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MÓDULO TÉCNO- PRÁTICO E


PROFISSIONAL DE ABERTURA,
GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE
EMPRESAS

UÍGE/2020

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DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA TER UMA EMPRESA

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA TER UMA EMPRESA

1* Nomenclatura da empresa

Apos atribuir A nomenclatura e o tipo de empresa, o próximo passo é tratar os


documentos necessários, que são:

Certificado de Admissibilidade: este documento é uma espécie de autorização para


registar o nome da sua empresa. Tecnicamente é o serviço em que o Ficheiro Central assegura por
um prazo de 180 dias a denominação requerida para uma determinada empresa ou sociedade em
processo de constituição em caso de não constituição d e empresa.

NIF: é o número fiscal utilizado em Angola para identificar inequivocamente uma


entidade em transacções financeiras e pagamento de impostos.

Estatuto da sociedade ou pacto social: é o documento principal da empresa, que


representa o pacto social entre os sócios da empresa e regula tudo em volta das percentagens de
que cada um terá direito.

Por último, abrir uma conta num banco a sua escolha. Deposite um valor mínimo de 100
mil Kwanzas que representa o capital social da empresa.

A seguir, dê a entrada dos documentos

Nesta fase, deve juntar os documentos já tratados com os seus pessoais e dar a entrada do
seu processo de registro, no total serão os seguintes:

 Cópia do Bilhete de Identidade dos sócios ou accionistas.


 Certificado de Admissibilidade (ainda válido) e duas cópias do mesmo
 Três cópias do NIF da empresa
 Três contratos de sociedade (estatutos)
 Os comprovativos de pagamento dos valores

Receba a certidão comercial

Após alguns dias da entrada do processo, receberá a Certidão Comercial.

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A Certidão Comercial é o documento que comprova o registo comercial de uma pessoa
ou entidade. O que significa que a partir do momento em que tiver a Certidão Comercial já é uma
empresa legalizada.

Trate o Alvará Comercial

O Alvará Comercial é o documento legal de âmbito nacional, que habilita a pessoa


singular ou colectiva com capacidade financeira e civil o exercício da actividade comercial e de
prestação de serviços mercantis.

Para quem deseja saber como criar uma empresa em Angola, deve ter noção que receber
o Alvará é fundamental. Este é um documento que te habilita a exercer actividades comerciais e
prestar serviços, por isso é claramente indispensável. Para adquiri-lo, procure um dos pontos de
apoio do (GUE ou BUE) e leve consigo os seguintes documentos:

 Certidão Comercial
 Fotocópia do B.I. dos sócios gerentes
 DAR – Comprovativo do pagamento das taxas e emolumentos do licenciamento.
 Procedimento

Depois de dar entrada aos documentos, de seguida, aguarde a mensagem de correio


electrónico com as credenciais para acessar ao sistema do MINCO.

Quando tiver as credenciais, aceda o site: silac.minco.gov.ao, preencha o pedido de


adesão, submeta a documentação necessária e aguarde a confirmação no seu email. Se preferir,
volte ao site e acompanhe o andamento do processo.

Feito isso, virá à sua empresa, uma equipa de vistoria, (representantes do MINCO) e, se
estiver com tudo em conformidade, emitirão um parecer favorável.

Após a aprovação, receberá no seu correio electrónico uma credencial para levantamento
do Kit do Alvará. Leve este comprovativo ao centro de apoio ao empreendedorismo comercial que
deu início ao processo, ou administrações locais e recebe o Kit Alvará contendo: a nova cédula
do

Alvará Comercial, o Certificado do Cadastro Comercial e outras brochuras


informativas

Recomendamos que todos os dias se desloque às instituições para tratar deste processo, a
máxima atenção com a maneira de vestir e falar, porque os seus passos serão associados a imagem
de sua empresa.

Distinção

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As MPME distinguem-se através de dois critérios: o número de trabalhadores efectivos e
o volume de facturação total anual, sendo esta última a prevalecente sempre que for
necessário decidir sobre a classificação das mesmas(artigo 5.º, n.º 1, da Lei das Micro, Pequenas e
Médias Empresas). Nos termos do n.º 2 do artigo 5.º da Lei das Micro, Pequenas e Médias
Empresas, consideram-se:

− Micro empresas (MC) aquelas que empreguem até 10 trabalhadores e/ou tenham uma
facturação bruta anual não superior em Kz ao equivalente a USD 250 mil;

− Pequenas empresas (PQ) aquelas que empreguem mais de 10 e até 100 trabalhadores
e/ou tenham uma facturação bruta anua em Kz superior ao equivalente a USD 250 mil e igual ou
inferior a USD3 milhões;

− Médias empresas (MD) aquelas que empreguem mais de 100 até 200 trabalhadores
e/ou tenham uma facturação bruta anual em Kz superior ao equivalente a USD 3 milhões e igual
ou inferior a USD 10 milhões.

Esta classificação visa, nomeadamente, a atribuição do estatuto de MPME pelo Instituto

Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), através de trâmites


especiais, caracterizados pela simplificação e celeridade, a empresas que necessitem de comprovar
o referido estatuto perante entidades públicas e privadas, no âmbito dos programas de incentivo
e apoio à actividade; permitir que a afectação de fundos públicos destinados à promoção das
MPME se realize com a máxima transparência e rigor; instituir uma base de dados fiável de
MPME, acessível às entidades interessadas, para efeitos de contratação, parcerias e outras
finalidades; melhorar os dados estatísticos e de gestão de informação para a criação de políticas
públicas de combate à pobreza, promoção do emprego e empreendedorismo e desenvolvimento
económico e social, dotando o Instituto Nacional de Estatística dos meios humanos e materiais
necessários à prossecução deste fim (artigo 10.º da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas).

