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Topico 1-0s principios da Dinamica 133

ciente para deserever completamente os fenomenos


fisicos conhecidos, desenvolveu o Cálculo Diferen- Aceleradissimos!
Tópico 1 cial Integral, abrindo novos horizontes aos
pesquisa-
dores. Segundo Voltaire, Newton seria "'o maestro
regeria a orquestra quando, um dia, todos os gêniosque
do

da Din mica mundo se reunissem".

Os principios Albert Einstein (1879-1955).


Alemao de Ulm, publicou, em 1905,
a Teoria da
Relatividade ao descoDrr
que os principios da Mecanica
Clássica de Galileu e
eram
Newton
inadequados para descrever
movimentos de corpos a velocidades
proximas à da luz no vácuo
(c 3,0 10 m/s). Na sua teoria, os
conceitos de comprimento, massa e
Bloco 1 base da lógica e muitas de suas citações sobre os mo.
tempo adquiriram caráter relativvo,
ja que dependiam da velocidade do Os dragsters são veiculos capazes de arrancar com

dos carros
corpo considerado. Einstein, homem àcelerações elevadissimas se comparadas às
genial, foi distinguido com o Nobel 8
vimentos tiveram, no minimo, relevância histórica, iá Comuns, conseguindo atingir 500 km/h em apenas s,
1. Introdução iniciar de Fisica, em 1921, por trabalhos
9ue estimularam outros pensadores a depois de partirem do repouso. Isso se deve a um motor
Vivemos em um universo em
movimento. Uald lis sobre o efeito fotoelétrico. Estudou
instalado em uma estrutura
mesmo acontece
com
Pla"
estrelas.Uma
cussao mais fundamentada sobre o assunto. Mecanica Quäntica e estabeleceu especial, de grande potència,
xias se movem. o
cometas e meteoros. Galileu Galilei (1564. a relação de transformação de massa
em energia, o que, para sua
leve e de aerodinàmica adequada. Para obter essa
netas, asteróides,
sat lites, tristeza, serviu de base para a
construção das bombas atômicas.
caminhando, um onibus 1642). Italiano de Pisa, é con- aceleração, os dragsters requerem uma força propulsora
em queda, uma pessoa
pedra movimentando no in- siderado o fundador da Ciên. externa que é aplicada pelo solo sobre as rodas motrizes
um eletron se Dinmica é a parte da Mecânica que estuda os
A
se deslocando ou
de particulas são situações de cia Moderna pela introdução traseiras.
terior de um acelerador movimentos, considerando os fatores que os produ-
analise compreensão. do método científico
movimento que exigem
e
com zem e modificam. Nessa
parte da Fisica, aparecem as
fascinam o espirito indagador
movimentos preensão e comprovação das leis que regem os movimentos, envolvendo os concei-
Os
humano desde os mais remotos tempos. Muitos pen- leis da natureza por meio da tos de massa, forçae
sadores formularam hipóteses na tentativa de expli-
energia, dentre outros. Em nosso
experimentação sistemática. curso. abordaremos a chamada
Mecänica
Clássica. 3. Conceito de força resultante
cá-los. O filósofo grego Aristóteles apresentou teorias Estudou a queda dos corpos e que é baseada nos pensamentos de Galileu e Newton.
que vigoraram por muitos séculos, pois se adequavam inventou uma série de instru No final do volume 3, apresentaremos os fundamen- Consideremos o arranjo experimental representa-
ao pensamento religioso da época. Posteriormente, tos da Mecânica Relativística de Einstein. do na figura abaixo, em que um bloco, apoiado em
entretanto, suas idéias foram em grande parte refu- mentos cientificos ligados à
Hidrostática e à Astronomia.
uma mesa horizontal e lisa, é puxado horizontalmente
tadas por Galileu Galilei. Depois deste, seguiram-se pelos garotos A e B
Desenvolveu o telescópio, que lhe permitiu observar
Isaac Newton e Albert Einstein, que deram sustenta- a Lua, os anéis de Saturnoe as manchas solares. Deu
2.0 efeito dinâmico de uma força garoto A puxa o bloco para a direita, aplican-
ção matemática ás teorias já existentes e ampliaram o do-lhe uma força F. O garoto B, por sua vez,
forte apoio à teoria heliocêntrica de Copérnico, o que Na Cinemática, estudamos diversas puxa
conhecimento sobre os movimentos. The custou enfrentamentos com a lgreja, a qual Ihe que a aceleração vetorial não era nula, ou
situaçoes em o bloco para a
esquerda, exercendo uma força Fa
Aristóteles (384 a.C. seja, as par
tículas movimentavam-se com velocidade vetorial Esquematicamente, temos:
obrigou abjurar perante
-

