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A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR A POPULAÇÃO INDÍGENA

Durante a chamada marcha para o oeste nos Estados Unidos, processo o qual baseou-se na
busca por maior formação territorial dos colonos americanos, se destacou a guerra mexicano-
americana, onde foi feito um dos maiores genocídios indígenas da história no México, que
tinha quase toda a população formada por nativos. Esse período foi também caracterizado
pela instauração de leis eugenistas que visavam a remoção total dos indígenas no Estado
americano. Nesse sentido, percebe-se que há uma carência de valorização dos nativos
enraizada na nossa cultura desde cedo, fortalecida pela desumanização desses povos.

Em primeiro plano, no contexto nacional, podemos destacar o garimpo ilegal como um grande
responsável pela desumanização dos indígenas, uma vez que este fere diretamente os seus
direitos. Nos anos 80, mais de 20% da população Yanomami, maior população nativa do Brasil,
morreu pelo contato com o garimpo ilegal, através de contaminação de doenças e do
desmatamento. Desse modo, é imprescindível frisar como a insuficiência de leis colabora para
que atitudes como essa continuem sendo realidade.

Sob esse panorama, é coerente frisarmos as consequências da insuficiência das leis contra o
garimpo ilegal. Com a crise orçamentaria no país e a decorrência de verba que enfraquecem as
organizações que prezam pelo meio ambiente e pela conservação dos povos indígenas, como a
FUNAI e o IBAMA, o garimpo ilegal tende a crescer ainda mais com o aumento gravíssimo de
3.350% de registros dessa atividade entre 2016 e 2020, e a falta de supervisionamento dessas
terras tem como consequência o fornecimento de armas aos garimpeiros, aumentando a
violência contra os nativos.

Sendo assim, é urgente que a valorização da vida dos povos indígenas seja prioridade. Para tal,
cabe ao Senado Federal uma ampla e precisa reforma nas leis ambientais, estabelecendo
penas inafiançáveis e com reclusão de 10 a 15 anos para quem as infringir, de forma a cumprir
devidamente o seu papel perante a sociedade. O investimento às organizações é também
extremamente necessário, de modo a tornar a supervisão e a proteção dessas terras presentes
com o apoio dessa verba. Para isso, o Ministério das Tecnologias deve financiar a instalação de
câmeras via satélites em áreas onde haja maior atuação do garimpo ilegal, tornando fácil a
identificação dos criminosos. Dessa maneira, podemos evitar que genocídios indígenas voltem
a acontecer de maneira recorrente, contrariando a eugenia dos colonos americanos.

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