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CARDS

PARA
YAYÁ
material de
apoio para
ações de
educação
patrimonial
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO
PRÓ-REITORIA DE CULTURA E
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
CARDS
PARA
REITOR PRÓ-REITORA
Vahan Agopyan Maria Aparecida de
Andrade Moreira Machado
VICE-REITOR
Antonio Carlos Hernandes PRÓ-REITORA ADJUNTA
Margarida Maria Krohling Kunsch

YAYÁ
CENTRO DE
PRESERVAÇÃO CULTURAL
DIRETORA
EQUIPE
EDUCATIVA
COORDENAÇÃO
material de
Martha Marandino

VICE-DIRETORA
Simone Scifoni
Simone Scifoni

EDUCADORA
Maria Del Carmen
apoio para
Hermida Mar�nez Ruiz

ESTAGIÁRIAS
Eliane de Lima Nunes
ações de
Ta�ana Nara Barp Emygdio

BOLSISTAS PUB
educação
patrimonial
Ana Clara Marques
Camila Lorenza�o
Paulo Reis Rodrigues
Sarah Lima Rocha
Thainara Aydarte Santos Teixeira
APRESENTAÇÃO O Centro de Preservação Cultural da
Universidade de São Paulo (CPC) atua como
órgão de integração da Universidade,
promovendo a�vidades diversificadas —
estudos e pesquisas em patrimônio, exposições,
cursos de difusão, oficinas, apresentações
musicais e teatrais —, concebidas como
estratégia para a promoção do uso qualificado
de bens culturais pertencentes pertencente à
USP.
Desde ����, sediado no imóvel tombado
conhecido como Casa de Dona Yayá, vem
desenvolvendo a�vidades em Educação
Patrimonial, como visitas mediadas, oficinas,
debates, jogos e exercícios de observação,
orientadas pelas referências oferecidas pelo
imóvel e sua inscrição no bairro e na cidade.
A par�r de ����, deu-se início o Programa de
Educação Patrimonial, voltado a organizar o
processo pedagógico orientando a ação dos(as)
educadores(as) a par�r de princípios e
fundamentos teóricos que se ar�culam aos
obje�vos e ações planejadas.

3
PRINCÍPIOS DO 1 A ação educa�va é um processo dialógico,
que se faz no respeito à diversidade de olhares,
SOBRE O Yayá em cards corresponde a um conjunto de
16 cartões em formato 8×10 cm, que
PROGRAMA de saberes e de narra�vas possíveis dos MATERIAL DE apresentam fragmentos da vida de Dona Yayá.
EDUCATIVO diferentes sujeitos. APOIO O obje�vo é aprofundar os conhecimentos
trabalhados durante a visitação mediada à Casa.
2 A ação educa�va deve ser uma a�vidade Nesse sen�do, o material de apoio apresenta
crí�ca, portanto, tem como função essencial algumas sugestões de a�vidades
problema�zar o patrimônio cultural, interdisciplinares que podem ser realizadas com
compreendendo seu sen�do polí�co e as os cards em diferentes faixas etárias, a par�r de
disputas em torno da construção de uma uma adaptação do professor às necessidades
memória oficial. das turmas.
O material é apresentado em quatro
3 A ação educa�va é um processo de conjuntos de quatro cards cada, iden�ficados
construção de conhecimento, não sendo por cores diferentes e pelas diferentes imagens
a�vidade meramente informa�va ou de simples de Dona Yayá, com um pequeno texto
reprodução de conteúdo pronto e acabado, informa�vo no verso. Cada cor tem relação com
demandando, portanto, um fazer-se constante. um tema a ser trabalhado.

OBJETIVOS DO 1 Sensibilizar visitantes para a importância da


proteção do patrimônio cultural, entendendo a
PROGRAMA Casa de Dona Yayá como um patrimônio da
EDUCATIVO USP e do estado de São Paulo.
Infância Relações
2 Compreender a Casa de Dona Yayá como vermelho afe�vas
suporte de valores culturais, ampliando e azul
descentrando o olhar sobre o bem tombado
para além de seus atributos arquitetônicos
vistos em si mesmos.

3 Promover e es�mular a valorização da


memória, tendo como elementos mediador a
história d vida de Dona Yayá e a história da
região do Bxiga, no bairro da Bela Vista. Doença Tratamento
laranja ocre
4 Es�mular projetos pedagógicos das escolas
voltados à compreensão do bairro como
território educa�vo.

