de São Paulo. Questão: Como advogado da empresa propor medida judicial
cabível.

9. A empresa XYZ Ltda, com estabelecimento e sede no Município de São


Paulo, durante o mês de maio de 1992, prestou serviços de limpeza à empresa
WWWLtda, sediada no mesmo Município, sem emissão de Nota Fiscal, e sem o
recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza. Em 03 de outubro de
2002, a fiscalização municipal identificou a falta de recolhimento, oportunidade em
que lavrou o Auto de Infração e Imposição de Multa, passando a ex igir o crédito
trib utário com base na Lei n° 7.999, de 23.11. 1997, pu blicada na mesma data. O

____________________________________________________________________________________________ 85
contribuinte, não concordando com as ex igências procurou seu escritório. Como
advogado da empresa ingresse com a medida judicial cabível.

10. O Sr. Pat et a adquiriu um imóvel residencial no Município de Campinas, em


05.03.2002, efetuando o registro da competente Escritura de Compra e Venda em
07.04.2002. Certo é, ainda, que em 08.10.2002 foi devidamente citado para
responder a Ex ecução Fiscal ajuizada pelo Município de Campinas objetivando a
cobrança do IPTU incidente sobre a propriedade do imóvel adquirido, referente ao
ex ercício de 1995, imposto esse que foi devidamente lançado e intimado o
proprietário do imóvel em 05.02.1995, a qual foi ajuizada em 07.04.2002 e o
despacho determinando a citação se deu em 10.05.2002. Como advogado do Sr.
Pateta, ingresse com a medida judicial cabível.

____________________________________________________________________________________________ 86
11. A empresa CLA Comercial Ltda, em 05.02.2002, objetivando renovar a frota
de veículos destinadas ao transporte de seus diretores constante de seu ativo
imobilizado, efetuou a venda de dez veículos sem o recolhimento do ICMS. A Fazenda
do Estado de São Paulo ao proceder a fiscalização no estabelecimento da aludida
empresa e constatando a falta de recolhimento do ICMS sobre a venda dos aludidos
veículos lavrou o competente Auto de Infração e Imposição de Multa. A empresa não
concordando com a autuação procura seu escritório de advocacia. Questão: Como
advogado da empresa, apresente o instrumento de defesa cabível.

____________________________________________________________________________________________ 87
12. A empresa Marmoraria Ltda, em 31.03.1993, foi regularmente citada em
processo de ex ecução para pagar ou garantir o juízo relativamente a débito de ISS,
referente a fatos geradores ocorridos em janeiro de 1990 que, tempestivamente
apurado e declarado ao Município de São Paulo, deix ou de ser pago porque a
empresa não tinha disponibilidade financeira. Oferecidos bens em garantia, lavrado o
auto de penhora, foram afinal julgados improcedentes os embargos da empresa, com
arrematação dos bens penhorados. Todavia, uma vez que os bens penhorados não
foram suficientes para liquidar o crédito em discussão e não possuindo a empresa
outros bens, em 15.12.2000 os sócios da ex ecutada foram citados para pagar o
restante da dívida ou garantir a ex ecução. Um dos sócios, de nome de José Antonio,
em data de 20.05.2001, ofereceu um de seus imóveis em garantia, formalizada pelo
ato. Respectivo. Como advogado do sócio José Antonio, instrumente o meio adequado
em prol do cliente.

____________________________________________________________________________________________ 88
13. A empresa Júpiter, proprietária de imóvel no Município de Pinheiros- SP,
ajuizou ação de rito ordinário, visando a repetição dos valores recolhidos a título de
IPTU, no ex ercício de 1998, por alíquota superior a 0,5%. Para tanto, alegou- se a
inconstitucionalidade da fórmula de cálculo introduzida pela Lei Municipal n°
9.999/ 97, que previa a cobrança do tributo pelo regime de alíquotas progressivas, de
0,5% a 3%, incidentes sobre o valor venal do imóvel e variáveis em função da ex tensão
e destinação. O Juiz da Vara do Anex o Fiscal da Comarca de Pinheiros, em sentença
publicada há cinco dias, julgou improcedente a demanda, sob o fundamento de que o
indigitado regime de alíquotas progressivas tem respaldo constitucional e constitui
importante instrumento de desenvolvimento social no Município. Como advogado da
empresa contribuinte, ex ercite a medida judicial conveniente ao interesse desta.

