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Apostila sobre: Plano Nacional de Educação.

1-O que é PNE?


*É o Plano Nacional de Educação, decenal, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, e que estará em vigor até
2024. *É um plano diferente dos planos anteriores; uma das diferenças é que esse PNE é decenal por força
constitucional, o que significa que ultrapassa governos.
*Tem vinculação de recursos para o seu financiamento, com prevalência sobre os Planos Plurianuais (PPAs).
* O amplo processo de debate, que começou na CONAE 2010 e culminou com sua aprovação pelo Congresso
Nacional, reforça o caráter especial e democrático desse PNE.

2-Por que o Brasil precisa de um Plano Nacional de Educação?


O Brasil é um país federativo, em que Estados, Distrito Federal e Municípios têm autonomia para
tomar suas decisões. Mas para organizar a educação nacional, os entes federativos devem trabalhar juntos,
porque têm competências comuns. Nesse contexto, o PNE cumpre a função de articular os esforços nacionais
em regime de colaboração, tendo como objetivo:
*universalizar a oferta da etapa obrigatória (de 04 a 17 anos),
*elevar o nível de escolaridade da população,
*elevar a taxa de alfabetização,
*melhorar a qualidade da educação básica e superior,
* ampliar o acesso ao ensino técnico e superior,
*valorizar os profissionais da educação,
*reduzir as desigualdades sociais,
*democratizar a gestão e ampliar os investimentos em educação.

3-O PNE é do Governo Federal?


*A aprovação do PNE pelo Congresso Nacional e sua sanção pela Presidência da República não significa
que o PNE é de responsabilidade apenas federal.
* Trata-se de um plano para a nação brasileira, com responsabilidades compartilhadas entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
* Por ser decenal, ultrapassa diferentes gestões de governo, superando, dessa forma, a descontinuidade das
políticas públicas a cada mudança de condução político-partidária.
*Trata-se também de um planejamento de médio prazo que orientará todas as ações na área educacional no
País, exigindo que cada Estado, o Distrito Federal e cada Município tenham também um plano de educação
elaborado em consonância com o PNE.

4-Como está estruturado o PNE?


A lei do PNE está organizada em duas partes:
a-O corpo da Lei, que traz questões gerais sobre o plano, tais como:
*diretrizes,
*formas de monitoramento e avaliação,
* a importância do trabalho articulado entre as diferentes esferas governamentais,
*a participação da sociedade,
* prazos para a elaboração ou adequação dos planos subnacionais e para a instituição do Sistema Nacional de
Educação.
*As metas e estratégias fazem parte do Anexo.
b-O Anexo, com as metas e suas respectivas estratégias:
* Metas são objetivos quantificados e localizados no tempo e no espaço;
*são previsões do que se espera fazer em um determinado período para superar ou minimizar um determinado
problema.
* As estratégias, por sua vez, são possibilidades, formas de enfrentar os desafios da meta.
* Devem formar um conjunto coerente de ações julgadas como as melhores para se alcançar uma determinada
meta. 01

5-Quais são as metas do PNE?


*O PNE é constituído por 20 metas e por 254 estratégias, dispostas no Anexo da Lei nº 13.005/2014.
* Para conhecer melhor cada meta e compreender sua importância para o país, foi elaborado o
documento Conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação.
6-Onde posso encontrar a Lei do PNE?
A Lei do PNE pode ser acessada em diferentes endereços eletrônicos:
* Portal da Legislação do Governo Federal;
• Portal da Câmara dos Deputados;
• Portal do MEC – site "Planejando a Próxima Década";

7-Quem é responsável pelas metas do PNE?