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INFÂNCIA Nascimento
Yayá, apelido carinhoso de Sebas�ana de Mello
Freire, era a caçula dentre os cinco filhos de Manuel
RELAÇÕES Amigas
“Até a perda dos pais, Yayá estudara em casa, sob
os cuidados de Antonio de Barros Barreto, seu
de Almeida Mello Freire e Josephina Augusta de
Almeida Mello. Nasceu em �� de janeiro de ����
em Mogi das Cruzes.
AFETIVAS preceptor. A par�r de então foi interna no
tradicional colégio Nossa Senhora de Sion,
frequentado por filhas da elite paulista. Yayá
recebeu educação esmerada. Falava francês,
Família tocava piano, pintava, dominava regras de
“Descendentes de uma famíla de proprietários de e�queta, realizava trabalhos manuais. E, sobretudo,
terra, Manoel seguiu a carreira-modelo das elites desenvolveu sua religiosidade (…)”
paulistas. De bacharel, tornou-se polí�co. Entre
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A
���� e ���� teve assento na Assembléia Provincial; Casa de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��–��.
posteriormente par�cipou do Senado Estadual e da
Cons�tuinte da República. Cul�vador das letras, Família Grant
publicou, em ����, Henriqueta, poesias humorís�cas “Yayá foi amiga de Maria Georgina Grant a vida
e sa�ricas.” inteira. Talvez, uma das maiores provas dessa
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A amizade, tenha sido o profundo apreço que �nha
Casa de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��. por sua filha, Eliza Mello Freire, a qual Yayá
também chamava de Nenê e que foi morar em sua
Fortuna casa aos dois anos de idade, quando precisou fazer
“Descendentes de uma famíla de proprietários de uma operação nos rins. A outra criança de sua vida
terra, Manoel seguiu a carreira-modelo das elites foi Rosa Masulo (Rosinha), filha de Sá Raquel, que
paulistas. De bacharel, tornou-se polí�co. Entre morava em frente à casa da Rua 7 de Abril. Yayá as
���� e ���� teve assento na Assembléia Provincial; criou como filhas.”
posteriormente par�cipou do Senado Estadual e da
GRANT, H. M.
A saga de Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A Casa de
Cons�tuinte da República. Cul�vador das letras, Dona Yayá. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2001, p. 67.
publicou, em ����, Henriqueta, poesias humorís�cas
e sa�ricas.” Personalidade
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A “Os que a conheceram de perto apresentam Yayá
Casa de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��. como uma pessoa de hábitos simples e vida social
restrita a um pequeno grupo de amigos, do qual
Sion não par�cipavam nem mesmo os parentes
“Até a perda dos pais, Yayá estudara em casa, sob os residentes em Mogi.”
cuidados de Antonio de Barros Barreto, seu
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A
preceptor. A par�r de então foi interna no Casa de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��.p. 26.
tradicional colégio Nossa Senhora de Sion,
frequentado por filhas da elite paulista. Yayá recebeu Perdas
educação esmerada. Falava francês, tocava piano, “Segredo da minha alma
pintava, dominava regras de e�queta, realizava Com o rosto escondido nas mãos sufocada em
trabalhos manuais. E, sobretudo, desenvolveu sua fronte julgaria ouvir o eco das vozes e soar de
religiosidade (…)” novo aos meus ouvidos as vozes melancólicas de
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A meus saudosos pais dizendo-me “Tú és noiva do
Casa de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��–��. Anjo do teu sonho”. (…) isolada dos meus
carinhosos pais �ve saudades e chorei.”
Trecho extraído do diário de Sebas�ana de Mello Freire. Coleção
par�cular.

