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Bárbara Resende Quinan (Capítulos 38 a 40, 42 e 46) Gabriel Magno de Freitas Almeida (Capítulos 28 a 36 e 69,
Pesquisadora P.D. do Centro de Pesquisas René Rachou – FIOCRUZ. Partes XII, XIII)
Doutora em Microbiologia pela Universidade Federal de Pesquisador P.D. do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Minas Gerais (UFMG). Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Edel Figueiredo Barbosa Stancioli (Capítulos 37, 41, 43 a 45) Jônatas Santos Abrahão (Capítulos 1 a 13)
Professora associada do Departamento de Microbiologia da UFMG. Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutora em Microbiologia pela UFMG. Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Flaviano dos Santos Martins (Capítulos 14 a 27) Luiz Henrique Rosa (Capítulos 47 a 56, Partes X, XI)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG. Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG. Doutor em Microbiologia pela UFMG.
Flávio Guimarães da Fonseca (Iniciais, Capítulos 57 a 68, Parte IX) Tânia Murta Apolinário (Índice)
Professor adjunto do Departamento de Microbiologia da UFMG. Pesquisadora P.D. do Departamento de Microbiologia da UFMG.
Subcoordenador do Curso de Pós-graduação em Microbiologia Doutora em Microbiologia pela UFMG.
da UFMG.
Doutor em Microbiologia pela UFMG.
CDU 579.61
B C D
FIGURA 56-3 A: Ovo de Enterobius vermicularis. B: Ovo de Trichuris trichiura. C: Ovo de Ascaris lumbricoides. D: Ovo de Ancylostoma duodenale
ou Necator americanus (aumento de 300 ×). (Os círculos representam hemácias.)
FIGURA 56-4 Enterobius vermicularis – ovos. A seta longa indica um FIGURA 56-5 Trichuris trichiura – ovo. A seta longa indica um ovo de
ovo do oxiúro, Enterobius vermicularis, obtido pelo método da “fita Trichuris trichiura. A seta curta indica um dos dois “plugues” nas extre-
adesiva”. A seta curta indica o embrião no interior do ovo. (Figura corte- midades do ovo. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for
sia de Public Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention.) Disease Control and Prevention.)
Ascaridíase
(Ascaris lumbricoides) Traqueia
Pulmões Faringe
Circulação Deglutição
Adultos no lúmen
do intestino delgado
Ingestão
Clivagem Célula 2
avançada fertilizada
FIGURA 56-6 Ascaris lumbricoides. Ciclo de vida. Parte superior: A seta azul na parte superior esquerda mostra ovos sendo ingeridos. As larvas emer-
gem no trato intestinal, entram na corrente sanguínea e migram para os pulmões. Elas então entram nos alvéolos, ascendem em direção aos brônquios
e à traqueia, migram para a faringe e são engolidas. Vermes Ascaris adultos formam-se no intestino delgado. Os ovos passam nas fezes de humanos.
Parte inferior: A seta vermelha indica a maturação dos ovos no solo. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention.)
Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico é realizado microscopicamente a partir da
observação dos ovos nas fezes (Figuras 56-3D e 56-12). Sangue
oculto nas fezes é comum, e a eosinofilia é típica.
Tratamento
Mebendazol e pamoato de pirantel são eficazes.
Prevenção
FIGURA 56-7 Ascaris lumbricoides – ovo. A seta indica um ovo de Descarte apropriado de detritos e uso de calçados são medidas de
Ascaris. Observa-se a típica “curvatura” do ovo. (Figura cortesia de Public prevenção efetivas.
Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention.)
STRONGYLOIDES
Doença
Strongyloides stercoralis causa estrongiloidíase.
Características importantes
O ciclo de vida de Strongyloides stercoralis é mostrado na Figura 56-
13. S. stercoralis apresenta dois ciclos de vida distintos, um no inte-
rior do corpo humano e outro de vida livre no solo. O ciclo de vida
no corpo humano inicia pela penetração de larvas (filariformes)
infecciosas (ver Figuras 56-2I e 56-10) na pele, geralmente na pele
dos pés, e sua migração para os pulmões. As larvas penetram nos
alvéolos, ascendem pelos brônquios e pela traqueia, sendo, então,
deglutidas. No intestino delgado, as larvas transformam-se em adul-
tos (Figura 56-2H), que penetram na mucosa e produzem ovos.
