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EDITORA
U F J F
ECOS DO
II I'NIII!)IIII I IJ(~UE DE MIRANDA CHAVES FILHO
CONSELHO EDITORIAL
VICE-REITOR
AFONSO CELSO CARVALHO RODRIGUES
I\I~~ LUIZ REZENDE PEREIRA
FABRÍCIO ALVlM CARVALHO
FREDERICO BRAIDA
ROGERIO CASAGRANDE
PASSADO
SUELI MARIA DOS REIS SANTOS
REvIsÃo DE PORTUGUÊS:
MARIANA BENlcÁ
Estudos de História e
Araujo, Saulo de Freitas.
Ecos do passado - estudos de História e Filosofia da Psicologia /
~ilosofia da Psicologia
Saulo de Freitas Araujo. - Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013.
200 p.
ISBN 978857672163-5
CDU 159.9(091)
li 1\' livro obedece às normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, promulgado pelo
Decreto n. 6.583 de 29 de setembro de 2008.
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,
SUMARIO
Prefácio
Capo 06 - A Relação Corpo-Alma na Metafisica Alemã (I 720)
-07- de Christian Wolff
- 93-
Introdução
- 11 - Capo 07 - A Questão da Psicologia Empírica no Período Pré-
Crítico de Kant
Capo 01 - A Ciência Cognitiva e o Problema
- 117-
da Folk Psychology
- 155-
ap. 03 - A Atualidade da Solução Wundtiana do
Problema Mente-Corpo
Capo 10 - O Ma~ifesto dos Filósofos Alemães
- 55-
contra a Psicologia Experimental:
- 81 -
INTRODUÇÃO
A Psicologia Contemporânea Frente aos Ecos
do Passado
.1 •
d('s -nvolvlm '1110 da psl '010 >ia 110SS .us '0111 'XIOS mais div .rsos, s ')a 'OIHO VOlllpll'IO, {, porqu« l:llvl'~, tl o 1 'llhnlllO,~ ('111 '11"ldo h '1110 scnt ldo . as
pl'O) '\0 i .ruífico puro, seja omo prática profissional. Ao invés de legitimar 'OIIS '(111 1\ 'Ias do dlvór .io, Ao 1111<11 do pI'O 'SSO, n .m sequer temos a
(' 11:11 urnliza r ertos arranjos disciplinares e profissionais contemporâneos, 'OI!S 'i 11 'ia de qu ' aquilo que 110S pare e hoje natural nem sempre foi
.1 hisroriografia da psicologia procura exatamente limitar e contextualizar ussl m. N .ssc S ntido, a lição da história é clara: separação institucional
('ss("s arranjos, mostrando como os seus vínculos com o passado não se Il(lO i mpl i a necessariamente uma separação intelectual! Aqui, mais uma
d.1O na forma de uma perfeita continuidade, mas que envolvem também V"/', LIrn eco do passado se faz ouvir. E ao abrir nossos ouvidos para
l'O 11 n itos, rupturas, redefinições, apropriações específicas, etc. Em "os dest tipo, estamos simultaneamente ampliando os horizontes da
ou rras palavras, através da pesquisa histórica encontramos condições psi ologia contemporânea e, consequentemente, da nossa compreensão,
problemáticas do desenvolvimento da psicologia, que continuam ecoando
em várias partes da psicologia atual, apesar de seus valiosos avanços Os capítulos que compõem esse livro ilustram de diferentes maneiras,
111 .todológicos e tecnológicos. 11 as sem qualquer pretensão de esgotá-Io, o campo de estudos chamado de
Uma das lições mais importantes que a historiografia contemporânea História e Filosofia da Psicologia, na tentativa de explicitar e trazer para
da psicologia nos ensinou foi a de que, pelo menos até o final do século () debate alguns desses ecos do passado, a partir de estudos sobre figuras e
X IX, não havia uma separação nem institucional nem intelectual entre idéias importantes para a psicologia, Embora a ênfase desses estudos varie
psi ologia e filosofia, de forma que os debates sobre a possibilidade e :\0 longo dos capítulos (ora mais histórica, ora mais filosófica), a tentativa
li Pundamentação de um novo campo de conhecimento - a ciência , sempre a de ilustrar os laços que ligam a psicologia contemporânea à
psi .ológica - eram travados não só em um espaço instituclonal comum (a sua própria história, colocando no centro das discussões algumas questões
til .uldade de filosofia), mas por pessoas com um background intelectual t .órico-conceituais fundamentais,
-omurn. Isso significa que, inicialmente, aqueles quê começaram a se O primeiro capítulo mostra como o problema da linguagem psicológica
uurodenorninar psicólogos recebiam no mínimo uma formação filosófica 'stá presente na chamada ciência cognitiva contemporânea, especialmente nos
htlsi a e tinham plena consciência dos problemas teóricos fundamentais debates da filosofia da mente sobre o estatuto da fllk psychology.
