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SUMÁRIO

História da logística........................................................................................
........................................................................................ 03
A Logística no Brasil ..................................................................................... 06
Logística no mundo........................................................................................
........................................................................................ 07
Curiosidades e fatos sobre a logística mundial.............................................
............................................. 13
A Logística nas Empresas
Empresas.............................................................................
............................................................................. 14
Atividades Primárias da Logística
Logística..................................................................
................ 16
O profissional de logística
logística..............................................................................
.............................................................................. 18
Características para progredir na carreira
carreira.....................................................
..................................................... 19
Visão estratégica da logística
logística........................................................................
........................................................................ 22
Formas de reduzir os custos e melhorar a eficiência na logística
logística.................
................. 25
Modais de transporte de carga no Brasil
Brasil.............................................
....................................................... 36
Logística - Distribuição dos Produtos
Produtos............................................................
............................................................ 45
Os intermediários e suas funções
funções..................................................................
.................................................................. 48
Os diferentes tipos de distribuição de produtos.............................................
............................................. 50
Nível de serviço ao cliente
cliente.............................................................................
............................................................................. 53
Gestão de transportes.................................................................
...................................................................................
.................. 55
Gestão de armazenagem
armazenagem..............................................................................
.............................................................................. 55
Gestão de estoques.......................................................................................
....................................................................................... 58
Gestão de custos na logística de distribuição de produtos
produtos............................
............................ 64

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HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

É difícil pensar em logística e não imaginar as tecnologias que envolvem o segmento


atualmente. Essa se tornou uma etapa tão importante dentro da economia nacional
que muitos deixam de se aprofundar na história da logística e nos marcos do setor,
mas deveriam se aprofundar um pouco mais na história, pois ela reflete muitas
ações da atualidade.
No nosso texto te convidamos para atravessar pela histór
história
ia da logística moderna e
identificar os principais pontos que construíram toda sua estrutura.

Logística e a Segunda Grande Guerra

Para começar a história da


logística temos que retornar ao
fim da Segunda Guerra Mundial e
entender como os mercados
buscavam
vam novas possibilidades
para retomar sua produtividade e
atendimento aos clientes. As
indústrias se voltavam para um
mercado consumidor repleto de
demandas, porém, como
métodos de padronização
inflexíveis. Imagine que os
eletrodomésticos eram somente
de um tipo e de uma cor e os
estoques eram controlados manualmente, isso fazia com que a demanda fosse
atendida com um tempo elevado, pois a comunicação de reposição junto aos
fabricantes demorava.
Tudo o que se conhecia por desenvolvimento tecnológico estav
estava concentrado nas
linhas de produção e o atendimento ao consumidor final ficava em segundo plano,
pois o transporte visava a movimentação de grandes quantidades e as
transportadoras que praticavam preços reduzidos eram as mais requisitadas,
unicamente por isso.
Entretanto a qualidade do transporte e das entregas eram baixas, pois o mercado
não buscava essas questões, unicamente se olhava como poderia realizar o
transporte do ponto A até o B no menor tempo possível.

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Ampliação de mercado e nossas possibi
possibilidades

Depois desse momento de retomada, tivemos a fase em que os produtos ganhavam


novas cores, novos tamanhos e, também, surgiam outras linhas de consumo. Por
exemplo, a indústria de alimentos ganhava destaque e crescia de forma muito forte.
Contudo, com essas novas linhas, os estoques passaram por dificuldades em seus
controles, pois agora tinham
que lidar com uma
diversidade maior e seus
custos acompanham essa
curva de crescimento.
Novas ideias surgiam para
que a reposição e o
transporte ganhassem ou outras
possibilidades, pois se via um
crescimento alto e uma
superlotação nas operações
que ainda atuavam com
processos manuais.
Os custos com transporte e
distribuição também aumentavam consideravelmente! A fase acompanhava a crise
do petróleo de 1970 e iss isso
o impactava de forma intensa o preço de toda cadeia
logística.
Para que se tornasse viável aos consumidores, a preocupação se estendia para o
pós-produção
produção e alternativas como transportes multimodais ganhavam espaço agora
mais apoiadas pelo surgimento de te tecnologias
cnologias que em 1960 que se fazia presente
de forma bastante tímida dentro das operações, mas evoluía rapidamente e
conquistava um espaço muito interessante substituindo trabalhos manuais e
demorados.

Refinamento dentro da história


da logística

O planejamento logístico
conquistava seu espaço e
começava a mudar o mercado de
forma relevante! O que nas fases
anteriores eram rígidas, agora
tinham uma comunicação melhor
e bem mais flexível dentro da

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empresa e entre os fornecedores e clientes, ainda esta
estava
va longe do modelo do século
21, mas já se via melhorias significantes.
Era a fase em que os dados eletrônicos superavam as informações estritamente
manuais, nascia o sistema de código de barras e o controle dos estoques. No Brasil,
éramos apresentados à g globalização
lobalização e, após o ano de 1980, os processos ficavam
mais velozes, repletos de informações e a comunicação era primordial.
Embora a internet ainda engatinhasse, as mudanças davam passos importantes
para uma revolução.

Gerenciamento e o surgimento de compras pela internet

O Supply Chain Management, ou o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos,


passa a ser visto pelas empresas de forma estratégica para se ganhar
competitividade no mercado. Antes a logística se resumia a operações físicas para o
armazenamento
amento de materiais, já não refletia sua importância como uma grande
geradora de oportunidades.
As parcerias compartilham
informações na cadeia de
suprimentos e se firmam como
líderes do mercado.
Com a evolução da internet
um novo mercado surge: o e e-
commerce.rce. Ele se instala num
segmento e logo passa a ser
um mercado cuja revolução
alimenta todos os anseios dos
consumidores.
Agora, o cliente pode otimizar e personalizar um produto e recebê
recebê-lo em casa e isso
muda o mercado de forma gritante!
Os desafios da logística ganham outra dimensão com novos mercados e a
terceirização impulsiona lucros e qualidade, pois passa a absorver um oceano de
informações para que os estoques diminuam os custos e os prazos, enquanto se
busque agregar valor ao cliente com melhoria
melhoriass contínuas. A história fica ainda mais
complexa, pois pontos como a logística reversa surge num segmento mais nobre,
embora ainda muito voltada às atividades do pós
pós-venda.
A logística evolui todos os dias e mostra o que ainda se pode fazer para a melhoria
dos processos numa amplitude pouco explorada entre a escassez e a reutilização,
entre o consumo e os recursos disponíveis, entre o lucro e a preservação, entre nós
e o nosso futuro.

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A LOGÍSTICA NO BRASIL

A logística apareceu no Brasil nos anos 70. As indústrias e os comércios brasileiros


vinham atuando em um país de dimensões continentais, logo, perceberam a
necessidade de abandonar o empirismo para abastecer estes mercados, ainda mais
quando se tem uma malha
de transportes incipiente.
Nessa época o termo
“logística” ainda era utilizado
para questões de transporte
e distribuição.

Já durante a década de 90,


a logística passou por
grandes mudanças, a
estabilidade econômica
trazida pelo Real e as
privatizações na área de
infra-estrutura
estrutura (principalment
(principalmentee na área de telecomunicação) foram um dos fatores
que mais impulsionaram essas mudanças. Entre 1994 e 1997 houve um aumento de
50% no comércio exterior brasileiro, e esse rápido crescimento trouxe a necessidade
de uma logística internacional, a qual o paí
paíss não estava preparado. Mas o conceito
atual utilizado e denominado supply chain management apenas ocorreu após a
estabilização da inflação com o estabelecimento de relacionamentos entre
fornecedores, empresas e clientes, de forma mais duradoura. Antes des dessa
estabilidade, essa integração na cadeia de suprimentos era quase impossível devido
a forte especulação por preços causados pela inflação.

Essas mudanças na logística no Brasil são lideradas por dois segmentos industriais,
o automobilístico e o grande va varejo.
rejo. Apesar dos fortes investimentos dessas
empresas, os esforços esbarram na deficiência da infra
infra-estrutura
estrutura de transportes e
comunicação. No Brasil 61% da carga transportada (em toneladas - km) é por
transporte rodoviário, que só não é mais caro que o tr
transporte
ansporte aéreo. Na Austrália,
Estados Unidos e China os números são 30%, 28% e 19%, respectivamente.

Ainda existem muitas barreiras para serem vencidas, em termos de logística o Brasil
ainda esta engatinhando, porém muitas empresas já estão em busca de
aprimorarem
rimorarem seus processos por meio da logística, vislumbrando
vislumbrando-a como uma
ferramenta que propiciará um diferencial competitivo.

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LOGÍSTICA NO MUNDO

Durante um painel de debates


intitulado “Logística: ponte para
a prosperidade global”,
promovido pelo Fórum Global
da Wharton realizado em
Istambul, o moderador George
Day referiu-sese à logística como
“tecido conectivo que faz a
economia global funcionar”. A
logística, disse Day, pode ser
“uma fonte incomensurável de
vantagem competitiva, além de
ajudar a expandir
xpandir e a lançar
novos modelos de negócios”.
Combinada com a tecnologia da informação, acrescentou, a logística pode “ampliar
de forma espetacular o alcance geográfico de empresas grandes e pequenas”. Para
explicar o papel cada vez mais preponderante da logística, Day, professor de
Marketing da Wharton, contou com a colaboração de Michel Akavi, CEO da DHL
Worldwide Express do Oriente Médio, Mirzan bin Mahantir, presidente do conselho e
diretor-geral
geral da Konsortium Logistiks Berhad, com sede na Malásia, e Y Yavuz
Cizmeci, presidente do conselho das Linhas Aéreas ACT da Turquia.

“Logística quer dizer deslocar o produto certo, em quantidades certas, para o lugar
certo na hora certa”, disse Day,
professor de Marketing da
Wharton e estudioso de
logística baseada no
desempenho de empresas
como a Cisco Systems e
General Electric. “As cadeias
de suprimentos realmente boas
resultam em custos
substancialmente baixos,
menor volume de estoque e
melhor prestação de serviço ao
consumidor. É o caso da Cisco.
Seu grupo de serviço
rviço de pós
pós-vendas
vendas é um negócio de 4 bilhões de dólares que
distribui 720.000 peças de reposição para as diversas instalações fabris da empresa.

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A logística dessa operação envolve clientes, engenheiros de campo, além de
centros de execução, distribuição e reparos de materiais. “Quanto mais eficiente for
a administração da logística, tanto maior a possibilidade de banir as incertezas do
sistema”, disse.

Oito tendências mundiais na área da Logística

Em um fórum, Michel Akavi, outro debatedor convidado, diss


disse
e à platéia presente ao
fórum que quando perguntou à profissional responsável pela organização das
palestras em que local o grupo de discussões se reuniria, ela lhe respondeu que as
pessoas “se atrasariam um pouco, mas que pouco a pouco iriam chegando. Ent Então
eu disse: ‘Ótimo. Elas precisam de uma sessão de logística para acordar’”.

Akavi decidiu despertar o grupo com um debate sobre as oito tendências que, em
sua opinião,, influenciam atualmente a logística.

A primeira delas,, disse, é a “explosão” do comércio global e da produção global


devido à “derrocada da velha ordem política, principalmente do comunismo. Além
disso, a barreira de costumes não existe mais, sobretudo na Europa, e há um
volume maior de comércio
entre as regiões oriental e
ocidental doo continente. Akavi
citou também o Acordo de
Livre Comércio Norte
Norte-
Americano (Nafta), a
Organização Mundial do
Comércio (OMC) e o GATT
(Acordo Geral de Tarifas e
Comércio). Quanto mais
eventos dessa natureza
houver, maior a necessidade
da logística”.

Veja o caso da Internet, disse Akavi. Como somos uma empresa que entrega
documentos de porta em porta, “ficamos apavorados com o advento da Internet.
Felizmente, porém, os documentos precisam ser assinados, selados e carimbados
[…] Esperamos que a Turquia não a adote
dote o mau hábito da assinatura eletrônica
quando passar a integrar a UE”, disse Akavi com um sorriso, acrescentando que “os
produtos não viajam eletronicamente, ainda bem!” Quanto mais as pessoas
utilizarem a Internet, maior será o volume de negócios, mai
maiss pesados serão os
pacotes e maior a necessidade de cartas para fazer o mundo girar.

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Segunda tendência: transição para uma sociedade pós pós-industrial.
industrial. “A população dos
países ocidentais estagnou; a média de idade está aumentando, gasta gasta-se mais
dinheiro com comunicação e saúde e menos com produtos produzidos em massa.
Existe, portanto, uma
tendência para produtos de
nichos mais transitórios e
individuais combinada com
serviços.” Isto significa que
uma variedade maior de
bens precisa ser
transportada, de for formas
mais especializadas,
diretamente para o
usuário/consumidor.
‘Portanto, a indústria da
logística precisa se especializar em nichos, assim como a indústria têxtil requer
empresas que sejam sensíveis às tendências da moda. Não se pode produzir um
milhão de e produtos em um único lugar de uma só vez. É preciso produzi-los
produzi
depressa”, geralmente em partes distintas do planeta.

De acordo com a terceira tendência


tendência,, vivemos hoje em um “mundo on-demand
on (em
que o consumidor diz o que quer, quando quer e como quer)
quer)”,
”, disse Akavi. “Nossa
sociedade rendeu-se
se ao bordão ‘tempo é dinheiro’. Caminhamos para um ambiente
de concorrência centrado no tempo. A velocidade quase que supera em importância
o preço. Vemos isso na microeletrônica, com seus chips e consoles de jogos. No
segmento de PCs e de telefones, o termo utilizado é ‘agilidade’ — ou a capacidade
de chegar primeiro ao
mercado. A demanda está
mudando o mundo da
logística.”

A quarta tendência diz


respeito à crescente
sensibilidade em relação ao
meio ambiente. As pes pessoas
indagam agora: “Como
podemos transportar menos,
de maneira mais eficiente, e o
que devemos fazer para
reciclar mais?”, disse Akavi.
“Na Europa, observamos que o
tráfego de caminhões nas rodovias é cada vez mais restrito. Na Áustria, alguns
caminhões nãoão podem ci
circular nos finais de semana. As ferrovias estão sendo mais
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utilizadas para o transporte de bens, porque o consumo de energia é menor. Existe
também uma preocupação maior com aeronaves barulhentas. Tivemos de substituir
nossos aviões em Bruxelas por aparelhos menos ruidosos; agora, estamos
transferindo nossa central de vôos de Bruxelas para Leipzig, na Alemanha, uma
região menos povoada. O cuidado com o meio ambiente está modelando a
indústria.”

A quinta tendência,, diz Akavi, “consiste na redescob


redescoberta
erta da organização dos
processos estruturais” baseados na maior eficiência e na melhor organização.

A sexta tendência consiste na


“desregulamentação e na
privatização dos serviços
públicos nas comunicações e
nos transportes. Somos um
bom exemplo disso”, disse
Akavi. O correio alemão
(Deutsche Post), dono da DHL,
“tinha um sistema postal
ineficiente e apático. Depois de
privatizado e modernizado,
começou a dar lucro. Em
seguida, passou a refletir sobre
sua missão: seria vender selos pelo resto da vida? FFoi
oi assim que passou de serviço
postal à empresa de logística e transporte integrados”.

A sétima tendência enfatiza a geração de valor para o acionista. “A logística


procura agora ressaltar as competências básicas. Já vimos empresas se desfazerem
de negócios
os para se concentrar unicamente em suas competências básicas. O
transporte agora passa por uma etapa de forte terceirização”, o que ajuda
fornecedores terceirizados, como a DHL, a crescer e também contribui com o
crescimento de empresas de
logística que operamperam com
transportes especializados.

A oitava e última tendência


tendência, de
acordo com Akavi, diz respeito às
tecnologias de comunicações
mais recentes. “Com a Internet,
sabemos perfeitamente onde
está nosso transporte e podemos
contactar seu call center caso o
produto fique retido em algum

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lugar. Hoje podemos utilizar também telefones móveis para isso. O rastreamento e a
localização estão se tornando cada vez mais comuns. Nossa empresa é capaz de
rastrear automaticamente todos os embarques feitos e detectar quaisquer
problemas antes que o cliente se dê conta de que sua encomenda não chegou.” A
tecnologia de RFID — etiquetas de identificação por radiofreqüência — é de
“importância fundamental para nosso setor. Sem ela, seria muito difícil localizar uma
encomenda em nossos depósitos gigantescos. Essa tecnologia terá um impacto
muito grande nos próximos anos”.

O exemplo de Cingapura:

A descrição que Mirzan bin


Mahathir faz de e sua empresa, a
Konsortium Logistiks
tiks Berhad,
sediada em Kuala Lumpur, como
uma entidade dividida entre
componentes de logística e
soluções de logística, lembra o
comentário de Akavi sobre
empresas que terceirizam cada vez
mais sua parte logística para se
dedicar às suas competências
básicas. Mahatir acrescenta que “a
ponte para a prosperidade global
tem dois níveis”, o nível “país” e o nível “companhia”.

