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Dois séculos a.C.

, a Ibéria, território peninsular localizado ao extremo sudoeste


da europa, era dominada por Cartago, uma das principais inimigas do processo
expansionista romano e, consequentemente , do seu desenvolvimento como
império. Dessa forma, essas potências estavam em conflito direto, também
conhecida como Guerras Púnicas, e, ao perceber que Cartago se fortalecia por
meio do seu domínio da Ibéria, com minerais e escravos, Roma empreende na
busca de conquistar o território já dominado pelo seu oponente. Porém, Roma com
grande vocação militar, consegue o domínio da Ibéria após a tentativa frustrada de
Cartago ao invadir território romano. Como consequência, muitos conflitos
ocorreram no território antes que a conquista fosse efetivada. Assim, a população
que formava a Ibéria, que eram os povos originários da região, a exemplo dos
lusitanos, Iberos, celtas , dentre outros, sofreram com esses conflitos.
Nesse sentido, inicialmente houve um contato pacífico entre Roma e os povos
originários, especialmente com os lusitanos. Todavia, a situação muda quando o
império latino começa a estabelecer vínculos mais permanentes, como vilas,
fazendas, entre outros. Como consequência, ocorrem conflitos entre íberos e
lusitanos contra os romanos, por causa do crescente desejo de Roma em
permanecer no local pela sua localização estratégica. Inicialmente, pela sua política
de tentar manter a paz, Roma busca estabelecer diálogo com os ibéricos e propõe
duas condições: ou ceder pacificamente, ou enfrentar uma batalha pelo território.
Assim, por não cederem, houve um derramamento de sangue dos povos originários.
Diferentemente dos ibéricos, Roma possuía um processo civilizatório mais
avançado. Dessa forma, ao entrar em contato com esses povos, os romanos
perceberam diferenças essenciais em seus modos de vida. Enquanto os ibéricos
ainda usavam peles de animais, viviam dispersos, em cavernas e tendas e eram
analfabetos, os romanos usavam tecido como a seda para suas indumentárias,
eram um povo unido por um poder político e possuíam uma língua em que eram
alfabetizados nela. Como consequência do supracitado, muitos ibéricos se viram
persuadidos a aderirem ao estilo de vida romano. Assim, Roma tenta mais um
acordo, em que os que aceitarem o domínio teriam os privilégios e direitos de um
verdadeiro cidadão latino. Por fim, muitos ibéricos cederam ao poder romano e
começaram a galgar de sua nova cidadania.
Mediante ao exposto, com a conquista, o império latino trouxe e cultivou inúmeras
influências no continente ibérico, que permanecem até os dias atuais. Nesse
sentido, por exemplo, o direito romano foi base para a construção de diversas
constituições no ocidente, principalmente na Europa, no qual é herança da
influência românica em seus territórios conquistados. Ademais, outras heranças
importantíssimas para o território ibérico são as artes em geral, com um destaque
especial para a literatura e a arquitetura, a exemplo dos Lusíadas de Camões,
literatura de cunho épico, herança greco-romana, e também monumentos
construídos por Roma que permanecem até os dias de hoje como verdadeiros
museus da antiguidade, visto que, historicamente, Portugal se manteve neutro na
maioria das guerras,conservando sua rica arquitetura. Continuamente, um dos
maiores pilares para a civilização ocidental é o alfabeto latino e suas influências, no
qual boa parte das línguas contemporâneas têm o Latim como língua mãe, como,
por exemplo o português e o espanhol, sendo as línguas mais utilizadas no território
ibérico. Por fim, a própria forma de organização social é impactada até hoje pela
influência românica, desde o direito constitucional, como dito anteriormente, até às
bases econômicas, sociais e religiosas.

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