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e Editora UFJF, 2013

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MARIANA BENlcÁ
Estudos de História e
Araujo, Saulo de Freitas.
Ecos do passado - estudos de História e Filosofia da Psicologia /
~ilosofia da Psicologia
Saulo de Freitas Araujo. - Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013.
200 p.

ISBN 978857672163-5

I. Psicologia - História. 2. Psicologia - Filosofia. L Título.

CDU 159.9(091)

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,
SUMARIO
Prefácio
Capo 06 - A Relação Corpo-Alma na Metafisica Alemã (I 720)
-07- de Christian Wolff

- 93-
Introdução
- 11 - Capo 07 - A Questão da Psicologia Empírica no Período Pré-
Crítico de Kant
Capo 01 - A Ciência Cognitiva e o Problema
- 117-
da Folk Psychology

- 19 - Capo 08 - O Novo Mistério de Searle, ou, Como Não Resolver


o Problema da Consciência
ap. 02 - O Conceito Freudiano de Representayão no
- 131 -
Texto Zur Auffassung der Aphasien (1891)

- 37- Capo 09 - Ciência, Psicologia e Filosofia em Edward Titchener

- 155-
ap. 03 - A Atualidade da Solução Wundtiana do
Problema Mente-Corpo
Capo 10 - O Ma~ifesto dos Filósofos Alemães
- 55-
contra a Psicologia Experimental:

Introdução, Tradução e Comentários


ap. 04 - Wundt como Assistente de Helmholtz na
Faculdade de Medicina de Heidelberg: Observações - 177-
Retificadoras
Conclusão
- 67-
- 195-
Cnp, O - Wilhelm Wundt e a Formação do Primeiro Centro
Internacional de Formação de Psicólogos