14. A RLBO Ltda., empresa situada no Município de Salto - SP, dedica- se ao ramo de
prestação de serviços técnico s de engenharia e estaria, nessa qualidade, sujeita ao
recolhimento do ISS. Desde o ex ercício de 1999, a empresa não vinha efetuando o
recolhimento desse imposto, tendo em vista a isenção específica concedida às empresas
da região, por força da Lei Municip al n°98/ 98. Todavia, o novo Prefeito, que tomou po sse

____________________________________________________________________________________________ 89
no dia 01 de janeiro de 2001, pretende revogar aquele benefício fiscal, a fim de angariar
receita necessária para financiar projetos sociais. Para tanto, baix ou o Decreto n° 01/ 01,
publicado no Diário Oficial do Município desta semana, que determinou a todas as
empresas beneficiárias da isenção que voltassem a efetuar o recolhimento do ISS já a
partir do próx imo mês. Como advogado da RLBO, manipule o instituto judicial hábil a
garantir à empresa o benef ício da isenção. Considere para tanto que o fórum local não
possui vara privativa da Fazenda Pública.

15. FUNDAÇÃO MISERICORDIOSA DE SÃO PAULO, entidade de assistência social sem


finalidade lucrativa e como tal reconhecida, confecciona e fabrica produtos cujo lucro é
totalmente revertido para as suas finalidades sociais. Em 30 de maio de 2002, a
Fundação foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, pretendendo o
pagamento da quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a título de Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sobre as operações de venda dos produtos
por ela fabricados, referentes ao período de janeiro de 1995 a março de 2002, além de
multa, juros e correção monetária. Em 20 de maio de 2003, apó s citada, a Fundação foi
intimada da penhora sobre bens de sua propriedade, em razão da ex ecução fiscal do
débit o.
QUESTÃO: Como advogado da Fundação Misericordiosa de São Paulo, ingresse com via
judicial mais adequada à defesa dos seus interesses.

____________________________________________________________________________________________ 90
16. A sociedade Copiadora do Mestre Ltda. dedica- se à atividade de reprodução de
documentos e, nessa qualidade, é contribuinte do ISS (Imposto sobre Serviços), inscrita
no cadastro específico do Município de São Paulo, onde tem sede. Em m aio de 1997,
recebeu encomenda ex cepcionalmente vultosa de cliente, para reprodução de 100.000
cópias de panfleto publicitário. Essa operação levantou suspeita perante a fiscalização
estadual, que entendeu ter havido, de fato, operação de venda dos panfletos, in clusive
em razão de ter sido o papel de sua impressão fornecido pela própria Copiadora do
Mestre Ltda. Assim, em janeiro último, recebeu autuação por falta de recolhimento do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, não impugnada na esfera
administrativa e geradora da inscrição do débito respectivo como dívida ativa.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Copiadora do Mestre Ltda., proponha a medida
pertinente à defesa de seus interesses.
-

____________________________________________________________________________________________ 91
17. Empresa do ramo automotivo denominada Concessionária Bassan Distribuidora de
Veículos S/ A, sediada no Município de São Paulo, recebe veículos da montadora Lopes do
Brasil LTDA., atualmente com isenção de IPI, para portadores de deficiência física. A
legislação do IPI (Lei n.º 3333/ 03 - fictícia) define como "portador de deficiência física"
toda pessoa que possuir deficiência motora nos membros inferiores e superiores,
afastando desta definição as pessoas que possuem deficiência visual (cegueira e outras
doenças de visão). José Maria, portador de cegueira congênita, quer adquirir veículo da
Concessionária Bassan para uso pessoal, contratando motorista particular para dirigi- lo
e, mesmo assim, soube que sofreria incidência do IPI.
QUESTÃO: Com o advogado de José Maria, m anipule o m eio judicial à garantia de seus
direitos.

18. Em janeiro de 2003, a Sociedade "Carlos Ferreira – ME", inscrita no CNPJ sob n.º
222.332.444- 0001- 00, foi regularmente notificada de lançamento relativo a crédito
tributário de IPTU, referente ao ex ercício de 2003, ocasião em que constatou que a
alíquota utilizada para apuração do valor do imposto era de 2%, específica para imóveis

____________________________________________________________________________________________ 92
destinados a fins comerciais. Na mesma ocasião, a Municipalidade de São Paulo,
alterando lançamentos anteriores, ex ig iu IPTU relativo aos ex ercícios de 1997, 1998,
1999, 2000, 2001 e 2002, uma vez que, nos lançamentos anteriores, fora adotada por
engano a alíquota de 1% específica para imóveis residenciais.
QUESTÃO: Diante dessa situação, elabore a medida judicial apropriada para defender os
interesses da Empresa "Carlos Ferreira – ME", e que impeça eventual ex ecução fiscal por
parte da Fazenda Pública Municipal.