a um tribunal da
322 a.C.). Considerado um
Isaac
Inquisiçao
Newton (1642 variável. Eo que acontece, por exemplo, nos movi-
dos maiores pensadores do mentos acelerados, em que há aumento do módulo da
1727). Ingles de
Woolstorpe,
Ocidente, nasceu na Gré-
cia, na cidade de Estagira
fundamentou-se nos trabalhos velocidade no decorrer do tempo. Entretanto,
movimentos de aceleração não-nula foram
esses

de Galileu para apresentar as apresenta-


(hoje Stavros), dominada leis do movimento em
dos sem que fosse feita uma pergunta fundamental:
seu
na época pelos macedô- vro Philosophiae Naturalis
quem é o agente fisico causador da aceleração? E a
nios. Discipulo de Platão, resposta aqui está: é a força.
durante grande parte da sua
Principia Mathematica. Ela-
Somente sob a ação de uma força é que uma par-
vida viveu em Atenas, onde borou a importantíssima Lei
ticula pode ser acelerada, isto é, pode experimentar
da Atração das Massas, que
produziu uma obra de im- variações de velocidade vetorial ao longo do tempo.
deu à Fisica e à Astronomla
portância fundamental para Diz-se, então, que:
o desenvolvimento do pensamento humano, explicações essenciais. For
do
praticamente todos os
abrangen- mulou teorias sobre Optica e
Força é o agente fisico cujo efeito dinámico éa
assuntos de interesse Se A puxasse
para estudou apenas o bloco, seria acelera-
a Filosofia e a ciência. Seus postulados constituem a
a
decomposição da luz branca nos
prisi aceleração. do para direita,
este
Ao perceber que a matemática da época era
a com aceleração a. Se, entretanto,
n
135
Tópico 1-Os principios da Dinâmica
134 PARTEII-DINAMICA a
n

para
NÍvEL 2
cxERCÍCIOS
acelerado
seria
este
o bloco,
apenas B puxasse

esquerda,
com
aceleraçao ag o
bloco
conyuntamen-

sendo
que A
e B puxem
uma
aceleraçao

3 (ESPCEX-SP mod.) Com base no sistema de forças coplana- Os esquemas seguintes mostram um barco
Supondo final D(PUC-SP) usadas cordas que
como
produto
diversas. Tudo
depen- res de mesma intensidade, representado abaixo, indiquea alternati- retirado de um rio por dois homens.
Em (a), são
F> Em (b),
o b s e r v a r e m o s

e, características
va Correta: forças paralelas de intensidades
F, e

a, que poderá
ter
comnparada
å de g: transmitem aobarco
inclinadas de 90° que
transmitem ao barco forças de
intensidade
de F para a
direita:
são usadas cordas
dera da a dirigida desse sistema de forças é a intensidades iguais às anteriores.
Se >F3|,
notaremos

A resultante (F) Soma


forças que o compõem:
teremos a=0; vetorial das n

se E=|Fgl, será orientada pata a


esquerda,
for- 120° 60
se F|<|FB!,
A força
resultante de F e

imprime
a
F, equivalea o
uma

bloco a F-F+F F, 120


atuando sozinha,
ça
unica que, imprimiriam
se
agt5 Nota:
aceleração a que Fj e FB mais agir na particula,
nao é u m a força
a a
mesma F
esuante a) Féresultanteda soma de F,eF
resultado de umå adição vetorial.
submetida
sem em conjunto. lado o
ao Fé apenas
Considere a partícula da figura b) E+F+F=0. (al
sistema de n forças. ) Eéresultante da soma de F, FeF
à ação de um

d) F+F+F=0.
NÉvEL 1 e) Fé resultante da soma de F, eF
EXERCÍCIOS 4Um ponto material
90
Respondemos, finalmente, que as características de Fy são:
trés forças, F,F e
está sob a ação das forças co
particula está sujeita açoe desao perpendiculares
å
1ER Uma intensidade: 10 N;
nula. Sabendo que F, t planares eindicadas
Fy Cuja resultante éintensidades
respectivamente, 6,0 N e
valem,
direção: a mesma da resultante de F e Fzi
na ngura ao lado. F 66N
entre si e que suas