0.1 Factores Motivacionais

Motivaçao: é um processo psicológico que da ao comportamento um objectivo e uma


orientação, traduzido num estímulo interno ou externo que leva a pessoa agir porque assim ela
deseja tornando-a pessoa feliz e satisfeita.

Motivação interna: Comportamento de trabalho que são estimulados pelo entusiásmo


que a actividade assim desperta.

Motivação externa: Comportamento de trabalho que as pessoas levam a cabo com a


finalidade de obterem alguma recompensa, ou mesmo para evitarem uma possível punição.
Segundo Abram Maslow Heizberg e Mc Gregor, estudiosos que desenvolveram os estudos de
motivação e da influência que a mesma exerce no desempenho da satisfação do trabalho e do
próprio comportamento, afirmam também que, as necessidades não satisfeitas, são os
motivadores principais do comportamento humano, e que dar motivo ao comportamento humano
impulsiona a pessoa agir em determinada forma.

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Não é em vão que se diz que, para dominar a natureza há que compreende-la primeiro,
uma direção não pode simplesmente esperar que as pessoas se desponham a contribuir de forma
espontânea para a realização dos seus objetivos, provavelmente só conseguirá que as pessoas o
façam se compreender as suas necessidades, sua espectativas, e seu modo de encarrar o trabalho.
Em suam estar motivado é sentir-se bem naquilo que realiza.

1. Vamos Ao Primeiro

O ser humano tem uma necessidade natural de competir em praticamente todas as áreas.
No mundo corporativo não é diferente, o objetivo é ganhar mais e escalar até o topo da
montanha, até um dia quem sabe, ser o presidente da empresa.

O pequeno detalhe é que essas vagas são limitadas e poucas pessoas de fato conseguirão
chegar até lá. A maioria delas tenta, mas no meio do caminho desistem e acabam escolhendo
uma vida confortável, mas sem o que realmente elas um dia almejaram, estabilidade riqueza e
luxo.

Não adianta dizer que é diferente, no fundo, todo mundo gostaria de ser rico e dono de
uma empresa bem sucedida. Pode até ser, que nos seus primeiros anos como profissional, você
acredite que poderá chegar até o topo, mas conforme os anos passam, você percebe que a vida
não é um conto de fadas, e que chegar até lá, não é tão trivial assim. Abrir uma (empresa), pode
ser uma alternativa, mas você precisa estar preparado. Você está? Você precisa ter motivos e
objetivos legítimos. Você tem? No começo de carreira, todo mundo sofre e leva esporro do
chefe. Todo mundo recebe menos do que deveria e é pressionado a trabalhar dezoito horas por
dia e fazer mais do que qualquer ser humano é capaz. Todo mundo se estressa, perde cabelos,
ganha olheiras, engorda. Todo mundo tem aquele colega puxa saco ou puxador de tapete, que
quase sempre é o cara que é promovido na sua frente. Todo mundo não é reconhecido como
deveria, é subaproveitado e acha que poderia estar fazendo mais pela empresa. Etc., etc, etc.

Quer sabe o que é isso? É o que você irá viver todos os dias da sua vida se quiser ser um
empreendedor. É aqui que você aprende o jogo político das corporações. A malícia. O jogo de
cintura. O que é certo ou errado. O que você não gosta de ouvir e o que gosta. É a realidade. A
verdade nua e crua, que nenhuma faculdade ou outra qualquer escola lhe irá poder-lhe ensinar.

Assim como existem pessoas que trocam de empresa na primeira dificuldade, existem
as que resolvem abrir uma. Como você deve imaginar, esse é o motivo errado, e a chance de dar
certo, é mínima. Estar frustrado por causa dos problemas acima não pode ser o seu motivo,
passar por tudo isso é importante para que você consiga se preparar. Saber crescer e se
movimentar dentro de uma organização é difícil, mas quando acontece, é um dos sinais de que
você está se tornando preparado.

Se isso ainda não aconteceu com você, lembre-se que o mesmo não que você leva hoje
como empregado, será o não que você levará como empreendedor. Antes de ir para a guerra,
aprenda a transformar o não em sim, no treinamento. A partir do momento que você decide abrir
um negócio, o conhecimento técnico deixa de ser algo importante e passa a ser um pré-requisito
e você não pode ser nada menos do que uma autoridade no assunto.

Quando você chega ao ponto de abrir uma empresa, não existe meio-termo, ou você da
resultado ou quebra a cara e fica de fora do jogo. Não é como provinha de faculdade que bastava

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ficar acima da média para passar. Se você não tirar dez (10). O que não falta é empresa no
mercado fazendo o que você ainda quer começar a fazer. E não fique feliz pensando “Ah, eu sou
diferente pois ainda não existem players no meu segmento!”. Ainda. Porque se o seu segmento
for interessante, nos meses seguintes ao lançamento nascerão pelo menos dez. Acredite, será
muito pior do que você imagina, um deles vai chegar com investimento pesado, outro vai
derrubar o preço do mercado tendo muito mais recursos que você, outro vai dar o seu produto de
graça, enfim. Para ser e se manter competitivo não basta trabalhar para ser bom, você tem que
ser o melhor.