19. Alcebíades é professor universitário e ministra cursos livres em caráter autônomo.


Para ex ercer esta última atividade, inscreveu- se no Cadastro de Contribuintes Mobiliários
do Município de São Paulo (cidade onde ministra seus cursos) para efeito do pagamento
do Imposto sobre Serviços – ISS. No entanto, logo após a inscrição, recebeu
correspondência da Secretaria Municipal das Finanças, orientando - o a manter regular
escrituração fiscal para apuração do tributo que, de acordo com a lei municipal nº
10.000/ 00 (fictícia) incidiria ex clusivamente sobre as receitas auferidas em decorrência
d a atividade, à alíquota de 5%.

____________________________________________________________________________________________ 93
QUESTÃO: Como advogado de Alcebíades, atue em seu prol.

20. A sociedade A&C Serviços de Limpeza Ltda. tem sede em São Paulo e filial na cidade
de Taboão da Serra. Para efeitos fiscais, ambos os estabelecimentos são autônomos, têm
inscrições nos respectivos municípios e apenas prestam serviços dentro dos territórios
municipais em que estão localizados. No entanto, o estabelecimento de São Paulo
recebeu notificação da Prefeitura, de que doravante deverá reco lher aos cofres municipais
também o imposto relativo aos serviços prestados em Taboão da Serra, uma vez que a
sede da contribuinte é em São Paulo. De seu turno, a Prefeitura de Taboão da Serra ex ige
o tributo e, não sendo pago, procederá à inscrição do déb ito na dívida ativa e
conseqüente ex ecução fiscal.
QUESTÃO: Como advogado da A&C Serviços de Limpeza Ltda., aja para defender seus
interesses e, diante das pretensões contempladas na hipótese, manter sua regularidade
fiscal já a partir deste mês, em que o imposto questionado atinge o valor de R$
10.000,00 (dez mil reais).

____________________________________________________________________________________________ 94
21. Alfredo foi eleito para ex ercer o cargo de Diretor Administrativo da Transportes
Seabra S.A. na assembléia geral ordinária de 29.04.1996 e desempenhou essa função até
abril de 2003. Pouco depois de assumir o cargo, a sociedade foi autuada pelo não
recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços devido por seus
clientes, em operação pela qual era responsável tributária nos anos 1994 e 1995. O auto
de infração fora lavrado em maio de 1996 e foi definitivamente julgado na esfera
administrativa em novembro de 2001, após a apresentação de defesa da autuada. Em
seguida, a Fazenda do Estado moveu ex ecução fiscal contra a sociedade e vários de seus
diretores, para cobrança do mencionado débito, dentre os quais Alfredo. Alfredo recebeu,
há 10 (dez) dias, a visita de um oficial de justiça, que o intimou da penhora de bens de
sua propriedade para pagamento da dívida.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de Alfredo, tome a medida necessária para
defender seus interesses. Considere que a ex ecução fiscal foi proposta em São Paulo,
sede da sociedade.

____________________________________________________________________________________________ 95
22. A União Federal, por meio da Lei n.º 9.999/ 01 (fictícia), instituiu contribuição
previdenciária incidente sobre pagamentos efetuados a pessoas jurídicas prestadoras de
serviços, à base de 20% (vinte por cento) do montante efetivamente pago, a cargo do
tomador. Com base nesse permissivo legal, o Banco Industrial S.A. foi autuado pelo
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, em razão de não ter recolhido a citada
contribuição nos anos de 2002 e 2003, incidente sobre os pagamentos efetuados à Bits
Informática Ltda., empresa responsável pela manutenção de sistemas do banco. A
notificação fiscal de lançamento de débito (NFLD) não foi impugnada na esfera
administrativa e o débito, no valor atual de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), está
prestes a ser inscrito na dívida ativa.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado do Banco Industrial S.A., tome as medidas judiciais
necessárias para defesa de seus interesses. Considere que o Banco tem sede em Santo
André, ao passo que a Bits Informática Ltda. tem sede em São Paulo.