8,0N, determine as
caracteristicas de sentido: contrário ao da resultante de F, e Fz Sabendo que as intensidades
de F, Fe F, valem, respecti en 6 :0,80 (b)
vamente, 100 N, 66 Ne 88 N, 38N Cos = 0,60 ao barco tem
Resolução: 2 Nos esquemas de l a IV, é representada uma particulae todas Sabe-se que, no caso (a), a força resultante transmitida
calcule a intensidade da força valor 700 Ne, no caso (b), 500 N. Nessas condições, calcule F, e F>
Inicialmente, temos que as forças que agem sobre ela. As forças tém a mesma intensidade Fe resultante do sistema.
estão contidas em um mesmo plano. Em que caso (ou casos) a fora
Se a resultante de trés forças aplicadas em uma particula é nula, resultante na partícula é nula?
então as trs forças devem estar contidas no mesmo plano.
.
180
No caso, F ef determinam um plano. A força F (equilibrante
soma de F, e F) deve pertencer ao plano de F, e de F,e, além disso,
da Bloco 2
seroposta em relação à resultante de , e Considere, por exemplo, a situação da figura abai-
4. Equilibrio de uma partícula xo, em que um homem pendurou no teto de uma sala
* * *

Dizemos que uma particula está em equilíbrio em


uma pequena esfera, utilizando um cordão. Suponha
relação a um dado referencial quando a resultante das que ele tenha associado a um dos cantos da sala um
forças que nela agemé nula. referencial cartesiano, formado pelos eixos x (abscis-
sas), y (ordenadas) ez (cotas).
III. Distinguem-se dois tipos de equilibrio para uma
partícula: equilíbrio estático e equilibrio dinâmico.

Equilibrio estático

Dizemos que uma partícula está em equilibrio es


. tático quando se apresenta em repouso em relação a
A intensidade de
F, pode ser calculada pelo Teorema de Pitágoras: um dado referencial.

P-R+ R=(6,0P+(8,0 120 120°


Estando em equilibrio estático, uma particula
Se a posição da esferaé invariável em relação ao re-
ferencial adotado, temos aí uma situação de
tem velocidade vetorial constante e nula (V = cons- equilíbrio
610N tante = 0).
estático. A esfera está em repouso (velocidade vetorial
nula) e a esultante das forças que nela agem é nula.
percorre da Dinâmica 137
136 PARTE I| - DINAMICA tempo, a
particula
Topico 1-Os principios
Por algum
For que a particula pára Pa
taforma
até parar.
resistentes que se opõem. Issa Livre de ações gravitacionais cotidiana, passa- o
deve às
forças significativas e com arranca e, c o m o s e
diz na linguagem
se entre a particSey sistemas propulsores desligados, a nave encontra- está mani-
força de atrito, os Nesse instante, ele
movimento:
a
gciro é jogado para trás.
e a força de resio se em equilibrio dinâmico. pois tende
em
continuar,
superficie da plataforma,
exercida pelo ar.
istència festando inércia de repouso,

relação á Terra, parado no m e s m o


a

lugar. E importante
agora, que seja
feito um poli
bom Irisar que, e m relação à Terra, o passageiro não foi "jo-
Suponha,
reduzir a intensida seu corpo apenas manifes
to na superticie, de
modo a gado para trás": na realidade,
velocidade nula.
atrito atuante na particula. Repetindo o experim tou uma tendéncia de manter a

observamos'? Nesse caso, a partícula des Vamos supor ainda que o ônibus esteja viajando
o que estrada retilinea, plana e horizontal, com