As metas nacionais são de responsabilidade compartilhada entre:
* a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e deverão ser cumpridas no período de vigência do
PNE (até o ano de 2024).
*Embora a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios tenham atribuições diferenciadas, a
Constituição Federal deixa clara a corresponsabilidade dos entes federativos, que devem organizar seus
sistemas de ensino para que o trabalho aconteça de forma colaborativa.
*Assim, existem algumas metas de responsabilidade direta do Município, como, por exemplo: a expansão da
oferta da educação infantil. Mas a responsabilidade não é só municipal; o plano deve indicar que ações o
Município desenvolverá com apoio da União e do Estado para garantir o direito das crianças na creche e
na pré-escola. No caso do ensino fundamental, o Município e o Estado têm responsabilidade direta na
oferta. Portanto, o plano deverá apontar as ações de ambos para essa etapa, bem como as interfaces que farão
com a União para viabilizar que todos tenham seu direito garantido.
*Já em outras metas, como no caso daquelas relativas ao ensino médio, profissional e superior, por exemplo,
não há responsabilidade direta do município com a oferta.
* Nesses casos, o plano pode descrever as iniciativas que o município desenvolverá junto ao Estado, à União
e às instituições de ensino profissional e superior buscando assegurar o acesso de seus munícipes a essa
modalidade e nível de ensino.
*Para saber mais sobre a importância do planejamento articulado e sobre as responsabilidades federativas
consulte o documento Alinhando os Planos de Educação.

8-Como as especificidades locais devem se manifestar nos planos?


Os planos de educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios são:
* instrumentos importantes para o desenvolvimento social de cada lugar.
* Tem íntima relação com o que uma comunidade projeta para seu futuro; por isso, precisa ser Inter setorial,
com a participação dos diferentes órgãos dos governos estadual e municipal.
* Todos os setores da sociedade também devem estar representados e se sentir contemplados em suas
especificidades.
* O plano deve contribuir para que o país atinja as metas nacionais, mas não deve ser uma simples reprodução
das 20 metas do PNE aprovado, porque precisa considerar as prioridades específicas de cada lugar para a
próxima década.
*O Caderno de Orientações detalha as cinco etapas sugeridas pelo
MEC/CONSED/UNDIME/CNE/FNCE/UNCME para a elaboração ou adequação dos planos subnacionais,
tendo em vista as especificidades locais.

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9-O salário dos professores vai aumentar?


Este é um dos grandes desafios do PNE. Algumas das metas do plano envolvem diretamente:
* o professor, a valorização do magistério com elevação do rendimento médio e investimento na formação e na
carreira.
*Por exemplo: a Meta 17 tem o objetivo de equiparar o rendimento médio dos profissionais do magistério ao
dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
* Portanto, o salário dos professores deve, sim, aumentar. Isso deve acontecer até 2020, com o esforço conjunto
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
* Para que isso ocorra, formas de colaboração específicas deverão ser definidas, incluindo a complementação
da União para o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional.
Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a
equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do
sexto ano de vigência deste PNE. (4 estratégias).

10-Quais metas se referem aos profissionais do magistério?


*Além da Meta 17 (tratada na Questão 09), as Metas 15, 16 e 18 também tratam da valorização dos
profissionais do magistério.
*As Metas 15 e 16 tratam da formação;
* Meta 18 define a necessidade de assegurar planos de carreira para a valorização profissional, tendo como
referência o Piso Salarial Profissional Nacional.
*Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de
que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado
que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior,
obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. (13 estratégias).
*Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica,
até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica
formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos
sistemas de ensino. (6 estratégias)
*Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da
educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as)
profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido
em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. (8 estratégias)

11-Vai haver aumento da oferta de vagas em creches e pré-escolas? Sim.


*A primeira meta do PNE trata da educação infantil e estabelece que até 2024 deve-se ampliar a oferta de
vagas em creches e pré-escolas.
*A oferta de pré-escola deve abranger toda a população na faixa etária de 4 e 5 anos, até 2016 e metade das
crianças de 0 a 3 anos de idade deverão estar matriculadas em creches até o final da vigência do PNE
(2024). *Uma forte articulação federativa será exigida para que os Municípios, que têm responsabilidade direta
sobre esta oferta, possam ajudar o país a atingir a meta nacional.
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5
(cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo,
50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. (17
estratégias).

