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Hévora, cidade onde reside e governa o rei Justiniano Baldez, localiza-se em uma
ilha maior do que a Inglaterra. No passado, a ilha se dividida em diversos reinos, contando
com condados, principados, ducados, baronatos e outras formas de organização, como
Cidades-Estados, tribos de bárbaros, nômades e alguns outros povos não-humanos errantes.
As guerras eram constantes, geralmente realizadas em pequena escala, onde grupos
de cavaleiros ou da nobreza se enfrentavam, mas não com o intuito de matança e sim
objetivando fazer prisioneiros para assim conseguir recursos através do pagamento de
resgate.
A exceção a regra exposta acontecia quando as guerras ocorriam entre ou contra
tribos de bárbaros ou de nômades: os embates normalmente estavam marcados por
combates violentos e mortais.
A sociedade de Hévora sempre foi predominantemente humana, com pouquíssimas
variações de raças inteligentes existentes, como a de anões, os pequeninos, os gigantes,
homens-lagarto, orcs e trolls. Outras espécies inteligentes até existem, mas em número tão
exíguo que não são considerados ou levados em conta como “relevantes” ou “importantes”.
Não há elfos nativos do reino, isto é, os raríssimos que atualmente existem em Hévora são
estrangeiros.
Hévora tem, contudo, peculiaridades ainda mais curiosas. Por alguma razão
desconhecida e até curiosa, a fauna e a flora é diversificada. Animais que normalmente não
seriam encontrados em muitos locais, o são aqui. O clima é relativamente estável, agradável
na maior parte do ano. Todavia, às vezes, em algumas partes chega a nevar, com destaque
para o centro do continente, sempre gelado.
O formato geográfico de Hévora lembraria o de duas meias-luas imperfeitas,
voltadas uma para frente da outra. A parte leste é chamada de Estrela da morte, pois é
aonde mais se concentra as raças não humanas e as tribos bárbaras e nômades. O local é
tomado ao norte por grandes montanhas e mais ao sul, por um grande deserto, muito temido
por não ser bem conhecido ou explorado. Sabe-se que muitas tribos de nômades vivem por
esta região. O centro do local é árido e com pouquíssima vegetação, fazendo com que a
vida seja relativamente difícil.
A região oeste é chamada pelos nativos de o Alvorecer da bênção áurea, pois o
terreno é bom para o cultivo, possuindo ao norte colinas, montanhas e vales. Mais ao sul o
terreno é preenchido por grandes planícies e campos férteis. Apenas o centro do oeste é
frio.
A história política teve um marco importantíssimo quando, repentinamente a
chegada de estrangeiros que serviam ao Imperador Páris, desembarcara na ilha. A família
de Justiniano aliou-se a estes estrangeiros e desencadearam com eles uma guerra por todo
reino, que durou mais de um século. Os estrangeiros detinham a superioridade das armas, a
técnica e a ciência militar em matéria de estratégia e da guerra.
A guerra ocorreu como nunca, impondo ao continente num aterrador banho de
sangue e uma matança sem igual. Apesar da resistência, sagacidade e temeridade dos
habitantes de Hévora em relação aos estrangeiros, a ciência militar e a arte da guerra
acabaram fazendo a diferença, impondo sucessivas derrotas aos nativos, obrigando-os a
fugir para outras partes antes desconhecidas do reino, ou a se curvarem ao terrível poder
imperial.
O reino que outrora era caracterizado pela descentralização e fragmentação do
poder político agora estava concentrado nas mãos da casa dos Baldez. Justiniano V, na
época das guerras de conquista nem havia nascido. Mas, ainda pequeno pôde presenciar a
matança que seu pai fizera ao aliar-se ao Império pela conquista do reino, contemplando o
que um dia seria comandado por ele.