da psicologia e de sua vinculação com a tradição filosófica ocidental, O segundo capítulo mostra como Freud se deparou, desde o início de
til! () .ste que transparece claramente em suas obras. Foi somente a partir suas investigações, com o problema fundamental da relação entre mente e
do sé ulo XX, com as campanhas mútuas de separação institucional e • 'I' bro, especialmente na formulação do seu conceito de representação.
111 1 ,I, rual, que psicólogos e filósofos decidiram se isolar, o que levou Em seguida, faço uma comparação entre a discussão do problema
1\ 11111:1 formação diferenciada e muito especializada de arribas as partes. 111 '11 te-corpo na neurociência contemporânea e a posição de Wundt no
1'0 i ti .sta disputa e deste distanciamento, sobretudo institucional, que sé ulo XIX, mostrando a atualidade das suas críticas a qualquer forma de
11:1,~"U o modelo atual de formação do psicólogo, bem distanciado da I' xlu ioniSITIObiológico.
Illosofia, Mas o que está aqui em jogo é exatamente os limites dessa Ainda em rela ão a Wundc, procuro no quarto capítulo desfazer alguns
/(lI'Il1a âo, assim como suas implicações para a psicologia como ciência e -quívo os pr 'S .nt 'S na lit ratura S undária sobre o período em que ele
VOl1l0 profissão. Se hoje nos orgulhamos de nossa autonomia e de nossa 1 rnhnlhou '0111 II -lmholr«, quando ainda .stava '111 T lcid Ib rg.
scpn ra âo 111 relação à filosofia, sendo possív I até mesmo ignorá-Ia por
-'\4-
No qnlnio npüulo, finalizando o tcmu "Wulldt", tento mostrar '11) t'dl lll(),~ 'Ip IldoN •.~t ti) .~ 'li lu pul I .Idos 1'111 p ·111prlm .lru V ''I•• ;(1))0 11111
qlll' S .nt ido a funda ão do seu laboratório em Leipzig foi um marco para Iodo, pl'll.~() qu' essn ol·l. 11 ,[\ I ) I· .onrrlbuir pura a livulga iio do amp
() I·s .nvolvimento da psicologia científica, atraindo estudantes de todo o ,1(, "SI lidos Ia I I iSl ria • Fi! sofin da Psi elogia n Brasil, na m dida em que
1l1111ld e treinando toda uma geração de psicólogos. r.lllllta o ac isso a, 'I' .ún em um úni o volume, uma série de textos disperses,
sexto capítulo traz um estudo sobre um autor pouco estudado entre ,ti ~Ill I, ilustrar a unidade ternática e a coerência interna das minhas pesquisas
os psi ólogos, mas que foi fundamental para o estabelecimento da psicologia 110101110 dos an .
'0111 ampo próprio de estudos: o alemão Christian Wolff. Em especial, o 101' fim, eu gostaria de agradecer a valiosa colaboração de meus alunos
ol j .tivo aqui é mostrar como ele pensou o problema da relação entre corpo e , o('i 'mando na preparação e revisão do material: Cintia Marcellos, 1hiago
:11 ma na sua obra inicial. I't'I' ira R bson Cruz, Rayssa Maluf, Julio Mazzoni e Pabrícia Nery. Além
·1 ).