No nível país, “cabe às nações desenvolver sua infrainfra-estrutura


estrutura logística para que
possam competir. Não basta atrair o setor de fabricação se o produto fabricado não
for comercializado de manei
maneira eficiente”, disse. Essa infra-estrutura
estrutura compreende a
construção de portos, aeroportos, estradas e pontes para transportar não apenas
mercadorias, mas também pessoas. Os aeroportos são particularmente críticos: “No
Oriente Médio, todos estão se dando con
conta
ta de que os aeroportos são um item crucial
de infra-estrutura”,
estrutura”, por isso há vários em construção atualmente, alguns inclusive
bem próximos uns dos outros.

“Contudo, a parte física só não basta. A infra


infra-estrutura
estrutura física não é de grande valia
se não for utilizada
lizada de maneira eficaz”, observou Mirzan. São necessárias três
coisas: tecnologia da informação, deslocamento físico eficiente e um sistema
financeiro confiável. “Nos países em desenvolvimento, essas três coisas caminham
necessariamente de mãos dadas. Is Isso
so ocorreu em alguns poucos lugares, como
Cingapura. Outros países, porém, estariam adotando essa mesma estratégia.”

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No negócio de logística,
acrescentou Mirzan, os
produtos têm de ser
enviados o mais
diretamente possível para
o mercado, e têm de
chegar a seu destino a
tempo. Contudo, vários
obstáculos
governamentais podem
tolher esse processo,
inclusive o excesso de
papelada, inspeções
desgastantes e corrupção. “Se a liderança de um país qualquer fizer uma avaliação
logística para determinar o seu papel para a prosperidade de sua gente, verá que é
preciso trabalhar com essas três áreas.” Algumas nações já se deram conta disso;
outras, não.

Do ponto de vista da empresa, acrescentou, algumas já se começam a ver como


companhias de logística, mesmo que sejam fabricantes de um produto qualquer.
Isso é uma vantagem competitiva. A Dell, disse Mirzan, “é na verdade uma empresa
de logística que atua no negócio de computadores. A empresa é muito eficiente no
que faz, mas ela atua sobretudo na área de logística”.

Soluções em software

Yavuz Cizmeci, presidente do conselho das Linhas Aéreas ACT, lembrou ao


auditório que Istambul sempre foi uma encruzilhada logística para o comércio, e que
a Turquia deverá se tornar um
centro logístico no futuro. A
tendência hoje, disse, é a de que
muitas empresas de grande porte
abram filiais na Turquia ou
comprem companhias já
instaladas ali, prontas para tirar
vantagem do comércio cada vez
mais intenso do país, do seu mar,
rodovias, estradas de ferro e
transporte aéreo. Gastar co com
logística, disse, é algo que deve
se tornar comum num futuro
próximo.

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Durante a sessão de perguntas, Akavi foi interpelado quanto ao modo como sua
empresa utiliza as soluções em software para otimizar sua logística, como, por
exemplo, no que diz respeito à carga de cada caminhão. “O software não é
competência básica da logística”, disse. “Embora haja um grande volume de
desenvolvimento de software ocorrendo na empresa, trabalhamos cada vez mais
com desenvolvedores na busca de soluções […] Gastamos cerca d de 6% a 7% de
nossa receita com TI, e terceirizamos um volume cada vez maior.”

Outra pessoa do auditório observou que sempre viu o campo da logística como um
segmento de fácil acesso, desde que a empresa seja capaz de transportar alguma
coisa do ponto A para ra o ponto B. Contudo, com as melhorias tecnológicas
introduzidas e com o maior volume de fusões entre as empresas existentes — e com
a vantagem de que desfrutam as pequenas empresas em comunidades menores —
as companhias de médio porte estariam sendo espr espremidas,
emidas, ou ainda haveria
oportunidade de crescimento para as empresas médias?

“Há sem dúvida alguma espaço para pequenas, médias e grandes empresas”, disse
Akavi. “Nós crescemos muito, porém oferecemos soluções integradas. Alguns
clientes, entretanto, prec
precisam
isam de transporte apenas do ponto A para o ponto B. Às
vezes, uma empresa de menor porte tem mais flexibilidade e pode oferecer preços
melhores. Se você não precisa de uma rede gigantesca como a nossa, pode recorrer
ao mercado de empresas de porte médio.”

Cizmeci apresentou sua perspectiva pessoal: “Minha empresa é pequena. O


tamanho, porém, não é o mais importante, contanto que você faça bem o seu
trabalho e pelo preço certo. À medida que a tecnologia se torna mais complexa, a
vida se torna igualmente mai
maiss complexa, e as grandes companhias de logística nem
sempre lidam muito bem com isso. Elas precisam de parceiras menores, ágeis e
econômicas.”

CURIOSIDADES E FATOS DA LOGÍSTICA MUNDIAL

Se for pedido um adjetivo para


definir a logística moderna, algo
como “incrível” seria o mais
apropriado. A capacidade das
operadoras atuais de movimentar e
armazenar carga é inacreditável,
principalmente se comparada às
possibilidades diminutas de poucas
décadas atrás.

O contêiner de 20 pés (TEU) foi


criado apenas em 1956 e
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revolucionou a forma de carregamento de cargas. Hoje em dia, ele é a base para o
transporte de cargas em diferentes modais.

O MSC Oscar, maior navio cargueiro do mundo, leva até 197 mil toneladas de carga.
Em 2013, mais de 9 bilhões de toneladas de carg
cargas
as foram carregadas pelo mar.
Para comparação, foram 42 milhões de toneladas levadas por aviões.

Ainda em 2013, 31% das exportações brasileiras foram transportadas pelo mar.

Parceira próxima do desenvolvimento tecnológico, a logística está presente em


todas
das as fases do comércio.
Portos, aeroportos, ferrovias,
centrais de distribuição e
armazéns tem estruturas cada
vez mais avançadas e
automatizadas.

O MSC Oscar, citado


anteriormente, transporta uma
quantidade altíssima de carga
com uma equipe relativamente
relativamen
curta. A logística é incrível e
surpreende a cada avanço.

A LOGÍSTICA NAS EMPRESAS

Há tempos as empresas buscam agilidades em seus processos. Pois, como vivemos


em uma época de globalização e
com isso o mercado se torna
cada vez mais competitivo. É
extremamente importante que as
empresas estejam atentas para
atender as expectativas dos seu
seus
clientes. E com isso conquistar
seu espaço no mercado. Através
de produtos
dutos e serviços de
qualidade, cumprindo seus
prazos e aumentando suas
margens de lucro.
Vários fatores são importantes
para essas conquistas no mercado. E a logística é uma delas. Poi Pois uma logística
eficaz
az só traz resultados positivos a organização. Pois a logística bem planejada
14
envolve quase todos os departamento de uma empresa. Desde a aquisição da
matéria prima, até o produto acabado.

Mas para que a empresa tenha sucesso em sua lo logística,


gística, ela não depende apenas
de sua organização, mais sim de um ótimo relacionamento com seus fornecedores,
que criam uma espécie de parceria. Onde os dois lados ganham, pois fornecedores
e clientes devem falar a mesma língua, ou sseja,
eja, ambas devem ter um u acordo que
beneficie os dois lados.

É necessário realizar um bom trabalho em operações logísticas para que os custos


sejam reduzidos e para que traga vantagens e benefícios para as empresas. Por
isso, consideramos que os
estoques dos insumos e dos
produtos
tos acabados, a infra infra-
estrutura de transporte e a
capacidade de gestão logística são
cruciais para o desempenho das
organizações e o sucesso das
operações logísticas.

Não importa se a empresa é de


pequeno, médio ou grande porte.
Todas para sobreviverem
precisam
cisam ter um ótimo
planejamento logístico, para evitar o fracasso em tempos onde as concorrências são
fortes.

Portanto a logística é uma ferramenta importante para empresa, pois uma logística
mal planejada pode prejudicar
todo o cronograma. É isso não é
só da organização. Como falado
antes os fornecedores devem ter
também um bom planejamento
logístico. As empresas devem por
obrigação conhecer a fundo quem
são seus fornecedores. Deve
conhecer suas instalações, o seu
processo de produção e até
mesmo buscar referência. E
também deve ter mais opções,
estar sempre buscando novos fornecedores, para se precaver de futuros problemas.

A logística é um sistema que organiza o fluxo de informações, materiais e pessoas,


com o propósito de atingir um objetivo com agiliagilidade.
dade. A logística empresarial
15
engloba todos os procedimentos de mercadorias e o deslocamento de informações.
Contudo, para que isso aconteça com eficiência o gerenciamento deve acontecer de
modo integrado. O aprimoramento de cada uma das etapas do fluxo é muito
importante para o desenvolvimento de todo o sistema. Somente assim é possível
garantir excelência no gerenciamento empresarial.

ATIVIDADES PRIMÁRIAS DA LOGÍSTICA

A logística é uma área da


administração que se
responsabiliza por otimizar os
fluxos de informações e
materiais desde o ponto de
origem (aquisição) até o seu
destino final, que é o seu
consumidor. O objetivo da
logística é proporcionar níveis
de serviços adequados às
necessidades dos
clientes/fornecedores a um
custo competitivo.

Para fazerer isso, a logística é


composta por diversas
atividades primárias e de apoio.
As atividades primárias são
compostas por transporte,
manutenção de estoques e
processamento de pedidos.
Essas ações são primordiais
para atingir os objetivos da
logística de custoto e nível de
serviços.

As atividades
tividades primárias da logística são:

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Transporte

É um grande equívoco acreditar que a área de logística se resume a atividade de


transporte, apesar de muitas empresas considerarem esta como a mais importante.
A parte do transporte é responsável pela movimentação de matérias
matérias-primas e
produtos. O transporte agrega valor de “lugar” ao produto, já que o posiciona
adequadamente para atender a demanda.

Manutenção de estoque

Os estoques funcionam como


“amortecedores” entre a ooferta
e a demanda, já que eles
evitam que pedidos efetuados
pelos clientes deixem de ser
atendidos. A manutenção de
estoque, portanto, agrega valor
de tempo ao produto e permite
sua disponibilidade na hora em
que o cliente deseja. Manter
uma gestão eficiente te dos
níveis de estoque, incorporada à velocidade dos sistemas de transporte escolhido é
determinante
ante para o sucesso da empresa.

Processamento de pedidos

Essa é a ação que dá início à movimentação dos produtos após a solicitação do


cliente. Essa não é u uma
atividade de custo elevado
como as anteriores, mas está
diretamente relacionada ao
nível de serviço ofertado aos
clientes, o que é de extrema
importância para o processo
logístico.

Com
om o crescimento do
comércio eletrônico, essas
atividades estão se tortornando
extremamente importantes e
podem ser um diferencial competitivo para as empresas. Quando alguém faz uma
compra pela internet, se espera que a entrega seja tão ágil quanto foi o processo de
realização do pedido.

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O PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA

A logística, que era considerada como uma área completamente operacional,


responsável por grande parte
dos custos de uma empresa,
passou por diversas
transformações e hoje integra
uma parte fundamental do
planejamento da empresa.

Junto com a evolução dessa


área
rea e a redefinição do seu
conceito, o profissional de
logística também passou a ter
um novo perfil, que envolve
características que vão muito
além do conhecimento técnico necessário para a execução de suas atividades.

Assim, podemos tentar sintetizar os conhecimentos e habilidades que contribuem


para a formação de um bom profissional de logística:

Raciocínio lógico

Ter familiaridade com números,


planilhas, pesquisas e dados
estatísticos ajuda bastante
nessa área. O raciocínio lógico
pode ajudar na tomada de
decisões estratégicas e sob
pressão.

Relacionamento

O trabalho em equipe e a
habilidade nas relações
interpessoais nas diferentes áreas da empresa faz toda a diferença para lidar com
necessidades, deveres e resolução de conflitos.

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Visão estratégica

Saber avaliar os pontos positivos e negativos do negóc


negócio e também dos
concorrentes é essencial para
elaborar estratégias
ratégias que façam
a diferença.

Visão global

Enxergar o todo é prever e


corrigir possíveis falhas e
explorar as reais possibilidades
do negócio. O profissional deve
buscar conhecer bem as etapas
e setores da empresa.

Fluência em inglês

Muitos textos e termos da área são em inglês e muitas vezes a própria comunicação
entre clientes e fornecedores poderá ser nesse idioma.

É claro que exigir que um profissional de logística tenha todas essas habilida
habilidades e
conhecimentos seria buscar um super profissional, mas quanto mais desses
conhecimentos e habilidades ele tiver, mais valorizado e disputado será pelo
mercado. E em tempos de mão de obra escassa, isso pode significar ganhos
financeiros bastante elevad
elevados.

CARACTERÍSTICAS PARA PROGREDIR NA CARREIRA

Atualmente o mundo do
trabalho recompensa os
profissionais mais dinâmicos,
que se relacionam facilmente,
agregam novas ideias e que
adquirem, com o tempo, visão
estratégica.
Pouco adianta uma empresa
ter um departamento
comercial bem estruturado se
a sua logística for mal
planejada e apresentar falhas. A equipe de vendas até conseguirá captar clientes,
mas a logística defeituosa afetará sua experiência e fará com que desistam de fazer
novos negócios. É por isso que o papel do novo profissional de logística mostra
mostra-se
19
cada vez mais importante, pois, sem ele, a empresa não consegue obter melhores
resultados.
Mas para, de fato, gerar resultados para uma empresa, o profissional de llogística
não pode mais trabalhar da mesma forma que há 5, 10 ou 20 anos atrás. O
surgimento de novas tecnologias e o aumento da competitividade entre as empresas
mudaram significativamente o perfil desse profissional. A seguir, mostraremos as
características
as que ele precisa ter para atender às necessidades das empresas,
agregando eficiência e qualidade. Confira:

Seis características que o novo profissional de logística precisa ter para


progredir em sua carreira:

1. Ser flexível e estar preparado para sair da zona de conforto


Não só a cadeia logística precisa
ser flexível como também os
profissionais responsáveis por
ela. Isso porque imprevistos
(como defeitos em caminhões e
quebra de mercadorias) sempre
acontecem, mesmo com as
tecnologias tentando elieliminá-los.
E, em datas especiais, como o
Natal e a Black Friday, a
demanda aumenta, e o
profissional precisa estar
preparado para sair da sua zona de conforto.

2. Saber se comunicar com outros profissionais


A cadeia logística envolve muitos profissionais. Cada etapa (armazenagem,
transporte, distribuição etc.) necessita de uma equipe diferente. Se o profissional de
logística não conseguir “falar a mesma língua” que os outros colaboradores,
desentendimentos poderão ocorrer. E isso acabará impactando a cadeia logística.
Por isso, é fundamental que o profissional saiba comunicar
comunicar-se
se com os membros do
seu time e de outras equipes.

20
3. Ter um olhar estratégico
Os armazéns, os centros de
distribuição, a movimentação de
veículos e os processos
logísticos em geral
eral precisam ser
otimizados, para que seus
custos sejam reduzidos, a
velocidade da cadeia seja
aumentada e eles possam gerar
um valor maior para as
empresas. E para fazer essa
otimização e melhorar a performance da cadeia logística, o profissional de logí
logística
precisa ter um olhar estratégico e amplo.

4. Ser proativo
Proatividade é fundamental,
pois, como já dissemos antes, a
cadeia logística está sujeita a
imprevistos e demandas
sazonais. O profissional precisa
tomar atitudes proativas, para
que, na horaa de um incidente,
ele tenha uma “carta na manga”
e possa solucionar o problema
rapidamente. Duas atitudes que
ele pode tomar proativamente é
preparar o armazém para as
demandas sazonais e a logística reversa para o caso de devoluções de mercadorias.

5. Se relacionar adequadamente com outras áreas


Foi-se
se o tempo em que a logística trabalhava separadamente de outros setores,
como o comercial e o financeiro. Para ser eficaz, deve haver sinergia entre as áreas.
Somente assim a cadeia ficará totalmente integr integrada,
ada, o que reduzirá erros e
aumentará a transparência dos processos.