Seja qual for o seu meio de aprendizado, use-o diariamente para o seu aperfeiçoamento.
Não acredite nas formalidades da sociedade, acredite no que lhe trás resultado aplicável no
mundo real. Um curso universitário hoje em dia, raramente lhe agrega conhecimento para
utilização na prática. A maior parte das vezes, se não todas, é uma grande perda de tempo. Faça
uma faculdade porque você quer e gosta, mas não confie nele o seu principal aprendizado.
Aprenda de outras formas, de preferência sozinho e na prática

O conhecimento técnico é fundamental para a abertura de uma empresa. Normalmente


este conhecimento que você deve ter é sobre o serviço ou produto que você está criando, por
exemplo software. Ou, algum conhecimento que auxiliará o desenvolvimento deste negócio,
como por exemplo vendas ou marketing. Neste último caso, é altamente recomendado que você
tenha um sócio que detenha este conhecimento. É quase uma obrigação que o conhecimento
principal do negócio esteja entre os acionistas.

É importante também ter um conhecimento básico sobre temas que você vivenciará
diaramente, muitos estão citados no mapa mental, estou falando de finanças, rh, gerenciamento,
contabilidade, direito, vendas, marketing, etc.

Isso tudo é pré-requisito e se você se empenhar, pode deter o conhecimento e ser o


melhor, mas muitos dizem que para ser empreendedor tem que estar no sangue. Esse termo
refere-se ao seu posicionamento e atitude perante a vida.

Além de querer suceder como empreendedor mais do tudo no mundo, você precisa estar
provando todos os dias porque você merece mais do que ninguém chegar lá. Você precisa ler
todos os livros, revistas, jornais, blogs, twitters. Ir a todos os eventos/palestras. Estar muito bem
relacionado e conhecer todo mundo do segmento. Escrever um blog, trabalhar três/quatro turnos
todos os dias. Abdicar de vida social. Ter foco. etc.

Isso é ter sangue empreendedor, é posicionamento e atitude focada em ser o melhor, em


cada minuto da sua vida. Ninguém vai te ensinar a ser assim, ou você é, ou talvez não seja
empreendedor. Uma ideia não vale absolutamente nada. O processo de execução é o início de
geração de valor para uma empresa. Se o produto ou serviço tiver potencial, quanto mais
executado, maior valor a empresa terá. Uma empresa, principalmente no início, exige vários
tipos de conhecimentos de áreas diferentes e muita mão na massa. O primeiro fato que você
precisa assumir é que você não é bom em tudo e não terá capacidades físicas de fazer tudo
sozinho. Para quem esta amadurecendo a ideia de abrir uma empresa pela primeira vez, dividi-la
com alguém, quase nunca é bem visto. São poucas as pessoas que concordam com esta ideia de
bate-pronto. Afinal:

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Eu diria que todo mundo já teve este posicionamento pelo menos uma vez na vida,
comigo não foi diferente. Infelizmente não tive alguém para me orientar a ter um sócio, então fui
a luta e tentei fazer as coisas do meu jeito, tentei os pensamentos abaixo, nesta ordem:

1. Consigo fazer tudo sozinho. Resultado: Não consegui.

2. Consigo terceirizar tudo com India/China. Resultado: Saiu uma merda.

3. Consigo contratar gente boa. Resultado: Fiquei quebrado.

1.1 SÓCIO

Conseguir um sócio por si só é um grande desafio. Vender a sua ideia para alguém, é
vender um sonho que a pessoa precisa acreditar, para largar tudo, assumir um grande risco e
além de tudo isso, ter que colocar dinheiro. Conseguir convencer um sócio de que a sua ideia
vale todos os sacrifícios, é uma grande conquista.

Ele precisa ser escolhido a dedo, afinal você vai passar a maior parte do seu dia ao
lado dele, muito mais do que encima do seu colchão, ou com a sua própria esposa/marido:

Muitas vezes o sócio nasce de uma grande amizade, mas não tenha pressa, escolha com
calma uma pessoa que as ideias sejam compatíveis e que os objetivos de vida sejam similares.

Escolha alguém que você consiga discutir sem brigar, e se brigarem, e isso vai
acontecer, que saibam rapidamente fazer as pazes sem guardar magoas.

Escolha alguém brilhante, inteligente, dedicado, esforçado, leal e confiável.

Equilibrio: Se você tem a cabeça no céu, seria legal ter um sócio pé no chão.

Múltiplas especialidade: Se você conhece muito de tecnologia, seria legal ter um sócio
que conheça muito de vendas e marketing.

Execução com qualidade: Enquanto você trabalhar na parte tecnológica do produto,


seu sócio trabalhará na parte de divulgação e venda.

Mais capital: É ótimo ter alguém para dividir as despesas até o caixa se tornar positivo.

Para dar mais força aos argumentos, existem vários exemplos de grandes empresas
que tiveram sociedades brilhantes:

 Apple - Steve Wozniak e Steve Jobs


 HP - Hewlett e Packard
 Microsoft - Bill Gates e Paul Allen
 Google - Larry Page e Sergey Brin

2.0 Seu ramo de especialidade

É muito comum que as pessoas pensem em fazer algo diferente do que elas realmente
tem experiência. Noto que muitos desses casos, é parte de uma fuga, por estarem tão cansados do

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dia-a-dia como empregado, que pensam em empreender, mas desde que não tenha relação com a
rotina atual.

Não cometa esse erro. Desenvolva ideias na sua área de especialidade. Não queira
inventar um foguete, se você não entende nada de foguetes. Ou um sistema operacional, se você
não entende nada de sistemas operacionais. Faça o que você já sabe fazer e tem experiência,
dessa forma você minimiza os riscos e aumenta as chances de ter sucesso.

2.1 Baixo investimento

Ter ideias que exigem um custo de implementação alto é fácil, não precisa ser gênio.
Deixe isso para os grandes, que tem mais experiência e dinheiro. Você tem outra realidade,
precisa se concentrar em negócios que tenham investimento quase zero. Mesmo que você esteja
em um segmento que exija capital, acredite, sempre existe uma forma mais barata de executar
um negócio.

2.2 Escalabilidade

Qual é o tamanho do mercado que você irá trabalhar? Uma vez que você encontre o
modelo para crescer, até que ponto será possível escalar sua empresa? Quanto maior a
possibilidade de escalonamento, mais interessante o negócio fica. É bom ter isso muito claro
antes de decidir qual ideia você desenvolverá, porque se o seu mercado for muito verticalizado e
segmentado, pode ser que não tenha público suficiente para o sucesso. Minimize os riscos e
priorize os negócios que sejam escaláveis.

2.3 Viabilidade financeira

Saiba claramente como fazer a formação de preços do seu produto ou serviço, entenda
qual sua margem, impostos, custos fixos e variáveis envolvidos. Não é necessário se aprofundar
nesta fase, o importante é detectar prematuramente ideias com erros básicos. Que tenham
margens muito baixas, ou produtos/serviços que ficarão com preços incompatíveis com o
segmento ou pouco competitivos.

2.4 Competidores

Se você vai entrar num mercado competitivo, é fundamental ter um mapa de todos os
concorrentes, e acima de tudo, saiba como irá se diferenciar do restante. Onde está seu valor?
Porque as pessoas enxergarão que você é mais interessante que os atuais concorrentes? Não
existe certo ou errado aqui, confrontando as ideias você conseguirá identificar qual tem maiores
chances de ganhar market share.

2.5 Riscos

Todo negócio tem risco. Quais são os riscos do seu? Você é dependente de algum
fornecedor? De algum cliente? De alguma plataforma? Algum concorrente para se preocupar?
Variação do câmbio? São infinitas as possibilidades, liste os riscos das suas ideias e leve em
consideração antes de avançar.

3.0 Resumindo

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Pense. Pense. Pense. Depois coloque tudo no papel, defina valores para cada um dos
tópicos mencionados acima, crie novos se fizer sentido, e por fim, faça uma classificação por
prioridade, para finalmente chegar a uma conclusão e selecionar a sua ideia.

O próximo passo chama-se validação da ideia. Selecione amigos ou pessoas


estratégicas, que tenham conhecimento do segmento que você pretende entrar, de preferência
neste momento, pessoas de confiança. Apresente a ideia, conte todos os detalhes e veja qual a
reação da pessoa. Repita isso com diversas pessoas distintas, até você estar convencido de que
vale a pena ir a diante e executar. Ou caso a reação seja negativa, assumir que não foi uma boa
ideia e desenvolver uma outra.

Neste artigo eu não quis misturar com as considerações da parte de execução, estas eu
falarei mais pra frente, em artigos exclusivos, focados em execução.

4.
0- Existem três formas básicas de se diferenciar como
empreendedor:

4.1 -Custo

Ter liderança em custos significa entregar exatamente o mesmo produto/serviço a um


custo inferior aos concorrentes. Apesar de ser um diferencial, a diferenciação (abaixo) não pode
ser esquecida, pois uma briga entre concorrentes puramente em busca de custos mais baixos
pode quebrar uma empresa ou até todo um setor.

4.2 Diferenciação

Oferecer um valor superior em serviços ou produtos do que os concorrentes e que esse


não seja somente custo. Como diferenciação custa dinheiro, é natural que seja cobrado mais em
busca de maiores margens e lucros.

4.3 Foco

Quando a empresa destina-se exclusivamente a atender um determinado segmento ou


grupo de segmentos. Funciona bem quando grandes empresas não tem tempo ou interesse em dar
uma melhor atendimento a este segmento. Quando uma empresa não consegue desenvolver
diferenciais, ela é facilmente replicada e pode rapidamente perder espaço no mercado. Para isso
não acontecer, é necessário unir habilidades e recursos superiores aos concorrentes, que
consequentemente se transformará em valor.

Os recursos são ativos da empresa utilizados para criar uma vantagem em custos ou
diferenciais. Especificamente aqueles que dificilmente outras empresas conseguiriam criar,
podemos citar:

 Patentes

 Conhecimento

 Base de clientes

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 Reputação

 Marca

Quando a empresa utiliza esses recursos de forma efetiva, chamamos isso de


habilidades. A Rocket por exemplo consegue copiar empresas de um dia para outro. Quantas
empresas conseguem no mundo criar uma empresa completa de comércio eletrônico em 24hrs?
Nós conseguimos e por isso este é um dos nossos diferenciais.

Já chega de “empreendedores.”

Vamos aposentar o termo empreendedor. Ele está ultrapassado e esgotado. Denota um


tipo de exclusividade. Todos deveriam ser estimulados a iniciar seu próprio negócio, não só uma
raça rara que se identifica como empreendedora.

Existe atualmente um novo grupo de pessoas abrindo negócios. Elas obtêm lucros, mas
nunca se veem como empreendedoras. Muitas delas sequer se consideram empresárias. Apenas
fazem aquilo que amam, seguindo seus critérios e recebendo por isso. Então vamos substituir
essa palavra metida a chique por algo mais pé no chão. Em vez de empreendedoras, chamemos
essas pessoas de impulsionadoras. Qualquer um que cria um negócio novo é um impulsionador.
Não é preciso MBA, diploma, um terno elegante, uma pasta, nem uma tolerância acima da média
a riscos. Basta uma ideia, uma pitada de confiança e um empurrão para pôr mãos à obra.

5.0 Comportamento Organizacional

Administrar uma empresa, atualmente, requer muito mais do que o exercício das
funções básicas de gerência, como planejar, organizar e controlar.

As ameaças às organizações, vindas dos clientes, da concorrência e em decorrência das


mudanças no contexto socioeconômico requerem habilidades humanas em alto grau de
refinamento.

A compreensão do comportamento individual e dos grupos em situação de trabalho


constitui o campo de estudo do Comportamento Organizacional.

De modo particular investiga as questões relacionadas com lideranças e poder,


estruturas e processos de grupo, aprendizagem, percepção, atitude, processos de mudanças,
conflito e dimensionamento de trabalho, entre outros temas que afetam os indivíduos e as
equipes nas organizações. Embora o estudo do comportamento humano no trabalho seja
sistemático e rigoroso, é preciso ressaltar que as pessoas são diferentes e a abordagem de
Comportamento Organizacional leva em conta uma estrutura contingencial considerando
variáveis situacionais para entender as relações de causa e efeito. Assim, caso por caso, são
examinadas as variáveis relacionadas com o ambiente, tecnologia, personalidade e cultura.

6.0 -Perfil Do Empreendor

O Empreendedor é alguém que detém um empreendimento podendo este gerar lucro ou


não. Características obrigatórias:

1. Procurar oportunidade (estar de olhos abertos)

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2. Persistência (no mundo empresarial os desafios são sistemáticos)
3. Cumprir com o estabelecido com o cliente (palavra de honra)
4. Procura de qualidade (qualidade não significa que tem de se produzir bens de
luxo, significa fazer produtos ou prestar serviços que satisfazem vão de encontro ou ultrapassa ás
espectativas dos clientes )
5. Saber avaliar os riscos – fazer um analise dos custos benefício e avaliação as
probabilidades de sucesso.
6. Estabelecer objectivos. – quem não sabe onde vai sabe onde quer chegar, quem
não sabe o que quer tudo Serve.
7. Planeamento e monitorização – controlar, para conseguir atingir bons objectivos
devo planear.
8. Procura de informações – procurando novas oportunidades
9. Saber persuadir, ter uma boa rede de contactos – é importante porque ter melhor
acesso aos recursos financeiros, matérias primas, equipamentos Rec humanos, etc. e por outro
lado permite uma melhor capacidade de gerir o pessoal.
10. Auto confiança

7.0 Comunicação

Comunicar é tornar comum uma informação uma ideia ou atitude para dar a conhecer os
produtos e não só afim de atrair potenciais clientes.

Publicidade: é o meio que dispõem as empresas para promoverem os seus produtos e


serviços permitindo alcançar muito público. Ela visa alterar o comportamento e a atitude do
cliente; informando memorizando e persuadindo.

Relações públicas: Ê um conjunto de actividades desenvolvidas pela empresa ou


qualquer outra organização com a finalidade de estabelecer e manter relações sãs e produtivas
com certos sectores, da opinião como ops clientes os empregados os acionistas os fornecedores
os credores e o público em geral.

Marketing: Abrange um conjunto de técnicas de comunicação de vendas direitas


individuais e interativas cuja a finalidade é provocar nas pessoas visadas uma ação imediata e
cujo o resultado podem ser medidos. Onde vender que vender, que novos produtos se descobrem,
e a quem vender.

8.0 Empresas Comercias

São empresas que servem as comunidades através dos serviços que comercializam ou
prestam com finalidade de:

 Servir os clientes
 Rentabilizar os capitai9s aplicados
 Proporcionar emprego
 Alcançar a liderança no sector económico onde actua.
Resumindo – empresas comerciais têm como objectivo básico a produção e
distribuição de bens e serviços aptos a serem consumidos pelos seus clientes e em seguida
aparece o lucro que é consequência da actividade exercida.

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O módulo de gestão de pequena e média empresas tem como objectivo dar uma ideia
muito genética de vários tópicos relacionados com a gestão de negócios.

9.0 Pontos Chaves:

 Folha de caixa – ajuda-nos a controlar as entradas e saídas de valores.


 Folha de registo de devedores – Serve para controlar o dinheiro que concedemos
aos internos e aos terceiros.
 Folha de registo de credores – Ajuda-nos a controlar o dinheiro que devemos.
 Planejamento de necessidade da disponibilidade – Ajuda-nos a planear a
quantidade de dinheiro que necessitamos para fazer funcionar o nosso negócio.
 Análise do custo unitário – ajudamos a saber o custo do nosso produto o que
permite estabelecer nosso preço, no entanto, também deve-se levar em conta o preço da
concorrência e o valor que o cliente está disposto a pagar.
 9.1 Exemplo duma folha de caixa

DATA DESCRIÇÃO SAIDA ENTRADAS BALANÇO

15-05-2020 Venda de 1 viatura Elantra 00,00 6.000.000,00 6.000.000,00

01-06-2020 Pagamento do aluguer 100.000,00 00,00 100.000,00

10-06-2020 Manutenção das equipe 30.000,00 00,00 30.000,00

9.2 Exemplo de uma folha de registo de devedores

Nome do cliente:

Data Descrição Q Vendas Montante Balanço Assinatura


T crédito pago

09.06.2019 Vendas bolos 1 15.000,00 00,00 15.000,00


0

10.08.2019 Pagamento _ __ 12.500,00 2.500,00

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10.0 Financiamento
As formas mais frequentes de financiamento são as seguintes:
 Poupanças individuais ou em grupo
 Empréstimo pedido a família ou amigos
 Lucros de outros negócios que tenha
 Parceiro de negócios( contribuições em dinheiro ou em equipamentos)
 Empréstimo bancario
Com excepçao do empréstimo bancário que existe pontos que é preciso levar em
atenção, todos estes tipos de financiamentos são fáceis de compreender.

11.0 Processo Administrativo

Panejamento direção controlo e avaliação, organização. O bom funcionamento para


qualquer empresa começa por uma boa planificação corretadas actividades a desenvolver.
Afirma-se que o planeamento é uma função crítica, porque um erro grave de previsão pode
conduzir ao fim da empresa. Se a empresa não possuir um planejamento incoerente que a maior
partes leva a empresa ao desnorte.

11.1 Planejamento Estratégico

Qualquer empresa para sobreviver deve obrigatoriamente conhecer o meio que a


envolve. Este meio é fonte de oportunidades e ameaças. é uma fonte de oportunidade pois é la
que se vai colocar os bens que se negoceia. É uma fonte de ameaças porque é la que actua os
seus concorrentes. Assim o primeiro passo a dar por uma empresa deverá consistir na definição
de sua estratégia de actuação. Esta estratégia deverá consubstancia num documento chamado
plano de estratégico de actuação do negócio.

CONCORRÊNCIA

CONTEXTO INVESTIMENTO
FAZES DE PLANEJAMENTO

11.2 Fluxo De Caixa

O controle financeiro de qualquer entidade social depende de um acompanhamento


detalhado das entradas e saídas de dinheiro da entidade. Provavelmente, o fluxo de caixa éo mais
importante instrumento de controle e fornece elementos para um contínuo monitoramento das
finanças da entidade. Quando elaborado, funciona como um sistema de alerta que, antecipa,
eventuais dificuldades ou desvios dos objetivos planejados.

As principais fontes de caixa normalmente são subdivididas em:

 Saldo inicial de Caixa .


 Receitas de serviços prestados.
 Contratos e convênios governamentais

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 Doações de pessoas físicas ou jurídicas.
 Receitas financeiras
 Vendas de bens de capital
 Empréstimos

As saídas de caixa geralmente são:

Despesas operacionais (salários e encargos, alimentos, medicamentos materiais didático


pedagógicos, manutenção de equipamentos, etc)

• Compras de bens de capital

• Pagamentos de empréstimos.(juros e principal)

• Saldo final de Caixa

110.3 Gestão De Stock

G.stock é toda a matéria, produto ou mercadoria que encontra armazenada na empresa e


espera de uma utilização futura pelos serviços utilizados.

A gestão de stock duma empresas pode ser analisada segundo três opticas:

 Gestão material
 Gestão administrativa
 Gestão económica

A gestão material de stocks é constituída por conjuntos de tarefas que têm como vista:

 Possibilitar que a recepção conferencia a arrumação e expedição dos bens se faça


nas melhores

condições possiveis

 Permitir um fácil acesso e movimentação dos bens em armazém


 Evitar quebras e roubos com os bens armazenados
 Planificar os espaços de modo que a armazenagem dos bens se faça de forma
mais económica.
 Que os bens mais antigos arrumados a frente dos mais recentes forma a poder
primariamente utilizados.

12.0 Tratamento Administrativo Dos Stocks

A gestão dos stocks tem como objectivos:

 Registar as quantidades de bens que deram entrada e saída no armazém;


 Conhecer as quantidades existentes e o seu valor de cada um dos bens em
armazém da empresa.
 Suporte documental : Guia de entrada, Guia de saída, Ficha de armazem.

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12.1 Gestão Económica

Tem como objectivo analisar os tratamento dos stocks de modo a que sege mínimo o
custo de aquisição e manutenção e mais na rentabilidade obtida com o seu uso.

A saída do stock é uma tarefa difícil uma vez que os consumos são aleatórios, pois estão
condicionados pelos gostos e necessidades dos consumidores. Em resumo as principais
preocupações de um serviço de gestão de stock inside sobre o seguinte;

 A previsão do consumo
 Os prazos dos abastecimentos
 O nível de preços
 O custo de efetivação de cada encomenda
 O custo de conservação em armazém, detioração, roubo, transportes e carga e
descargas.
,DEXISTENTE ENTRE TAXA E IMPOSTO

No caso dos impostos, os valores são calculados a partir de uma percentagem. Então, eles
variam, dependendo de quem é o pagador. Já nas taxas a situação é diferente: elas costumam ser
fixas, independentemente da renda do contribuinte.

O imposto tem um carácter unilateral, ou seja, é uma obrigatoriedade, tem de ser pago
e não existe nada a receber em troca. É uma contribuição, uma ajuda de cada cidadão para o
orçamento nacional. Todos temos de pagar o imposto sobre o consumo, o IVA ou o imposto sobre
os imóveis, o IMI.