Desde pequeno o Justiniano V mostrava-se alguém com uma mente maquiavélica,
de olhar penetrante, raciocínio rápido e de um egoísmo somente superado por sua ambição
pessoal. Foi educado com toda erudição necessária ao futuro rei, tendo, inclusive, o título
de Erudito, pois conseguira terminar com perfeição seu aperfeiçoamento intelectual na
Academia das Sete Artes Literais, onde os filhos dos indivíduos mais importantes estudam
e aprendem sobre as sete artes consideradas em Hévora como as mais sábias e nobres para
se tornar um rei: etiqueta, arte da guerra, história, conhecimento místico e divino, literatura
e retórica.
Quando chegou ao poder, ainda aos dezenove anos, tomou uma série de
providências a fim de assegurar de imediato a sua tranqüilidade pessoal: não por acaso, em
menos de um mês que chegara ao trono, os irmãos e irmãs foram presos acusados de
conspiração e motim contra o rei, sendo todos sem exceção condenados à morte e
executados friamente.
Os moradores são taxados pesadamente, pois Justiniano V deve pagar anualmente
somas exorbitantes aos agentes do Império, já que o reino é considerado como uma
província imperial. Quando há desastres naturais, mudanças violentas do clima ou algum
outro distúrbio como pestes ou doenças, os súditos do reino sofrem bastante. Pessoas
morrem de fome ou pela peste, a mendicância invade as ruas e as praças da cidade, sendo
comum ver idosos ou crianças magérrimas, com pés inchados, pústulas pelo corpo, olhos
vazios, chorando e gritando de fome, implorando por um pedaço de pão ou qualquer coisa
comestível. A guarda reage com violência a estes pedintes temendo uma possível desordem
ou tumulto, geralmente expulsando-os das cidades, ou jogando-os nas masmorras para
morrerem esquecidos e abandonados nos imundos e pestilentos calabouços.
Em relação à economia, o reino de Julião vive da produção de grãos nas
planícies férteis do sul e da pesca próximo à costa. Mais ao norte, da extração de ouro e
diamantes. Peles de animais também fazem parte da economia, assim como a produção de
remédios através das ervas diversas que existem por Hévora. A arte da náutica é bem
desenvolvida, sendo utilizada a tecnologia trazida pelo império, onde a construção de
embarcações para se navegar tanto em águas rasas quanto em profundas agora é uma
realidade.
A produção de outros gêneros alimentícios como o azeite é também realizado.
Especiarias como o açúcar mascavo, açafrão usado para corante, tempero e medicamento
foram trazidos pelo império.
GOVERNO
As cidades de Hévora são governadas por antigos potentados locais ou por pessoas
nomeadas pelo próprio rei. Geralmente, as famílias mais abastadas ou nobres que antes da
centralização exerciam e comandavam estas regiões continuam a fazê-lo. A única exceção
para este fato é devido ao grau de resistência à centralização que estes líderes tiveram:
quanto maior foi a resistência e recusa a centralização, ao poder e subjugação ao rei, mais
violenta fora a reação do monarca, onde estas pessoas foram executadas, exiladas ou
substituídas por mandatários ou governadores, provisórios ou permanentes, permanecendo
ou não ao cargo se mostrar eficiência e fidelidade a coroa.
Cada governador detém uma milícia a fim de manter a ordem e a paz em sua região.
Há uma preocupação em relação a este fato e, portanto, a recusa em conceder aos
governantes tropa regular é vital, uma vez que se teme sublevação e revoltas comandadas
por estes governadores. O exército profissional é mantido na capital e na cidade principal,
morada do rei.
Impostos em toda província são cobrados com o intuito de se manter este exército
regular, preparado para entrar em ação quando há necessidade para tal. O império mantém
dois grandes fortes em Évora e outras pequenas fortificações, as principais são a do Sul,
liderado pelo general Varrus Dy Santory. O outro mais ao norte está sob o comando do
general Baldarov de Vorth. Cada um destes contém grande número de soldados, que são
sustentados com impostos pagos pelos habitantes. Apesar de ser permitido ao rei Justiniano
V ter um exército, o número deste é limitado e controlado pelos representantes do império
que residem na corte, já que a possibilidade de traição e rebelião nunca é descartada.