6. Ter afinidade com as novas tecnologias


O novo profissional de logística precisa, obrigatoriamente, ter afinidade com os
novos sistemas tecnológicos utilizados para gerenciar processos. Hoje, poucas
empresas utilizam canetas e folhas de papel para registrar dados e anotar
informações. Todas as atividades agora são controladas por meio de sistemas
hospedados na cloud computing – a famosa nuvem – e podem ser acessadas a
partir de computadores, tablets e smartphones em qualquer lugar.
21
VISÃO ESTRATÉGICA DA LOGÍSTICA

A visão de uma cadeia de


suprimentos e sua
movimentação deve ser
absorvida por uma
organização como um
processo integrado, de forma
que a organização obtenha
vantagem competitiva no
fornecimento de produtos ou
serviços a seus clientes e
também estendida a seus
fornecedores.
Devido ao advento da globalização, algo irreversível sob o prisma econômico e
administrativo, a concorrência atualmente é mais ácida e acirrada, ali aliando a
quantidade de informações disponibilizadas, os consumidores, sejam estes
industriais, comerciais ou de serviços e consumidores finais desejam e exigem mais
no ato de compra. Qualidade e preço são sempre questionados, e de forma
repetitiva e ascendente.
te. A fidelidade, antes vista como fator de competitividade,
pouco ou nada representa no ato de fechamento da compra por parte dos
consumidores.
Com o acirramento mais visível e mais forte da concorrência, satisfazer clientes
tornou-se
se tarefa árdua e presprescindível
cindível de planejamento minucioso. Conforme
BERTAGLIA (2009):
“as
as medidas são voltadas
para a satisfação e o
atendimento do cliente, pois
se o produto não estiver
presente nas gôndolas, isso
significa que alguém está
vendendo um produto com
preço e qualidade
dade similares.
”(BERTAGLIA,
(BERTAGLIA, 2009, p. 14)
A máxima americana onde se
diz que o produto certo
sempre deve estar em todo
lugar certo no momento certo é a real necessidade das organizações que querem
sobreviver no atual contexto competitivo, fazendo com que eestas
stas se preocupem cada
vez mais com a cadeia de suprimentos.
Para que ocorra um alinhamento estratégico das demandas logísticas com a visão
organizacional, algumas forças externas devem ser levadas em conta quando da
22
elaboração dos planos estratégicos e de metas a serem alcançadas, a globalização,
o mercado e a demanda do consumidor, a competição, informações e comunicação,
cultura local, regras governamentais e o meio ambiente.
“Com base no moderno conceito da logística integrada está o entendimento de qu que
a logística deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta
gerencial, capaz de agregar valor poporr meio dos serviços prestados.”
prestados. (FLEURY et al,
2000, p. 31)
Organizações competitivas prestam muita atenção ao relacionamento, deve ser
composta por planejamento, compras, produção e distribuição que mantém com
seus fornecedores, de forma a conseguir prestar atendimento satisfatório a seus
clientes. A flexibilidade e a
agilidade são imprescindíveis
para o sucesso na competição
pelo mercado consumidor. A
atual preocupação com o meio
ambiente em virtude de
desastres ambientais,
alterações climáticas e
conscientização por parte dos
consumidores remete à
logística, importante papel na
busca de soluções de menor
impacto ambiental, seja na busca de melhores embalagens e ciclo de entregas de
menor impacto ambiental, com soluções as mais diversas e também a facilitação
para a logística reversa na reciclagem de embalagens e produtos.
A possibilidade de diminuição de uso de produtos nocivos e também a diminuição de
insumos necessários durante o processo da cadeia de abastecimento, além de
provocar melhorias financeiras, acarretando diminuição de custos operacionais,
ainda possibilita a inovação de
uso de materiais menos
nocivos ao meio ambiente, ou
que
ue também possam ter
reutilização maior, como
embalagens retornáveis e de
uso prolongado.
A redução e o
reaproveitamento de resíduos
são fatores importantes na
gestão logística de forma
consciente com as políticas
ambientais atuais.

23
Uma gestão da cadeia de suprimentos voltada a gestão ambiental deve proporcionar
eficiência ambiental, desde o consumo de combustíveis no processo até a redução e
o reaproveitamento de resíduos gerados do processo, o conhecimento da
periculosidade de cada material e seus resíd
resíduos,
uos, efeitos tóxicos à saúde e ao meio
ambiente, além da eficiência econômica de toda a cadeia ser questionada de forma
contínua em busca de eficiência de custos e eficácia.
A consciência sobre os processos internos da cadeia de abastecimento deve ser
vista
ta pelos gestores como algo fundamental para o sucesso do negócio, aliados ao
entendimento dos perfis de consumidores e seu comportamento, e o
acompanhamento próximo da
movimentação da
concorrência.
A evolução tecnológica
também deve ser verificada
constantemente,
temente, a rapidez
das mudanças deve ser vista
como algo interessante e que
pode auxiliar os gestores,
embora nem toda tecnologia
deve ser incorporada, a
preocupação com a seleção
da tecnologia precisa ser consciente e requer especial atenção, nem tudo o q que é
novo deve ser absorvido.
A principal condição pela instalação de novos equipamentos ou softwares de
controle devem estar relacionadas com a adequação com o modo de operação da
organização, a adaptação possível e verificável da equipe envolvida, media mediante
treinamento, a relação usuário/equipamento/interface, o nível de segurança, o
suporte e as mudanças organizacionais necessárias, toda a implantação com
preocupação ideal de que não ocorram prejuízos em relação às competências
organizacionais.
Para a formulação
rmulação das estratégias para TI, certos fatores são imprescindíveis de
verificação, a determinação de objetivos e valores, a velocidade e integração dos
processos organizacionais, o uso da tecnologia como meio para se atingir metas
estipuladas no planejam
planejamento
ento organizacional, o desenvolvimento de novas
competências organizacionais, o foco no controle, operacionalização e execução do
planejamento, a ocorrência do clima favorável na promoção das mudanças, a
facilitação dos canais de comunicação interna e o pr provimento
ovimento de trafego livre de
informações, o constante cuidado na divulgação e utilização de informações
verídicas e corretas, a obtenção dos recursos necessários durante e após a
implantação.

24
Para a implantação o meio principal é o comprometimento da alt alta direção, a escolha
adequada dos equipamentos,
como dito anteriormente, o
treinamento adequado e
satisfatório, o gerenciamento da
implantação e a verificação da
acuidade dos dados de entrada
do sistema.
Com esses cuidados e seriedade
nas escolhas pode-se escapar de
modismos existentes no mercado
de tecnologia.
Um assunto muito atual e pesquisado, o comércio virtual verifica
verifica-se como principal
entrave ao crescimento do comércio virtual no Brasil está a logística de distribuição e
troca de mercadorias de for forma
ma rápida, cortês e com agilidade. Alguns fatos bem
específicos são encontrados no comércio eletrônico, a disponibilização do saldo de
estoque no site com sua real disponibilidade.
Além desta particularidade também a logística oferece a diferenciação e a
percepção,
ercepção, por parte do cliente no atendimento de suas expectativas em relação a
compra, tempo do ciclo do pedido (preparação, recebimento do pedido,
processamento do pedido e embalagem e transporte do pedido), o real cumprimento
do prazo de entrega, a recu
recuperação
peração consistente de falhas, controle a fim de evitar
avarias no produto (embalagem correta), prazo de entrega, sistema de informações
e apoio entrega e pós-venda.
venda.
Buscar um excelente desempenho durante as etapas do ciclo de vendas no
comércio eletrônico facilitará o atingimento de metas de aumento nas vendas, com o
atendimento das expectativas de compra dos clientes, devido ao menor tempo entre
o pedido e a entrega, a melhoria dos serviços com a diminuição do tempo do ciclo de
venda e a melhoria do siste
sistema
ma de informações, de erros durante o processo e a
consequente redução de custos, produzindo assim a melhoria da competitividade
organizacional.

FORMAS DE REDUZIR OS CUSTOS E MELHORAR A EFICIÊNCIA NA


LOGÍSTICA

Empresas gastaram R$ 15,5 bilhões extras com logística entre 2015 e 2017. E um
dos grandes vilões, responsável por estes gastos a mais, é a forte participação do
modal rodoviário (80%) no escoamento da produção.

25
Sem investimentos robustos
em infraestrutura de
transportes, as estradas
brasileiras estão
stão sucateadas,
o que onera os custos com
logística e encarece os
produtos que chegam aos
lugares mais remotos do país.
Quem aponta para esse dado,
como um dos maiores
ofensores para o aumento
relevante do custo total de
logística no faturamento bruto das empresas, que saiu de 11,73% em 2015 para
12,37% em 2017, é a pesquisa sobre Custos Logísticos no Brasil, divulgada pela
Fundação Dom Cabral (FDC).
Ainda somado a isso, estão as restrições de rodagem e distribuição de carga em
áreas urbanas, custo com seg seguros,
uros, rastreamento, gerenciamento de riscos,
segurança e outras burocracias comuns ao setor.
Essa infraestrutura caótica contribui para gastos maiores, principalmente, para quem
realiza viagens de longas distâncias, visto que quando chegam próximo a centrocentros
urbanos, devido a restrições, são obrigados a fazer o transbordamento da carga
para veículos de menor porte, já que somente esses podem rodar dentro da cidade.
O que automaticamente faz com que os custos com transporte, rastreamento,
manuseio, taxas diversas,
rsas, seguro e outros tantos, que já não são baratos, eleve os
custos com frete as alturas.
Nunca foi tão importante pensar fora da caixa e encontrar caminhos possíveis para
conseguir equalizar os custos. Tirar coelhos da cartola e fazer malabarismos
logísticos tornou-se
se obrigação diante de um cenário com tantas complicações.
Embarcadores, provedores logísticos, pequenas transportadoras e aquele
embarcador que faz a própria logística, muitas vezes, tornam
tornam-se
se refém de toda essa
problemática e não conseguem d deixar
eixar suas operações mais produtivas e no custo
ideal.
Pensando nisso,, segue uma lista (checklist) contendo 21 ações fundamentais para
que qualquer gestor aplique, e consiga mudar o cenário do negócio, maximizando
produtividade, padronizando processos e re reduzindo os custos.

26
A seguir 21 ações para potencializas os lucros e eliminas as perdas

1. Tenha uma torre de controle:

Torre de controle é uma central


de integração e inteligência
logística que visa aumentar a
eficiência da cadeia produtiva
com foco em planejamento,
processos, execução, métricas e
correção de desvios em tempo
real.
Uma metodologia de gestão
fundamentada nos pilares de
segurança, qualidade,
produtividade e redução de custos. Que tem como ferramentas principais:
 Cascateamento de memetas;
 Automação;
 Rastreabilidade;
 Monitoramento;
 Programação;
 Padronização operacional;
 Adoção de métricas;
 Excelência na execução.

2. Invista em gente:

Essa sempre foi e continua sendo a grande sacada para qualquer negócio de
sucesso. A matemática é muimuitoto simples, se deseja ter a melhor operação logística
precisa ter os melhores profissionais do mercado, aqueles com conhecimento
técnico elevado e habilidades para lidar com gente; em liderança e negociação.
Profissionais de gabarito, flexível e que se aju
ajuste
ste aos novos cenários, com noções
de economia, infraestrutura, transporte, armazenagem e distribuição.
Esses ainda são uma raridade, existem poucos no país, e quando encontrados,
custam caro.
Encontre-os e traga-os
os para você. A empresa, seja embarcadora ou transportadora,
não deve cair na armadilha de acreditar que a gestão da área pode ser feita por
qualquer um. Definitivamente não pode.
Tenha alguém experimentado e especializado em logística de transportes. Meu
conselho: não tenha apenas um gerente de llogística
ogística que cuide também da rotina de
transportes, mas tenha um gerente de transportes, que possa trabalhar em conjunto
com o gerente de logística, com foco e dando toda atenção que a área merece.
27
3. Revise os contratos:

Se não fez isso até agora, deve


fazer. E urgente. É hora de
sentar para conversar sobre:
 Avarias;
 Perda de agenda;
 Carga e descarga;
 Atrasos na coleta;
 Retornos (logística
reversa);

 Baixa de canhotos, custos, prazos, nível de


serviço, aumento de produtividade, qualidade da
entrega e etc.

4. Negocie com seu cliente:

Se possível, venda pedidos maiores, isso aumenta o


drop size evitando que o veículo vá muitas vezes ao
mesmo lugar. Encontre oportunidades para promover
seu produto, acabe com a demora no recebimento, exija
seus pallets de e volta, negocie valores de
descarga e etc.

5. Componha os custos corretamente:

Como você negocia os fretes? Pelo cheiro do mercado? Pelo km médio por tipo de
veículo pago pelo mercado? Conhece cada parcela que compõem o frete constante
naquela tabela "Mandrake"
andrake" que seu fornecedor te passa:

 Frete peso;
 Ad-valorem;
 DAT´s, GRIS, ICMS;
 Taxas de coleta;
 Pedágio, entrega, paletização, baixa de canhoto e mais uma outras 10
generalidade que certamente vai te atormentar.

28
6. Rastreamento e roteirização:

Em grandes cidades é impossível


não rastrear ou roteirizar as
entregas. Roteirize as entregas e
coletas.
Roteirização é um método de
busca, da melhor sequência de
visitas a um determinado número
de clientes, no interior de uma
zona de coleta ou distribuição
distribuição, ou
seja, sequência “otimizada” de
entrega e coleta de produtos.
Rastrear os veículos, além de
garantir que os motoristas respeitem a sequencia de visitas estabelecidas, auxilia no
apoio nas entregas e garantem informações em tempo real aos clientes.
O rastreamento
streamento e a roteirização podem gerar indicadores importantes para a
operação. Sem falar na possibilidade de segurança do ativo e do motorista.

7. Meça a ociosidade dos


veículos:

Antes de aumentar a frota


verifique a ociosidade de seus
veículos através
és de um KPI
simples de ociosidade x
ocupação. Já que este, já está
pago, porque não fazer mais
entregas com o mesmo veículo.

8. Encontre parceiros:

Seja você embarcador ou transportadora, encontre parceiro que tenham sinergia


com suas rotas, oportunidad
oportunidades
es em cargas de retorno (não é saudável rodar com
veículo batendo lata, mesmo em curta distância), o mundo está globalizado, sempre
há quem queira e precise dividir custos;

9. Reveja frequência de pagamento:

Talvez seu transportador cobre mais caro para transportar porque seu pagamento
demora mais que o normal e, você não ganha nada com isso. Esse é um ponto

29
importante na hora de negociar os fretes, coloque na mesa uma frequência menor
desde que haja algum des
desconto.

10. Revise os custos com


gerenciamento de riscos:

Revisite sua apólice, será que


não precisa aumentá
aumentá-la ou
diminuí-la.
la. O custo por consulta
de motorista no seu gerenciador
de riscos dá para baixar, ou
deixar de consultar aproveitando
a mesma liberação
eração por outra
empresa? Verifique também se o
turnover de motoristas está alto.

11. Revise a logística tributária ou fiscal:

Conhece o tema guerra fiscal entre os estados? Não? Então vale muito a pena
conhecer.
Quando instala uma unidade de
faturamentoo em um local tem
levado isso em conta? Existem
benefícios fiscais que concedem
subsídio, isenção, redução de
base de cálculo, crédito
presumido entre outros.
Conhece a regrinha de cobrança
de ICMS de estado rico para
pobre e vice versa? Tem
tomado crédito o dos impostos?
Você vai ficar abismado com o tamanho da oportunidade que tem aqui...

30
12. Revise os custos com pedágio:

Você paga com inserção via


TAG, cartão de operadoras ou
em dinheiro? Tem alguém em
seu time que faz a gestão das
rotas e passagens
sagens dos
motoristas? Paga por fração de
100 kg no frete fracionado e
nem sabe se para onde manda
sua carga existe ou não o
pedágio, não sabe fazer a
conta? Tem grana indo pelo
ralo ai hem...

13. KPI’s: meça a operação:

“Não se gerencia o que não se


mede, não se mede o que não
se define, não se define o que
não se entende, e não há
sucesso no que não se
gerencia” William Edwards
Deming.
É possível medir tudo, cada
detalhe, cada operação, cada
fator do transporte e, ai está o
“problema”. O segredo não
está em medir por medir, mas
em saber o que medir.
Faz parte de um bom planejamento estratégico identificar e acompanhar drives
específicos. Muitas empresas não conseguem tomar decisões assertivas porque não
medem a produtividade e eficiência das operações ou, quando o fazem, geram uma
infinidade de informações e não determinam o que é relevante.
Indicadores chaves de performance (KPI) devem ser bem definidos: o que se deseja
medir, qual a estratégia, o que é mais simples e vital para o sucesso do negócio?
Para o transporte medir qualidade, produtividade, nível de serviço e custos é
primário.

31
14. LEAD-TIME – controle os tempos de sua operação:

A expressão “tempo é dinheiro”


se aplica muito bem ao
transporte. Estudos comprovam
que o tempo médio e a
variabilidade do tempo de
entrega são fatores importantes
no desempenho do transporte e
diretamente no custo.
Um dos pilares do transporte são
os prazos, principalmente
quando se trabalha com entregas
rápidas. Muitas empresas pagam
valores mais altos de frete para que tenham seu produto no menor time possível.
O que no passado já foi um diferencial, hoje é obrigação — seja em que tipo de
negócio for. O tempo de entrega cada vez mais reduzido deve ser buscado pelo
operador logístico e/ou embarcador de cargas. Essa deve ser uma obsessão de
qualquer empresa que queira se destacar no cenário atual.

15. Avalie a rentabilidade dos produtos ou operações:

Conhecer a rentabilidade de cada produto ou serviço é essencial. Controlar o retorno


financeiro (margem) e cada componente do custo para manter funcional um produto
ou operação garantirá que sua empresa não invista dinheiro e energia a toa.

Se não for um investimento que faça sentido do ponto de vista marketing ou que
ajude a vender outros produtos, renegoc
renegocie
ie imediatamente, decline do serviço ou
descontinue o produto.