12-Como está prevista a ampliação da oferta do ensino fundamental e do ensino médio?


*As Metas 2 e 3 tratam da universalização do ensino fundamental de nove anos e do ensino médio ,
respectivamente.
*Toda a população de 6 a 14 anos deve frequentar a escola e pelo menos 95% dela deve concluir o ensino
fundamental na idade adequada, isto é, sem defasagem de aprendizagem, até o final da vigência do PNE
(2024). *Todos os jovens de 15 a 17 anos, por sua vez, deverão frequentar a escola até 2016,
independentemente do ano em que podem ser matriculados, mesmo que seja no ensino fundamental. Mas até o
final do PNE (2024), a taxa líquida de matrículas deve ser de 85%, isto é, 85% dos jovens dessa idade
devem estar matriculados no ensino médio, que é a etapa educacional apropriada para essa faixa etária.
*Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14
(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.(13 estratégias)
*Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17
(dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no
ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). (14 estratégias).
13-Como o município pode elaborar metas de educação integral se hoje não dispõe de recursos para
ampliação das escolas e contratação de profissionais? Este é um dos grandes desafios do PNE.
*A Meta 6 estabelece que no mínimo 50% das escolas brasileiras ofereçam educação em tempo integral a
pelo menos 25% dos alunos matriculados na educação básica.
*Essa meta só poderá ser atingida se os governos trabalharem de forma colaborativa ao longo da década,
garantindo que a União e os Estados, na medida da sua capacidade, desempenhem seu papel supletivo.
*É importante lembrar que esses quantitativos são médios nacionais. Algumas redes ou sistemas estaduais e
municipais podem chegar ao final da década com percentuais superiores de oferta de educação integral,
considerando investimentos que já fizeram até aqui, além daqueles que ainda terão condições de fazer.
*Outras redes ou sistemas de ensino, porém, não terão condições de atingir esses percentuais em 10 anos,
mesmo com apoio federal e estadual. O importante é elaborar metas capazes de ampliar ao máximo a oferta e
consequentemente ajudar o país a atingir a meta nacional.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas,
de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica. (9
estratégias)
14-Como o município pode atender todas as crianças e jovens com deficiência no ensino regular se hoje
não dispõe de recursos para ampliação das escolas e contratação de profissionais?
*Esse é mais um dos grandes desafios do PNE, que só será alcançado com a ação supletiva da União e dos
Estados, tanto em termos de assistência técnica quanto financeira.
* A presença dessas crianças e jovens no ensino regular é importante para valorizar as diferenças e atender
às necessidades educacionais específicas, na perspectiva da inclusão educacional.
* Uma das estratégias pode ser a articulação Inter setorial entre os órgãos e políticas públicas de saúde,
assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, para desenvolver modelos de
atendimento, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida (Estratégia 4.12 do PNE).
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superlotação, o acesso à educação básica e ao
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados. (19 estratégias).

Dúvidas As metas nacionais são de responsabilidade compartilhada entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios e deverão ser cumpridas no período de vigência do PNE (até o ano de 2024). Embora a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios tenham atribuições diferenciadas, a Constituição Federal
deixa clara a corresponsabilidade dos entes federativos, que devem organizar seus sistemas de ensino para que
o trabalho aconteça de forma colaborativa. Assim, existem algumas metas de responsabilidade direta do
Município, como, por exemplo, a expansão da oferta da educação infantil. Mas a responsabilidade não é só
municipal; o plano deve indicar que ações o Município desenvolverá com apoio da União e do Estado para
garantir o direito das crianças na creche e na pré-escola. No caso do ensino fundamental, o Município e o
Estado têm responsabilidade direta na oferta. Portanto, o plano deverá apontar as ações de ambos para essa
etapa, bem como as interfaces que farão com a União para viabilizar que todos tenham seu direito garantido. Já
em outras metas, como no caso daquelas relativas ao ensino médio, profissional e superior, por exemplo, não há
responsabilidade direta do município com a oferta. Nesses casos, o plano pode descrever as iniciativas que o
município desenvolverá junto ao Estado, à União e às instituições de ensino profissional e superior buscando
assegurar o acesso de seus munícipes a essa modalidade e nível de ensino. Para saber mais sobre a importância
do planejamento articulado e sobre as responsabilidades federativas consulte o documento Alinhando os
Planos de Educação.