A taxa já tem um caráter bilateral. Ou seja, é também um pagamento que deve ser
feito para receber algo em troca. No âmbito público, ao pagarmos a taxa de saneamento básico
estamos a receber em troca o serviço de recolha de lixo das ruas, providenciado pelo Estado. Claro
que também existem as chamadas taxas de juro e outros tipos de pagamentos adicionais que
contam como tal, a nível do sector privado. Também aí há uma troca de serviço pelo pagamento.

Podemos abordar estes dois conceitos no que diz respeito à categorização. A falta de
pagamento de impostos, sejam sobre os rendimentos, produtos, imóveis ou serviços, implica
penalização económica, civil ou penal, caso as obrigações não sejam cumpridas. A taxa é
facultativa. Se os contribuintes não a pagarem, simplesmente deixam de receber o serviço.

Apesar de os dois serem pagos por razões específicas, podemos admitir que as taxas têm
contrapartidas mais diretas do que os impostos. O contribuinte nunca recebe uma troca por este
pagamento na mesma proporção com que o paga.

O que são taxas?

As taxas são recolhidas pela utilização de serviços específicos fornecidos pelo poder
público por meio de algum ente ou por uma concessionária. “As taxas cobradas pela União, pelos

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Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”

Alguns exemplos de taxas são:

 Taxa de Emissão de Documentos: quando pedimos para emitir Passaporte, carteira


de motorista e outros;
 Taxa de Licenciamento Anual do Veículo;
 Taxa de Registro do Comércio.
 Taxa de Coleta de Lixo.

Mas, na prática, qual a diferença entre taxa e imposto? Enquanto o imposto é recolhido
para manter o Estado funcionando – e você paga de qualquer maneira, a taxa será devida somente
quando utilizar algum serviço ou dele beneficiar-se.

O que mais confunde as pessoas são os impostos e as taxas, além de muitos não
entenderem muito bem a definição de tributos. Esclarecido tudo isso, vale citar outros

2.2. Classificação dos impostos

II.2.1. Classificação tradicional

Tradicionalmente, existem em dois tipos de impostos: directos e indirectos.

Imposto directo:

É aquele que atinge diretamente, o rendimento do contribuinte, alterando o valor do


mesmo.

Imposto indirecto: o imposto indirecto é aquele que atinge o rendimento, sem que o dono
dê conta de que lhe foi tributado. Este imposto se tributa na maioria dos casos, em momentos de
compra.

II.2.2. Classificação fundada sobre o campo de aplicação de impostos

Praticamente, existem quatro tipos de impostos:

Impostos reais

São aqueles que atingem um elemento económico, sem consideração da situação pessoal
do contribuinte, nem do seu encargo familiar ou financeiro. Ex: taxa de circulação, imposto de
Selo e imposto de consumo, IAC, IPU.

Impostos pessoais

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É aquele que atinge o elemento económico, tendo em conta da situação da pessoa e do
encargo familiar ou financeiro do contribuinte. Ex: o IRT, I.I e IPU

Impostos especiais

São impostos que tributam só um elemento do conjunto. Constitui imposto que tem a ver
com uma actividade bem definida. Exemplo nas actividades de exploração do petróleo ou de
diamante, a taxa de superfície é cobrado a parte; taxas sobre tabaco, mas também existe por
exemplo a taxam sobre a poluição ambiental.

Impostos gerais

Imposto geral é aquele que atinge um valor ou uma situação económica tomada no seu
conjunto. Ex: imposto de selo, imposto de consumo ou sobre aplicação de capitais, IPU.

Tipos de tributos, para que não haja dúvidas: as contribuições de melhoria e os


empréstimos compulsórios.

O que são impostos?

O imposto é o tributo de maior importância para o Estado. O governo recolhe impostos


sem necessariamente ter um destino para esses valores. O principal objetivo desse tributo é manter
o governo funcionando e abastecer os cofres públicos para que todos os órgãos continuem
trabalhando, cobrindo suas despesas e pagando seus funcionários. Em grande parte, são utilizados
para saúde e educação, dentre outras finalidades.

Estes são apenas alguns deles:

 Imposto Industrial

 Imposto Predial Urbano (IPU)

 Imposto de SISA

 Imposto Sobre Rendimentos do Trabalho (IRT)

 Imposto Sobre Aplicação de Capitais

 Imposto de Selo

 Imposto de Consumo

 Imposto sobre Sucessões e Doações

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IMPOSTO INDUSTRIAL

O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer


actividade de natureza comercial ou industrial, ainda que acidental. São consideradas sempre de
natureza comercial ou industrial as seguintes actividades:

Exploração agrícola, aquícola, avícola, silvícola, pecuária e piscatória;

Mediação, agência ou representação na realização de contratos de qualquer natureza;

Exercício de actividades reguladas pelas entidades de supervisão de seguros e supervisão


de jogos, pelo Banco Nacional de Angola e pela Comissão de Mercado de Capitais;

Sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de imóveis,


participações sociais ou outros títulos;

Fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de beneficência.

IMPOSTO PREDIAL URBANO

Este imposto incide sobre as rendas dos prédios urbanos quando arrendados ou sobre o
valor patrimonial dos prédios quando não arrendados.