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DOENÇA Diagnós�co
“Em dezembro de ����, já adulta, com cerca de ��
anos, Yayá apresentou os primeiros sintomas do que
TRATA Tratamento
“A abordagem preconizada para os doentes mentais pela
escola francesa era o tratamento moral, termo que foi
seria considerado ‘loucura’: pensou que iria morrer,
escreveu um testamento a lápis, distribuiu suas joias
entre as mulheres da casa.”
MENTO criado por Pinel em ����. O doente seria, de acordo com
esse método, re�rado de seu convívio social para se
afastar do excesso de es�mulos emocionais de sua vida
“Em janeiro do ano seguinte, uma nova crise e a co�diana. Experimentando uma realidade sem excessos,
tenta�va de suicídio a levariam ao internamento no com ro�na regrada e sujeitos à ordem e à disciplina
impostos pelo alienista e pelos limites do manicômio, os
Ins�tuto Homem de Mello, onde passou a ser cuidada internos teriam as condições necessárias para a
por médicos psiquiatras. O diagnós�co apontou que recuperação.”
ela ‘se achava sofrendo das faculdades mentais a
ponto de não poder gerir seus bens’.” RACHMAN, S. A interface entre psiquiatria e literatura na obra de Lima
Barreto. ����. ��� p. Dissertação (Mestrado) — Faculdade de
RoDRIGUES, M. Nas casas ��, personagem e domes�cidades. In: Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, ����
NASCIMENTO, F. B. et al (Orgs.). Domes�cidade, gênero e cultura material.
São Paulo: Edusp, ����, p. ��–��. Parafuso
“‘Não creia em tudo que os jornais dizem. Tempo de
Casa guerra, men�ra como terra’. Esta frase, extraída de uma
“Tendo se mudado para o imóvel em ����*, pouco das cartas escritas por Sebas�ana de Mello Freire, Dona
tempo depois de sua internação no Hospital Yayá, a Caetana Grant, quando esteve em Genève, em
Psiquiátrico, algumas adaptações foram realizadas a ����, caberia muito bem à campanha realizada anos mais
fim de acomodá-la com segurança e controle. Entre as tarde, em ����, pelo periódico O Parafuso, que
sugestões incorporadas às reformas �sicas, é possível contribuiu muito para a construção de uma imagem
vislumbrar atualmente a pintura das paredes, portas, distorcida do tratamento que era des�nado a Yayá e às
janelas e forros com cores neutras, de maneira a não pessoas que a cercaram.”
es�mular ou perturbar sua mente. A troca do piso por GRANT, H. M.
A Saga de Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A Casa de
um material com maior capacidade de amortecimento Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��.
e a instalação de rodapés arredondados para que ela
não se machucasse em caso de queda ou acidente.” Mudanças
“No início da década de ����, a medicação passou a ser
COSTA, S. A
Casa de Dona Yayá: registros de sua domes�cidade no
Centro de Preservação Cultural da USP. In: NASCIMENTO, F. et al (Orgs.). u�lizada como recurso prioritário, após a abolição dos
Domes�cidade, gênero e cultura material. São Paulo: Edusp, ����, p. métodos ‘terapêu�cos’, como o eletrochoque, o coma
���. insulínico e a lobotomia.”
“Nise da Silveira acreditava que a internação não era o
Reclusão método mais adequado para se efetuar o tratamento do
“(…) os caixilhos originais foram re�rados e trocados transtorno mental. Então, ela abriu caminho para a
por aqueles adotados no hospital psiquiátrico do Rio desospitalização, por meio da criação da Casa das
de Janeiro. (…) assemelhavam-se a uma grade de ferro Palmeiras. (…) a Casa das Palmeiras tem por obje�vo
e eram protegidos por vidros duplos que impediam superar o grande problema de reincidência de
sua quebra. A abertura só é permi�da por fora, de internações psiquiátricas, sendo essa casa uma clínica
maneira que se desconsidera a vontade de dona Yayá acolhedora de portas abertas, contrapondo-se ao
em decidir a quan�dade de luz, vento e som que ambiente hos�l do hospital psiquiátrico.”
entraria em seus cômodos.” SILVA, G.; BOARINI, M.
Proximidade entre os procedimentos terapêu�cos
de Nise da Silveira e os princípios e diretrizes da Reforma
COSTA, S. S. F.
. A Casa de Dona Yayá: registros de sua domes�cidade Psiquiátrica. In: JACÓ-VILELA, M.; OLIVEIRA, D. M.(orgs). Clio-Psyché:
no Centro de Preservação Cultural da USP. In: NASCIMENTO, F. et al discursos e prá�cas na história da psicologia. Rio de Janeiro: EDUERJ,
(Orgs.). Domes�cidade, gênero e cultura material. �ª ed. São Paulo: ����, p. ���–���.
Edusp, ����, v. �, p. ���.
Solarium
Cuidadoras “No início da década de ����, seu tutor sugeriu o
“Com ela ficaram Elizinha, Eliza Grant, sua irmã fechamento do terraço con�guo aos quartos de dona
Georgina Tavolaro e an�gos empregados. Para cuidar Yayá e a construção do solário por onde ela poderia
dela chegou o enfermeiro João Garcia, que realizar pequenas caminhadas diárias. Esse lugar
permaneceria na casa por mais de trinta anos, e uma configura-se como um espaço anexo ao volume do
auxiliar. Poucos amigos con�nuaram a visitá-la.” imóvel, no qual a moradora poderia se deslocar por meio
de uma rampa e receber diretamente luz solar.”
RODRIGUES, M.
A Casa de Dona Yayá. In: LOURENÇO, M. C. F. (Org.). A Casa
de Dona Yayá. �ª ed. São Paulo: Edusp, ����, p. ��. COSTA, S. S. F. A Casa de Dona Yayá: registros de sua domes�cidade no
Centro de Preservação Cultural da USP. In: NASCIMENTO, F. et al. (Orgs.).
Domes�cidade, gênero e cultura material. �ª ed. São Paulo: Edusp,
����, v. �, p. ���.
8 9
*A data constava como ���� na citação original.
ATIVIDADES As a�vidades sugeridas neste material têm
como obje�vo es�mular:
EXPLORAÇÃO 1 Comece explorando os �tulos de cada card. Eles
introduzem os conteúdos daquela passagem da vida
SUGERIDAS DOS TEXTOS de Yayá.
Há alguma palavra do �tulo cujo significado os
• leitura, interpretação e produção de texto;
• leitura e interpretação de imagens; alunos desconheçam? Sugerimos formar um glossário
com a explicação dos termos desconhecidos. Para
• produção de mapas; tanto será preciso pesquisar em dicionários ou na
• produção de linhas do tempo; internet. Ao final desse material trazemos algumas
• pesquisas histórica, geográfica e em ciências; indicações desses termos.
• produção de diferentes expressões ar�s�cas;
• produção de sínteses. 2 Trabalhe os temas separadamente. A sugestão é que
as alunas e alunos compreendam, por meio de leitura
e interpretação dos textos, cada uma das passagens
da vida de Yayá para que depois seja recons�tuída a
sua trajetória no conjunto. Siga a sequência das cores
indicadas: vermelho, azul, laranja e ocre.
EXPLORAÇÃO 1 Peça para as alunas e alunos agruparem os cards
por cores, formando assim os quatro blocos de temas. 3 Durante a leitura de cada texto também surgirão
DAS IMAGENS 2 Peça que elas e eles observem as imagens. São
termos que as alunas e alunos desconhecem e, assim,
o glossário vai aumentando por meio da pesquisa do
iguais, são diferentes? Há uma relação entre cor e significado de cada um.
imagem? Por que será? Será que elas têm relação com
os textos que estão no verso? A pergunta deve ser 4 A leitura e interpretação de cada texto deve buscar a
um es�mulo para que, depois, eles explorem os compreensão sobre o que estava acontecendo com
conteúdos. Yayá naquele momento.