23. O Presidente da República, por intermédio da Lei Complementar n.º 22.222, de 31 de


agosto de 2003 (lei fictícia), instituiu o Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), passando a
ex igir, a partir de 01 de janeiro de 2004, das pessoas jurídicas e físicas, esse tributo,

____________________________________________________________________________________________ 96
elegendo como base de cálculo ex clusivamente o valor da aquisição de imóveis urbanos
adquiridos que supere, mensalmente, o importe de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de
reais), mediante a incidência da alíquota de 0,3% sobre o montante estimado a esse
título. O Partido Político ABC, sediado em São Paulo – Capital, não concorda com esta
incidência tributária sobre imóveis que adquire para o ex ercício de suas atividades.
QUESTÃO: Como advogado, ajuíze medida cabível para defesa dos interesses de seu
cliente.
-

24. Por meio da Lei nº 9.999, p ublicada em 1º de abril de 2004, a União Federal
modificou a disciplina da tributação do imposto de renda e da contribuição social sobre o
lucro das pessoas jurídicas, determinando que as empresas cujo faturamento no ano
imediatamente anterior tenha sido inferior a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de
reais) passam a sujeitar- se à sistemática de apuração com base no lucro presumido,
facultando - se a opção pelo lucro real apenas para as empresas cujo faturamento tenha
ultrapassado aquele montante. Tendo em vista que o período de apuração do imposto de
renda com base no lucro presumido é trimestral, as empresas que se enquadravam
naquelas condições ficaram obrigadas a recolher o tributo relativo ao primeiro trimestre

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do presente ano já em 30 de abril último. A empresa XPTO S/ A, sediada na Capital do
Estado de São Paulo, cujo faturamento no último ano foi de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta
milhões de reais), procura- o relatando que, tendo em vista sua mínima margem de lucro,
pretendia recolher o imposto de renda com base no lucro real anual, levantando,
mensalmente, balancetes para apurar o valor das antecipações mensais, na sistemática
do lucro real; como já era de se esperar, o valor recolhido a título de antecipações de
imposto de renda e de contribuição social fo i muito menor que o agora apurado com
base no lucro presumido. Acredita que esta situação não se alterará nos próx imos meses
desse ex ercício.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da XPTO S/ A, proponha a medida judicial que julgar
cabível para proteger os interesses da empresa.

25. Rode Bem S/ A, empresa transportadora com sede e único estabelecimento no


município de São Paulo, impetrou Mandado de Segurança contra ato a ser praticado pelo
Secretário Municipal das Finanças, obrigando - a a reter o Im posto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS) sobre as importâncias devidas a Delírio Locações Ltda., com sede
e único estabelecimento em Barueri – SP, por conta de um contrato de locação de doze
caminhões. O Mandado de Segurança foi impetrado em dezembro de 2003, sobrevindo
sentença de mérito no último dia 20 de maio, denegando a segurança com base nos
argumentos a seguir resumidos: (i) a lista de serviços anex a à Lei Municipal n.º 9999, de
1999, reflete aquela lista anex a ao Decreto - Lei n.º 406/ 68, prevendo, ambas, a locação
de bem móvel como serviço sujeito ao ISS. Irrelevante, para efeitos tributários, a
qualificação da locação perante o direito civil; (ii) o Município de São Paulo é competente
para ex igir o ISS sobre a locação, tendo em vista que os caminhões locados são vistos
com freqüência naquela municipalidade.
- QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Rode Bem S/ A, ingresse com a medida
cabível.