MOEDAS E COMÉRCIO
As moedas que circulam em Évora são: o kilares, a moeda de ouro com o símbolo de
Hévora, a pralares, a moeda de prata ostentando os brasões militares. Além destas duas
temos também a plakares, uma mistura de ouro com prata, mais valiosa que a prata, e a
cotrera, a moeda de cobre, com símbolos divinos.
Em determinadas épocas do ano, nas cidades portuárias são realizadas gigantescas
feiras, que atraem mercadores de diversas partes, que vendem os mais diversos produtos.
Nestas feiras, viajantes e forasteiros, trocas culturais, de informações e tudo mais costumam
acontecer. Pessoas de Hévora viajam das mais longínquas partes do mundo para frequentar
as feiras.
Tirando o período das feiras, normalmente produtos novos chegam nas aldeias
através dos mercadores errantes, que perambulam por várias partes vendendo produtos e
mercadorias.
Existem basicamente dois modos de se andar em Évora, por seu interior. Pelas
estradas principais, que são vigiadas pelo exército nacional, bem preservadas, conservadas
e mantidas. Pelas trilhas que, são utilizadas como alternativas tanto dos comerciantes
quanto de peregrinos para o não pagamento dos impostos e taxas por utilizarem as estradas
do rei. Assim, as trilhas às vezes são infestadas de ladrões, bandidos e vagabundos,
sedentos por vítimas em potencial.
O linguajar é diversificado, muito embora haja uma língua oficial. Quanto mais
afastada for a comunidade, mais chance terá e haverá desta mesma comunidade ainda falar
dialetos mais rudimentares e antigos.
PARTE IV
1. Ruas.
Quatro ruas principais das quatro direções dos pontos cardeais que se encontram
numa enorme praça central, larga o suficiente para a passagem de carroças e cavalos. De
cada rua principal há algumas ramificações que dão espaço a ruelas e ruas menores, que
terminam nos mais diversos pontos da cidade.
2. Casas.
São construídas uma ao lado da outra, mas não tão próximas para no caso de se haver
um incêndio, a chance de sua proliferação seja menor. Quando se aproxima da praça
central, as casas das quatro ruas principais cedem espaço aos diversos estabelecimentos
comerciais e a organização do poder dos mandatários do rei.
3. Templos.
4. Mercado.
Na praça central há sempre tendas e bancas com diversos artigos a venda, desde roupas
até unguentos e ervas para preparações de poções e questões medicinais. Além disto, no
final das ruas principais antes de terminarem na praça sempre há lojas abertas vendendo
artigos e objetos manufaturados dos mais diversos. Duas vezes ao ano grandes feiras
ocorrem por Évora, mas a principal é sem dúvida a da capital. Mercadores e caravanas
nativas ou estrangeiras de toda parte infestam as cidades. O período é de grande
prosperidade para o comércio em geral e se pode encontrar de tudo ou quase tudo por estas
feiras.
Teatros
Casas de Banho
Também construídas com a finalidade de entreter o público, são locais onde ocorrem
desde exercícios físicos feitos pelos frequentadores até banhos públicos tomados por
pessoas. Há os seguintes salões:
Bibliotecas Públicas
Locais de grande Erudição, estas bibliotecas públicas existem apenas em locais onde a
questão da escrita e da leitura é mais desenvolvida e mais acessível. Todos podem ter
acesso a ela, mas há rigorosa fiscalização para que nenhum manuscrito seja roubado. A
construção e dividida basicamente em três áreas:
Tavernas e Hospedarias
Existem de diversos tamanhos e formatos, local aonde as pessoas vão tanto para
conversar como também para beber e comer. As trocas culturais são grandes, já que
viajantes e estrangeiros de outras cidades ou regiões volta e meia são encontrados por estas
localidades.
7. Praça Central.
Local mais importante das Cidades, onde se localiza a sede do poder daquela cidade.
É ali que se localiza a residência do mandatário do rei e governador da cidade, além da
Casa da Guarda com sua masmorra e o palácio da Justiça, local onde se aplica a justiça,
sentenças de morte, execuções, punições e etc.