15-Vai haver aumento do número de vagas no ensino superior? Sim.


*A meta número 12 do PNE trata de elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a
taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos.
*Isso significa dizer que a oferta de vagas no ensino superior deverá contemplar a metade da população que se
encontra na faixa etária de 18 a 24 anos e que 33% das vagas sejam efetivamente ocupadas por jovens nessa
faixa etária. Para que isso aconteça, deverá haver ampliação da oferta, com qualidade, e essa expansão deverá
ocorrer, pelo menos, com 40% de novas matrículas no segmento público, o que significa ampliação de
vagas nas redes federal e estaduais.
*O prazo não está especificado, mas pode-se subentender que a meta deverá ser atingida até o final da vigência
do PNE (2024).
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa
líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos,
assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público. (21 estratégias).

16-Vai haver aumento do número de vagas na Educação Profissional? Sim.


*As Metas 10 e 11 pretendem ampliar a oferta dessa modalidade de ensino, tanto aumentando as matrículas
na EJA (etapas fundamental e média) de forma integrada à Educação Profissional, quanto triplicando as
matrículas em cursos técnicos de nível médio, com qualidade. Nesse caso, pelo menos 50% da expansão
deve acontecer no segmento público.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e
adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. (11 estratégias).
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da
oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. (14 estratégias)

17-O que o PNE prevê com relação à elevação da escolaridade da população?


*A Meta 8 prevê que, até 2024, a população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos alcance, no mínimo,
12 (doze) anos de estudo. Isso exige um trabalho focado na oferta educacional específica para as populações
do campo e das regiões de menor escolaridade, além de necessariamente atingir os 25% mais pobres, e
igualar a escolaridade média entre negros e não negros.
* Diversas estratégias foram elaboradas para alcançar esses objetivos, como por exemplo, institucionalizar
programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, implementar programas específicos de EJA,
garantir

acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio, realizar a busca ativa
de jovens que estão fora da escola, entre outras. É importante que se tome as estratégias do PNE como base
para a definição das metas e estratégias municipais relacionadas a esses segmentos populacionais.
Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a
alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações
do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e
igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE. (6 estratégias)
18-Quais são as metas de alfabetização?
*As Metas 5 e 9 tratam da alfabetização, tanto de crianças quanto de adultos.
*Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino
fundamental. (7 estratégias)
*Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa
e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. (12
estratégias).

19-Todos os entes federativos deverão atingir as mesmas metas determinadas no PNE?