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26. Os sócios da Moura e Leão S/ A, sociedade anônima de capital fechado sediada na
Cidade de São Paulo, inconformados com a elevada carga fiscal sobre ela incidente,
decidem contratar um renomado escritório de advocacia para elaborar um planejamento
tributário e, mediante a utilização de formas jurídicas lícitas, reduzir o impacto tributário.
Os especialistas do escritório contratado sugerem a cisão da Moura e Leão S/ A (em
perfeita concordância com os dispositivos da Lei 6.404/ 76 – Lei das S.A) em duas outras
sociedades – Moura S/ A e Leão S/ A. A Leão S/ A ficaria com o imóvel da sociedade, que
seria alugado à Moura S/ A, a preços de mercado. Optando a Leão S/ A pela tributação
com base no lucro presumido e a Moura S/ A pelo lucro real, seria atingida uma economia
tributária significativa, tendo em vista que a Moura S/ A poderia deduzir, no cálculo de
seu lucro real, os alugueres pagos à Leão S/ A. De fato, a lei tributária considera dedutível
do lucro real o pagamento de aluguéis de imóveis utilizados pela pessoa jurídica e a
Moura S/ A precisa do imóvel para as suas atividades. Após a implementação do
planejamento, a Moura S/ A sofreu um processo de fiscalização promovido por
autoridades federais, que culminou na lavratura de um auto de infração fundamentado no
parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário Nacional, alegando o fiscal
responsável, em seu relatório, que o processo de cisão da sociedade Moura e Leão S/ A
teve por fim ex clusivo a economia tributária, inex istindo qualquer outro propósito
gerencial ou comercial e, além disso, que haveria ofensa ao princípio da igualdade, já que
sociedades na mesma situação que a empresa Moura e Leão S/ A eram obrigadas a arcar
com uma carga tributária mais elevada do que as sociedades Moura S/ A e Leão S/ A, daí
se justificando o emprego da analogia para se tributar a Moura S/ A. O prazo para defesa
administrativa transcorreu sem que a Moura S/ A oferecesse impugnação, o que
precipitou a inscrição do lançamento na dívida ativa e a promoção do processo de
ex ecução.

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QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Moura S/ A, apresente as medidas necessárias e
cabíveis.

27. Em sede de Ex ecução Fiscal ajuizada pela Fazenda do Estado de São Paulo perante o
Juízo de Direito da Vara das Ex ecuções Fiscais da Comarca de São Paulo, a Distribuidora
Igreji Ltda. foi surpreendida, na última sex ta- feira, por o Juiz de Direito haver
determinado a ex pedição de ofício ao Banco Central, requisitando informações sobre a
ex istência de ativos financeiros em nome da ex ecutada, com o bloqueio e transferência,
em caso positivo, das quantias ou importâncias depositadas até o limite do débito
exeqüendo. A referida ordem foi dada não obstante a ex istência de penhora, no próprio
processo, de bens imóveis na Capital, acolhendo manifestação da Ex eqüente. Com efeito,
esta informou nos autos que quando aceitara a primeira penhora, não havia notícia de
que os referidos bens não despertariam o interesse de eventuais arrematantes,
inex istindo razão para procurar outros bens já que é notório que a atividade da
Ex ecutada implica grande movimentação financeira, permitindo rápida e eficaz garantia
do crédito t ributário. Ademais, segundo se argumenta na decisão, ao nosso ordenamento
não arrepia a penhora de faturamento, em tudo semelhante ao bloqueio de contas
bancárias, ex ceto pelos entraves burocráticos que a primeira impõe. A referida
Distribuidora depende de recursos financeiros para a sua atividade, já não dispondo de
crédito na praça.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Distribuidora Igreji Ltda., tome a medida judicial
cabível para permitir que ela possa movimentar livremente seus recursos.

28. A Telecelular S/ A, sediada na Capital do Estado de São Paulo, onde opera serviços de
telefonia móvel, impetrou Mandado de Segurança preventivo, perante o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, visando a não ser constrangida ao pagamento de ICMS
sobre o valor cobrado de seus assinantes a título de habilitação do aparelho móvel
celular, baseando- se no Convênio ICMS no 69/ 98, que dispõe a esse respeito. O acórdão

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recentemente proferido pelo Tribunal denegou a ordem, alegando que o legislador
ordinário pode definir prestação de serviços de comunicação, para efeitos tributários, e o
Secretário de Estado da Fazenda, ex ecutor da política tributária e financeira do Estado,
pode determinar a imposição tributária em relação ao fato gerador estabelecido no
Convênio ICMS no 69/ 98. Além disso a definição de serviços de telecomunicações (art.
60, Lei no 9.472/ 97) não impede a compreensão da habilitação como uma de suas
modalidades, se o respectivo serviço é justamente o conjunto de atividades que
possibilitam a respectiv a oferta. Ademais, não há razão para não se dar à habilitação o
tratamento tributário dos serviços de comunicação a ela relacionados.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado da Telecelular S/ A, apresente o recurso cabível
contra a decisão, com os fundamentos jurídicos para sustentar a não incidência do ICMS
sobre a tax a de habilitação dos aparelhos móveis celulares.