16. Nunca rode vazio (batendo


lata):

Os custos do transporte de
cargas têm a distância percorrida
(quilometragem rodada) como um
dos principais fatores
determinantes para o
estabelecimento do o preço de
frete.
As más condições das vias e a
concentração das indústrias no
32
Sul e Sudeste do país contribuem para um fluxo de mão única de distribuição.
Desenvolver a regiões de destino de sua carga é uma tarefa que deve ser
contemplada por sua equipe de transportes.
Fazendo assim poderá ser mais competitivo nas tarifas melhorando suas margens e
aumentando a eficiência e produtividade.
Embarcadores e transportadoras precisam encontrar parceiros que tenham sinergia
com suas rotas, oportunidades em cargas de retorno (não é saudável rodar com
veículo “batendo lata”, mesmo em curta distância), o mundo está globalizado,
sempre há quem queira e precise dividir custos.

17. Reveja os processos operacionais e métodos de trabalho:

Processos bem definidos é


cultura de empresas de ponta.
Diferente de burocracia, os
processos atuam como
padronizadores de escopos e
fluxogramas. É como se
garante que todos sabem
como fazer, e, o fazem do
mesmo modo.
Quando visito empresas para
consultoria ou ingresso como
gestor, não é incomum verificar
que cada setor ou filial,
executa a mesma tarefa de maneiras diferentes — utilizam o mesmo sistema
imputando informações, fazendo baixas em documentos e gerando dados, cada qual
a sua maneira.
Em um local se contrata de um modo e, em outro, de um novo modo. E assim são
feitos pagamentos; se estabelece frequências, tratativas e etc. Uma verdadeira
salada. É preciso padronizar, falar todos a mesma língua, encontrar o Modus
Operandi mais rentável, correto e eficiente.
Crie procedimentos os para tudo e divulgue a todos. Faça gestão à vista. Padronize
coletas, entregas, pagamentos, contratações, taxas, tributações e todas as outras
tarefas no transporte.

18. Tenha maior foco no cliente:

Os clientes são, sem dúvida alguma, o maior patrimôn


patrimônio
io de qualquer organização,
razão de estarmos fazendo o que fazemos. São eles que compram nossos produtos,
e/ou serviços, garantindo assim nossa sobrevivência como empresa.

33
Logo é importante adequar o
escopo das operações
logísticas que claramente já
ultrapassou
apassou os limites apenas
do transporte e da
armazenagem.
É importante estar apto a
customizar os serviços ao
cliente e responder
rapidamente às demandas dos
mesmos, no entanto, isto
somente irá se transformar em vantagem competitiva, se as margens e a
lucratividade
ratividade da empresa não forem sacrificadas.
a) O que seu cliente merece:

Precisão, qualidade incontestável, agilidade, capacidade de executar serviços


complexos, excelência pré, durante e pós
pós-operação,
operação, Transformando o impossível em
possível.

b) O que o cliente espera


espera:

Rapidez, um serviço sem surpresas ruins (as boas podem), personalizado, confiável,
preciso, criativo, inovador e com manutenção pós entrega.

19. Faça gestão da carteira de pedidos:

Já falamos que o foco da gestão


de transporte deve se ser atender
com excelência, mantendo o nível
de serviço estipulado. Para que
isso aconteça a gestão da carteira
de pedidos é um fator importante.
Entre outras ações, se determina
como e quando será atendido
cada cliente: suas
particularidades, tamanho do
pedido
ido determinando o perfil do
veículo entregador e o
agendamento da entrega.
Alguns problemas como os destacados abaixo podem ser identificados e tratados na
gestão da carteira de pedidos:
 Carga que não coube no caminhão na hora da coleta;
34
 Paletização da carga (clientes estratégicos exigem paletização
“customizada”);
 Agendamento da entrega (agendar a entrega para o momento ideal evita
perdas com diárias e reentregas);
 Agendamento da coleta (a coleta do produto alinhado com a entrega evita
gastos com diária
diárias e armazenagens no transportador).

20. Escolha o modelo de frota ideal:

A decisão sobre a propriedade


da frota sempre foi uma das
mais estratégicas da logística de
transportes, importantíssima
para o sucesso logístico das
empresas de diversos setores.
Algumas empresas ainda
insistem em frota própria,
contudo o que temos visto no
mercado é a migração para a
terceirização total ou parcial da
frota.
Quando se faz uso de frota própria, o nível de investimento (custos fixos) é muito
elevado. Este capital imobilizado
mobilizado pode ser redirecionado para outras áreas que
fazem parte da competência estratégica da empresa como, por exemplo, investir no
processo produtivo e aumentar sua produtividade.
Terceirizar a frota total ou parcialmente, pode significar acesso à te
tecnologia de ponta
na área de logística, já que este é o diferencial estratégico das transportadoras.
Além disso, algumas rotas podem ter sinergia com outras rotas da própria
transportadora e os ganhos podem ser divididos entre ela e a empresa.
Outra vantagemem da terceirização é a maior flexibilidade para a empresa em casos de
flutuação da demanda, já que não estará sujeita a ociosidade.

21. Se programe para as


sazonalidades:

Sazonalidade pode acontecer


dentre diferentes intervalos de
tempo, isto é, existem
sazonalidades dentro do dia,
semana, mês ou ano, e,
também em eventos especiais
como copa do mundo ou
35
olimpíadas.
As implicações são sempre concentração enorme de pedidos, falta de caminhões,
de agendas e janelas, filas intermináveis na porta dos clientes (a prioridade é do
perecível), falta espaço nos estoques, restrições de rodagem, Drop Drop-size baixo
(necessidade de mais veículos para menos entregas) e etc.
Trabalhar a questão ão da sazonalidade vai além de contratar mais veículos para
realizar entregas, é preciso planejar o momento. Logística custa dinheiro. Erros de
logística custam clientes.
Neste momento as parcerias logísticas devem ser mais bem articuladas. Ou melhor,
muitoo antes do período sazonal a negociação dos termos deveria estar em contrato,
essa previsão e controle garantiriam um custo mais baixo e menor dores de cabeça
comuns em apagamento de incêndios.

MODAIS DE TRANSPORTE DE CARGA NO BRASIL

Com o crescimento mundial do setor industrial e varejista e, nos últimos anos, por
conta do e-commerce,
commerce, foi necessário repensar os modais de transporte de carga.
Inclusive, para reduzir custos com logística e distribuir produtos e insumos de modo
mais ágil, eficiente, segur
seguro e
que trouxesse confiabilidade
aos clientes e valorização das
empresas e marcas.
Para auxiliar a empresa na
escolha do modal mais
adequado para distribuir o
insumo ou produto que ela
oferece ao mercado,
abordaremos os 5 principais
modais de transporte
utilizados
ilizados no mercado
brasileiro.
Assim, saberá ainda qual é o
tipo de produto mais indicado
para ser transportado de acordo cada um dos modais de transporte. E também,
quais as vantagens e desvantagens que sua empresa pode enfrentar na contratação
de cada um deles.
Dessa forma, tendo essas informações e com o auxílio de um si sistema
stema para a gestão
logística, a empresa terá maior facilidade na tomada de decisão. Portanto, descubra
qual modal ou multimodais a empresa deve contratar no transporte de suas
mercadorias.

36
Sejam ferroviários, rodoviários, aéreos, aquaviários ou dutoviários, os custos
logísticos em transporte
porte representam a maior parcela das despesas em geral de
uma organização. Estima
Estima-se
se que cerca de 60% desses custos sejam da área de
transporte. O que pode portanto significar até três vezes o lucro de uma empresa,
como visto no setor de distribuição de ccombustíveis.
Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em
tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o
objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar
certo ao menor custo possível.
Sabendo quando e qual o melhor modal a ser utilizado para o transporte do produto,
ainda em estágio de matéria
matéria-prima
prima ou já industrializado, uma empresa pode
aumentar sua margem de lucros diminuindo os custos de distribuição, os ga gastos com
produtos avariados e logística reversa.
Isso sem falar que ela ainda pode reduzir os custos com campanhas de marketing
para o reconhecimento da marca, uma vez que será bem bem-vista
vista por seus clientes em
razão da boa reputação com a qualidade e tempo d das
as entregas realizadas.
Mas, afinal, como saber qual o modal de transporte é mais indicado para o negócio?
Essa certamente foi a questão que veio à sua mente agora. A seguir os modais:

1. Rodoviário
O transporte rodoviário é o
mais conhecido e utilizado
em toda a extensão do
território nacional. Aliás, a
distribuição por meio de
caminhões e carretas nas
rodovias brasileiras vem
crescendo desde a década
de 50.
Esse modal de transporte
permite criar rotas mais
flexíveis, viabilizando
diversos tipos de cargas.
Ele é aconselhável para o transporte a curta distância de produtos acabados ou
semiacabados, produtos com alto valor agregado, como eletro, e também perecíveis,
como grãos, laticínios e carnes.
Principais vantagens e desvantagens do transporte rodoviário
As principais vantagens do modal de transporte rodoviário são:
 Acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do
território brasileiro;
 Facilidade para contratar ou organizar o transporte;
 Flexibilidade em organizar a rota;
37
 Pouca burocracia a quanto à documentação necessária para o transporte;
 Maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias se comparada
aos outros modais.
Já as principais desvantagens
do modal de transporte
rodoviário são:
 Alto custo de
carregamento, por causa
do
o impacto direto que
pedágios e alto valor do
combustível geram;
 Baixa capacidade de
carga;
 Menor distância
alcançada com relação
ao tempo utilizado para o transporte;
 Maiores chances de a carga ser extraviada, por causa de roubos e acidentes.
Visto que uma das suas principais desvantagens são seus altos custos,
principalmente, em se tratando de combustíveis, o mercado já está em busca de
novas tecnologias para tornar esse transporte mais econômico e eficiente.

O futuro do transporte rodoviário

Entre elas, caminhões movidos a energia elétrica podem ser uma nova tendência no
mercado. Essa inovação
permite a redução da
emissão de gases nocivos na
natureza, já que uma das
questões mais preocupantes
são a sua relação com o
meio ambiente.
O transporte rodo
rodoviário
elétrico ainda está bem
distante de se tornar algo
comum em nossas rodovias,
pois apresenta algumas
desvantagens como alto custo, tempo de recarga de bateria extenso e baixa
durabilidade de suas cargas.
Uma outra tecnologia que vem sendo bem discuti
discutida
da e já testada nos Estados Unidos
com sucesso é o uso de caminhões autônomos, ou seja, caminhões sem motorista -
uma inovação e tanto, não é mesmo? Desse modo, essa tecnologia permite o
aumento da produtividade, uma vez que eles podem rodar 24 horas por d dia e 7 dias
38
por semana, sem intervalos, resultando até mesmo em uma drástica redução de
acidentes nas estradas.

2. Ferroviário
O transporte por meio de
ferrovias é uma opção de
modal de transporte bastante
adequada para cargas de
grandes volumes.
Percorrendo o longas distância
e com um destino fixo, esse
modal não tem a mesma
flexibilidade de rota que o
rodoviário desfruta. De
qualquer forma, apresenta
baixo custo se comparado com outros modais de transporte e conta com alta
capacidade para transportar produto
produtos
s em grande escala e cargas pesadas.
É, inclusive, o modal ideal para transportar commodities em alta quantidade, como
minério de ferro, produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes,
mercadorias agrícolas, entre outros.
Principais vantagens e desvantagens do transporte ferroviário
As principais vantagens do modal de transporte ferroviário são:
 Baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais
baratos;
 Grande capacidade de carga;
 Menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga.
Por outro lado, as principais desvantagens do modal de transporte ferroviário são:
 Rotas fixas e inflexíveis;
 Pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas
cheguem efetivamente aos seus destinos finais;
 Falta de investimento governamental em ferrovias;
 Necessita de maiores transbordos.
 O futuro do transporte ferroviário
Pensando em melhorar cada vez mais o uso desse transporte, especialistas tentam
desenvolver tecnologias que:
 Reduzam o uso de en energia;
 Aumentem a velocidade dos trens;
 Diminuam a poluição;
 Evitem acidentes.

39
Uma das alternativas desenvolvidas pelos indianos é o trem que utiliza a energia
solar como combustível, buscando promover a economia em combustíveis e a
diminuição da poluição.
Uma outra alternativa
encontrada pela Alstom,
grupo industrial francês, é o
trem movido a hidrogênio,
que tem como principal
objetivo eliminar em 100% a
emissão de CO2 para a
atmosfera. Demonstrando
também uma preocupação
com o meio ambiente.
Ainda assim,m, para o Brasil, de nada ou pouco adiantará ter tecnologias para
aumentar a eficiência no transporte de cargas por meio de ferrovias se não houver
mais investimentos no aumento da sua malha ferroviária.

3. Aéreo
A principal característica do
modal de transporte
porte aéreo é
a agilidade e a facilidade em
percorrer longas distância
distâncias,
no território nacional e
internacional.
O transporte aéreo é uma
ótima opção quando os
fatores tempo de entrega e
segurança são um requisito
para a sua empresa. Apesar
de ter limitações es no volume
de carga, tamanho, peso e quantidade a ser transportada, é ideal para produtos
eletrônicos, produtos frágeis ou com curto prazo de validade ou de consumo.
Principais vantagens e desvantagens do transporte aéreo
As principais vantagens do moda
modal de transporte aéreo são:
 Percorre longas distâncias independentemente dos acidentes geográficos que
a rota possa ter;
 Trânsito livre e exclusivo;
 Aeroportos próximos ou em centros urbanos;
 Modal com o menor tempo de entrega da carga;
 Menor custo com embalagens, pois a carga é menos manuseada durante seu
trânsito.

40
As principais desvantagens do modal de transporte aéreo são:
 Limitação na quantidade de carga transportada;
 Custo mais elevado do que os demais modais de transporte citados;
 Necessita de terminais
minais de acesso;
 Pode depender de outro modal.

As empresas aéreas vêm se reinventando na logística. Contando, por exemplo, com


a ajuda de aplicativos e robôs para aumentar a oferta de transporte de cargas por
avião no país.
De acordo com a ABEAR (Associ
(Associação
ação Brasileira das Empresas Aéreas), em 2017,
foi registrado acréscimo de 1,8% na movimentação de cargas no mercado
doméstico, e de 23,4% no internacional. Devido ao alto valor agregado, a carga
movimentada representa 12%
da corrente de comércio
brasileira,
a, mas apenas 0,1%
em peso.
Uma das propostas do setor
é o comprometimento com
seu cliente em entregar seus
produtos de forma mais
rápida e pelo menor custo.
Assim, as demandas que
dependem da sazonalidade
também são uma ótima
oportunidade de negócio.
Visto
to que necessitam de mais rapidez na sua entrega devido às suas características,
como é o caso de alimentos que necessitam de refrigeração.
Recentemente, surgiu uma nova preocupação nos aeroportos: o roubo de cargas.
Em abril de 2018, um carregamento de ce celulares
lulares foi roubado de um terminal de
cargas do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A ação dos bandidos foi filmada
pelo circuito interno de câmeras. Estima
Estima-se
se um prejuízo de US$ 1 milhão,
aproximadamente R$ 3,4 milhões.

41
4. Aquaviário
Capaz de transportar em
bastante quantidade, como o
modal ferroviário, o modal de
transporte aquaviário é
indicado para produtos com
baixo valor agregado.
Inclusive, é capaz de
transportar produtos de
diversas espécies e em todos
os estados (líquido, sólido e
gasoso).
o). Desde que estejam
bem armazenados e em container
containeres adaptados.
Assim como o modal aéreo, pode transportar por longas distâncias, ainda que
rapidez e agilidade não sejam um diferencial. Por ser um modal que utiliza vias
aquáticas, não disputa espaço com outros modais de transporte.
Principais vantagens e desvantagens do transporte aquaviário
As principais vantagens do modal de transporte aquaviário são:
 Capacidade de transportar grandes quantidades;
 Percorre longas distâncias;
 Baixo risco de avarias nas mercadorias;
 Baixo custo de carregamento.
As principais desvantagens do modal de transporte aquaviário são:
 Tempo de trânsito longo;
 Burocracia na documentação de desembaraço da mercadoria;
 Necessita de terminais especializados para embarque e desembarqu
desembarque;
 Alto custo no seguro de cargas;
 Baixo investimento do governo em portos e fiscalização para liberação das
mercadorias.
Para aumentar a
produtividade nesse setor, o
Brasil vem buscando investir
na formação de profissionais.
Principalmente, para que
essee transporte passe a ser
mais explorado, aumentando
assim sua eficiência e
qualidade.