e percorre, na plataforma horizontal, um por uma


do
rampa
no
espa
caso anterior. Isso se deve à m
velocidade de 60 km/h. Quanto vale a velocidade
ço maior que menor à Terra? Tamb m
resistência ao movimento.
passageiro, nesse caso, e m relação
bruscamente e o pas-
60 km/h. Então, o ónibus freia
Se fosse possivel eliminar completamente o at ele
atri sageiro é "atirado para a frente". Nessa situação,
to e a resistência do ar, o que ocorreria se, mais u pois tende
ma está manifestando inércia de movimento,
vez, a partícula fosse abandonada no ponto A? Agor com a mesma veloci-
Representação artistica de nave espacial em MRU equilibrio a continuar, em relação à Terra,
ela desceria a rampa aceleradamente e, na platafo retilineo e uniforme.
dinamico.
dade (60 km/h), em movimento
E importante destacar que, em relação á Terra, o pas-
ma horizontal, mover-se-ia indefinidamente, já que
plataforma é suposta infinita. Durante o moviment
ento
Um jato e quatro forças! sageiro não foi "atirado para a
frente": na realidade,
tendência de man-
na plataforma, particula estaria livre da ação de
a Seu corp0 apenas manifestou uma
ter a velocidade anterior à freada.
uma força resultante, pois não haveria força alguma do
favorecendo o movimento ou opondo-se a ele. Soh passageiro entrará em movimento a partir
de 60 km/h se receber
repouso ou será freado a partir
resultante nula, a partícula seguiria com
velocidade do meio que o cerca uma força. Só com a aplicação
a de duas forças: a da vetorial constante e não-nula, isto e, seguiria em m0
Esta rocha apresenta-se em repouso sOb açao adequada è que suas tendencias
de uma força externa
qravidadeeade sustentação.A
situaçao
resultantedessas duas torças
equilibrio
de estätico.
e nula, vimento retilineo e uniforme.
inerciais ser o vencidas e, conseqüentemente, sua ve-
o que possibilita a Nas condições do ültimo caso, temos, no trecho
locidade vetorial será alterada.
horizontal, uma situação de equilibrio dinâmico. A partir do que foi exposto, podemos concluir:
Equilibrio dinâmico Outro exemplo em que se pode analisar o equili
brio dinâmico é o lançamento de uma nave espacial Tudo o que possui matéria tem inércia.
da Terra rumo a um astro distante. Inicialmente, seu A inércia é uma característica própria da matéria.
Dizemos que uma particula está em equilibrio di-
movimento é acelerado, pois os sistemas propulsores
namico quando se apresenta em movimento retilineo Um jato comercial, em velocidade de cruzeiro
estão em franco furncionamento. E ainda:
e uniforme (MRU) em relação a um dado referencial.
aproximadamente 900 km/h), viaja em altitudes próximas
de 10000 m, em movimento praticamente retilíneo e Para que as tendências inerciais de um corpo sejam
Estando em equilibrio dinâmico, uma partí-
uniforme. Na aeronave em voo, agem quatro forças vencidas, é necessária a intervenção de força externa.
cula tem velocidade vetorial constante e não-nula
principais: a da gravidade, a propulsora, a de sustentação
(V constante # 0). ea de resistência. No caso de movimento retilineo e
Considere, por exemplo, uma rampa seguida de uniforme, a resultante desse sistema de forças é nula, 6. 0 Principio da Inércia
umaplataforma plana, horizontal e infinitamente lon- tratando-se, portanto, de uma situação de equilibrio
ga. Uma partícula parte do repouso no ponto A, desce
arampa em movimento acelerado e atinge a platafor
dinamico. (1 Lei de Newton)
Este principio está implícito nos itens anteriores.
ma horizontal.
5. Conceito de inércia Vamos agora formalizá-lo por meio de dois enuncia-
dos equivalentes.
Inércia é a tendência dos corpos em conservar sua
velocidade vetorial. 1 Enunciado
Representação artística de nave espacial em movimento acelerado.
Exemplifiquemos o conceito de inércia abordando Se a força resultante sobre uma partícula é nula, ela