29. A Cooperativa Mista Dos Produtores Rurais Do Estado De São Paulo impetrou ação
anulatória de débito em que contende com a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, na
qual buscava o cancelamento de crédito tributário decorrente de auto de infração lavrado
em seu desfavor, por transportar 12.300 kg. de queijo prato, com o acobertamento de
nota fiscal de valor aquém da pauta mínima estabelecida na região. O Juiz de primeiro
grau julgou improcedente o pedido. Aviado recurso de apelação, o Tribunal a quo
manteve a sentença, em Acórdão publicado há dez dias, argumentando que:
a) “Ocorrendo o fato gerador na saída da mercadoria, a base imponível (base de cálculo),
a ser considerada, é a ex istente quando da aludida saída. Se tal base de cálculo for
inferior à da pauta de valores já vigente, é possível sua aplicação”;
b) “O art. 148 do CTN, bem como os artigos 2o, II, do Decreto - lei no 406/1 968 e 8o, I , do
Convênio ICMS 66/8 8 possibilitam ao Fisco valer- se de arbitramento para estabelecer
valores”;
c) “Há previsão legal no Estado de São Paulo para a utilização de pauta de valores,
podendo o Fisco valer- se dela sempre que o preço declarado pelo contribuinte for
consideravelmente inferior ao de mercado”;

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d) “Não há qualquer incompatibilidade das pautas com a CF/8 8, pois sua utilização não

importa em aumento de tributo (art. 97, I, do CTN), mas, como já dito alhures, em

adequação da base imponível sobre a qual incidirá a alíquota”.

30. Uma empresa sofre ex ecução fiscal promovida pela Procuradoria da Fazenda do
Estado de São Paulo e, nos cinco dias indicados pelo juiz para quitar a dívida ou oferecer
bens à penhora, a empresa ex ecutada permane ce inerte. Todavia, transcorrido o prazo
indicado, a ex ecutada oferece à penhora bens de sua propriedade, como máquinas
utilizadas em sua linha de produção. Após tomar ciência da relação de bens indicados
pela ex ecutada, a Fazenda Pública protocola petição rejeitando os bens oferecidos,
argüindo a baix a liquidez destes bens no mercado e, paralelamente, solicita a penhora de
30% do faturamento da ex ecutada, pedido que é integralmente deferido pelo juiz. Contra
a referida decisão, a ex ecutada interpõe, perante o Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, agravo de instrumento contestando a falta de liquidez e pedindo o levantamento
da penhora sobre o faturamento, recurso que, por votação unânime da turma julgadora,
foi declarado improcedente.
QUESTÃO: Considerando a penhora de 30% do faturamento da ex ecutada, o que poderia
comprometer as suas atividades e o fato de ter a ex ecutada indicado outros bens que
julga terem liquidez, como advogado da empresa, tomar as medidas cabíveis nos autos
do agravo de instrume nto.

31. A Empresa Globalcomunications Ltda, sediada no Município de São Paulo, é autuada


em decorrência do não pagamento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISSQN) em relação aos valores recebidos pela prestação de serviços de comunicação. O

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prazo para impugnação administrativa ex pira- e sem que a empresa autuada tome
qualquer iniciativa, tendo sido então o débito inscrito em Dívida Ativa há cinco meses.
QUESTÃO: Por julgar indevido o ISS sobre serviços de comunicação e, na iminência de
sofrer uma ex ecução fiscal, que poderia comprometer os seus negócios, a empresa o
constitui como advogado para defender os seus interesses. Tomar as providências
cabíveis.

32. Após o trânsito em julgado de decisão favorável ao contribuinte em ação de repetição


de indébito, foi ex pedido precatório tendo a União Federal, em 2003, depositado
integralmente o valor a que havia sido condenada a pagar. Contudo, no momento em que
o contribuinte requereu o levantamento do depósito judicial, o juiz da Xa Vara Federal de
São Paulo indeferiu o pedido alegando não ter o contribuinte apresentado as certidões
negativas de Tributos Federais, Estaduais, Municipais, bem como a certidão de
regularidade para com a Seguridade Social, nos termos do artigo 19 da Lei 11.033/ 2004.

QUESTÃO: Como advogado do contribuinte, ingresse com a medida cabível para reformar
o despacho que indeferiu o levantamento do depósito judicial do precatório,
apresentando a adequada fundamentação. Em hipótese alguma será considerada a
redação escrita neste espaço

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