42
5. Dutoviário
O modal de transporte
dutoviário é possibilitado por
meio da implantação de dutos e
tubos subterrâneos, submarinos
e aparentes. Esse transporte é
possível basicamente pelo
controle de pressão inserida
nesses dutos. Então, é um
modal que permite o transporte
a longas distancias e em
grandes quantidades.
Apesar de ter um alto custo de implantação e um percurso inflexível, tem um baixo
custo operacional. Esse tipo de modal é recomendado para fluidos líquidos, gases e
sólidos granulares.
Principais vantagens e desvantagens do transporte dutoviário
As principais vantagens do modal dutoviário são:
 Percorre longas distâncias com baixos custos operacionais;
 Transporta grande volume de carga de forma constante;
 Alta segurança e confiabilidade do transporte.
As principais desvantagens do modal dutoviário são:
 Alto custo de investimento inicial e fixo;
 Possibilidade de acidentes ambientais em grande escala;
 Necessidade
ssidade de licença para atuação;
 Trajeto fixo com baixa flexibilidade dos pontos de bombeamento.

Principalmente quando
comparado com os modais
de transporte de carga
rodoviário e ferroviário, o
modal dutoviário vem se
tornando uma das
alternativas mais
econômicas
conômicas para grandes
volumes de produto. Em
especial, de petróleo (e
derivados), gás natural e
álcool (etanol).

43
Tipo de produtos transportados no modal dutoviário
Como apresentam características como alto nível de segurança, transportabilidade
constante e baixo custo operacional, as dutovias viabilizam o transporte dos
seguintes produtos:
 Petróleo e seus derivados (oleodutos ou gaseodutos): tipo de carga que pode
ser transportado por oleodutos ou gasodutos;
 Não derivados de petróleo (polidutos ou alcooldutos): algumas cargas não
derivadas do petróleo, como álcool, CO2 (dióxido de carbono) e CO3 (trióxido
de carbono), também
podem ser transportadas
por oleodutos;
 Gás natural (gasoduto):
esse gás é transportado
por gasodutos que são
bastante seme
semelhantes
aos oleodutos, embora
tenham suas
particularidades,
principalmente, no
sistema de propulsão da carga — compressores;
 Minério, cimento e cereais (minerodutos ou polidutos): o transporte é feito por
tubulações que têm bombas especiais, que impulsiona
impulsionamm cargas sólidas ou
em pó. Também se dá por meio de um fluido portador, como a água para o
transporte do minério (média e longa distância), ou o ar, para o cimento e
cereais (curta distância);
 Carvão e resíduos sólidos (minerodutos): para esse tipo, utilizutiliza-se uma
cápsula para transportar a carga, por meio da tubulação, impulsionada por um
fluido portador, água ou ar;
 Águas servidas — esgoto (dutos de esgoto): as águas servidas ou esgotos
produzidos pelo homem podem ser conduzidos por canalizações próprias até
um destino final adequado;
 Água potável: uma vez coletada em mananciais ou fontes, a água é
conduzida por meio de tubulações até estações para tratamento e
distribuição, também por meio de tubulações. As tubulações envolvidas na
coleta e distribuição ssão denominadas adutoras.
A forma de transporte também é um fator importante para uma melhor gestão de
transportes. Pois trata de qual será a melhor forma de entrega, qual será a mais
econômica e a mais ágil. Assim, ela demonstra quantos tipos de modais ser serão
necessários para o transporte. Essa questão é tratada pela modalidade e
multimodalidade.

 Modal ou unimodal: envolve apenas uma modalidade de transporte;


44
 Intermodal: envolve mais de um tipo de transporte e, para cada trecho, é
realizado um contrato;
 Multimodal:
timodal: envolve mais de um tipo de modal, porém, acompanha apenas
um único contrato.
Depois de conhecer as vantagens e desvantagens de cada modal, é hora de
escolher o mais adequado para sua carga. Portanto, os principais pontos a serem
avaliados no processo
sso decisório são:
 Urgência com que o cliente necessita do produto;
 Custos que cada um dos modais de transporte apresenta.
Igualmente, aspectos como a preservação do produto e a natureza da mercadoria
também são pontos de muitas exigências advindas dos seu seus
s clientes. Em outras
palavras, manter a integridade também é primordial.
Portanto, conhecer os modais de transporte é importantíssimo para melhorar os
resultados e elevar a lucratividade de sua empresa. Já que os custos logísticos
impactam diretamente a á área financeira do negócio.

LOGÍSTICA - DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOS

Atualmente estamos vivendo


em um mundo globalizado, em
que, mais do que nunca,
conquistar e principalmente,
manter os atuais clientes é
fundamental para a
sobrevivência de qualquer
negócio. Os produtos são, em
sua maioria, facilmente
copiáveis, e os serviç serviços
tendem a ser muito parecidos.
A realidade da globalização
provocou profundas mudanças nas empresas. Qualidade e competitividade
deixaram de ser apenas um diferencial entre as companhias para se tornarem fator
de sobrevivência no mercado global.
Colocar o produto certo, no local certo, na hora certa, pelo menor preço é a grande
meta a ser alcançada. Mais do que nunca, encontramos na logística uma poderosa
ferramenta, que nos ajudará a mudar conceitos, rever processos, quebrar
paradigmas, ou seja, fazer m mais
ais com menos. As empresas estão finalmente
descobrindo a logística. Alguns vêem como uma grande oportunidade competitiva e
outros, como uma ameaça diante da concorrência. Por exemplo, o segmento de
supermercados, que é o mais importante canal de distribuidistribuição
ção de produtos de
consumo, segundo fontes de pesquisa, é o mais que tem recebido tecnologia nos
últimos cinco anos em termos de gestão empresarial.
45
A logística é a atividade da
administração responsável
pelo planejamento,
organização e controle de todo
o fluxo de mercadorias e
informação, desde a fonte
fornecedora até o consumidor.
Logística é muito mais do que
visão de depósito, palete,
caminhão, etc., ela se
preocupa com a qualidade,
custos, prazos e ciclos dos
serviços prestados no
atendimento a clientes.
ntes. Estes fatores fazem com que a logística esteja em constante
evolução e revolução de conceitos e técnicas, integrados ao ambiente de marketing,
ou seja, o resultado de um bom trabalho logístico, reduzindo custos e aumentando a
eficiência, certamente sserá o
lucro. Investir em áreas de
movimentação, armazenagem,
transporte e projetos de logística,
sempre trouxe, contudo, uma
sensação de perda para muitos
empresários, ficando sempre em
segundo plano, mas hoje as
empresas que não tiverem uma
logística eficiente,
iente, certamente
perderão clientes para seus
concorrentes.
Ter uma clara visão do global é
importante para as empresas que desejam ficar à frente de seus concorrentes. Os
profissionais de logística precisam visualizar o global e entender que a cadeia de
abastecimento não é mais uma função, mas uma estratégia que torna as empresas
mais produtivas e competitivas. É preciso enxergar todas as funções e alteráalterá-las
criativa e coletivamente, a fim de implementarem estratégias vencedoras. Hoje,
empresas de sucesso o são aquelas que conseguem aumentar a taxa de inovação,
lançar produtos e serviços mais rapidamente, atender a demanda com tempos de
espera menores e conquistar maior confiabilidade. A procura de uma vantagem
competitiva tem se tornado uma preocupação de todas as empresas atentas às
realidades do mercado. Não se pode pressupor que os produtos atuais, por mais
excelentes que sejam, vão continuar a vender sempre.

46
O desafio para uma organização que pretende ser líder em serviço ao cliente é
conhecer as exigênciasncias dos diferentes segmentos do mercado em que atua e
direcionar os seus processos de logística aos cumprimentos dessas exigências.
A disponibilidade do produto
de acordo com a
conveniência está
superando a fidelidade à
marca ou a um determinado
fornecedor.
edor. Podemos dizer
que a logística em uma
empresa constitui de três
partes: primeiro, suprimento,
gerencia a matéria prima e
os componentes, abrange o
pedido ao fornecedor,
transporte, armazenagem e
expedição da matéria prima à produção. Segundo, produção produção, que administra o
estoque semi-acabado
acabado no processo de fabricação onde engloba o fluxo de materiais
dentro da fábrica, os armazéns intermediários, o abastecimento dos postos de
trabalho e a expedição do produto acabado. Terceiro, a distribuição, que admini
administra
a demanda do cliente e os canais de distribuição, abrange estoques de produtos
acabados, a armazenagem, o transporte e a entrega ao cliente. O gerenciamento do
processo logístico como uma atividade estratégica contribui para que o cliente
receba o produto
duto certo, na quantidade desejada, com a variedade e a qualidade
estabelecidas e no tempo contratado.
Em contrapartida, o cliente se sente motivado a dirigir seus pedidos a empresas que
forneçam os melhores serviços, o que significa para ele menores cus custos com
estoques, maior confiabilidade e rapidez nas entregas. Com o acirramento da
competição nos mercados, as empresas estão buscando cada vez mais reduzir seus
custos e ampliar sua preocupação em relação à satisfação do consumidor. O
entendimento hoje é que a
satisfação do consumidor e os
ganhos na redução de custos
são frutos de trabalho
conjunto com toda a cadeia
produtiva, ou seja, a empresa
deve estender sua atuação,
preocupando-se se com os
fornecedores de seu
fornecedor e com os clientes
de seu cliente.e. As mudanças

47
no ambiente competitivo estão provocando um aumento da demanda por serviços
logísticos.
A forte pressão por redução de estoques, por exemplo, estão fazendo com que os
clientes comprem com maior freqüência, exigindo prazos de entregas cada vvez
menores (para ontem). A demora ou indefinição da data de entrega causa muitas
vezes a não realização da venda e até mesmo a perda de clientes. O surgimento da
internet e do comércio eletrônico tem contribuído para tornar o consumidor cada vez
mais exigente
nte em termos de prazos e qualidade, tanto de produtos como de
serviços. Essas mudanças estão transformando a visão empresarial sobre a
logística, que passou a ser vista não mais como uma atividade operacional, um
centro de custos, mas sim como uma ativida atividade
de estratégica, uma ferramenta
gerencial, fonte potencial de vantagem competitiva. Se a qualidade era o fator
principal no campo dos negócios na década de 80, a logística se tornou nos últimos
anos, a chave da concorrência entre as empresas que atuam em um mercado
globalizado.
O resultado final que se espera obter com este trabalho é o suporte total ao cliente
em todas as etapas do processo, do desembaraço à armazenagem das
mercadorias, centralizando as operações, padronizando os atendimentos,
minimizando erros e fazendo com que a percepção do cliente seja: satisfação com o
produto, nível de qualidade, preços e serviços justos e valor agregado.

OS INTERMEDIÁRIOS E SUAS FUNÇÕES

Existem muitos tipos de intermediários tanto como atacadistas, agentes, varejis


varejistas, a
Internet, distribuidores internacionais, marketing direto (do produtor ao usuário, sem
um intermediário), entre muitos outros. A seguir as formas principais de distribuição:

1. Canais Intermediários: Atacadistas


 Estes diminuem a ‘massa’ em menores quantidades
uantidades para revenda através do
varejistas.
 Compram de produtores e revendem a varejistas. Eles tomam o direito de
venda (se tornam
proprietários).
 Providenciam locais de
armazenamento. Por
exemplo: produtores de
queijo raramente
aguardam que o queij
queijo
esteja curado. Eles
vendem para um
atacadista que
armazenará e
48
eventualmente venderá à um varejista.
 Atacadistas oferecem redução de alguns custos físicos entre o produtor e o
consumidor. Por exemplo: serviço ao consumidor, ou custo com equipe de
vendas.
 O Atacadista normalmente tomará responsabilidade do marketing. Muitos
produzem seus próprios catálogos e usam sua própria equipe de tele Sales
(venda ao telefone).

2. Canais Intermediários: Agentes


 Agentes são na maioria das vezes usados em mercados internacionais.
 Um agente normalmente garantirá o pedido de um produtor e cobrará uma
comissão. Ele geralmente não tende a tomar a marca do produto. Isso
significa que o capital não está preso a produtos. Apesar disso, um agente de
estoque manterá consigna
consignação
ção do estoque. (por exemplo: ele armazenará o
estoque, mas a marca continuará pertencendo ao produtor. Esta estratégia é
usada onde produtos precisam chegar a um mercado rapidamente após o
pedido, por exemplo: produtos de gênero alimentício).
 Agentes podem m ser muito caros para serem treinados. Eles são difíceis de
serem controlados por motivos de distância física e também são difíceis de
serem motivados.

3. Canais Intermediários: Varejistas


 Varejistas terão um
relacionamento mais forte
com consumidores.
 Os varejistas possuem
muitas outras marcas e
produtos. O consumidor
terá a expectativa de
encontrar uma variedade
de produtos.
 Varejistas muitas vezes
oferecerão crédito aos
consumidores, por exemplo: agentes de viagens.
 Produtos e serviços são promovidos e vendidos através do varejista.
 O varejista dará o preço final ao produto.
 Varejistas normalmente têm uma marca já conhecida, por exemplo: Walmart
nos Estados Unidos, ou Jumbo em Portugal e Carrefour no Brasil.

49
4. Canais Intermediários: Internet
 A Internet
ernet tem um mercado geograficamente disperso.
 O principal benefício da
Internet é que produtos
são posicionados de
forma que atingem uma
vasta audiência.
 Existem poucas barreiras
de entrada, custos são
consideravelmente
baixos.
 Use tecnologia de
comércioo eletrônico (e(e-
commerce) (para
pagamentos, programas de vendas onon-line, etc).
 Existe um aumento em comércio e consumo o qual beneficia a distribuição
através da Internet.

OS DIFERENTES TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS

Canais de distribuição podem


ser considerados o conjunto de
empresas e indivíduos
interligados que garantem que
uma mercadoria chegará ao
consumidor final. Esse conceito
também pode ser chamado de
canal de marketing ou de canal
comercial.
A distribuição tem uma função
logística, que diz respeito
espeito mais à
circulação física do produto, e outra de marketing, que corresponde aos contatos e
serviços que o envolvem.
Ou seja, as funções dos canais de distribuição não se limitam apenas a garantir o
fluxo físico das mercadorias, sendo os membros do canal responsáveis também por
uma série de outras atividades, como estimular a compra e levantar informações
sobre os consumidores.
Uma empresa pode vender diretamente seu produto ao consumidor, como é o caso
de alguns e-commerces.
commerces. Quando isso não é possívpossível,
el, a companhia costuma
distribuir sua mercadoria ou serviço por meio de intermediários. Os intermediários
podem ser agentes, representantes, corretores, distribuidores, atacadistas e
varejistas, dentre outros.
50
As organizações que formam
um canal de distribuição
ibuição são
interdependentes. Essa
definição indica que elam
precisam umas das outras para
tornarem o produto ou serviço
disponível para uso ou
consumo.
A boa escolha do canal de
distribuição do produto ou
serviço é fundamental para o
sucesso do negócio e,, por isso,
é parte essencial da estratégia de marketing.
Optar pelo canal correto significa fazer o produto chegar no cliente certo na hora
certa. Além disso, a forma de distribuição tem impacto no custo do produto.
O canal de distribuição pode, portanto, tanto tornar uma empresa mais competitiva
como criar um gargalo que impeça o seu crescimento.

Tipos de canais de distribuição


Direto
A empresa distribui o seu produto diretamente para o consumidor final. Um exemplo
são as marcas de cosméticos que possuepossuem m redes próprias de revendedores que
atuam de porta em porta.
Indireto
Para fazer com que seu produto
chegue ao consumidor, a
empresa utiliza o serviço de
intermediários.
Híbrido
Um canal de distribuição híbrido
é aquele em que a empresa
utiliza intermediários, mas
assume parte do processo de
contato com seus clientes.
Ele ocorre, por exemplo, quando
a empresa faz a divulgação direta de seus produtos (na internet, por exemplo), mas
indica os distribuidores autorizados a fazer a venda física.

Níveis
is de canal de distribuição
A quantidade de intermediários envolvidos no processo é o que define os níveis do
canal de distribuição.
Canal de nível 0
51
É quando o fabricante se relaciona
diretamente com o seu consumidor
final.
Canal de nível 1
Nesse canal, o fabricante vende
seu produto para um grande
distribuidor que atua tanto no
atacado como no varejo, onde
alcança diretamente o consumidor
final.
Canal de nível 2
A indústria repassa o produto a um
distribuidor que, por sua vez, o
venderá exclusivamente p para
ara o varejo. O varejo faz a venda ao consumidor final.
Canal de nível 3
É o canal mais tradicional, envolvendo distribuidor, representante, varejo e cliente.

Tipos de distribuição
Existem três tipos principais de distribuição. A escolha entre as formas d
de
distribuição de produtos depende das características do negócio.

Distribuição exclusiva
Os sistemas de distribuição
exclusiva são usados por
empresas que necessitam de
canais de distribuição leais,
sobre os quais tenham um
maior controle. Nesse sistema,
a empresa e o intermediário
têm um pacto de exclusividade
sobre a venda do produto,
garantindo serviços de venda e
de assistência especializados,
com exposição apropriada. A distribuição exclusiva é característica, por exemplo,
das concessionárias de veículos e das redes de franquias.

