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CAMPUS – JI-PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
AGRADECIMENTOS
Agradeço também ao meu Esposo Dioni Cleiton, minhas filhas Isabella, Lívia,
Cecília pela paciência, motivação e apoio.
Ao professor Dr. Reginaldo de Oliveira Nunes, por ter sido meu orientador e ter
desempenhado tal função com dedicação e amizade.
RESUMO
ABSTRACT
The objective of the present work was to present the importance of the production of didactic
materials that help in the teaching work, specifically on indigenous games and games. A
didactic proposal was developed containing information about indigenous peoples and their
traditional games and games, as well as suggestions for activities to be developed in the early
years of Elementary School. As a pedagogical practice, the game helps to develop the
children's possibilities to create new perspectives to understand their sociocultural reality,
social group, society where they live, other peoples and other ways of living together in the
community. In the pedagogical proposal, twelve games of indigenous origin are presented that
can be used in the early years of Elementary School. The material is fundamental, in addition
to being used as a playful way, with the development of games and games with children, it
also teaches about indigenous peoples and their ethnic diversity in our country.
1. APRESENTAÇÃO
Para atender aos pressupostos, a Lei 11.645 de 2008 (BRASIL, 2008), destaca
que o ensino de cultura e história indígena e afro-brasileira deve ser obrigatória para
o ensino básico. Sobre esse aspecto ainda, Araújo (2014, p. 183), aponta que “os
conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar”.
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Segundo Funari e Piñon (2011), a maioria das escolas brasileiras ainda não
conseguiram realizar um trabalho bem-sucedido, tanto no que se refere a atualização
dos professores como a criação de um espaço no currículo para que o objetivo seja
alcançado.
2. O PRODUTO EDUCACIONAL
O material foi organizado pela acadêmica Tatiany Lopes Milani de Jesus com
a orientação do professor Dr. Reginaldo de Oliveira Nunes. São abordados a
importância dos jogos e brincadeiras, descrevendo os jogos e brincadeiras de origem
indígena e que normalmente não são utilizados nas escolas dos não indígenas e
devido a interferência que vem tendo na cultura indígena, essa temática também
vendo sendo esquecida pelos próprios povos indígenas.
Espera-se que, essa proposta didática possa auxiliar os professores dos anos
iniciais do Ensino Fundamental no desenvovimento das atividades lúdicas com os
alunos, bem como sirvá de instrumento para que os mesmos conheçam a diversidade
étnica e cultural do nosso país, nesse caso, representado pelos jogos e/ou
brincadeiras dos povos indígenas.
PETECA
Como utilizar: a peteca pode ser iniciada com a técnica do manuseio. Jogado em
duplas ou grupos. Original do povo Kayapó.
Modo de fazer:
HEINÉ KUPUTISÜ
Como jogar?
Para iniciar, é necessário que o professor (a) ou mediador (a) faça a delimitação da
largada até a meta a ser atingida.
Na brincadeira original tem a distância de aproximadamente 100 metros. Porém
pode ser adaptado em qualquer espaço da escola.
Os corredores (alunos) deverão percorrer esse trajeto num pé só, feito um saci, e
não pode trocar de pé. Aquele que conseguir ultrapassar a meta ou chegar mais
longe é o vencedor.
Povo kalapalo
O povo Kalapalo é um dos quatro grupos falantes da língua Karib que vive na região
do Alto Xingu, no Parque Indígena do Xingu, estado de Mato Grosso. Segundo
dados dos Instituto Socioambiental, a vida social desse povo, varia de acordo com
as estações do ano. Durante a estação seca, a comida é farta e são feitos os rituais
públicos, que costumam contar com muita música e a participaçao de convidados de
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TOLOI KUNHÜGÜ
O "gavião" desenha na areia uma grande árvore, cheia de galhos, e as outras crianças
fingem ser passarinhos. Cada "passarinho" escolhe um galho, monta o seu ninho e
senta-se lá.
O gavião sai à caça dos passarinhos, que saem dos seus ninhos e se reúnem num local
bem próximo à "árvore", batendo os pés no chão e provocando o gavião com uma
graciosa cantoria.
muitas manobras para distrair o gavião. Para descansar, protegem-se nos seus ninhos. O
gavião, quando consegue apanhar um dos passarinhos, prende-o no seu refúgio, que fica
próximo ao pé da árvore. O último passarinho que conseguir escapar e não ser "caçado"
pelo gavião e se transforma no novo "gavião" e "dono" da brincadeira, que recomeça.