Os ovos geralmente eclodem no interior da mucosa, for-
mando larvas rabditiformes (Figura 56-2J) que são eliminadas
nas fezes. Algumas larvas transformam-se em larvas filárias, que
penetram diretamente na parede intestinal sem deixar o hospe-
deiro, e migram até os pulmões (autoinfecção). Em pacientes
imunocompetentes, esse é um evento pouco frequente e sem
importância clínica; contudo, em pacientes imunocomprometi-
dos (p. ex., pacientes com Aids ou que ingerem altas doses de
corticosteroides) ou gravemente desnutridos, a autoinfecção
pode levar à reinfecção maciça, pois as larvas atingem vários
órgãos, havendo consequências graves e, às vezes, fatais.
Quando as larvas são eliminadas nas fezes e atingem o solo
quente e úmido, passam por estágios sucessivos, formando vermes
adultos machos e fêmeas. Após o acasalamento, o ciclo completo
de ovo, larva e adulto pode ocorrer no solo. Após diversos ciclos de
vida livre, são formadas larvas filárias. Quando em contato com a
pele, as larvas penetram nela novamente e iniciam o ciclo parasitá-
rio no interior dos humanos.
Traqueia
Pulmões
Humanos
Circulação
Penetração na pele
(estágio de diagnóstico)
Larva filariforme
(estágio infectante)
A larva
rabditiforme eclode
FIGURA 56-9 Ancilóstomos (Necator e Ancylostoma). Ciclo de vida. Parte superior: A seta azul na parte esquerda mostra a penetração da larva
filariforme na pele. A larva migra através do pulmão e pode causar pneumonia. O ancilóstomo adulto associa-se à mucosa intestinal e causa he-
morragia e anemia. Os ovos são transmitidos pelas fezes de humanos. Parte inferior: A seta vermelha indica a maturação dos ovos no solo para for-
mar a larva rabditiforme e, então, a larva filariforme infectante. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention.)
FIGURA 56-10 Necator e Strongyloides – larvas filariformes. Larva filariforme de Necator à esquerda e de Strongyloides à direita. A larva filarifor-
me é a forma infecciosa que penetra na pele. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for Disease Control and Prevention.)
FIGURA 56-11 Ancylostoma duodenale – cabeça do ancilósto- FIGURA 56-12 Necator e Ancylostoma (ancilóstomo) – ovo. A seta
mo adulto. As setas indicam os quatro dentes cortantes na boca do indica um ovo de um ancilóstomo. Os ovos de Necator e Ancylosto-
Ancylostoma. (Figura cortesia do Dr. M. Melvin, Public Health Image Library, ma são indistinguíveis. Observa-se o embrião enrolado no interior do
Centers for Disease Control and Prevention.) ovo. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for Disease Con-
trol and Prevention.)
Estrongiloidíase
(Strongyloides stercoralis)
Verme fêmea
No
adulto no
ão
olvi
va
intestino
cç
Autoinfecção:
ge
me
Larvas rabditiformes
ra
nfe
larvas rabditiformes
nto
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toi
od
embrionados
em
tornam-se larvas
Au
e ad
lar
filariformes, penetram
va
na mucosa intestinal
ultos
fil
or
m e seguem o ciclo
e
no infectante normal
so
lo
Os ovos são
produzidos pela
fertilização dos
vermes fêmeas
adultos Ovos são depositados
Larvas rabditiformes na mucosa do intestino,
no intestino são eclodem e migram
excretadas nas fezes para o lúmem
Desenvolvimento
em vermes de
vida livre no solo LEGENDA
Estágio infectante
Estágio de diagnóstico
FIGURA 56-13 Strongyloides stercoralis. Ciclo de vida. O centro e o lado direito da figura descrevem os estágios no interior de humanos (setas
roxas). As larvas filariformes penetram na pele (etapa 1). As larvas migram pelo pulmão e podem causar pneumonia. Vermes Strongyloides adultos
formam-se no intestino delgado. Os ovos eclodem na mucosa intestinal e as larvas rabditiformes são excretadas nas fezes humanas, e não os ovos
dos vermes. A seta roxa curvada que parte da etapa 5 e sobe descreve o ciclo de autoinfecção pelo qual se formam as larvas filariformes no trato
GI, infectando através da penetração da mucosa do intestino ou da pele perianal. O lado esquerdo da figura descreve a maturação no solo (setas
vermelhas). Observa-se que as etapas 6, 7 e 8 constituem o ciclo de vida livre no solo. (Figura cortesia de Public Health Image Library, Centers for Disease
Control and Prevention/Dr. Alexander J. da Silva e Melanie Moser.)