Distribuição seletiva
A distribuição seletiva é aquela em que, devido à natureza do negócio, a empresa
seleciona um número restrito de canais de distribuição.O intuito da estratégia é
valorizar o produto. Nesse mode
modelo,
lo, são escolhidos apenas intermediários que
ofereçam as características desejadas, que são os mais adequados para atingir o

52
público-alvo
alvo da marca. Um exemplo de produto com distribuição seletiva são artigos
como roupas de grife e relógios caros, que são vvendidos
endidos apenas em lojas de luxo.

Distribuição intensiva
Na distribuição intensiva, a
estratégia da empresa visa atingir o
maior número de consumidores
possíveis. Para isso, seu produto é
escoado por um número amplo de
canais de distribuição. A distribuiç
distribuição
intensiva é utilizada, sobretudo, nos
produtos que possuem um alto
consumo, mas baixo valor agregado.
A venda desse produtos pode ser
feita tanto por representantes
comerciais os próprios fabricantes
como por atacadistas e
distribuidores.
Entre os produtosutos que contam com esse tipo de distribuição podemos citar os
gêneros alimentícios, as bebidas e os itens de higiene.

Canais de distribuição reversos


Em vez de levarem produtos aos clientes, os canais de distribuição reversos fazem o
caminho contrário: devolvem os produtos comercializados ou parte deles ao
fabricante. Eles podem ser utilizados, por exemplo, em casos de defeitos de
fabricação ou para o reaproveitamento de embalagens.

NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE

Atualmente, devido aos altos


níveis de competitividade
mpetitividade
existentes, as empresas
buscam se diferenciar de
seus concorrentes através
de inovações, preços e
condições de pagamentos
mais atrativas, qualidade
assegurada, garantia
suplementar, descontos e
muitas outras formas. Na
busca por esta diferenciação,
iação, a Logística vem assumindo papel importante e cada
vez mais decisivo para a manutenção dos clientes atuais, bem como na de atrair,
53
conquistar e manter novos clientes. Neste sentido, tornatorna-se
se vital a mensuração do
Nível de Serviço Logístico que consisconsiste
te avaliar o ciclo do pedido, considerando
desde a recepção do pedido até a entrega deste ao cliente, sendo que em alguns
casos este processo vai até as funções de montagem, assistência técnica e outros
tipos de apoio ao cliente no uso do produto e/ou serv
serviço
iço adquirido.
É importante destacar que
antes da empresa definir
quais serão os seus
indicadores de nível de
serviço logístico, é importante
identificar as necessidades,
expectativas e desejos dos
clientes, a forma como estas
poderão ser mensuradas e os
custos envolvidos nas
mesmas. Como principais
indicadores de Nível de
Serviço Logístico podem ser destacados:
 Tempo médio de Entrega
 Variabilidade
iabilidade do Tempo de Entrega
 Informações sobre o atendimen
atendimento
to do pedido (rastreabilidade)
 Serviços de Urgência
 Resolução de ReclaReclamações, Políticas de Devolução
 Procedimentos de Cobrança
 Flexibilidade do Sistema, Serviços Técnicos
 Nível de Estoque
 Reposição temporária do produto durante reparos.
Com o advento das compras via Internet, percebemos que o nível de ex exigência por
melhores Níveis de Serviço Logístico vem aumentando drast drasticamente, pois os
consumidores, desejam acima de
tudo comodidade e facilidade em
todos os processos de aquisição
dos produtos/serviços
disponibilizados. Logo, faz faz-se
necessário que as empresas resas que
querem se manter competitivas
no mercado, identifiquem o mais
rápido possível o que os seus
Clientes (atuais e potenciais)
consideram importantes em
termos de Serviço Logístico e

54
sendo assim desenvolvam estratégias e ações que estejam alinhadas a estes. Neste
sentido, várias ações vêm sendo desenvolvidas, podendo ser destacadas as que
estabelecem os Acordos de Níveis de Serviço (ANS) também conhecidos como
Service Level Agreement (SLA) que consistem em descrever em detalhes os
indicadores e níveiss de serviço acordados entre os compradores e vendedores.

GESTÃO DE TRANSPORTES

Gestão de Transportes é o
controle da movimentação
física de uma carga entre
um ponto e outro. A gestão
de transportes, quando
aliada a um sistema eficaz,
gera economia em
inúmeros quesitos, pois
controla todos os gastos
que envolvem tanto o
veículo quanto o transporte
que é realizado por ele.
Um sistema de gestão de
transportes possibilita controlar despesas como: abastecimentos, manutenções
preventivas, manutenções periód
periódicas,
icas, desgaste de pneus, etc., tanto do veículo
principal quanto de seus vinculados, fazendo com que gastos desnecessários sejam
previamente verificados, e assim, investidos em outros setores para um melhor
aproveitamento.

GESTÃO DE ARMAZENAGEM

A armazenagem
enagem envolve a
administração dos espaços
necessários para que os
materiais sejam mantidos
estocados na própria fábrica ou
em armazéns de empresas
especializadas. Essa atividade
é muito importante, já que,
muitas vezes, diminui a
distância entre vendedor e
comprador, além de abranger
diversos processos como:
 Localização,
55
 Dimensionamento,
imensionamento,
 Recursos
ecursos materiais e patrimoniais (arranjo fisico, equipamentos etc.),
 Pessoal
essoal especializado,
 Recuperação
ecuperação e controle de estoque,
 Embalagens,
 Manuseio
anuseio de materiais,
 Fracionamento
racionamento e consolidação de cargas e a necessidade de recursos
financeiros e humanos.
Define-se armazenagem como
sendo a denominação genérica
e ampla, que compreende
todas as atividades de um
ponto destinado à guarda
temporária e à distribuição de
materiais
riais (depósitos, centros de
distribuição etc.). Já a
estocagem é definida como
sendo uma das atividades do
fluxo de materiais no armazém
e pontos destinados à locação
estática dos materiais.
Em um armazém, pode haver vários pontos de estocagem.
Uma instalação
lação de armazenagem pode desempenhar papéis diversos dentro da
estrutura de distribuição adotada por uma empresa:
 Recepção e consolidação de produtos de vários fornecedores, para posterior
distribuição a diversas lojas de uma rede;
 Recepção de produtos de uma fábrica e distribuição para diversos clientes.

A armazenagem possui quatro atividades básicas:


 Recebimento,
 Estocagem,
 Administração de pedidos e
 Expedição

A eficiência de um sistema de armazenagem está sujeita à escolha do almoxarifado,


que deve estar relacionado com a natureza do material movimentado e armazenado.
Para ele, uma correta administração do almoxarifado oferece um melhor
aproveitamento da matéria
matéria-prima
prima e dos meios de movimentação, evita rejeição de
peças resultantes de batidas e impactos, reduz as perdas de material no manuseio e
impede outros extravios, fazendo com que haja economia nos custos logísticos de
movimentação.

56
E isso também é válido pa para
ra outros Iocais de armazenagem, como os depósitos.
Segundo Bailou (1993), há quatro razões básicas para que uma empre
empresa destine
parte de seu espaço físico à armazenagem:
 Redução
edução de custos de transporte e produção;
 Coordenação
oordenação de suprimento e demanda;
 Auxilio
uxilio ao processo de produção e
 Auxilio
uxilio ao processo de marketing.

A armazenagem deva ser


planejada, envolvendo desde o
layout do armazém, o manuseio
de materiais, a embalagem, a
identificação dos materiais, os
métodos de localização de
materiais, até o custo e nível do
serviço que se deseja oferecer.
Lembra ainda que um dos
aspectos mais relevantes deveria
ser justamente a detecção do
ponto de equilíbrio entre o custo de se manter estoque, com relação ao nível de
serviço que se deseja oferecer.

Funções da armazenagem
Os depósitos prestam quatro classes principais de serviços ao usuário. O projeto da
facilidade geralmente reflete a natureza dos
os serviços que esta desempenha.
desempenha
Tais serviços são:
Abrigo de produtos: talvez o uso mais óbvio da armazenagem seja a guarda de
estoques, gerados pelo desbalanceamento entre oferta e demanda. Garante
proteção e outros serviços associados
associados,, como manutenção de registros, rotação de
estoques e reparos.

Consolidação: a estrutura das


tabelas de frete, principalmente
quando contém reduções
substanciais para grandes lotes,
influencia a forma pela qual os
depósitos são utilizados para a
movimentação de produtos. No caso
de mercadorias originárias de muitas
fontes diferentes, a empres
empresa pode
economizar no transporte, caso as
entregas sejam feitas em um
57
armazém, onde as cargas são agregadas, ou consolidadas, e transportadas em um
único carregamento até seu destino final. Esse tipo de armazém de consolidação é
mais frequente no suprimento de materiais.

Transferência e Transbordo: na transferência, fracionam-se


fracionam quantidades
transferidas em grandes vol
volumes
es em quantidades menores, demandadas pelos
clientes. Estabelece-se
se um depósito regional que receberá pequenos volumes, de
acordo com a necessidade
essidade dos clientes. Esta função é oposta à da Consolidação. O
caso do transbordo é semelhante, porém difere do primeiro no fato de que o
depósito não serve para a guarda dos produtos. Ele serve, simplesmente, como o
ponto em que os grandes lotes de entr entrega terminam sua viagem e em que se
originam as entregas dos volumes fracionados.

Agrupamento:: um uso
especializado para depósitos
é o agrupamento de itens de
produto. Algumas empresas
com linha extensa de
produtos podem fabricá
fabricá-los
de maneira integral com cada
uma de suas plantas
industriais. Geralmente, os
clientes compram a linha
completa e, assim, podem
podem-se
obter economias de produção
pela especialização de cada
fábrica na manufatura de uma parte da linha de produtos e, sendo possível entregar
a produção
ução em um depósito, onde os itens são agrupados conforme os pedidos
realizados. O custo de armazenagem é compensado pelos menores custos de
manufatura, devido aos maiores lotes de produção para menos itens em cada
planta.

GESTÃO DE ESTOQUES

A administração
ção competente de
uma empresa passa por uma
série de fatores e o
gerenciamento de estoque é
um deles. Hoje em dia, se fala
muito da importância de contar
com um controle de estoque, o
que pode decorrer do fato
58
desse setor, por muito tempo, não ter recebido a atenção que merecia, levando
muitas empresas ao prejuízo.
Isso porque o estoque é um dos pontos vivos da empresa, o local que se move, que
recebe e da onde se tiram itens todos os dias. Ou seja, quem não entende como
funciona o seu estoque, possivelment
possivelmente,
e, não compreende a dinâmica da sua
empresa. E saber o que entra e o que sai, controlando essas informações é o
chamado gerenciamento ou gestão de estoque.
A importância para a empresa de contar com um gerenciamento de estoque
inteligente está na grande
variedade de benefícios que
oferece para a organização
como um todo.
Veja quais são algumas
vantagens de fazer a gestão
do estoque:
Identificar demanda do
mercado: ao saber
exatamente quais os
produtos que mais têm saída
do estoque da sua empresa,
é possível identificar quais são os itens com maior demanda, ou seja, quais são os
responsáveis pelo maior n número de vendas da sua empresa.
Não perder vendas: quando voc você
ê sabe quais são os produtos mais consumidos
pelos seus clientes, eles
podem nunca faltarem no
seu estoque. Assim, evita
evita-se
perder uma ou mais vendas.
Evitar prejuízos: estoque é
sinônimo de capital e
quando existem mercadorias
que não são vendidas
significam
cam dinheiro parado.
E se elas não forem
vendidas, vão se traduzir em
prejuízos. Mas com a gestão
de estoque, você consegue
identificar produtos com pouca saída, os quais podem não ser vantajosos para o seu
negócio. É possível ainda fazer uma ação promocio
promocional
nal com eles para que finalmente
desempaquem.

59
Planejar vendas: a gestão do
estoque ajuda o setor de
vendas a fazer um
planejamento bem programado.
Isso porque, tendo o controle do
que entra e o que sai do
estoque, é possível avaliar em
que épocas dos anoss alguns
itens vendem mais do que
outros. E, assim, focar em
ações de marketing para
esses artigos.
Planejar produção: quando uma empresa fabrica produtos para vender, a gestão
do estoque é duplamente benéfica. Isso se deve ao fato dela ajudar no controle das
matérias-primas,
primas, evitando que algo deixe de ser produzido por falta de um dos itens.
Para fazer o gerenciamento de
estoque é preciso que na sua
equipe existam profissionais
capacitados a isso. De acordo
com o segmento da empresa,
pode ser mais ou menos meno
complexo realizar a gestão de
estoque, o que vai depender do
número de itens
comercializados e das
matérias-primas
primas empregadas,
quando for o caso.
Para simplificar o
gerenciamento de estoque, conferindo dinamismo e eficiência à tarefa, os sistemas
de gestão
tão empresarial são grandes aliados. Eles são software que centralizam todas
as atividades dos funcionários de uma empresa, de modo que possam realizá realizá-las
com muita rapidez e organização.
Nesses sistemas, a função de gestão de estoque permite que todas as informações
desse setor sejam informatizadas, assim, automaticamente os dados do estoque são
atualizados. Com isso, os seus levantamentos, como a quantidade de cada item, o
chamado inventário, bem como do que foi vendido, entre outros, são feitos com
grande praticidade.

60
Sistemas de gerenciamento de estoque

Quem trabalha com armazenamento e movimentação de mercadorias não pode abrir


mão de um bom sistema de controle de estoque. Depender de processos manuais
não raro resulta em erros. E, no estoque, errar é o mesmo que perder dinheiro.
Você ainda controla o seu estoque apenas com uma prancheta? Está mais do que
na hora de permitir que a tecnologia entre na sua empresa. E veja bem: isso vale
mesmo para os pequenos negócios.
Quando a estrutura é enxuta
enxut
e a movimentação de
produtos não é intensa, não é
incomum que o gestor
desconsidere a importância
de um sistema de controle de
estoque automatizado. Afinal,
como esse tipo de ferramenta
tem um custo, pode parecer
mais econômico fazer um
acompanhamento ma
manual.
Pode ser na planilha ou, pior
ainda, no papel e caneta.
O grande problema é que ir por esse caminho significa se enganar. Você não
economiza, ao contrário, perde dinheiro ao virar às costas para a tecnologia e suas
soluções na área de estoque.
Para entender melhor, vale utilizarmos exemplos.

Imagine não ter um controle fácil e organizado sobre a data de validade de itens
armazenados na empresa?
Ou, quem sabe, errar ao digitar
um número na planilha, deixar
de repor artigos no estoque e
perder vendas por isso?
Não estamos falando de
nenhuma situação absurda.
Quem não se dedica a essa
área fundamental da empresa,
sobretudo em indústrias e
estabelecimentos comerciais,
fatalmente sofrerá prejuízos.
Em alguns casos, eles podem
se repetir e comprometer llucros
e a própria continuidade do negócio.
61
O que o controle do estoque automatizado faz por você
você?
Para reforçarmos a questão em torno da importância de um sistema de controle de
estoque, vamos falar agora de algumas de suas principais vantagens. Conheça m
mais
sobre elas e procure aplicar à sua realidade. Isso o ajudará a entender como seu
negócio tem a ganhar.

Controle simultâneo e total


Você sabe que a velocidade
dos processos é alta, e que
isso não depende do tamanho
da empresa. No dia a dia, as
decisões por vezes precisam
ser tomadas de maneira quase
instantânea. Para isso, muito
ajuda se o gestor contar com
informações e subsídios
atualizados.
Quando você abre seu estoque
para a tecnologia, amplia o
controle sobre o
armazenamento e circulação d de
e produtos, mas vai além. Todos os dados
relacionados a esse setor podem ser acompanhados em tempo real pelo seu
sistema online.
E veja só: até mesmo longe da empresa, via dispositivos móveis, você pode
consultar informações e acompanhar a movimentação no estoque. É um apoio à
gestão que fica difícil de mensurar.

Reduz a quantidade de erros


Perder uma venda porque um
produto está em falta ou
porque você acha que está
são situações totalmente
evitáveis. Para isso, você
precisa de um controle de
estoque mais rígido.
As informações de entrada e
saída de mercadorias da sua
empresa não podem escapar
do radar. Além disso, é
preciso que a comunicação
interna esteja ajustada.

62
Cuidar do estoque não deixa de ser uma ação de gestão de qualidade. Por que não
garantir maior eficiência a partir da ajuda da tecnologia?

Processos integrados
Um sistema de controle de estoque se torna ainda mais importante quando
integrado dentro de um processo de gestão da empresa. Na prática, significa
automatizar a relação dessa com out
outras áreas da empresa.
Sempre que ocorre uma venda, isso gera um alerta de saída do estoque,
atualização do inventário e, se necessário for, dá origem a uma ordem de reposição
direcionada ao setor de compras. E tudo isso sem intervenção humana.

Facilita o estabelecimento de políticas de estoque


Como já lembrado, a tomada
de decisão sobre o estoque é
favorecida quando as
informações se tornam mais
claras e atualizadas. Imagine
só de quanto tempo você
precisaria, ao fazer o
controle manual, para
identificar que um
determinado produto atingiu
seu estoque mínimo.
E na hora de planejar suas
compras? Consegue perceber quanta diferença faz ter de forma clara relatórios
completos com dados sobre os itens de maior e menor saída?
Não dá para correr o risco de contin
continuar
uar investindo em artigos que se acumulam no
estoque e não têm saída. Da mesma forma, é um erro grave permitir que a empresa
fique desabastecida das mercadorias mais importantes para a produção ou que mais
interessam aos clientes.