- 81 -
INTRODUÇÃO
A Psicologia Contemporânea Frente aos Ecos
do Passado

A existência e a autonomia institucional da psicologia constituem hoje


um fato objetivo e generalizado da sociedade ocidental. Pode-se dizer que,
a partir da segunda metade do século XX, a formação de um novo tipo de
cientista e/ou profissional- o psicólogo - passou a ser lugar comum nos mais
diversos países. De fato, é difícil encontrar na atualidade uma universidade
ou centro de ensino superior que não ofereça algum curso relacionado à
psicologia. Assim como é praticamente impossível encontrar um país ocidental
em que não haja a oferta de serviços psicológicos especializados, sejam eles
públicos ou privados. Além disso, não pode haver dúvidas de que se trata
aqui de um fenômeno em plena expansão, na medida em que a psicologia
é chamada a ocupar um lugar cada vez maior de destaque na solução de
problemas sociais (saúde pública, programas pedagógicos, intervenções em
conflitos, orientação e intervenção comunitária, etc.). Em suma, se olharmos
pela ótica da representatividade e das oportunidades de trabalho, parece não
haver motivos para um pessimismo em relação ao futuro.
Em que pese, porém, a presença generalizada e a crescente expansão da
psicologia e de suas aplicações práticas na sociedade contemporânea, há um
r:1torque, embora mereça séria e constante atenção, tem estado ausente não só
de muita dis ussões importantes sobre o estado da psicologia contemporânea,
mas também da pr pria ~ rrnação do psicólogo em geral. Eu me refiro aqui
:1 r ,fi 'xá) , ~ .ornprc 'l1sfi r ilativa aos fundam nt s teórico-conceituais da
p.~i'010 da '01110 d n 'ia ' '(111) profissão, ra, o qu ' pr 'S in iam s nos ur os
dl' p,~kol()f I, ""I11hrlll '111 I 011purt 'd()s 'V'I1IOS 'j '1111(1 'os Ia nr ';I ('ol1/,r 'SSOS,
"Illill: rios, 'li 'OI1II'(lS) " lima atitu I, ',111111 '111' .ontrdria a 'Sl:l m 'SI1l:1 P 'q\l '110 llvro, I':I ..~ IIl' I' .("1' '111 ,\ problemas lundnm 'llI:tls ti LI , a psi '01 lia
I -Ilcxâo, na 111 .dida '111 que a tentativa de j evantar I I'guntas fundamentais obr V'IlI '11('1' .ntundo ti 'sd ' o in] 'io para S' ionstituir corno ampo autônomo de
.1\ I ilH 'S de uma teoria ou intervenção psicológica é geralmente tomada como p 'S [uisas, . qu " ap .snr do S LI SI .sso in ritu ional e de sua inserção social,
umn pOSlU ra incômoda, atrevida ou até mesmo agressiva, Em outras palavras, é xmtinuam presences na práticas de investigação e atuação profissional do
P(),~s(v,I dis utir a metodologia e os problemas particulares de uma pesquisa ou psi ólogo. Podemos citar, por exemplo, o problema da falta de unidade e da
pr ti ':1 prof sional individual, mas jamais questionar se o campo geral ao qual 011 equente pluralidade teórica e metodológica da psicologia. Isso se deve,
,lIlu -ln p squisa ou prática pertence e que serviu de origem para os problemas em grande parte, às diferentes respostas que os psicólogos vêm dando ao
'~p vinis investigados ou tratados está bem fundamentado, e se os seus defensores problema teórico mais básico de sua disciplina: o que é psicologia? O que
'SI,IO 'OI1S ienres das implicações decorrentes das premissas básicas e das teorias ela quer exatamente estudar (a mente, o comportamento, o cérebro)? Outro
Hl'I':lls a' .iras naquele mesmo campo. É como se as questões de base estivessem bom exemplo, diretamente relacionado ao anterior, é o chamado problema
I, li: muit resolvidas e não necessitassem mais ser recolocadas e repensadas à mente-cérebro, cuja solução estamos ainda aguardando (pelo menos os mais
III'/. das n vas investigações e intervenções, assim como dos novos resultados. otimistas estão), e que influencia significativamente a maneira como o ser
I', 0111< S de fato pudesse haver uma teoria ou prática psicológica, por mais humano é interpretado (p. ex., a suposição de que processos mentais são
iv.mçnda que fosse e por mais amparada que estivesse em dados empíricos, que idênticos a, ou produzidos por, processos cerebrais conduz a uma psicologia
11, o lmpli asse um modelo de homem ou de natureza humana, fundamento bem diferente daquela que assume uma diferença ontológica entre mente e
P,II\I () trabalho e a interpretação feita pelo psicólogo de seus próprios resultados. érebro). Temos ainda o problema da linguagem psicológica, que também
Mas que tipo de psicologia estamos então produzindo, quando o próprio aparece cada vez que uma nova teoria é pensada, Com que conceitos eu posso
p,~k<'>logonão enxerga para além das especificidades técnicas do seu campo de expressar mais precisamente os fenômenos psíquicos que estou investigando?
I 'squ lsa ou teoria, de fato necessárias, mas jamais suficient~s para iluminar É possível desenvolver uma linguagem psicológica sem referência aos termos
:11 rrubalho psicológico em seu sentido último, que remete à compreensão e do senso comum? Por fim, vale mencionar o problema da cientificidade da
,dori'/.a 5.0 da natureza humana? psicologia, que também reaparece com frequência. Em que sentido podemos
) psicólogo, então, já na sua formação, mas com efeitos deletérios sobre afirmar que a psicologia é uma ciência, em contraposição à pseudociência ou
" , \111 vi Ia profissional futura, é incentivado e treinado, quando muito, para à arte? Uma resposta a essa questão exigiria do psicólogo um compromisso
IWIIS:lI' ap 'nas parcialmente e em uma área especifica de especialização, mas om algum modelo de ciência, o que, por sua vez, suporia uma tomada de
11111 d,~para ompreender como os problemas, os métodos e os procedimentos onsciência do problema.
p<'( (fj 'os d sua área específica estão diretamente vinculados a problemas Feita essa breve exposição do que eu entendo pela expressão 'ecos
,1'1'11'1 '11- '011 cituais fundamentais e comuns a qualquer projeto psicológico. do passado', gostaria agora de esclarecer como eles podem ser encontrados
NNIIll, S' o problema já está presente na base, não é possível esperar que as . r uperados para as discussões contemporâneas na psicologia: aqui a
1I111;1,~S' transformem miraculosamente no futuro, a não ser que ele passe p .squisa histórica desempenha um papel fundamental. Entre outras
11m rcmm .nr por outro tipo de formação. I ossibilidad 's, a investi a ã hi tóri a pode auxiliar a reflexão filosófica
I~: .xntarn nt em r lação a toda essa situação que encontramos aquilo , a ampli: -fio da 'OI1S i 11 ia do psi ól o sobr o S LI próprio trabalho,
1"1' "~Ioll harnando d « os do passad " qu ' S .rv m de título para stc IlO m ·di III '1\\ que r -vvlu os '011 [(HI10S 'SI" '((i 'os da forma ão do

.1 •
d('s -nvolvlm '1110 da psl '010 >ia 110SS .us '0111 'XIOS mais div .rsos, s ')a 'OIHO VOlllpll'IO, {, porqu« l:llvl'~, tl o 1 'llhnlllO,~ ('111 '11"ldo h '1110 scnt ldo . as
pl'O) '\0 i .ruífico puro, seja omo prática profissional. Ao invés de legitimar 'OIIS '(111 1\ 'Ias do dlvór .io, Ao 1111<11 do pI'O 'SSO, n .m sequer temos a
(' 11:11 urnliza r ertos arranjos disciplinares e profissionais contemporâneos, 'OI!S 'i 11 'ia de qu ' aquilo que 110S pare e hoje natural nem sempre foi
.1 hisroriografia da psicologia procura exatamente limitar e contextualizar ussl m. N .ssc S ntido, a lição da história é clara: separação institucional
('ss("s arranjos, mostrando como os seus vínculos com o passado não se Il(lO i mpl i a necessariamente uma separação intelectual! Aqui, mais uma
d.1O na forma de uma perfeita continuidade, mas que envolvem também V"/', LIrn eco do passado se faz ouvir. E ao abrir nossos ouvidos para
l'O 11 n itos, rupturas, redefinições, apropriações específicas, etc. Em "os dest tipo, estamos simultaneamente ampliando os horizontes da
ou rras palavras, através da pesquisa histórica encontramos condições psi ologia contemporânea e, consequentemente, da nossa compreensão,
problemáticas do desenvolvimento da psicologia, que continuam ecoando
em várias partes da psicologia atual, apesar de seus valiosos avanços Os capítulos que compõem esse livro ilustram de diferentes maneiras,
111 .todológicos e tecnológicos. 11 as sem qualquer pretensão de esgotá-Io, o campo de estudos chamado de
Uma das lições mais importantes que a historiografia contemporânea História e Filosofia da Psicologia, na tentativa de explicitar e trazer para
da psicologia nos ensinou foi a de que, pelo menos até o final do século () debate alguns desses ecos do passado, a partir de estudos sobre figuras e
X IX, não havia uma separação nem institucional nem intelectual entre idéias importantes para a psicologia, Embora a ênfase desses estudos varie
psi ologia e filosofia, de forma que os debates sobre a possibilidade e :\0 longo dos capítulos (ora mais histórica, ora mais filosófica), a tentativa
li Pundamentação de um novo campo de conhecimento - a ciência , sempre a de ilustrar os laços que ligam a psicologia contemporânea à
psi .ológica - eram travados não só em um espaço instituclonal comum (a sua própria história, colocando no centro das discussões algumas questões
til .uldade de filosofia), mas por pessoas com um background intelectual t .órico-conceituais fundamentais,
-omurn. Isso significa que, inicialmente, aqueles quê começaram a se O primeiro capítulo mostra como o problema da linguagem psicológica
uurodenorninar psicólogos recebiam no mínimo uma formação filosófica 'stá presente na chamada ciência cognitiva contemporânea, especialmente nos
htlsi a e tinham plena consciência dos problemas teóricos fundamentais debates da filosofia da mente sobre o estatuto da fllk psychology.
da psicologia e de sua vinculação com a tradição filosófica ocidental, O segundo capítulo mostra como Freud se deparou, desde o início de
til! () .ste que transparece claramente em suas obras. Foi somente a partir suas investigações, com o problema fundamental da relação entre mente e
do sé ulo XX, com as campanhas mútuas de separação institucional e • 'I' bro, especialmente na formulação do seu conceito de representação.
111 1 ,I, rual, que psicólogos e filósofos decidiram se isolar, o que levou Em seguida, faço uma comparação entre a discussão do problema
1\ 11111:1 formação diferenciada e muito especializada de arribas as partes. 111 '11 te-corpo na neurociência contemporânea e a posição de Wundt no
1'0 i ti .sta disputa e deste distanciamento, sobretudo institucional, que sé ulo XIX, mostrando a atualidade das suas críticas a qualquer forma de
11:1,~"U o modelo atual de formação do psicólogo, bem distanciado da I' xlu ioniSITIObiológico.
Illosofia, Mas o que está aqui em jogo é exatamente os limites dessa Ainda em rela ão a Wundc, procuro no quarto capítulo desfazer alguns
/(lI'Il1a âo, assim como suas implicações para a psicologia como ciência e -quívo os pr 'S .nt 'S na lit ratura S undária sobre o período em que ele
VOl1l0 profissão. Se hoje nos orgulhamos de nossa autonomia e de nossa 1 rnhnlhou '0111 II -lmholr«, quando ainda .stava '111 T lcid Ib rg.
scpn ra âo 111 relação à filosofia, sendo possív I até mesmo ignorá-Ia por