Para efeitos deste imposto, prédio urbano é toda a fracção de território (terrenos)
incluindo as construções neles assentes com carácter de permanência (seis meses ou mais) que
estejam afectos a qualquer fim que não sejam a agricultura, silvicultura e pecuária.

IMPOSTO DE SISA

O imposto de Sisa pode incidir sobre:

Transmissões de propriedade ou de qualquer direito constituído a título oneroso sobre os


bens imobiliários.

Promessas de compra e venda logo que verificada a tradição.

Arrendamentos de longo prazo (superiores a 20 anos).

Entradas em espécie para o capital social de sociedades.

Aquisição de 75% ou mais em sociedades por quotas, em nome colectivo ou em


comandita simples.

Nos contratos de locação com a cláusula vinculativa para ambas as partes de que o
imóvel, objecto do contrato, passará a ser propriedade do arrendatário depois de satisfeitas todas
as rendas pactuadas.

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Salvo determinadas excepções, o imposto é devido pelo adquirente.

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO TRABALHO (IRT)

O novo CIRT segmenta os rendimentos de trabalho em grupos de tributação,


nomeadamente, Grupo A, B e C

Incidência objectiva

Grupo A - Todas as remunerações pagas pela entidade patronal aos trabalhadores por
conta de outrem, incluindo funcionários públicos;

Grupo B - Todas as remunerações pagas aos trabalhadores por conta própria, que
desempenham, de forma independente, actividades profissionais constantes da tabela de profissões
anexa ao Código, bem como os rendimentos percebidos pelos titulares de cargos de gerência e
administração ou de órgãos sociais de sociedades.

Grupo C - Todos os rendimentos recebidos pelo desempenho de actividades industriais e


comerciais, que se presumem todas as constantes na tabela de lucros mínimos em vigor.

Incidência Subjectiva

Rendimentos de:

a) Pessoas singulares

b) Com ou sem residência em Angola

C) Cujos rendimentos sejam obtidos por serviços prestados a pessoas singulares ou


colectivas com domicílio, ou estabelecimento estável em Angola.

IMPOSTO SOBRE APLICAÇÃO DE CAPITAIS

O Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) incide sobre os rendimentos provenientes


da simples aplicação de capitais. Os rendimentos estão divididos em duas secções, A e B,
respectivamente.

Secção A

Os juros de capitais mutuados, qualquer que seja a forma de apresentação; os


rendimentos de contrato de crédito e os rendimentos originados pelo diferimento na prestação ou
mora no pagamento.

Secção B

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Os lucros dos sócios das sociedades comerciais e cooperativas; juros de obrigações
emitidas pelas sociedades; juros de suprimentos; saldo de juros apurados em conta corrente;
importância atribuídas a empresa pela suspensão da sua actividade; rendimentos de contratos de
conta em participação; emissão de acções com reserva na subscrição; Royalties; juros de depósitos
a ordem e a prazo; juros dos títulos do Banco Central, bilhetes do tesouro e obrigações do tesouro;
prémios de fortuna ou azar, rifas, lotarias, apostas; mais-valias.

IMPOSTO DE SELO

O IS incide sobre todos os actos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis, operações
e outros factos previstos na tabela anexa ao código.

Incidência Subjectiva

Estão obrigados a liquidar e entregar o imposto ao Estado os notários conservadores dos


registos civis, comercial, predial, instituições de crédito, sociedades financeiras, locadores,
arrendatários e subarrendatários, o empregador, seguradoras, segurados, o trespassante, o titular do
rendimento decorrente de um acto. Do mesmo modo, são também sujeitos passivos as (i)
entidades concedentes de crédito e de garantias ou credoras de juros, prémios, comissões e outras
contraprestações derivadas de contratos de natureza financeira, (ii) entidades mutuárias, (iii)
locadores, no âmbito de contratos de locação financeira, (iv) locador e sublocador, nos
arrendamentos e subarrendamentos, (v) empresas seguradoras, (vi) entidades emitentes de letras e
outros títulos de crédito como cheques e livranças, (vii) segurados, (viii) outras entidades que
intervenham em actos, contratos ou operações.

IMPOSTOS DE CONSUMO

O efeito de incidência de Imposto de Consumo, são bens produzidos em Angola aqueles


cujo processo de produção teve o seu termo em território nacional.

Não estão sujeitos a Imposto de Consumo:

 Produtos agrícolas e pecuários não transformados;


 Produtos primários de silvicultura;
 Produtos de pesca não transformados;
 Produtos minerais não transformados.

IMPOSTOS SOBRE SUCESSÕES E DOAÇÕES

Este imposto incide sobre a transmissão gratuita dos bens mobiliários e imobiliários. As heranças,
legados, donativos e aquisições destinadas ao Estado; Institutos públicos (museus, bibliotecas e
escolas, hospitais); serviços municipais; instituições de caridade e beneficência;

Aquisições de propriedade literária e artística;

Pensões pagas por instituições de beneficência;

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Transmissões de valor inferior à 2 UCFs a favor de descendentes, ascendentes ou
cônjuges;

Partidos Políticos ou Coligação de Partidos com Assento na Assembleia.

O imposto, como mencionado, tem o condão principalmente de fazer o Estado funcionar


e deixar os cofres públicos com dinheiro, para pagamento das obrigações.

O Estado pode criar um novo imposto ou extinguir algum existente. Lembrando que
todos os impostos são definidos em lei, não sendo apenas uma mera decisão do Poder Executivo.

IIº MÓDULO
PRÁTICA

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