Como escolher um sistema de estoque


Se você já se convenceu de que precisa de um sistema de controle de estoque
automatizado, deve adotar alguns cuidados para fazer a escolha mais adequada à
sua empresa.
O primeiro deles, é claro, é conhecer as suas necessidades. Já destacamos qque
mesmo os pequenos negócios se beneficiam da ferramenta. Isso não significa,
contudo, que o empreendedor deve contratar a solução mais completa se não fará
uso de todos os seus recursos. Pagar por algo que se mostra desnecessário é um
erro e tanto.

63
A próxima
óxima etapa é
pesquisar no mercado um
software que fique o mais
próximo possível de
atender exatamente aquilo
que seu negócio precisa,
da forma que deseja.
Assim como você deve
oferecer um atendimento
personalizado ao cliente,
também faz jus a receber
uma solução assim.
Garanta também que o sistema de controle de estoque tenha armazenamento em
nuvem. Afinal, não dá para confiar seus importantes arquivos ao armazenamento
físico, em seus computadores. Em caso de pane ou vírus, isso poderia paralisar
setores da empresa.
Não menos importante, confira se ele oferece a integração que você tanto precisa
implantar em sua empresa. Um software que cuida do estoque precisa se relacionar
bem com vendas, financeiro, administrativo e demais setores, compartilhando
informações
ações de interesse comum.
Por fim, priorize sistemas fáceis de lidar no dia a dia, intuitivos, rápidos e que, em
caso de qualquer problema, contem com uma equipe de suporte capaz de oferecer
um atendimento à altura do desejado.

GESTÃO DE CUSTOS NA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS

Garantir uma boa gestão de custos


logísticos é fundamental para
manter os processos eficientes,
além de garantir bons resultados e
uma lucratividade satisfatória que
permita manter a empresa
competitiva no mercado.
Para
ara isso, é preciso conhecer os
processos, organizá
organizá-los e
monitorá-los
los constantemente,
evitando que ultrapassem o limite
do ideal.
Os custos logísticos são todos os

64
gastos relacionados às atividades logísticas de um negócio. Entre eles, podemos
destacar a armazenagem,
zenagem, o transporte e a frota
frota.. É aí que surge a necessidade de
planejar e controlar por meio de uma gestão eficaz.

Gestão dos custos logísticos

Divisão de gastos
O ponto mais básico de uma
boa gestão de custos
logísticos é separar os gastos
fixos dos variáveis. Assim,
torna-se
se possível identificar
quais deles são supérfluos (e
podem ser reduzidos ou
eliminados) e de que forma
eles impactam na precificação
dos serviços.
Estrutura de custos
É a separação dos custos e a identificação da participação de cada um deles nos
gastos totais da empresa em determinado período. Por meio dela se consegue
acompanhar a evolução deles nas atividades. Ela pode ser dividida da seguinte
forma: suprimentos: custo de aquisição; gestão de estoque: armazenagem
(operacional),
al), estoques (imobilizado), ruptura (perda), embalagens; transporte:
entregas (operacional), gestão de documentos; gestão da frota: aquisição de
veículos, manutenção; custos administrativos: mão de obra, material auxiliar; custos
financeiros: investimento
investimentos em melhorias operacionais.
Metodologias de custeio
Metodologia de custeio é a forma como uma empresa define o preço de venda dos
serviços. A ideia é separar os custos fixos dos variáveis e definir a participação deles
na precificação final.
Basicamente, existem 3
métodos: custeio por absorção:
trata-se
se da apropriação de
todos os custos (fixos e
variáveis, diretos e indiretos)
gerados com o uso dos
recursos voltados para a
prestação dos serviços. Esses
gastos são distribuídos entre
as demandas atendidas;
custeio variável: o custo final
do serviço é a soma dos custos variáveis, dividido pela produção (demandas
65
atendidas), enquanto os custos fixos são considerados diretamente no resultado do
exercício; custeio padrão: se baseia em um custo definido previamen
previamente. Ele indica o
“custo ideal”, que deve servir de base para controle, conhecimento das variações e
análise da eficiência da produção.
Fazer a gestão de custos logísticos é importante para que os gestores tenham
conhecimento sobre os custos envolvidos nas operações. A partir do momento em
que se tem essa noção, a tomada de decisão de melhorias se torna mais
direcionada, além da possibilidade de reduzir os gastos sem influenciar na qualidade
dos serviços prestados. Assim, consegue-se se aumentar a eficiência dos
d processos,
aumentar a lucratividade e tornar a empresa cada vez mais competitiva no mercado.
Como podemos ver, a gestão de custos logísticos é fundamental para uma empresa
tornar as atividades mais enxutas. Isso influencia diretamente na precificação dos
do
serviços, o que ajuda a atrair mais clientes para o negócio. Sendo assim, podemos
dizer que uma boa administração dos gastos ajuda a garantir não só a perenidade
do negócio, mas também o seu sucesso no mercado.

Custos logísticos
Os custos logísticos
representam
presentam um tipo de custo
muito significativo dentro das
empresas que são identificados
nos estoques, inventário,
embalagem, fluxo de
informações, movimentação,
aspectos legais, planejamento
operacional, armazenagem e
serviço ao cliente, até
suprimentos, transportes e
planejamento estratégico. A
ABML estima que o custo
logístico em uma empresa pode equivaler a 19% do seu faturamento. Assim é de
suma importância para a empresa saber identificar e mensurar esse tipo de custo
que pode significar muitas vezes a própria existência da empresa.
A necessidade de adoção pelas companhias de uma abordagem integrada para o
gerenciamento de informações dos custos, da produção até a distribuição,
desencadeou mudanças nos sistemas convencionais da contabilidade de custos custos,
deixando para trás sua metodologia tradicional, com o objetivo de identificação dos
reais custos de produção até sua distribuição final.
A falta de informações sobre custos e uma das maiores causas para a dificuldade
que muitas companhias tem no processo de adoção de uma abordagem integrada
para a logística e para o gerenciamento de distribuição.

66
Os problemas surgidos em níveis operacionais resultantes do gerenciamento
logístico advêm dos impactos diretos e indiretos de decisões específicas.
Freqüentemente, acontece que na tomada de uma decisão numa determinada área,
podem ocorrer resultados imprevistos em outras áreas, influenciando os padrões de
pedido dos clientes e provocando custos adicionais.
O mais importante é o
conhecimento do tomado
tomador
de decisão sobre a
informação disponibilizada.
É preciso saber o que esta
sendo considerado no
modelo e conhecer suas
limitações.
O gerenciamento de custos
logísticos pode ser mais ou
menos focado de acordo
com o objetivo desejado.
Desta maneia, é possí
possível
desenvolver um sistema para atender apenas uma atividade, um conjunto de
atividades ou até mesmo todas atividades logísticas da empresa. No entanto, é
importante perceber que o aumento do escopo pode repercutir na falta de foco. Daí
a necessidade de direcionar
recionar o sistema para o tipo de controle ou decisão que se
pretende apoiar.
No Brasil os grandes empecilhos à produtividade e à conseqüente redução de
custos logísticos estão na infra
infra-estrutura
estrutura do país, principalmente de transportes,
portuária e alfandegária,
ária, e os impostos em cascata, que inviabilizam muitas soluções
logísticas.

Custo de Armazenagem

São aqueles aplicados nas estruturas e


condições necessárias para que a
empresa possa guardar seus produtos
adequadamente. Podemos citar como
exemplo aluguel el de armazenagem,
aquisições de paletes, custo com
pessoal de armazenagem, etc. Os
custos de armazenagem são gerados
pela produção que não e vendida, assim
ira impactar negativamente o resultado.
O armazenamento consome espaço, demanda movimentação dentro da fabrica,

67
pode danificar o material, e torná
torná-lo
lo obsoleto, gerando custo de manutenção do
capital.

Custos com Estoques

São aqueles gerados a


partir da necessidade de
estocar os materiais. Investir
em estoque custa dinheiro,
empata capital e enfatiza a
questão do custo de
oportunidade, que nada
mais e do que o valor que a
empresa perde imobilizando
o capital em estoque em vez
de aplicar no mercado
financeiro, ganhando a
remuneração dos juros. Além disso os estoques podem prejudicar o fluxo da
produção. A decisão de manter estoques pode ocultar problemas, dificultar o
controle, ocultar os desequilíbrios existentes na capacidade das instalações,
minimizando assim as possibilidades de melhora. Existem também outros custos
com estoques como as perdas e roubroubos,
os, a própria depreciação dos materiais, etc.
Para reduzir os custos de armazenagem e estoques e necessário: reduzir o lead
time de produção e abastecimento; sincronizar as entregas de materiais e
componentes com o setor produtivo; maior rapidez no recebi
recebimento
mento dos pedidos e
criação de um network informativo; concretização e integração das bases de
distribuição física; redução dos tempos de planejamento da produção e elaboração
de planos a ciclos breves.

Custo com Transporte

Geralmente, os custos de
transportes alcançam cifras
consideráveis. Em quase
todas as empresas, esse custo
incide de 1 a 2% sobre o
faturamento total; de acordo
com os produtos ou clientes;
às vezes, chega-se se a 7%.
Esse custo geralmente da
origem às despesas com frete que esta inc incluída no preço. Todas as despesas
relacionadas à movimentação de materiais fora da empresa podem ser consideradas
68
custos com transportes. Enquadram-se se aqui os custos com a depreciação dos
veículos, pneus, combustíveis, manutenção, etc. É importante também que se diga
que os custos de transportes representam 59% dos custos logísticos, seguido pelos
custos gerais (juros, impostos, obsolescência, depreciação, seguros), com 28%, e
outros custos (armazenagem, despacho, administração), de 13%.
A seguir, serão ilustrados
ustrados algumas das potencialidades do gerenciamento de custos
nos três macros processos logísticos:

Suprimento, apoio à manufatura


anufatura e distribuição física

No suprimento, uma
ferramenta de custeio pode
favorecer no critério de
seleção de fornecedores, na
definição dos tamanhos dos
lotes de compras e na
determinação da política de
estoques. No passado, a
função compras era avaliada
em função do preço de
compra dos insumos. Desta
forma, sua preocupação estava voltada para obter o menor preço, e o serviço
prestado por esses fornecedores era colocado em segundo plano. Assim muitas
vezes as empresas eram obrigadas a trabalhar com elevados níveis de estoques, a
fim de garantir o suprimento da linha de produção.
Hoje existe uma transformação conceitual neste p processo,
rocesso, uma vez que o preço de
compra passa a ser visto apenas como um dos custos de aquisição, que considera
os custos de colocação do pedido, transporte, recebimento e estoque de materiais.
Desta maneira, é possível identificar fornecedores, que mesmo n não sendo lideres
em preço consigam oferecer um produto a um custo mais baixo, por oferecer um
sistema com maior freqüência de entregas, alta disponibilidade de produtos e menor
índice de devoluções.

Na produção: para a logística, a ferramenta de custos d de


e produção deve estar
voltada às necessidades do planejamento e controle da produção, a fim, de apoiar
decisões referentes aos tamanhos de lotes e alocação da produção entre as plantas
e as linhas de produção.
Para isso, o sistema deve possibilitar a simul
simulação
ação de diferentes políticas de
produção para perceber como se comportam os custos diante destas modificações.
Alem disso, este sistema deve alocar os custos indiretos de maneira não distorcida
para que se possa custear os produtos e assim mensurar a renta
rentabilidade não só dos
produtos, como também dos clientes.
69
Vejamos um exemplo desse sistema, com uma empresa nacional
produtora de bens de consuma não duráveis:

Sua vantagem competitiva estava baseada na economia de escala, dada pelo seu
alto volume de produção. Buscando manter a liderança ela começou a aumentar a
variedade de produtos. Como esta empresa não tinha um sistema de custeio eficaz,
os custos eram alocados de acordo com o volume de produção, de maneira que
produtos com alto volume de produção subsidiavam os de baixo volume. Com
resultado do aumento de custos os preços foram aos poucos sendo reajustados.
O problema e que seu maior cliente que consumia uma variedade pequena de itens,
passou a pagar o custo da grande variedade. Assim esse cliente resolveu mudar de
fornecedor. A perda desse importante cliente fez com que a companhia perdesse
escala, aumentando ainda mais os seus custos, o que levou a rever seu sistema de
custos e sua política de preços para se manter no mercado.

Na distribuição física: pode ser um sistema abrangendo todas as atividades desde


a saída da linha de produção até a entrega. O importante neste tipo de sistema e
conseguir o rastreamento dos custos através da estrutura logística, evitando o rateio
indiscriminado de custos. Assim ssim e possível mensurar custos dos canais de
distribuição dos clientes e até mesmo das entregas.
Esta informação e primordial para analises de rentabilidade, que por sua vez deve
ser utilizada pelo pessoal da área comercial no processo de segmentação da
carteira de clientes. Desta forma o nível de serviço pode ser estabelecido não só em
função da necessidade dos clientes, mas também em função da rentabilidade que
esses propiciam para a organização.
Uma empresa benchmarking em
distribuição física no Brasil
desenvolveu um sistema piloto, o
qual permite observar como os
custos de atendimento – venda
processamento de pedido, estoque,
armazenagem e entregas variavam
em função da região geográfica, do
canal de atendimento e também
em função do tamanho da
encomenda. Desta maneira, foi
possível estabelecer volumes mínimos de entrega para cada região e canal de
atendimento.
Esta ferramenta também possibilitou observar que partes dos clientes atendidas por
um sistema diferenciado muitas vezes não eram rentáveis para a companhia. Alem

70
disso, permitiu selecionar quais clientes deveriam ser atendidos diretamente e quais
deveriam ser atendidos através de distribuidores.
A relevância de uma atividade
no processo logístico e a sua
necessidade de controle pode
fazer com que seja
desenvolvida uma ferramenta
de custos focada numa função
especifica. No caso da
distribuição física, muitas
vezes o transporte tem esse
destaque, principalmente
quando e necessário
remunerar os transportadores
e cobrar a conta do cliente.
Conforme já foi observada a grande dificuldade de se custear as atividades
logísticas esta ligada à alta proporção de custos indiretos e à grande segmentação
de produtos e serviços. Alem de investir na formação do ser humano, e preciso
investir em automação, em siste
sistemas
mas que reduzam a possibilidade de erros e avarias,
reduzindo desperdícios, ineficiências e redundâncias. Para que haja eficácia e
eficiência no processo, bem como na empresa de forma global, e necessário que
haja um trabalho integrado entre as áreas opera operacionais,
cionais, para que, todos os
desperdícios e custos logísticos escondidos existentes, sejam identificados,
mensurados, informados, e posteriormente, minimizados e/ou eliminados, para
tentar alavancar e sustentar vantagem competitiva em seus segmentos.
Na moderna
derna concepção do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, resta para as
empresas entender que os Custos logísticos devem ser bem dimensionados e
controlados, pois se antes a concorrência se resumia somente entre as empresas,
hoje se dá entre as cadeias pr produtivas. Será mais competitiva aquela que
apresentar melhor qualidade e menor preço para o consumidor.
De forma resumida iremos ver a seguir os principais custos logísticos e oferecendo
ideias e dicas de como otimizar os gastos da empresa, independentemen
independentemente das
circunstâncias.
Assim, a empresa descobre como ficar alinhada às boas práticas modernas e pode
investir em crescimento, mantendo a sustentabilidade financeira. Então, continue a
leitura e descubra como!

71
Os 7 principais custos logísticos

A logística abrange todos os


processos que acontecem na
cadeia de suprimentos em
relação à movimentação de
produtos ou materiais — desde
o envio de insumos pelo
fornecedor, passando pela
produção até chegar ao cliente
final.
Esse sistema de fluxo de
materiais é complexo e envolve
diversos processos de
movimentação e estocagem, recursos, planejamentos, colaboradores e estratégias
dentro de um negócio.
Os custos logísticos operacionais podem ser diferentes entre uma empresa e outra e
dependem de uma série rie de fatores. Todavia, existem aspectos em comum em todas
as instituições, como:

1. Estoque e armazenagem
Os custos com estoque dependem do volume de produtos com os quais uma
empresa trabalha e do período que um material precisa permanecer alocado. Ass
Assim,
quanto maior o tempo e a quantidade de produtos, mais elevada será a despesa.
Os gastos com estoque se
dividem em:
Custo de produto: Este é o
investimento que foi feito em
cada material adquirido com os
fornecedores.
Custo de falta do produto
produto:
Refere-se
se à falta de itens no
estoque, o que pode acontecer
por conta de atrasos na entrega
do fornecedor ou de produtos
que foram perdidos, danificados,
quebrados ou que deterioraram ou venceram. Esse último aspecto é causa de
grandes prejuízos para a empresa.
Custo de manutenção:: Essas despesas estão relacionadas à mão de obra,
inventário, aluguel do espaço físico, impostos, entre outros, além dos gastos que
materiais parados ou encalhados geram.

