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COLÉGIO ESTADUAL LUIS VIANA 2023

Curso: Turma: Turno:


Disciplina: Data: / /

Professor: Marcos Ribeiro

Mente sã em corpo são: exercícios e práticas


para a saúde física e mental
​A atividade física regular e o movimento do corpo por cinco minutos a cada duas
horas, pelo menos, ajudam a promover estados positivos de ânimo

Mens sana in corpore sano' é uma famosa citação de origem latina que
significa "uma mente sã num corpo são". A expressão é derivada da Sátira
X de autoria do poeta romano Juvenal. No contexto do poema, a frase faz
parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam
desejar na vida.

Presume-se que o poema tenha sido produzido entre 509 e 27 a.C., sendo
até hoje para muitos uma boa síntese do significado de qualidade de vida.

Pesquisa realizada na Universidade de Nebraska (EUA), em 2006, atesta


que as pessoas consideradas ativas e não sedentárias têm ainda melhora
do sono, mais interesse sexual, alívio do estresse, melhora do humor,
aumento de energia e resistência e redução do cansaço. Tais fatores
podem contribuir para aumentar o estado de alerta mental e redução de
peso e do colesterol ruim (LDL).

Entre as atividades que os estudos da Universidade de Nebraska apontam


como sendo relevantes para as funções cerebrais estão: corrida, natação,
ciclismo, caminhada, dança e até jardinagem. Comprovadamente, elas
reduzem a ansiedade e a depressão.

Pensar de maneira positiva e conservar a autoestima também favorecem


as chances de obter mais sucesso na vida. Uma pesquisa da Universidade
de Harvard, nos Estados Unidos, demonstrou que estudantes mais
otimistas têm mais possibilidade de êxito na carreira e nos estudos.

É muito importante também exercitar-se fisicamente para compensar os


desgastes físico e mental, simultaneamente. Os estudos e tarefas
solicitadas por professores de universidades muitas vezes requerem muita
dedicação e é comum alunos, para cumprirem prazos e tarefas, perderem
noites de sono ou dormirem pouco. Nesses casos, a recomendação
profissional é reservar pelo menos uma hora do dia para a prática de
exercícios físicos, acompanhadas de técnicas de relaxamento.

Os exercícios aeróbicos estimulam o corpo a liberar o fator neurotrófico


derivado do cérebro. Trata-se de uma proteína incentivadora do
crescimento de novas células cerebrais e está relacionada ao aprendizado.
Portanto, ainda ajuda estudantes e futuros profissionais a aprenderem
mais, melhorando a cognição cerebral e ainda protegendo o cérebro de
possíveis danos.

Cientificamente explicando, os exercícios físicos proporcionam a atividade


no hipocampo cerebral, o centro da memória e aprendizado.

A atividade física promove o aumento do fluxo sanguíneo pelo corpo. O


sangue é o responsável por levar o oxigênio ao coração, ao cérebro e aos
músculos. Durante os movimentos, o corpo inteiro é beneficiado pela saída
de gás carbônico e entrada de oxigênio novo, limpo e renovado,
principalmente se o praticante estiver em área verde ou protegida da
poluição atmosférica.

Exercícios realizados ao ar livre são prazerosos, porém a poluição das


grandes metrópoles prejudica a saúde, além da probabilidade de
exposição solar indevida. Para fugir de fatores prejudiciais, uma alternativa
é praticar exercícios dentro de parques e embaixo de árvores.

Outra opção da vida urbana é malhar na academia, que oferece um


ambiente controlado, longe do sol, da chuva, da fumaça e fuligem dos
carros ou de umidade muito baixa. Em geral, esses locais têm
ar-condicionado, porém, o ambiente deve ser bem higienizado para não
favorecer a proliferação de bactérias no ar.

Os especialistas afirmam que o movimento do corpo por cinco minutos a


cada duas horas - pelo menos - promove estados positivos de ânimo. Além
disso, a própria Organização Mundial da Saúde recomenda 150 minutos
por semana de atividade física. Entre outras vantagens, tais práticas
promovem a flexibilidade corporal, a saúde para os ossos e músculos, o
auxílio na prevenção e retardamento de doenças cardiovasculares,
diabetes e câncer.

Neurociência

Seguindo os dados de pesquisa científica realizada em 2019, publicada no


Journal of Exercise Rehabilitation, pode-se afirmar que a neurociência tem
compreendido uma variedade de investigações multidisciplinares,
buscando entender a relação entre o corpo e o cérebro.

O levantamento afirma que o cérebro e suas funções podem ser


influenciados por vários fatores, como exercício físico, envelhecimento,
estresse, meio ambiente e dieta alimentar, entre outros, os quais estão
ligados à plasticidade cerebral.

A plasticidade cerebral ou neuroplasticidade é a habilidade do cérebro


para se recuperar e reestruturar. Essa capacidade de adaptação do
sistema nervoso permite a recuperação do cérebro após transtornos ou
lesões. Com essa reordenação, é possível ainda reduzir os efeitos das
estruturas alteradas por diferentes patologias.

A plasticidade refere-se à capacidade do sistema de conexão nervosa


alterar seus níveis estruturais, funcionais e moleculares, incluindo a
recuperação do Sistema Nervoso Central (SNC), após distúrbios ou lesões
e de melhorar as estruturas alteradas devido a patologias como esclerose
múltipla, doença de Parkinson, deterioração cognitiva, Alzheimer, dislexia,
insônia etc.

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