3 Trabalhe cada imagem separadamente: o que é 5 Repare que os cards em vermelho com os �tulos
possível saber sobre Yayá a par�r da imagem? Como Fortuna e Família trazem o mesmo conteúdo no texto.
ela se veste? Como era a sua personalidade? Ela está Sugere-se pedir que os alunos iden�fiquem em cada
triste ou feliz, é reservada ou extrover�da? Como um dos textos o que tem de conteúdo específico
penteia os seus cabelos? Qual a cor de seus olhos e relacionado ao �tulo. No card Família o texto permite
cabelos? Ela usa muitas joias? iden�ficar informações sobre a origem de Yayá,
especificamente sobre seu pai, que se formou em
4 Depois de feitas as observações sobre as imagens Direito, foi polí�co, mas que também escrevia poesias.
de Yayá, é possível relacioná-las com conteúdo sobre No card Fortuna pode-se evidenciar informações sobre
moda e os trajes u�lizados no começo dos anos ����. a classe social a qual Yayá pertencia: a elite paulista.
No site do CPC, na aba Educa�vo, é possível Além disso a própria origem da riqueza, que se
encontrar textos sobre o assunto. relaciona com a propriedade de terras. Com a morte
dos pais, Yayá herdou muitos imóveis urbanos e
5 Peça para as alunas e alunos escreverem uma propriedades rurais.
pequena síntese sobre cada imagem. Trabalhe as
imagens em conjunto, comparando-as. O que se pode 6 Alguns textos trazem nomes de lugares ou cidades.
dizer do conjunto? Sugerimos realizar pesquisa sobre geografia para
saber: Onde se localizam? São cidades? Como são
Observação: notar que os cards vermelhos trazem esses lugares? Propor às alunas e alunos a elaboração
Yayá criança e os demais trazem imagens suas como de mapas desses lugares e a pesquisa por imagens na
adulta. Isso significa que para conhecer mais a sua internet que possam ilustrar esses mapas.
história deve-se começar pela Yayá criança. A
sequência será dada pelo conteúdo do verso, já que é 7 Alguns textos trazem datas que permitem elaborar
di�cil dis�nguir sua idade nas outras imagens. uma linha do tempo da vida de Yayá. Ao longo da
leitura, peça que as alunas e alunos iden�fiquem as
datas e as insiram na linha do tempo, descrevendo o
que aconteceu ali.