72
Processos logísticos bem
bem-sucedidos
sucedidos estão relacionados à rapidez e à eficiência nas
etapas de recebimento e distribuição de produtos. Por isso, se as operações de
estoque e armazenagem são otimizadas, a empresa tem grandes chances de
reduzir gastos significativos.
Além disso, um controle eficaz do estoque é essencial par
para
a que um empreendimento
atinja o equilíbrio entre a oferta e a demanda, o que envolve também o setor de
compras. Desperdícios, vendas perdidas e excesso de produtos são fontes de
preocupação que podem ser evitadas com um mapeamento mais inteligente da
armazenagem.

2. Embalagem
A embalagem é fundamental
não somente para causar uma
ótima impressão no cliente ao
receber seu produto, mas
também porque o
acondicionamento correto dos
itens evita acidentes e defeitos
nas mercadorias, redobrando a
segurança.
Alémm de intensificar a proteção,
é possível economizar e otimizar
o uso do espaço dentro dos
veículos quando embalagens adequadas e boas práticas de empacotamento —
como enviar itens desmontados — são adotadas.
Assim,, a embalagem certa pode ser um grande dife
diferencial
rencial e gerar economia até na
etapa de armazenamento.

3. Transportes e fretes
O custo de transportes é de
fato um dos mais expressivos
para as empresas —
sobretudo para aquelas que
possuem frota própria. As
despesas envolvem aquisição
de veículos, manutenção,tenção,
ociosidade, depreciação,
combustível, entre outros.
Como a maior parte do que é
produzido no Brasil é escoado
ao longo de sua vasta malha

73
rodoviária, os veículos precisam percorrer grandes distâncias, o que contribui para o
desgaste mais rápido do caminhão, além de aumentar a exposição a riscos.
Afinal, problemas como acidentes e roubos de cargas são, infelizmente, muito
comuns nas estradas brasileiras. Assim, a necessidade de investir em práticas de
gestão de risco faz com que o preço final do fre
frete
te fique ainda mais elevado.

4. Logística tributária
O Brasil é um país que possui
uma alta carga tributária e
também uma legislação
conhecida por ser complexa.
Um planejamento tributário bem
pensado e estruturado é vital
para que a empresa tome
conhecimento
ento de isenções
fiscais, evite multas, ou até
busque sistemas de sociedade
diferenciados para reduzir a
cobrança de taxas.
Conheça os principais impostos que incidem na logística:
IRPJ – Imposto de Renda Pessoas Jurídicas: tributo federal calculado com b base no
lucro real, presumido ou arbitrado da empresa, de acordo com seu regime de
sociedade;
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: semelhante ao Imposto de
Renda, sua taxação também varia de acordo com o regime de tributação adotado
pela empresa;
PIS/PASEP – Contribuição para os Programas de Integração e Formação do
Patrimônio do Servidor Público:
esse imposto é recolhido
mensalmente sobre o
faturamento total das empresas
dentro do período de um mês. A
alíquota pode variar entre 0,65%
e 1,65%;
Cofins – Contribuição
Cont para o
Financiamento da Seguridade
Social: da mesma forma que o
tributo anterior, este também é
calculado com base no
faturamento das empresas. A
contribuição varia entre 3 a 7,6%;

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IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: tributo que incide sobre a produção
de qualquer tipo de mercadoria e que possui alíquotas variadas;
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal: esse tributo estadual está relacionado
à circulação
ão de mercadorias, serviços de transporte, entrada e saída de cargas,
fornecimento de produtos, entre outras atividades. As alíquotas mudam de acordo
com as diferentes regiões;
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza: é um imposto municipal que
deve ser pago por prestadores de serviço, tanto empresas quanto autônomos.

5. Tecnologia
Devido à natureza intrincada dos
processos logísticos, empresas
precisam lidar com o desafio de
tornar entregas mais eficientes e
rápidas e, ao mesmo tempo,
reduzir erros, custos e manter o
estoque sob controle.
Todas essas tarefas são
facilitadas pela automação de
processos com o uso de
ferramentas tecnológicas. O uso
de plataformas digitais está se tornando algo cada vez mais imprescindível para que
a logística nas empresas opere em alta performance.
Com a ajuda dessas plataformas, procedimentos burocráticos ou repetitivos são
eliminados, da mesma forma que erros e inconsistências são drasticamente
reduzidos. O resultado é a agilidade e também a redução de custos e em médio e
longo prazo.
Contudo, existe um gasto com a compra e instalação de softwares e hardwares —
custo que vai depender das escolhas e necessidades de cada empresa.

6. Operações de distribuição
Para manter um sistema
logístico em pleno
funcionamento, existem vários
detalhes e gastos operacionais
que devem ser considerados.
Nesse cenário, existem
despesas que são fixas e
variáveis. Veja alguns
exemplos:
Custos fixos: aluguel e taxas
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do espaço físico; equipamentos; salários; impostos.
Custos
tos variáveis: manutenção; mão de obra e horas extras; seguros de cargas;
pneus, combustível e lubrificantes; compra de peças.

7. Custo humano
Por fim, o gasto com mão de
obra para o trabalho também
faz parte da equação que
formam os custos logísticos.
Assim,
ssim, é preciso considerar os
salários dos gestores de frotas
e dos outros colaboradores
que fazem parte da equipe
logística.
Além disso, é sabido que no
mercado existe uma falta de
profissionais qualificados para esse setor. Consequentemente, para manter o nível
de qualidade, empresas precisam oferecer ofertas maiores para aqueles que sejam
mais capacitados ou experientes ou, ainda, investir em treinamentos e qualificação
para sua equipe, o que contribui para aumentar os gastos.

Plano de ação específico para cada área


Ter conhecimento dos custos logísticos é uma etapa essencial para saber como
reduzi-los.
los. Como as despesas são bem diferentes entre si, os gestores devem criar
um plano de ação pensando em cada elo do sistema logístico e buscar formas de
aprimorar
morar todas as etapas. Confira algumas delas:

Mapeamento de processos
Se não existe uma definição ou
padronização dos processos logísticos,
cada colaborador age da maneira que
ele acredita estar certa, sem base em
um método embasado, o que pode
gerar falhas e desperdícios.
O mapeamento dos processos consiste
em avaliar todas as sequências
operacionais e adotar práticas para que
as diferentes etapas fiquem mais
eficientes, evitando gargalos e
restrições.
Sendo assim, entender como acontece

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o fluxo das atividades possibilita que gestores redesenhem o layout da produção,
encurtando tarefas e otimizando o tempo e o uso dos recursos.
Perdas e desperdícios ao longo das operações são muito comuns. Infelizmente, eles
não agregam qualquer valor ao serviço da emempresa
presa e representam apenas dinheiro
sendo jogado fora.
Portanto, revisar o planejamento periodicamente e entender como todas as
operações — desde a recepção dos produtos até a expedição — podem ser
melhoradas são práticas fundamentais que devem ser incorpo
incorporadas à rotina da
empresa.

Automação de tarefas
A realização de procedimentos
manuais causa, muitas vezes, o
aumento de gastos, uma vez que
se perde mais tempo e os riscos
com erros e gargalos são
maiores. Assim, tarefas
excessivamente burocráticas e
repetitivas
etitivas têm impacto direto no
preço final do produto, o que leva
a empresa a perder lucratividade
e competitividade no mercado.
Automatizar processos é muito
vantajoso, pois é possível
programar máquinas e softwares para realizar trabalhos de forma mais rápida e
eficiente. Com mais tempo disponível, a equipe pode, então, se concentrar em
assuntos mais estratégicos ligados ao direcionamento do negócio.
Tarefas como a emissão de documentos ou notas fiscais, por exemplo, podem ser
facilmente otimizadas. No ffimim das contas, qualquer erro nesses processos pode
acarretar multas ou apreensão de uma mercadoria, comprometendo o tempo de
entrega e gerando mais custos.

Uso de sistemas integrados


Como vimos, soluções tecnológicas são indispensáveis para o funcionament
funcionamento de
qualquer empresa hoje em dia. Para o setor da logística, softwares são grandes
aliados, já que eles concentram um grande volume de informações detalhadas sobre
todos os processos em tempo real e permitem a automação de tarefas.
O resultado é mais informação
rmação qualificada e atualizada e controle de toda a cadeia
logística, simplificando e agilizando as tomadas de decisões dos gestores.
Por essa razão, é essencial investir em uma plataforma integrada para otimizar
processos e também custos. Um sistema comp completo
leto e acessível para todos os setores
envolvidos evita duplicação de dados, desencontros, perdas e erros.
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Dessa forma, um sistema integrado na cadeia de suprimentos aprimora a visibilidade
e assegura que uma infinidade de tarefas seja realizada com mais p precisão e
segurança, como:

 Acompanhar,
companhar, em tempo real, todas as atividades;
 Monitorar
onitorar indicativos de performance e relatórios;
 Controlar
ontrolar estoques;
 Prever
rever demandas;
 Supervisionar
upervisionar o fluxo de caixa e limitar gastos;
 Cuidar
uidar da conformidade fiscal;
 Realizar consultas rápidas e compartilhar informações com a equipe, evitando
dúvidas e inconsistências;
 Usar
sar dados relevantes sobre os clientes para aprimorar os serviços e
entender hábitos de consumo;
 Estudar
studar melhores rotas de distribuição;
 Agendar
gendar manutenções.

Relacionamento com fornecedores


Os fornecedores são um elo
importante na cadeia de
suprimentos. Sem eles, a
empresa não recebe os
insumos necessários para a
produção e, assim, não pode
realizar vendas.
Todavia, o ciclo de aquisição
e entrega de insumos p para a
produção deve ser bem
delineado pela empresa, caso
contrário, a organização terá
que lidar com uma série de
riscos que podem colocar suas operações em xeque e provocar mais despesas.
Dessa forma, contar com bons fornecedores é a maneira mais eficient
eficiente de garantir
entregas dentro do prazo e materiais com o melhor custo
custo-benefício.
benefício.
Gestores precisam trabalhar para que o setor de compras e a cadeia de distribuição
estejam em perfeito alinhamento. Realizar cotações de preços, monitorar o
desempenho de fornecedores
ecedores e saber identificar aqueles que prestam o melhor
serviço são estratégias que precisam fazer parte do dia a dia da empresa. A
tecnologia pode ajudar por meio de sistemas que automatizam cotações,
negociações e fechamento de contratos.

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Contudo, é importante
portante ressaltar que a empresa deve buscar valorizar e estreitar
laços com fornecedores
fornecedores-chave.
chave. A manutenção desse relacionamento é muito
importante para garantir que ambas as partes trabalhem em uma parceria com a
qual todos se beneficiam.
Ao estabelecer um vínculo vantajoso e forte com bons fornecedores, uma
organização garante sua preferência e pode conquistar benefícios como descontos,
envios mais rápidos ou formas de pagamento mais interessantes.

Estratégias de armazenagem, distribuição e controle de estoques


Estoque e armazenagem são conceitos que estão interligados. É sabido que
produtos parados representam perda de dinheiro e comprometem o giro da
empresa. Por outro lado, a falta de materiais implica vendas perdidas, atraso nas
entregas e insatisfação
ção dos clientes.
Para resolver essa matemática, saber dimensionar corretamente os níveis dos
estoques e equilibrar ofertas e demandas são grandes diferenciais.
Como o volume e o período de tempo que um item precisa ficar estocado varia de
acordo com o material,
erial, a empresa deve buscar auxílio da tecnologia e monitorar
indicadores que ajudarão gestores a traçar estratégias mais adequadas para cada
produto. Afinal, dados confiáveis e atualizados são fundamentais para que o
planejamento e o controle de toda a p produção
rodução sejam de fato eficientes.
Sendo assim, cada empresa deve entender com clareza seus fluxos e pontos fixos
para estudar estratégias de armazenagem que possam se adequar à sua produção
e às demandas dos clientes.
O cross docking, por exemplo, é
uma tática
ática interessante que
permite que empresas trabalhem
com estoque mínimo. Nesse
sistema, os produtos são
primeiramente vendidos e,
somente depois disso, todo o
processo de pedido de insumos
para o fornecedor e a fabricação
começam.
Desse jeito, o cross do docking
praticamente dispensa a etapa da
armazenagem, o que contribui para a redução de custos e ainda colabora para a
implementação do fluxo contínuo da produção.
Da mesma forma, o transporte de cargas fracionadas é um modelo logístico que
promove a minimizaçãoação de gastos. Nesse sistema, a empresa pode trabalhar com
remessas menores, otimizando espaço em um caminhão. Assim, a organização não
precisa arcar com o custo de lotar um veículo inteiro com seus produtos.

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O transporte de carga fracionada possibilita o envio das mercadorias em pequenos
lotes na medida em que eles ficam prontos, agilizando as entregas e minimizando o
tempo dos produtos em estoque.
Esse modelo também contribui para a gestão de riscos, uma vez que a produção é
escoada aos poucos, e não tud
tudo
o de uma vez só em um único veículo. Em caso de
perdas, a empresa precisa apenas lidar com um prejuízo parcial, e não total.

Os 4 erros fatais na otimização de custos


Como os custos logísticos representam uma parcela significativa do valor do
produto, estar
ar atento para otimizar o orçamento e garantir a lucratividade é essencial
para a sustentabilidade de um negócio.
Para otimização dos custos, executar processos enxutos, eficientes e rápidos são
vitais. Entretanto, medidas de redução de gastos devem ser to tomadas de forma
inteligente para que a qualidade do serviço não seja sacrificada.
Sendo assim, gestores devem considerar tanto o custo quanto a performance e,
também, encontrar um equilíbrio entre as partes para manter as contas em dia.
Conheça alguns erros que você não deve cometer para realizar uma economia
acertada:

1. Dispensar o uso de embalagens adequadas


Muitas empresas subestimam a
importância das embalagens e
acabam escolhendo economizar
nesse aspecto. Afinal, pacotes
mais robustos — feitos de
materiais melhores — são mais
resistentes, porém costumam ser
bem mais caros.
Muitos negócios pensam que esse
investimento não se justifica, uma
vez que o mais importante, de
fato, é a qualidade do produto que
está sendo enviado. Contudo, é
preciso lembrarr que uma
mercadoria, até chegar ao seu destino final, estará sujeita a muita movimentação e
intempéries.
Assim, o descuido com a embalagem pode gerar uma série de prejuízos e
problemas futuros, além de desagradar os clientes.
Portanto, a economia com as embalagens deve ser sensata. Caixas muito maiores
que um determinado produto, por exemplo, podem fazer com que eles fiquem
instáveis e sofram arranhões ou amassados.

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2. Não atentar à
cubagem
Pegando um gancho com
o tópico anterior, otimizar
o espaço dentro ro de um
caminhão e cuidar do
processo de acomodação
dos itens em um veículo é
conhecido como cubagem.
Ela é calculada com base
no peso e no volume de
uma mercadoria e tem
impacto direto no valor do frete.
Assim, para diminuir custos logísticos por meio da cubagem, empresas podem
adotar estratégias como:
 Enviar
nviar o máximo de produtos possíveis desmontados;
 Utilizar
tilizar caixas com o tamanho exato dos itens;
 Avaliar
valiar a cobrança por tipo de peso e buscar enviar partes do produto
separadas, se for o caso.

3. Não otimizar
mizar as rotas
O planejamento de rotas
consiste no uso de uma
tecnologia qualificada que
permite a criação de mapas
inteligentes.
Essas rotas otimizadas levam
em conta os pontos de entrega,
o caminho total a ser percorrido,
gastos de combustível, horas
de trabalho do motorista, entre
outros aspectos e variáveis.
Quando esse planejamento é
realizado, é possível gerenciar riscos, evitar atrasos e reduzir custos operacionais,
além de lidar com problemas como ociosidade da frota ou desgaste de um
determinado veículo.

4. Não fazer o rastreamento dos pedidos


Rastrear pedidos é um recurso tecnológico que permite que a empresa saiba a
localização exata de uma mercadoria ou de um veículo.
Esse monitoramento em tempo real possibilita que gestores identifiquem risco
riscos e
problemas. Assim, podem tomar decisões mais ágeis e acertadas, como fazer um
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atendimento mais qualificado para o consumidor ou notificar casos de atraso. Essa
ferramenta também colabora com o controle e a segurança da carga.
Com o monitoramento a dist distância,
ância, a empresa pode acompanhar o desempenho do
motorista e garantir que os padrões de qualidade determinados estão sendo
cumpridos.
Os gastos com a armazenagem e circulação de produtos são expressivos. Nesse
tom, empresas precisam
estar sempre atentas aos
desafios e buscar formas de
otimizar custos logísticos, o
que é fundamental para uma
gestão eficiente e equilibrada
de um negócio.
Agora que você já conhece
os principais custos
logísticos e formas
inteligentes de como reduzi
reduzi-
los, pode dar esse passo e
tornar os processos de sua
empresa mais eficazes e lucrativos.

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