Ao
uma situação conhecida de todos: trata-se do corri- permanece em repouso ou em movimento retilíneo e
atingir regiões do espaço onde as influencia" no corredor uniforme, por inércia.
queiro caso do passageiro que viaja pé
de
gravitacionais são desprezíveis, entretanto, os SIS de um ônibus.
Rampa mas propulsores podem ser desligados. Com ese Suponhamos que o ônibus esteja parado diante
de Como exemplo, admitamos um grande
lago con-
Sistemas desligados, a nave não velocidades do ônibus e gelado, cuja superficie é perfeitamente lisa, plana
vimento
pára, segue em um Quanto valem as
semáforo.
retilineo e uniforme, mantendo do passageiro em relação à Terra? Zero! Então,
o ônibus horizontal. No local, não hápresença de
Plataforma velocidade que tinha no instante do constan ventos e a in-
desligamento.
138 PARTE II - DINAMICA
fio inextensível Tópico 1-Os princípios da Dinâmica 139
esa por
um
eali
bloco, ligado
a
l P (MCU) em
torno
unirorme

no circular e
caminhão parado movimento
do ar é desprezível. Num motorista
um
uencia nula. Se o
é do centro O
go,
ttentar
a 1orça
a r r a n c a r com o
resultante

veículo, não conseguira,


pois,
permane
FAÇA VOCË MESMO A
devido à inexistência de atrito, o caminhão Consiga uma pequena placa retangular bem lisa, de acrílico
cerá "patinando", sem sair do lugar. ou papela0, uma moeda e um
copo.
Coloque a oeda sobre a placa e esta sobre a boca do
copo,
MCU
apoiando todo o conjunto em cima de uma mesa, conforme suge-
re a fotografia.
Puxando vigorosa e rapidamente a placa, na direção
horizon
tal, você perceberá a moeda cair dentro do copo, atingindo seu
fundo.
A explicação para o ocorrido é a seguinte: durante a retirada
da placa, a força resultante na moeda é aquela recebida do
pla-
no de apoio, que, além de não ter intensidade expressiva, atua
durante um intervalo de tempo muito pequeno. Por isso, nesse
resultante for nula, o
curto intervalo de tempo, a moeda mantém-se praticamente em
Quando em repouso, enquanto a força Nesse caso, embora tenha módulo constante, a ve.
caminhão permanecerá em repouso, por inércia. repouso, por inércia. Após a retirada da placa, entretanto, a força
locidade vetorial do bloco varia em direção de ponto
da gravidade (peso) faz com que a velocidade vertical da moeda
para ponto da trajetória. Quem provoca essa variação cresça a partir de zero, vencendo sua inércia de repouso, condu-
Vamos supor, no entanto, que, de algum modo, na direção da velocidade do bloco? E a força aplicada zindo-a ao fundo do
o caminhão seja colocado em movimento. Nesse pelo fio que, em cada instante, tem a direção do raio
copo
caso, sua velocidade será constante, ou seja, o veí- da circunferência e está dirigida para o centro 0. É ela
culo seguirá em linha reta, em movimento uniforme.
quem mant m o bloco em moVimento circular.
Se o motorista virar o volante para qualquer lado ou
acionar os freios, nada ocorrerá. Pelo fato de a força
Suponha que, em dado instante, o fio se rompe. exERCÍcIos NÍVEL 1
O bloco "escapará pela tangente", passando a descre
resultante ser nula, o movimento do caminhão não 6 Em relação a um referencial inercial, tem-se que a resultante Quando a bolinha passa pelo ponto P, o cordão que a prende ao prego
será afetado. ver, sobre a mesa, um movimento retilineoeuniforme arrebenta. A trajetória que a bolinha então descreve sobre a mesa é:
de todas as forças que agem em uma particula é nula. Então, é correto
(MRU).
ahrmar que e)
MRU a) a particula está, necessariamente, em repouso;
a particula está, necessariamente, em movimento retilineo
b forme; e uni-

C) a particula esta, necessariamente, em equilibrio estático;


d) a particula está, necessariamente, em equilibrio dinámico;
a particula, em movimento, estará descrevendo trajetória retilinea 3)
MRU com velocidade constante.

Indique a alternativa que está em desacordo com o Principio da


Inércia.
a) A velocidade vetorial de uma particula só pode ser variada se esta 9 Superman, famoso herói das histórias em quadrinhos do
estiver sob a ação de uma força resultante não-nula. cinema, acelera seu próprio corpo, freia e faz curvas sem e
Quando em movimento, enquanto a utilizar
caminhão seguirå em movimento força resultante for nula, o b) Se a resultante das forças que agem em uma particula é nula, dois sistemas propulsores, tais como asas e
foguetes,
dentre outros. t
retilineo e unitorme, por inércia. cinemáticos são possiveis: repouso ou movimento retilineo
estados
e uniforme.
possivel a
existència de um herói como o Superman?
sua resposta em leis físicas.
Fundamente
Uma particula livre da ação de uma força externa resultante é inca-
2 Enunciado paz de vencer suas tendências inerciais. 10 Analise as proposições a seguir
d) Numa partícula em movimento circular e uniforme, a resultante das L. Ocinto de segurança, item de uso
Pode-se concluir,
exercida
então, que, eliminada
forc a forças externas não pode ser nula.
obrigatório no trånsito brasileiro,
visa aplicar aos corpos do motorista e dos
Um pelo fio, o bloco torna-se e) Uma particula pode ter movimento acelerado sob força resuitante nula. passageiros forças que
SO, variar sua velocidade vetorial. Eleincapaz
corpo livre de uma de, pot contribuam para vencer sua inércia de movimento.
incapaz de variar sua própriaforça externa resultante é
por
Il. Um cachorro pode ser acelerado simplesmente puxando com
velocidade vetorial. cia, em
trajetória reta com velocidade segue, in 8 (Cesgranrio-RJ) Uma bolinha descreve uma trajetória circular boca a guia presa à coleira atada em seu
a

pescoço.
para variar a velocidade constante
Note que, sobre uma mesa horizontal sem atrito, presa a um prego por um cor I. O movimento orbital da Lua ao redor
Para entender o da Terra ocorre por inércia.
Principio da corpo, necessária a
é vetorial de dão (figura seguinte). Estão corretas:
analisemos o exemploInércia
de vista,
to sob esse
tante, fruto das ações intervenção
Suh a) ,llelll;
pon- de uma força i
Na
figura
a
seguir, está
a
seguir. Sozinho (livre de
de agentes
externos ao corpo
b Somente l e ll;
plana, horizontal e representada uma mesa força )Somentell e l;
movimento mantém resultante externa), um
rpo
perfeitamente lisa, sobre a qual um em
velocidade vetorial co nstante,
d) Somentele ll;
e) Somente l.
por inércia.
Uepa) Na parte final de seu livro, Discursos e demonstraçoes
concernentes a duas novas ciencias, publicado em 1638, Galileu Galilei
trata do movimento de um
projétil da seguinte maneira
Bloco 3 Tópico 1- Os principios da
Dinâmica 141
Duponhamos um corpo qualquer, lançado ao longo de um plano ho-
rizontal, sem atrito; sabemos... que esse corpo se moverá
mente ao
indehnida
longo desse mesmo plano, com um movimento uniforme e
7.0 Principio Fundamental
perpétuo, se tal plano for limitado." da Dinámica
O principio fisico com o
acima é:
qual se pode relacionr o trecho destacado (24 Lei de
Consideremos uma particula Newton) Ou, de forma
aF2=m a
a) Principio da Inércia ou 12 Lei de Newton.
o uma força resultanteF. O submetida à ação de genérica:
b) o Principio Fundamental da Dinamica ou 22 Lei de Newton. aconteça com essa que devemos esperar
c)o Principio da Ação e Reação ou 3° Lei de Newton. ração a, isto é, partícula? Ela adquirirá uma que = m >F=ma
decorrerexperimentará
Solo acele- Escrevendo essa expressão na forma
d) a Lei da Gravitação Universal. com o
do variações de
velocidade vetonal, temos:
e) o Teorema da Energia Cinética. Supondo que o movimento do avião seja uniforme, analise asn Supondo que Ftempo.
ções a seguir e identiique as corretas: as propos
direita, qual serå seja horizontal dirigida para e F m
12 Arespeito de uma (01) Oavião está em equilibrio dinàmico. a direção sentido de
a
experiencia que a terá a mesma
e o a
partícula em equilibrio, examine as proposi a?
ções abaixo (02) P+5+F +R =0 seja, será horizontal para a direita. orientação deMostra Tendo
F, ou damental
em
da
vista o
exposto, cabe ao Principio Fun-
L. Não recebe a ação de forças. (04) F= R|+|P|sen 8 Dinâmica (23 Lei de Newton) o
I1. Descreve enunciado:. seguinte
trajetória retilinea. (08) IS= P|
IMI. Pode estar em (16) Oaviäão est em movimento, por inércia.
repouso. Se F é a resultante
V.Pode ter altas velocidades. De como resposta a soma dos Se F é a das forças que
numeros associados às
proDOsic resultante das particula, então, em conseqüência deagem
em uma
São corretas
a) todas
corretas. DSiçbes partícula, esta adquire uma forças que agem em uma
aceleração
F, a
adquire na mesma direção e no mesmo partícula
b) apenas e ll; 15 Nas situações 1 e 2
orientação que F, isto é, tem a
de mesma
força uma aceleração , cujo módulo é
sentido da
esquematizadas a seguir, um mesmo ble mesmo sentido que F. mesma direção e o
proporcional à intensidade da força. diretamente
C)apenas e l; co de peso P é apoiado sobre Se
a
superficie plana de uma
Que
mesa, aumentarmos a intensidade de A expressão matemática da
d) apenas ll e V; mantida em repouso em relação solo horizontal. No caso
ao rerá? Verifica-se F, o que ocor 22 Lei de Newton é:
1,o bloca que esse
e apenas , ll e V. permanece parado e, no caso 2, ele desce a mesa
com velocidade vetorial constante. inclinada, deslizando diretamente proporcional aumento provoca aumento
no módulo de F =m
cula experimenta ä. A
13 (Puccamp-SP) Submetida à variações de velocidade cadaparti-
ação de trës forças constantes, uma maiores, para um mesmo intervalo vez No SI, a unidade de
massa é o
particula se move em linha reta com movimento uniforme. A Considere o exemplo
de tempo. quilograma (kg),
figura que corresponde à massa de um
abaixo representa duas dessas
forças: Repouso que uma mesma esquematizado abaixo, em de platina iridiada, protótipo cilíndrico
partícula é
submetida, sucessivamen- conservado no Bureau Internacio-
te, à ação das forças resultantes nal de Pesos e
Medidas, em Sèvres, na França.
F 12 N
qüentemente, como já dissemos, aFpartícula
F, e F. Conse-
irá adqui-
Para se ter uma
noção simplificada da unidade
rir, respectivamente, as quilograma, basta considerar l litro de
acelerações â, , e
a que tem massa de I
água pura,
quilograma, a 4 °C.