-'\4-
No qnlnio npüulo, finalizando o tcmu "Wulldt", tento mostrar '11) t'dl lll(),~ 'Ip IldoN •.~t ti) .~ 'li lu pul I .Idos 1'111 p ·111prlm .lru V ''I•• ;(1))0 11111

qlll' S .nt ido a funda ão do seu laboratório em Leipzig foi um marco para Iodo, pl'll.~() qu' essn ol·l. 11 ,[\ I ) I· .onrrlbuir pura a livulga iio do amp
() I·s .nvolvimento da psicologia científica, atraindo estudantes de todo o ,1(, "SI lidos Ia I I iSl ria • Fi! sofin da Psi elogia n Brasil, na m dida em que
1l1111ld e treinando toda uma geração de psicólogos. r.lllllta o ac isso a, 'I' .ún em um úni o volume, uma série de textos disperses,

sexto capítulo traz um estudo sobre um autor pouco estudado entre ,ti ~Ill I, ilustrar a unidade ternática e a coerência interna das minhas pesquisas
os psi ólogos, mas que foi fundamental para o estabelecimento da psicologia 110101110 dos an .

'0111 ampo próprio de estudos: o alemão Christian Wolff. Em especial, o 101' fim, eu gostaria de agradecer a valiosa colaboração de meus alunos

ol j .tivo aqui é mostrar como ele pensou o problema da relação entre corpo e , o('i 'mando na preparação e revisão do material: Cintia Marcellos, 1hiago

:11 ma na sua obra inicial. I't'I' ira R bson Cruz, Rayssa Maluf, Julio Mazzoni e Pabrícia Nery. Além

A seguir, discuto o problema da psicologia em Kant, mas tomando


disso, sou grato ao CNPq, à CAPES, à PAPEMIG e ao DAAD (Serviço

'0111 objeto o seu período pré-crítico, que em geral não é considerado na


Alemã de Intercâmbio Acadêmico), que de alguma forma financiaram a
mulor parte dos trabalhos aqui publicados. Last but not least, queria também
lil '1'<1 tu ra psicológica. Mostro, assim, que já há ali uma ruptura importante,
-xpr .ssar meus mais sinceros agradecimentos à Editora UPJP pelo apoio e
que terá consequências significativas para o desenvolvimento posterior do
11 -lu onfiança no meu trabalho.
,~'li pensamento.
No oitavo capítulo, o foco de atenção é a questão da consciência e a
Simão Pereira, 05 de Janeiro de 2013
suposta solução do problema mente-cérebro apresentada pelo filósofo John
Saulo de Freitas Araujo
S .arlc. A ideia central é mostrar as inconsistências e contradições presentes na
proposta de Searle, deixando claro o seu fracasso.
O penúltimo capítulo traz um estudo original sobre outro pensador
muito importante para o desenvolvimento histórico da psicologia, mas que
rumbém vem sendo esquecido na literatura: Edward Titchener. O objetivo
uqui é apenas o de revelar as preocupações teóricas envolvidas no seu projeto
ti' fundar uma nova psicologia científica.
J inalmente, no último capítulo, apresento pela primeira vez em língua
jl0l'lll'L1 sa a tradução de um documento importante na história da psicologia:
Il /ll/fltliJesto dos Filósofos Alemães Contra a Psicologia Experimental. A tradução
vem a ompanhada de uma introdução, de uma conrextualização histórica e
de 11(>I':1S cxplicativas.
Em sua maior parte, o livro é composto por textos publicados no
Ill'asil ' no exterior, alguns deles revistos e ampliados, que retratam o tipo
dl' P 'S [uisa qu v nho r alizando desde o iní io da minha carreira. O trê

·1 ).

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