*Todos deverão assumir o compromisso de contribuir para que o Brasil alcance a meta nacional, mas não
necessariamente devem ter as mesmas metas quantitativas que foram definidas para o país. Estados, Distrito
Federal e Municípios podem organizar seus planos:
*com metas numericamente acima ou abaixo da meta nacional, dependendo se suas prioridades e condições de
execução;
*sem algumas das metas nacionais, como por exemplo no caso de metas de universalização, caso já tenham
alcançado 100% da oferta;
*com metas diferentes, além daquelas aprovadas na Lei do PNE, caso estabeleçam prioridades locais que
eventualmente não tenham sido tratadas na lei nacional.
*O importante é elaborar metas capazes de ampliar ao máximo a oferta e a qualidade do ensino, garantindo
direitos constitucionais e ajudando o país a atingir as metas nacionais.
20-Como deve ser a elaboração dos planos municipais?
*O grande desafio é construir em todo o Brasil a unidade nacional em torno de cada uma das vinte metas, o
que começa na busca de acordos em torno de algumas premissas importantes.
*Assim, o plano municipal de educação deve:
*estar alinhado ao PNE e ao Plano de Educação do seu Estado. Se não há plano estadual aprovado, a
Secretaria de Estado de Educação deve ser procurada para se posicionar sobre cada um dos temas específicos;
*ser do município, e não apenas da rede ou do sistema municipal, porque ele é de todos que moram no
município e, portanto, todas as necessidades educacionais do cidadão devem estar presentes no plano, o que vai
muito além das possibilidades de oferta educacional direta da prefeitura;
*ter caráter Inter setorial, pois o projeto de educação de um município não é tarefa apenas do órgão gestor da
rede de ensino, mas do conjunto de instituições dos governos, com a participação ativa da sociedade;
*se articular aos demais instrumentos de planejamento locais (Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO, Lei Orçamentária Anual – LOA, Plano de Ações Articuladas – PAR, entre outros); e
*ter legitimidade, isto é, precisa contar com o apoio de todos na sua elaboração e depois, para monitorar seus
resultados e impulsionar a sua concretização, por meio da mobilização da sociedade ao longo dos seus dez anos
de vigência.O Caderno de Orientações detalha cinco etapas sugeridas pelo
MEC/CONSED/UNDIME/CNE/FNCE/UNCME para a elaboração ou adequação dos planos subnacionais.

21-Qual é a diferença entre um plano municipal de educação e um plano para a rede municipal de
ensino?
*Os planos atuais, em sua maioria, são planos de redes de ensino, mas agora, eles têm que ser do território
como um todo.
*O plano municipal deve considerar as necessidades educacionais dos munícipes, em ambos os níveis e nas
distintas etapas e modalidades da oferta educacional. Considerando que isso vai muito além das possibilidades
de oferta direta da prefeitura, o grau de dificuldade para a elaboração das metas é maior.
* Exige que se dedique energia tanto para realização de acordos entre as três esferas de governo quanto com a
sociedade, promovendo amplo debate para a tomada de decisões sobre o novo plano.

22-Meu município já tem plano aprovado em lei. Ele vale?


*Estados e Municípios que têm planos em vigor deverão adequá-los ao PNE. Aqueles que estruturaram seus
planos com uma grande quantidade de metas e estratégias, algumas vezes sem deixar claras as prioridades,
terão um grande desafio pela frente.
*É necessário avaliar o plano em vigor e reorganizar as metas, que devem ser agrupadas, adequadas e, se
necessário até reconsideradas, a depender das prioridades definidas para a próxima década, em consonância
com as metas nacionais.

23-No meu município não existe oferta de ensino superior nem cursos profissionalizantes. Essas devem ser
metas a serem postas no plano municipal?
*A oferta de cursos técnicos de nível médio e de ensino superior é regionalizada. Isso significa que nem
todo município brasileiro possui escolas com esse tipo de oferta, mas o acesso à formação é um direito que deve
ser garantido.
* Caso no Município em questão já exista esse tipo de oferta, a ampliação deve estar prevista no plano
municipal, mas a responsabilidade direta não é da prefeitura. Nesse caso, para que a meta apareça no plano, é
preciso que haja compromisso das esferas estadual e federal, responsáveis pela oferta pública. Caso não
exista oferta atual, mas haja intenção e possibilidade de concretizar uma meta nesse sentido, as mesmas
articulações e pactuações interinstitucionais devem ser construídas. Se não há oferta, nem possibilidade de
garanti-la nos próximos dez anos, o plano municipal pode, então, prever estratégias de suporte aos munícipes
para que seu acesso aos cursos oferecidos a distância ou em outro município da região seja possibilitado.