Caso 1

Aterceira
F=5 N
força tem módulo: leite pasteurizado
a5. Movimento tipo o
b) 7.
12 Assim, se F> F,> F, devemos ter a, > a > a.
d) 13.
e) 17. Lembrando que o módulo da aceleração é diretamente
proporcional å intensidade da força, podemos escrever
14 0aviäo Um litro de leite tipo C, que tem
modo que esquematizado na figura está em vôo ascendente, de E-k uma grande porcentagem de
sua
trajetória é uma reta ågua, apresenta massa muito
relação ao solo, admitido plano e x, inclinada de um ångulo 0 em Caso 2
a a2 proxima de1 kg.
recebe a ação de quatro forças: horizontal. Nessa situação, o avião em que k é a constante da proporcionalidade.
P:força da gravidade ou peso (perpendicular ao solo); Sendo
F,eF2as forças totais de contato que a mesa aplica A constantek está ligada à dificuldade de se pro- Outras unidades de massa freqüentemente usadas
S:força de sustentação do ar co nos
casosle2, respectivamente, aponte a sobreo duzir na particula determinada aceleração, isto é, refe- são:
F:força propulsora (na direção(perpendicular a x); alternativa incorre
de x; a)F=P d) F=F
re-se å medida da inércia da particula. Essa constante grama (g): 1g=0,001 kg = 103 kg;
R:força de resistência do ar (na b) F=-P
F P
denomina-se massa (inercial) da particula e è simbo- miligrama(mg): I mg=0,001 g= 10 kg;
direção de x). lizada por m. Daí segue que: tonelada (t): 1t=1000 kg= 10* kg.
c)F,é perpendicular ao solo.

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