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O artigo “Os Cisnes Negros e o Orçamento de Paz para Enfrentar suas Calamidades e Crises”

do autor Marcelo Borsio aborda sobre o mundo e a sua transformação a todo instante e as
transformações esperadas e inesperadas por que passa o mundo rompem com normalidades e
rotinas e deixam as pessoas desprovidas de proteções, uma vez que, de sde os acontecimentos da
antiguidade até os dias de hoje, o ser humano tenta se proteger do que não conhece que vem
acompanhado de fome, pobreza, desemprego, tristeza, mortes como foi o caso da pandemia da
Covid-21.

1. A Pandemia do COVID-19 em tempos de incerteza é o Cisne Negro do Século XXI.


Neste tópico, o autor discorre que a humanidade pode ser surpreendida por um ou mais
cisnes negros e isso tem se modificado desde a Revolução Industrial, Revolução Comunista, 1ª
Guerra Mundial3, Queda da Bolsa de Valores de Nova York, 2ª Guerra Mundial e estados
totalitários, Crise do Petróleo, Crise dos anos 80 etc.
Ele afirma que o mundo teve vários eventos causantes de sofrimento na humanidade,
para além dos conflitos bélicos e depressões econômicas como a peste negra, as guerras
mundiais, as pandemias como a gripe russa, a gripe espanhola que deixaram milhões de mortos
pelo planeta. E também as mais recentes como a gripe suína e o influenza com menos mortes,
sendo a pandemia da Covid 21, pela dimensão tomada na contaminação, o primeiro cisne negro
do século XXI.
Os EUA definiram seu modelo de salvamento com pagamento de renda universal mínima
para desempregados e parte de remuneração aos empregados e afastados pelo isolamento. Já
na Europa, os países optaram por pagamentos de valores de apoio a empregadores para
sustentarem suas folhas de salário. Na Inglaterra trabalhadores passaram a receber 80% do que
estavam recebendo no trabalho ativo, já o Brasil foi por um caminho híbrido entre EUA e Europa:
um benefício assistencial de R$ 600,00 por alguns meses, apoio para as micros, pequenas e
médias empresas para sustentar pagamento de folhas de salários.
2. O Orçamento de Guerra e a Teoria do Improviso na Tentativa e Erro.
Neste tópico o autor aborda que para enfrentar a crise econômica e social, um
Orçamento denominado de Guerra foi promulgado pelo Congresso Nacional (EC nº 106/2020
inserindo o artigo 115 nos ADCT da CF/88, dada a temporalidade) como contraponto
brasileiro aos sacrifícios e combates ao Covid-19 (que passará de 2 milhões de contaminados
e mais de 100 mil mortos – projeção para o Brasil), com previsão de queda do PIB brasileiro,
pelo FMI, em 9,1% e, pelo Bacen, em 6,4%.
O artigo 4º da EC 106/2020 prevê a relativização da regra de ouro, em que a União
poderá endividar-se em face de despesas correntes e as de capital e o ponto principal foi o
afastamento da regra de ouro em seu equilíbrio fiscal, retirando limites financeiros
estabelecidos por lei, e por período certo e objetivos específicos. Esse orçamento preventivo
criado é para utilização específica apenas nos casos de amortecimentos sociais e de
depressões econômicas diante de causas inesperadas no país como a Covid 21, sendo A Itália
e a Espanha exemplos de países que já implantaram este tipo de plano de integração.
3. As Caixas de Integração de Ganhos (CIG) da Itália como supedâneo orçamentário-financeiro
permanente em época de incerteza.
Neste tópico, o autor aborda “A Caixa Integradora de Ganhos-CIG”, criada na Itália
em 2008, uma grande poupança nacional prévia, capitalizada, para atender empresas,
empresários e trabalhadores em estado de excepcionalidade, como crises financeiras da
empresa ou categoria ou como a que impactou o mundo com a Covid-19 ou decorrente de
outras calamidades.
A Caixa de Integração de Ganhos Ordinária (CIGO) consiste no pagamento pelo
INPS de uma quantia em dinheiro a favor de trabalhadores, tendo com o objetivo de manter
trabalhadores já qualificados nas empresas e aliviar as empresas em dificuldade temporária, é
pago por um período máximo de 3 meses contínuos por cada unidade de produção e pode ser
prorrogado nos casos excepcional, até um máximo de 12 meses.
Na Caixa de Integração de Ganhos Extraordinária (CIGE), os prestadores de
serviços em face da crise que se desenvolveu no mundo pela COVID-19 e que estão em
isolamento. São empresas que devem ter no mínimo 15 empregados no semestre que precede
ao pedido do auxílio extraordinário. Para os trabalhadores, o requisito é de ter uma relação
com a empresa que trabalha de ao menos 90 dias de labor, a redução de remuneração,
suspensão ou redução de jornada com causas específicas e uma comprovação de represamento
de atividades de trabalho.
Há ainda a Caixa de Integração em Derrogação (CID) e o O FIS (Fundo de
Integração Salarial), sendo o primeiro o fundo de uma rede de segurança social fornecida
aos trabalhadores de empregadores não beneficiados pela complementação ordinária ou
extraordinária e o segundo é o fundo orçamentário italiano que sustenta financeiramente
empresas e trabalhadores amparados pelas Caixas italianas de integração (benefícios de
emergência diversos do seguro-desemprego) de empregados de empresas não cobertas pela
integração salarial.
Por último, á Os Fundos Bilaterais de Solidariedade são aqueles instituídos para
infortúnios, catástrofes e outras incertezas da vida e no mundo. Diante da emergência
epidemiológica do COVID-19, o DL nº 18 de 17 de março de 2020, prevê que, para os
empregadores que já pagam a parcela da contribuição para o Fundo de Integração Salarial
(F.I.S.) no INPS, será possível enviar um pedido de acesso ao auxílio com motivo específico
vinculado à emergência do COVID-19.
O Orçamento de Guerra brasileiro não é expressão do gerenciamento do desconhecido,
mas apenas uma supervisão e desvinculação. Amenizou-se a Regra de Ouro para os gastos e
despesas com a pandemia, flexibilizando normas de contratação neste período. Como a fraude
é quase sinônimo de Brasil, por aqui, não pararam de surgir operações policiais para
repreender e punir governantes ávidos pelo sangue do próximo, desviando recursos que
salvariam seres humanos.
4. Um Fundo Mundial para apoiar economias e finanças de países em calamidade social trazida
por Cisnes Negros.
Neste tópico, o autor ressalta que um país que se preocupa com o social e as pessoas,
além do desenvolvimento da nação, precisa criar em seu ordenamento jurídico contas
apartadas e orçamentos diferenciados para a seguridade social para evitar que pessoas
padecão.
Esses orçamentos mantidos por fundos nacionais seriam também suportados pelo
grande Fundo Mundial de Seguridade Social, criado por liderança de organismos e entidades
internacionais estariam aptos a: a) Socorro necessário de países em flagelo, b) Socorros
continentais por calamidades por acidentes da natureza que destroem países, matam pessoas,
arrasam empresas e sociedades, c) Socorros globais, por calamidades públicas que afetam
todo o globo, como diante de grandes guerras, fome, pandemias avassaladoras, como a do
Covid-19.
Se o mundo pretende paz e desenvolvimento, a Carta da OEA já traduziu este anseio
em norma internacional, em seu artigo 3º, sendo a justiça e a seguridade sociais são bases de
uma paz duradoura. A Pandemia do COVID-19, o grande cisne negro do início do século
XXI, mais que o subprime, colocou o mundo de genuflexo, e o conceito de seguridade social
precisa ser ampliado além fronteira, muito mais que apenas acordos internacionais entre
países, um acordo mundial de proteção social, provendo benefícios em face da implementação
dos “riscos sociais” usualmente reconhecidos. Cabe à globalidade universal dar os primeiros
passos nessa nova adequação. A humanidade não comporta mais laboratórios, tentativas e
erros com a saúde e a vida.

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