24- MEC tem algum programa de apoio aos municípios para ajudá-los a atingir suas metas?
*Para a execução das Metas do PNE há um conjunto de iniciativas, ações, programas e políticas que podem ser
conhecidas no link Trabalhando Juntos, Programas do MEC.

25-Qual é a meta de investimento no PNE?


*A porcentagem do investimento público direto em educação, em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) do
país, foi de 5,3% em 2012, segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira).
*A meta do PNE é que o país passe a investir o equivalente a 10% do PIB em educação no próximo
decênio, ou seja, o dinheiro destinado à educação deverá ser quase o dobro ao fim da vigência do PNE,
em 2024.
*A Meta define que o investimento cresça gradualmente: a ampliação deve ser para 7% do PIB nos
próximos cinco anos, ou seja, até 2019, chegando a 10% no prazo dos cinco anos seguintes.
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%
(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. (12 estratégias)

26-O dinheiro do PNE poderá ser investido na educação privada?


*A única forma prevista é o investimento que visa assegurar o acesso gratuito ou subsidiado à educação
profissional e superior.
*Nesse sentido, o PNE estabelece como estratégias a ampliação de programas como o FIES e FIES Técnico
(Fundo de Financiamento Estudantil – Ensino Superior e Técnico) e o PROUNI (Programa Universidade para
Todos), além de expansão de matrículas na educação profissional com aumento da oferta de cursos em
instituições privadas.
27-Quanto tempo os estados e municípios têm para adequar ou elaborar seus planos de educação?
*Conforme o Artigo 8º da Lei nº 13.005/2014 os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm o prazo de
1 (um) ano a partir da data de publicação da Lei para adequarem ou elaborarem seus planos educacionais.

28-Como faço para participar da elaboração ou adequação do plano do meu município ou estado?
*O cidadão pode participar por intermédio de entidades ligadas à educação (estaduais, municipais ou
representações locais de entidades nacionais) tais como associações (Associação de Pais e Professores,
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, Associação de Pais e Mestres) e sindicatos, ou pode procurar
diretamente a Comissão Coordenadora do processo de elaboração/adequação do plano de educação no seu
Município, para obter informações precisas sobre o andamento do trabalho e saber de que maneira sua
participação será efetivada.
*A Comissão Coordenadora pode ser o Fórum ou o Conselho Municipal/Estadual de Educação, ou um grupo
especialmente nomeado para essa função. A sociedade deve se mobilizar para apontar os problemas e
prioridades específicas do lugar ao qual pertence. Quanto mais representativa for a participação na elaboração
do plano, mais favorecida será a corresponsabilidade nos processos de implantação, execução,
acompanhamento e avaliação para saber mais sobre quem são os responsáveis pela coordenação do trabalho de
elaboração ou adequação do plano no seu Estado/Município acesse Trabalhando Juntos, Rede de Assistência
Técnica.

29-Quais são as penalidades dadas aos municípios ou estados que não cumprirem o prazo de adequação
ou elaboração de seu plano educacional?
*As normas aprovadas devem ser cumpridas e para o não cumprimento há as sanções previstas para a
responsabilização dos dirigentes e responsáveis no conjunto da legislação nacional. Mas com relação aos planos
subnacionais, o aspecto mais importante nesse momento deve ser a mobilização em torno da construção desse
processo em cada ponto do território brasileiro.
*Na verdade, Estados e Municípios que não elaborarem ou adequarem os planos no prazo definido pelo novo
PNE estarão fora da pactuação nacional que deverá resultar em avanços para a garantia dos direitos
constitucionais. O MEC está se preparando para apoiar fortemente a execução dos planos subnacionais,
ajustando programas que devem priorizar entes federativos com planos bem ajustados e com maior dificuldade
técnica e financeira. O Censo Escolar também passará por ajustes com a finalidade de acompanhar os
resultados de cada rede de ensino.

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