8 A linha do tempo é uma a�vidade relacionada


também à matemá�ca, já que é preciso manter a
proporcionalidade entre número de anos ou de
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décadas e o comprimento da linha, mobilizando a
noção de escala. ALGUNS Alienista
Médico especializado em doenças mentais.
9 Sugere-se realizar pesquisa sobre história para
TERMOS Assembleia provincial
complementar a linha do tempo com fatos e
acontecimentos da cidade de São Paulo e do Brasil.
PARA O An�ga estrutura do poder legisla�vo das províncias
(atualmente estados da Federação), no período do
Assim é possível contextualizar historicamente os GLOSSÁRIO Brasil Império.
momentos vividos por Yayá e sua família. Sugere-se
consultar no site do CPC a aba Educa�vo, onde é Bacharel
possível encontrar vários textos contendo fatos e Diz respeito no texto ao curso superior em Direito,
acontecimentos históricos relacionados aos anos que o pai e avô de Yayá cursaram. Hoje o �tulo de
����, momento em que Yayá foi morar na casa do bacharel é concedido em diversas áreas, mas naquela
Bexiga. época, em que os cursos superiores eram poucos,
bacharel era sinônimo de formado em Direito.
�� Ao longo dos textos surgem nomes de amigos e
parentes de Yayá. Sugerimos montar uma espécie de Condephaat
árvore genealógica, que inclua não somente os Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
parentes, mas também as amizades de Yayá. As alunas Arqueológico, Ar�s�co e Turís�co do estado de São
e alunos podem ilustrar a árvore genealógica Paulo, órgão estadual responsável pela preservação
desenhando os personagens. do patrimônio.
�� Alguns textos trazem passagens que podem ser Conpresp
exploradas com pesquisas sobre ciências relacionadas Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio
ao tema transtornos mentais. O que é essa doença? Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São
Quem foi Pinel? Quem foi Nise da Silveira? Por que o Paulo, órgão responsável pela preservação no
doente mental �nha que ser isolado? O que a ciência município de São Paulo.
hoje diz sobre os transtornos mentais?
O Parafuso
Jornal criado em ���� que adotava uma visão crí�ca
à polí�ca paulista, se ocupando de temas como
SISTEMATIZAÇÃO Ao término do trabalho de observação e de
exploração dos conteúdos dos cards, complementado corrupção do governo, crimes, truculência policial e
DO TRABALHO com as a�vidades de pesquisa, sugere-se elaborar
uma síntese final que pode ser desenvolvida em
denúncias contra empresários exploradores. O jornal
tratou de forma sensacionalista a no�cia da doença e
COM OS diferentes formatos, como escrever a história
completa de Yayá, montar uma história em
da internação de Yayá.

CARDS quadrinhos sobre sua vida, ou realizar uma Preceptor


encenação teatral. Pessoa encarregada da educação e instrução de uma
A a�vidade de síntese é um momento importante, criança ou de um adolescente, geralmente na casa
mas não final do trabalho, já que a par�r dela criam- destes.
se perspec�vas para novos temas e abordagens. Uma
sugestão é desdobrar o trabalho para o tema da Senado estadual
preservação do patrimônio cultural, tendo em vista Outra estrutura do poder legisla�vo que não existe
que a Casa de Dona Yayá é tombada como mais. Estava relacionado à Primeira República.
patrimônio cultural. Isso aconteceu no ano de 1998,
em função de uma demanda dos próprios moradores Sion
do bairro que queriam, além da preservação, que a Colégio Nossa Senhora de Sion, onde Yayá estudou
casa abrigasse um uso público e cultural. depois que veio morar em São Paulo, após a morte
A casa foi tombada pelo Condephaat, órgão dos pais.
estadual de preservação, e pelo Conpresp, órgão
municipal, em datas diferentes. A temá�ca do
patrimônio pode aparecer na sala de aula a par�r da
reflexão sobre qual é o papel social da memória.
Algumas perguntas — porque lembrar e o quê
lembrar — podem ser norteadoras da compreensão
sobre patrimônio cultural, tema hoje vital para o
debate sobre a cidade e, portanto, sobre questões
relacionadas à construção da cidadania.
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