Você está na página 1de 2

Fichamento do material utilizado na aula do dia 15/08.

Cap. 1- Primeira, Segunda e Terceira Geração de Terapias Comportamentais.

 Primeiramente, os autores falam sobre o fato de a Terapia Comportamental ter


inaugurado um novo modo de enxergar a psicologia clínica, de maneira mais
empírica, promovendo saúde mental através da observação, predição e
modificação comportamental.

 O primeiro capitulo tem como foco o desenvolvimento histórico dessa


abordagem, que se iniciou com a união do neobehaviorismo e da análise do
comportamento, tornando-se assim, um contra ponto as terapias predominantes
da época (Principalmente a psicanálise).

 Após esse breve resumo da origem, os autores colocam em questão qual o termo
correto para se referir ao movimento de Terapias Comportamentais.
Independente do termo escolhido, o importante é entender que existem algumas
características importantes nessas terapias, como por exemplo, elas se importam
com o rigor científico, os pacientes são ativos, o foco é no presente e na
aprendizagem, ela é progressiva e costuma ter um “limite” de sessões.

 Por que estamos na terceira onda? Steven Hayes é o disseminador da ideia de


que estamos vivendo em uma terceira onda das terapias comportamentais, pois,
após a segunda onda várias novas terapias emergiram, como a TCB, ACT,
mindfulness etc. Essas novas terapias apresentam uma nova visão filosófica,
mais contextual e inovadora. Contudo, alguns estudiosos afirmam que essa ideia
de terceira onda é precipitada.

 Primeira geração, aspectos históricos: Um resumo das principais descobertas


que levaram ao conhecimento das terapias comportamentais é: Condicionamento
pavloviano, John Watson e o Behaviorismo, Mary Cover Jones e a modelagem e
dessensibilização, Edward Thorndike e o condicionamento
operante/instrumental, Jacobson e as técnicas de relaxamento muscular.
Contudo, essas técnicas explodiram quando Eysenck demonstrou a ineficácia
das outras terapias mais famosas da época (década de 50). Após isso, vários
pesquisadores começaram a desenvolver as terapias comportamentais, dentre
eles Lazarus, Skinner, Joseph Wolpe etc. Uma critica existente sobre essa
primeira geração é que eles se tornaram mecanicistas demais.

 Segunda geração, aspectos históricos: Albert Bandura, Aaron Beck e Albert


Ellis observaram o papel das cognições e da linguagem no desenvolvimento e no
tratamento psicológico, abrindo um horizonte maior do que a primeira onda e
também salientando a importância da relação terapêutica para o tratamento
psicoterápico. Contudo, alguns comportamentalistas ainda trazem criticas sobre
a TCC, afirmando que as adições de técnicas cognitivas não acrescentam
eficácia ao tratamento.

 Segunda e terceira geração de terapias comportamentais: Existem muitas


semelhanças e algumas diferenças entre a TCC e as novas terapias de terceira
geração. Aparentemente, as principais diferenças se escoram no fato de que os
técnicos da terceira onda parecem ser mais ecléticos do ponto de vista técnico,
pensando não apenas em reestruturação de cognições e relaxamento, mas em
aceitação de pensamentos e mindfulness.

Terceira geração de terapias comportamentais:

 “Fundamentada em uma abordagem empírica e focada em princípios, a terceira


onda de terapia cognitiva e comportamental é particularmente sensível ao
contexto e funções dos fenômenos psicológicos, não somente nas suas formas, e
também tende a enfatizar estratégias de mudança contextuais e experienciais em
adição às estratégias diretas e didáticas. Estes tratamentos tendem a buscar a
construção de repertórios amplos, flexíveis e efetivos, mais do que uma
abordagem eliminativa para problemas estreitamente definidos, e a enfatizar a
relevância destes aspectos tanto para clínicos como para os clientes. A terceira
onda reformula e sintetiza as gerações prévias da terapia cognitiva e
comportamental e as levam de encontro a questões, problemas e domínios
previamente endereçados primariamente por outras tradições, na esperança de
melhorar tanto a sua compreensão como os resultados.” (Hayes, 2004, p. 658)
 Creio que a questão principal das terapias de terceira onda é o abandono das
práticas que incentivavam o combate e o controle das emoções e do pensamento,
abraçando assim uma visão mais contextual, se interessando mais pela função
do comportamento do que pelo comportamento em si.

Você também pode gostar