Através desse jogo, a criança desenvolve inúmeras habilidades, tais como a agilidade,
velocidade de movimento, agilidade, concentração e a percepção de tempo.
PERNA DE PAU
Na Aldeia as crianças saem em grupos para o mato levando atrás das suas pernas de
pau. Procuram por horas um tronco longo e reto, que tenha na ponta uma forquilha (uma
divisão no formato de Y, onde se apoia o pé). E o desafio é conferir quem consegue
andar a maior distância possível sem cair.
Adaptação: O brinquedo pode ser feito com pedaços de madeiras finas e compridas, e
com outro pedaço de madeira mais grossa e menor, o que será o apoio dos pés,
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pregando com pregos uma peça na outra. Lembrando que é necessário um par para que
se possa brincar. Uma ótima opção também é utilizar latas de leite e barbantes.
O desafio é conferir quem consegue andar a maior distância possível sem cair.
ARRANCA MANDIOCA
Como brincar? Escolha um local onde tenha uma árvore, tronco ou trave. Peça
para as crianças fazerem uma fila, com as mãos nos ombros da criança da frente.
Leve-as ate o local escolhido (arvore, tronco...) peça para agacharem, e sentar-se
no chão. A primeira criança da fila se agarra na árvore e as de trás seguram umas
nas outras pelos braços e pernas. E escolha uma criança para ficar encarregada de
“arrancar” as mandiocas – que são as próprias crianças.
O primeira da fila, aquele que está agarrado à árvore, é o "dono da roça de mandiocas", é
ele quem dá permissão para que sejam retiradas uma a uma as "crianças-mandiocas" da
fila. E assim, começa o trabalho de soltar cada criança.
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Entre os Guarani vale usar de várias estratégias para conseguir soltar as crianças,
como, por exemplo, fazer cócegas, puxar pelas pernas, pedir ajuda para quem já saiu da
fila.
FIGURAS DE BARBANTE
Material: Barbante.
SOL E LUA
Como brincar?
Escolha duas crianças, uma será o sol e a outra criança será a lua. Peça pra elas
fazerem uma ponte, uma de frente com a outra, mantando as mães dadas para
cima. O restante das crianças, peça para fazerem uma fila, uma segurando a cintura
da outra.
Cantando, as crianças devem passam sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o
Sol e a Lua prendem o último ou os dois últimos. Perguntam-lhe para que lado
querem ir. A criança escolhe e vai colocar-se atrás do Sol ou da Lua. E assim
continuam até terminar. Quando todas as crianças passarem, têm-se dois partidos.
A dupla mantém os braços dados, e todos se mantêm segurando na cintura do
colega da frente. Agora é só puxar ambos os lados, para ver que partido ganhará.
Ganhará aquele grupo que conseguir "puxar" o outro. E puxam várias vezes,
marcando ponto para quem consegue derrubar ou desarticular o outro partido.
Além dá força, esse jogo trabalha a questão do poder de decisão, que é colocado
em evidência. Pois à criança tem a opção de escolha do partido ao qual quer
pertencer. Trabalhando também a noção de equipe, de conjunto, pois é todo um
partido fazendo força para puxar o outro partido.
CABAS
Curiosidade: As cabas ou marimbondos são insetos muito comuns nas matas. Uma
picada de caba pode ocasionar muita dor, febre e moleza na pessoa, que às vezes
fica um dia sem poder trabalhar, dependendo do local onde foi picado. A moral
dessa história é que "quem mexe em casa de caba acaba picado por ela".
GAVIÃO E GALINHA
Escolha uma criança para ser o gavião, ave forte e comedora de pintinhos. Outra
criança para representa a galinha, que fica de braços abertos, tendo atrás de si
todos os seus pintinhos (o restante das crianças serão os pintinhos).
O gavião deverá corre para tentar comer um dos pintinhos, mas só pode pegar o
último. A galinha tenta evitar dando voltas e mais voltas, impedindo que o gavião
pegue seu pintinho. O gavião só pode pegar o pintinho pelo lado. Não pode tocar por
cima. Quando ele consegue, come o pintinho, ou seja, a criança fica de fora da
brincadeira. Podendo também ser essa o próximo gavião.
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Para brincar, é necessário um espaço que possa ser lançado às bolinhas. Basta
lança-las com força e precisão. Ganha quem lançar mais distante.
ANIMAIS DE BARRO
Os animais de barro são feitos com a argila. As crianças produzem vários animais e
artefatos e brincam, criam e se divertem. Dessa mesma argila também são feitas
vasilhas de barro.
JOGO DA VIDA
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS