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PRODUÇÕES LITERÁRIAS DEDICADAS À FORMAÇÃO
DE REVOLUCIONÁRIOS MARXISTAS QUE ATUAM NO DOMÍNIO
DO DIREITO, DO ESTADO E DA JUSTIÇA DE CLASSE
 
KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS SOBRE O DIREITO E O ESTADO, OS
JURISTAS E A JUSTIÇA
 
 
O Manifesto Filosófico da Escola Histórica do Direito :
 
Crítica ao Jusnaturalismo e ao
Positivismo
No Domínio do Direito   
 
[1]
KARL MARX
 
Concepção e Organização, Compilação e Tradução
 Emil Asturig von München, Agosto de 2006
 
Para Palestras, Cursos e Publicações sobre o Tema em Destaque
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A  opinião  vulgar  concebe  a  Escola  Histórica  do  Direito  enquanto
reação ao espírito frívolo do século XVIII.  A difusão desse ponto de
vista situa­se em relação inversa à sua verdade.
 
O  século  XVIII  gerou,  sobretudo,  apenas  um  produto  cujo  caráter
essencial  é  a  frivolidade,  sendo  que  esse  produto  singularmente
frívolo é a Escola Histórica do Direito.
 
A  Escola  Histórica  do  Direito  fez  do  estudo  das  fontes  o  seu
schibboleth, exacerbou sua veneração destas até ao extremo, de modo
a  encorajar  o  navegante  a  velejar  não  na  corrente,  mas  sim  rumo
à fonte de sua corrente.
 
Essa  Escola  julgará,  portanto,  ser  prudente  que  remontemos  à  sua
[2]
própria fonte, i.e ao Direito Natural, de Gustav Hugo. 
 
A  filosofia  da  Escola  Histórica  do  Direito  precede  ao  seu
desenvolvimento. Por isso, procurar­se­à debalde por filosofia, em seu
próprio  desenvolvimento.  Uma  ficção  que  transitava  no  século  XVIII
concebeu o estado natural  enquanto  verdadeiro  estado  da  natureza
humana.  Quis­se ver com os olhos do corpo a idéia do ser humano e
criaram­se  seres  humanos  naturais,  papagênos,  cuja  ingenuidade
[3]
desdobrava­se até à sua pele recoberta de penas.
 
Nos  últimos  decênios  do  século  XVIII,  surgiram  premunições  acerca
das sabedorias primitivas dos povos naturais e, de todos os cantos da
terra, ouvimos caçadores de passarinhos imitando, estridentemente, as
melodias  dos  cantos  dos  iroqueses,  dos  índios  etc.,  defendendo  a
opinião de que, com essas artes, os próprios pássaros seriam atraídos
para as armadilhas.
 
Todas  essas  excentricidades  fundavam­se  no  pensamento  correto  de
que as situações cruas constituem afrescos holandeses ingênuos das
verdadeiras  situações.  O  homem  natural  da  Escola  Histórica  do
Direito, que ainda não foi lambido por nenhuma cultura romântica, é o
próprio Gustav Hugo.
 
Seu  manual  de  Direito  Natural  é  o  velho  testamento  da  Escola
[4]
Histórica do Direito.
     
A  opinão  de  Herder  que  afirma  serem  os  seres  humanos  naturais
poetas e os livros sagrados dos povos naturais, livros poéticos, não
nos  barra  o  meio  do  caminho,  apesar  de  Hugo  lançar  mão  da  prosa
mais trivial e mais vulgar, pois, tal como todo século possui sua própria
natureza,  produz  também  ele  mesmo  seus  seres  humanos  naturais
[5]
característicos.
  
Por  isso,  se  Hugo  não  versifica,  finge,  porém,  fazê­lo,  sendo  que  a
ficção  é  a  poesia  da  prosa  que  corresponde  à  natureza  prosaica  do
século XVIII.
Na  medida  em  que  chamamos  o  Sr.  Hugo  de  patriarca  e  criador  da
Escola  Histórica  do  Direito,  estamos  agindo  em  consonância  com  o
próprio  sentido  desta,  tal  como  demonstra  o  seu  programa  de
homenagem, dedicado ao mais famoso jurista histórico, precisamente
no jubileu de Hugo. 
 
Ao  concebermos  o  Sr.  Hugo  como  uma  criança  do  século  XVIII,
procedemos, até mesmo, no espírito do próprio Sr. Hugo, tal como ele
mesmo  o  comprova,  ao  reivindicar­se  discípulo  de  Kant,  declarando
ser seu Direito Natural uma cria da Filosofia Kantiana. 
 
Tomemos seu Manifesto no que concerne a esse ponto. Hugo falseia
o  seu  mestre  Kant,  ao  afirmar  que,  por  não  podermos  conhecer  o
verdadeiro, deixamos passar, conseqüentemente, o falso como sendo
o plenamente  válido,  na  medida  em  que  apenas  esse  último  existe. 
Hugo  é  um  cético  em  face  da  essência  necessária  das  coisas,  para
ser  um  Hoffmann  em  face  do  fenômeno  casual  dessas  coisas
[6]
mesmas.
 
Por  essa  razão,  não  procura,  absolutamente,  demonstrar  que  o
positivo  seria  racional.    Procura  demonstrar  que  o  positivo  seria
irracional.  De  todos  os  lugares  do  mundo,  arrasta  motivos,  com
destreza  arrogante,  visando  a  alcançar  a  evidência  de  que  nenhuma
necessidade  racional  anima  as  instituições  positivas,  p.ex.  a
propriedade,  a  Constituição  do  Estado,  o  casamento  etc.  ,  animado
pela idéia de que estas contraditariam até mesmo à razão, podendo­se,
no máximo, palavrear seja a seu favor como contra elas.  De  nenhum
modo,  pode  esse  método  ser  censurado  por  sua
causal individualidade.  Trata­se  aqui,  muito  mais,  do  método  de  seu
princípio,  do  método  irreservado,  ingênuo,  grosseiro  da  Escola
Histórica do Direito.
 
Se o positivo deve valer, porque é positivo, então devo provar que o
positivo não vale porque é racional.
E  como  poderia  fazê­lo,  de  maneira  mais  evidente,  se  não  através  da
comprovação de que o irracional é positivo e o positivo é irracional, que
o positivo não existe por causa da razão, mas sim apesar da razão ?
Se  a  razão  fosse  o  critério  do  positivo,  o  positivo  não  seria  o
critério da razão :. 
 
“Though this be madness, yet there is method in 't.”
 
(No vernáculo :  Apesar disso ser uma loucura, há, porém,
[7]
um método nisso)
 
 
Hugo profana, por isso, tudo aquilo que é sagrado para o ser humano
jurídico,  moral  e  político.  Despedaça,  porém,  tais  santidades  apenas
para poder apresentar­lhes o serviço histórico das relíquias. Ultraja­
as  diante  dos  olhos  da  razão,  com  vistas  a,  ulteriormente,  honrá­las
diante dos olhos da história, honrando também, ao mesmo tempo, os
olhos históricos.
 
Tal  como  o  seu  princípio,  também  a  argumentação  de  Hugo  é
positivista, i.e. acrítica.
Hugo  não  reconhece  nenhuma  diferenciação.  Toda  e  qualquer
existência é para Hugo uma autoridade, toda autoridade, um motivo.
 
Desse  forma,  são  citados,  então,  em  um  único  parágrafo,  Moisés  e
François­ Marie Voltaire, Samuel Richardson e Homero,  Michel  de
Montaigne  e  Amnon,  o  ”Contrat  social”  de  Rousseau  e  ”De
Civitate Dei” de Santo Agostinho.
 
Também assim, de modo nivelador, procede­se com os povos.
O siamês, que considera como sendo a eterna ordem natural o fato de
seu  rei  mandar  costurar  a  boca  de  um  linguareiro  e  cortar  um  orador
desastrado  até  às  orelhas,  é,  segundo  Hugo,  tao  positivo  quanto  o
inglês,  que  conta  entre  os  paradoxos  políticos  o  fato  de  um  rei
promover,  arbitrariamente,  a  emissão  monetária  de  um  lote  de  um
centavo. 
 
O  maluco  desavergonhado,  o  conci,  que  sai  correndo  pelado  por  aí,
cobrindo­se,  no  máximo,  de  lama,  é  tão  positivo  como  o  francês  que
não apenas se veste, senão ainda o faz de modo elegante. O alemão,
que educa sua filha como a pequena flor da família, não é mais positivo
do  que  o  fascínora  que  a  assassina,  para  safar­se  à  prestação  do
dever  de  alimentá­la.  Em  suma  :  o  eczema  é  tão  positivo  quanto  a
pele.
 
Em um lugar, é isso que é positivo, em outro, aquilo.  Uma coisa é tão
irracional quanto a outra : submeta­se, pois, àquilo que é positivo, em
seus quatro pilares.
Hugo  é  um  cético  acabado.  O  ceticismo  do  século  XVIII  contra  a
razão do existente surge, perante Hugo, enquanto ceticismo contra a
existência da razão.
 
Hugo adopta o iluminismo, não  entrevendo  no  positivo  nada  mais
de  racional,  fazendo­o,  porém,  apenas  para  poder  não  ver  no
racional mais nada de positivo. 
 
Entende  que  a  aparência  da  razão  teria  sido  substraída  ao  positivo,  a
fim de que reconhecessemos o positivo sem a aparência da razão.
Opina  que  teriam  sido  colhidas  as  falsas  flores  do  rosário,  para
que carregássemos verdadeiros rosários sem flores.  
Em relação aos demais iluministas do século XVIII, Hugo comporta­se
tal qual, por exemplo,  a  dissolução  do  Estado  Francês,  na  lânguida
côrte  do  regente,  em  relaçao  à  dissolução  do  Estado  Francês,  na
Assembléia Nacional.  
Em ambos os lados, dissolução ! 
 
Ali,  surge  aquela  como  frivolidade  displicente  que  compreende  e
satiriza a falta de idéias oca dos estamentos existentes, porém apenas
para,  uma  vez  abandonados  todos  os  laços  racionais  e  morais,
impulsionar    o  jogo  dessa  dissolução    com  os  escombros
apodrecidos, empurrados e dissolvidos por esse próprio jogo. 
Trata­se do apodrecimento do mundo de outrora que se regojiza de
si mesmo.
Pelo contrário, na Assembléia Nacional surge a dissolução enquanto
separação  do  novo  espírito  das  velhas  formas  que  não  mais  eram
mais merecedoras e capazes de o conter.
 
É, pois, a auto­estima da nova vida que despedaça o despedaçado,
que condena o condenado.
Se é, por isso, necessário considera­se justamente a Filosofia de Kant
como sendo a teoria alemã da Revolução Francesa, cabe considerar­
se o Direito Natural de Hugo como sendo a teoria alemã do Ancién
Régime Francês.  
 
Reencontramos  em  Hugo  toda  a  frivolidade  daqueles  roués  (EvM.:
libertinos), o ceticismo vulgar  que,  agindo  insolentemente  contra  as
idéias  e  com  plena  devoção  em  face  das  coisas  palpáveis,  pressente
sua  sagacidade  apenas  quando  assassina  o  espírito  no  positivo,
para,  então,  apossar­se  do  puramente  positivo  enquanto  resíduo  e
permanecer confortavelmente nessas situações selvagens.
Mesmo quando Hugo considerar o peso dos motivos, entenderá, com
instinto infalivelmente seguro, ser inquietante para a razão o racional e
o moral contido nas instituições.
Apenas o bestial parece ser inofensivo à sua razão.
Porém, ouçamos nosso iluminista do ponto de vista do Ancien Régime
!
É imperioso ouvir­se do próprio Hugo as concepções de Hugo.
A todas as suas combinações pertence algo em comum : ele mesmo o
diz.
 
 
SOBRE A INTRODUÇÃO
  
"O único traço jurídico­diferenciador do
ser humano é sua natureza animal."
 
 
SOBRE O CAPÍTULO DA LIBERDADE
 
"Já  isso  mesmo  representa  uma  limitação
à  liberdade"  (sc.  à  essência
racional),  "uma  vez  que  não  se  pode
deixar de ser, ao bel prazer, uma essência
racional, i.e. uma essência que pode e deve
agir racionalmente."
 
“A  escravidão  nada  muda  na  natureza
animal  e  racional  do  escravo  e  de  outros
homens.  Os  deveres  de  consciência
permanecem  sendo  todos.    A  escravidão
não  é  apenas  fisicamente  possível,  senão
ainda  o  é  em  sentido  racional  e,  em  toda
pesquisa,  que  nos  ensina  o  contrário,  há
de sucumbir qualquer tipo de mal entendido.
Ela  não  é  evidentemente  peremptória,  em
sentido  jurídico,  i.e.  não  decorre  nem  da
natureza  animal,  nem  da  natureza  racional,
nem  da  natureza  civil.  O  fato  de  que  ela
pode ser Direito  provisório  tão  bem  como
qualquer  outra  coisa  admitida  pelo
adversário  engendra  a  comparação,
efetuada  com  o  Direito  Privado  e  com  o
Direito Público."
 
Prova  :  “Na  estima  da  natureza  animal,
encontra­se,  ostensivamente,  mais
assegurado  contra  a  carência  aquele  que
pertence  a  um  rico.  Este  perde  algo  com
aquele,  que  tem  sua  necessidade  tutelada,
se  comparado  com  o  pobre  que  utiliza  seu
concidadão,  na  medida  em  que  algo  deva
ser nele utilizado etc.”
 
“O  Direito  de  maltratar  e
mutilar  escravos  nada  é  de  essencial  e,
caso  também  este  seja  exercido,  não  é
muito  pior  do  que  aquilo  que  os  pobres
permitem  que  ocorra  consigo  mesmos,
sendo  que,  relativamente  ao  corpo,  não  é
tão  mal  quanto  a  guerra  da  qual  os
escravos,  enquanto  tais,  devem
permanecer  livres,  por  todos  os  lados.  Até
mesmo  a  beleza  é  encontrada  muito  mais
junto a uma escrava mediana do que junto a
uma donzela pedinte.”
 
(Ouçam os velhos !)
 
“Para  a  natureza  racional,  a
escravidão  possui  em  relação  à  pobreza  a
vantagem  de  que  o  proprietário  aplicará
muito  mais  na  educação  de  um  escravo,
que  demonstra  possuir  capacidades,  já  em
virtude  da  economia  bem  concebida,  do
que  é  o  caso  em  relação  a  uma  criança
mendincante.  Em  uma  Constituição,
precisamente  o  escravo  permanece
poupado  de  pressões  de  gêneros  muito
numerosos. É o escravo mais infeliz do que
o prisioneiro de guerra, a quem não se trata
absolutamente  de  dar  mais  cobertura,
enquanto que, por um período de tempo, ela
é por ele responsável ? É ele mais infeliz do
que  o  prisioneiro  submetido  a  trabalhos
forçados  de  construção,  para  o  qual  o
governo designou um supervisor ?”
 
 
“Prossegue ainda a discussão de saber se a
escravidão,  em  si  mesma,  é  vantajosa  ou
desvantajosa à procriação.”
  
 
SOBRE O CAPÍTULO DO CASAMENTO
 
“Na  contemplação  filosófica  do  Direito
Positivo,  o  casamento  já  havia
sido  considerado,  freqüentemente,
como  muito  mais  essencial  e  muito  mais
conforme à razão do que parece de fato sê­
lo, em um exame inteiramente livre.”
 
Com  efeito,  a  satisfação  do  impulso  sexual  no
casamento convém ao Sr. Hugo.
Ele  deduz,  até  mesmo,  uma  moral  salutar  a  partir
desse fato :
 
“Disso  se  deveria  entrever,  tal  como  a
partir  de  outras  incontáveis  relações,  que
nem sempre é imoral tratar o corpo de um
homem  como  meio  para  o  atingimento
de  um  objetivo,  tal  como
erroneamente  esse  conceito  foi  entendido,
inclusive também por Kant, provavelmente.”
 
Porém, a santificação do impulso sexual mediante a exclusividade, a
repressão desse impulso mediante leis, a beleza moral que idealiza
o  mandamento  natural  em  um  momento  de  ligação  espiritual    ­  a
essência espiritual do casamento : tudo isso, propriamente, é para o
Sr. Hugo o que há de iniquietante no casamento.
 
Entretanto,  antes  de  que  continuemos  a  perseguir  sua  frívola  falta
de  pudor,  ouçamos,  por  um  instante,  o  alemão  histórico,  em  face
do filósofo francês.
 
"C'est  en  renoncant  pour  un  seul
homme  à  cette  réserve
mystérieuse,  dont  la  règle  divine
est imprimée dans son coeur, que
la  femme  se  voue  à  cet  homme,
pour  lequel  elle suspend,  dans  un
abandon  momentané,  cette
pudeur,  qui  ne  la  quitte  jamais;
pour  lequel  seul  elle  écarte  des
voiles  qui  sont  d'ailleurs  son  asile
et sa parure. De là cette confiance
intime  dans  son  époux,  résultat
d'une  relation  exclusive,  qui  ne
peut  exister  qu'entre  elle  et  lui,
sans  qu'aussitôt  elle  se  sente
flétrie;  de  là  dans  cet  époux  la
reconnaissance  pour  un  sacrifice
et  ce  mélange  de  désir  et  de
respect pour un être qui, même en
partageant ses plaisirs, ne semble
encore que lui céder; de là tout ce
qu'il  y  a  de  régulier  dans  notre
ordre social.”
 
(No vernáculo : É renunciando, em
benefício  de  um  único  homem,  a
essa  reserva  misteriosa,  cuja
regra divina encontra­se imprimida
em  seu  coração,  que  a  mulher  se
devota a esse homem, para o qual
ela  suspende,  em  um  abandono
momentâneo, esse pudor que não
a  abandona  jamais  ;  para  o  qual
apenas  despe  os  véus  que  são,
ademais,  seu  asilo  e  seu
ornamento.  Daí,  surge  essa
confiança  íntima  em  seu  esposo,
resultado  de  uma  relação
exclusiva  que  não  pode  existir
senão entra ela e ele, sem que ela
se  sinta,  imediatamente,
envergonhada;  daí,  resulta  nesse
esposo  o  reconhecimento  em
favor  de  um  sacrifício  e  essa
mistura  de  desejo  e  de  respeito
por  um  ser  que,  mesmo  dividindo
seus  prazeres,  não  parece  ainda
senão  os  ceder.  Daí,  surge  tudo
que  há  de  regular  em  nossa
ordem social.)
 
Portanto,  eis  aí  o  filósofo  liberal  francês  Benjamin
[8]
Constant ! 
  
E, agora, ouçamos o alemão histórico, servil :
 
“Muito  mais  inquietante  é  já  a  segunda
relação,  uma  vez  que,  fora  do  casamento,
não  é  permitida  a  satisfação  desse
impulso ! A natureza animal é contrária a
essa  limitação.  A  natureza  racional  é­o
ainda mais, porque  ... (advinhem o por quê
?!)  um  ser  humano  haveria  de  ser
quase omnisciente para prever o resultado
que disso adviria, já que isso significa, pois,
tentar  a  Deus,  se  nos  obrigamos  a
satisfazer  um  dos  mais  poderosos  impulsos
da  natureza  apenas  quando  possa  ocorrer
com uma outra pessoa determinada !”
 
“O  livre  sentimento  do  belo,  em
consonância  com  a  sua  natureza,  deve  ser
reprimido  e,  o  que  dele  dependente,
inteiramente separado.”
 
Vejam a que escola foram nossos jovens alemães ! 
 
“Contra  a  natureza  civil  embate­se  essa
instituição na medida em que ..., finalmente,
a  polícia  assume  uma  tarefa  quase  que
irrealizável !”       
 
Filosofia  desajeitada,  por  não  tratar
de  nenhuma  dessas  considerações  relacionadas  com
a polícia !
 
“Tudo o que ocorrerá, em conseqüência das
prescrições  adicionais  do  Direito  do
Casamento,  ensina­nos  que  o  casamento  ­
admitam­se,  nele,  os  fundamentos  que  se
quiser  ­  permanece  sendo  uma  instituição
muito imperfeita.”
“Essa  restrição  do  impulso  sexual  no
casamento  possui,  porém,  também,  suas
importantes vantagens, na medida em que,
através  dela,  são  evitadas  doenças
costumeiramente  contagiosas.  O
casamento  poupa  ao  governo  muitíssimos
contratempos.  Por  fim,  intervem,  então,
ainda  a  consideração  tão  absolutamente
importante de que, aqui, o jurídico­privado
é  já  agora,  por  uma  vez,  o  individual­
costumeiro.”
“Fichte  afirma  :  a  pessoa  solteira  é  um  ser
humano  apenas  pela  metade.  Por  isso,
provoca­me  profundo  pesar  (sic  Hugo)  ter
de  considerar  uma  tão  bela  expressão  ­
que defrontaria também ao percorrer Cristo,
Fénélon,  Kant,  Hume  ­  nada  senão  um
monstruoso exagero.”    
 
“Quanto  à  monogamia  e  à
poligamia,  dependem  elas,  evidentemente,
da natureza animal do ser humano.”!!     
 
 
 
SOBRE O CAPÍTULO DA EDUCAÇÃO
 
Sobre o tema em realce, ficamos sabendo, desde logo

 
“... que a arte da educação“ (i.e. a educação
na  família)  “não  tem  menos  a  opor  às
relações  jurídicas  que  com  ela  se
relacionam  do  que  a  arte  de  amar  tem  a
opor ao casamento.”  
“A dificuldade, devido a que se pode educar
tão somente em uma tal relação é, aqui, em
verdade,  desde  muito  não  tão  preocupante
como  no  contexto  da  satisfação  do  impulso
sexual,  em  razão  também  do  fato  de  se
permitir  transferir  a  educação,  mediante
contrato,  a  um  terceiro.  Portanto,  quem
sente  um  tão  grande  impulso  poderia  muito
facilmente  vir  a  satisfazê­lo,  apenas  que,
evidentemente,  não  precisamente  com
a  pessoa  determinada  que  ele  desejou
para si. Nada obstante, também já se opõem
à  razão  o  fato  de  que  alguém,  ao  qual
certamente  jamais  seria  confiado  uma
criança,  poder  educar  e  excluir  outros  da
educação, por força de uma tal relação.”
“Finalmente,  intervém,  então,  também  aqui
uma  coação,  em  parte  na  medida  em  que,
no  Direito  Positivo,  não  se  permite
absolutamente,  com  freqüência,  ao
educador  abandonar  essa  relação,  em
parte  na  medida  em  que  se  coage  o
educando a permitir educar­se precisamente
por esse educador.”
“A  realidade  dessa  relação  assenta­se,  na
maioria  das  vezes,  sobre  o  mero  acaso  do
nascimento,  que  se  deve  reportar  ao  pai,
através  do  casamento.  Esse  modo  de
surgimento  não  é,  evidentemente,  muito
racional,  em  razão  também  do  fato  de  que,
aqui,  intervém,  costumeiramente,  uma
predileção  que,  porém,  intervém  já  como
obstáculo  a  uma  boa  educação.  Que  essa
educação  não  é,  então,  absolutamente
necessária,  vê­se  a  partir  do  fato  de  que
também  crianças  são,  de  fato,  educadas
cujos pais já faleceram."       
 
 
SOBRE O CAPÍTULO DO DIREITO
PRIVADO
 
No § 107, somos instruídos de que “a necessidade do
Direito  Privado  é,  em  geral,  resultado  de  uma
suposição.”
 
 
SOBRE O CAPÍTULO DO DIREITO DO
ESTADO
 
“É  um  dever  sagrado  da  consciência
moral  obedecer  à  autoridade  que  tem  o
poder nas mãos.”
 
“No que concerne à distribuição do Poder
de Governo, nenhuma única Constituição
é,  em  verdade,  peremptoriamente,  jurídica.
Porém,  provisioriamente  jurídica  é  cada
uma  delas  que  distribui  o  Poder  de
Governo, como bem quiser.”  
 
E, então, Hugo não provou que o ser humano pode também derrubar o
último  grilhão  da  liberdade  :  nomeadamente  aquele  de  ser  uma
essência racional ? 
 
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
 
 
Esses poucos excertos do Manifesto Filosófico da Escola Histórica
do  Direito  bastam,  creio  eu,  para  prolatar  uma  sentença  histórica
sobre essa Escola, colacando­a no lugar das imaginações ahistóricas,
dos  sonhos  sentimentais  indeterminados  e  das  ficções  intencionais. 
Esses  excertos  bastam  para  decidir  a  questão  de  saber  se  os
seguidores de  Hugo  possuem  a  vocação  de  serem  os  legisladores
do nosso tempo.
 
No  entanto,  essa  rude  árvore  genealógica  da  Escola  Histórica  do
Direito  foi  obnubilada,  ao  longo  do  tempo  e  da  cultura,  pela  obra
esfumaçada da mística, retalhada fantasticamente pelo romantismo,
inoculada  pela  especulação,  sendo  que  os  seus  muitos  frutos
eruditos  foram  sacudidos  da  árvore,  secos  e  conservados,
faustosamente, no grande armazém da erudição alemã.
Porém,  é  necessário,  em  verdade,  apenas  pouca  crítica  para  serem
reconhecidos,  atrás  de  todas  as  frases  modernas  perfumadas,  os
velhos antolhos sujos do nosso iluminista do Ancien Régime  e,  atrás
de toda a unção efusiva, sua licensiosa trivialidade.    
Se Hugo afirma:
 
"O  traço  jurídico­diferenciador  do  ser  humano  é  sua
natureza animal."
 
Então  :  o  Direito  é  Direito  animal,  tal  como  assim  o  dizem  os
pensadores  modernos  eruditos  sobre  o  Direito  áspero,
ostensivamente  ”animal”,  mais  ou  menos  ”orgânico”.  Pois,  no
organismo,  a  quem  é  que  vem  logo  à  mente  também  o  organismo
animal ? 
 
Se Hugo  afirma  que,  no  casamento  e  nas  outras  instituições  ético­
jurídicas,  não  existe  nenhuma  razão,  os  senhores  modernos
afirmam  que  essas  instituições  não  são,  em  verdade,  nenhuma
construção  da  razão  humana,  senão  cópias  de  uma  razão
“positiva” superior e, assim, procedendo através de todos os demais
artigos.
 
Apenas  um  resultado  é  por  todos  declarado,  de  modo  igualmente
áspero: o Direito do Poder Arbitrário.
As  teorias  jurídicas  e  históricas  de  Haller,  Stahl,  Leo  e  outras  de
semelhante  orientação  podem  ser  concebidas  apenas  enquanto
codices rescripti (EvM.: enquanto códigos de resposta, para servir de
bula) do Direito Natural de Hugo, as quais fazem novamente emergir,
de  maneira  legível,  depois  de  algumas  operações  da  arte  crítica  de
recorte,  o  velho  texto  original,  tal  como  demonstraremos
[9]
ulteriormente, no momento adequado.    
 
Tanto  mais  inúteis  permanecem  todas  as  artes  de  embelezamento,
quando possuimos ainda em mãos o velho Manifesto o qual é, apesar
de tudo, muito inteligível, ainda que não seja muito inteligente.
 
 
 
EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES
“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”
PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA­REVOLUCIONÁRIA
DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS
MOSCOU ­ SÃO PAULO ­ MUNIQUE – PARIS

[1]
Cf.  MARX,  KARL  H.  Das  philosophische  Manifest  der  historischen  Rechtsschule  (O  Manifesto
Filosófico  da  Escola  Histórica  do  Direito)(Abril  ­  Agosto  de  1842),  in  :  Karl  Marx  &  Friedrich  Engels
Werke(Obras de Marx e Engels), Vol. 1, Berlim : Dietz Verlag, 1973, pp. 78 e s. O presente escrito de Marx,
traduzido agora, muito possivelmente, pela primeira vez, para um idioma neo­latino, foi redigido entre abril e
início  de  agosto  de  1842  e  publicado,  originariamente,  na  "Gazeta  Renana",  Nr.  221,  em  9  de  agosto  de
1842.  Cumpre observar que o presente texto de Marx foi, à época de sua primeira publicação, inteiramente
censurado na parte intitulada "Sobre o Capítulo do Casamento".
[2]
 Indicação de Emil Asturig von München : Acerca do tema, vide HUGO, GUSTAV VON. Lehrbuch des
Naturrechts  als  einer  Philosophie  des  positiven  Rechts,  besonders  des  Privatrechts  (Manual  do  Direito
Natural  como  uma  Filosofia  do  Direito  Positivo,  em  especial  do  Direito  Privado)(1819),  Eingeleitet  von
Theodor Viehweg (Prefaciado por Theodor Viehweg), Glashütten im Taunus : Auvermann, 1971, pp. III e s.;
IDEM. Domitii Ulpiani Fragmenta libri regularum, vulgo tituli ex corpore Ulpiani, Gottinga, 1788, pp. 5 e
s.;  IDEM.  Lehrbuch  der  Rechtsgeschichte  bis  auf  unsere  Zeiten  (Manual  da  História  do  Direito  até  os
Nossos  Tempos),  Berlim  :  Myllius,  1790,  pp.  III  e  s.;  IDEM.  Ius  civile  anteiustinianaeum,  Tomos  1  e  2,
Berolinum  :  Mylius,  1815,  pp.  3  e  s.;  IDEM.  Lehrbuch  eines  civilistischen  Cursus  (Manual  de  um  Curso
Civilista)(1792­1821), Berlim : Mylius, 1820­1832, pp. 3 e s.; IDEM. Chrestomathie von Beweisstellen für
das  heutige  Römische  Recht  (Cretomatia  de  Pontos  de  Prova  do  Direito  Romano  da Atualidade),  Berlim  :
Mylius,  1820,  pp.  III  e  s.;    IDEM.  Lehrbuch  der  Digesten,  mehr  nach  Drittheilen  und  Partes  als  nach
Büchern und Titeln und des Constitutionen Codex (Manual do Digesto, mais em Terças Partes e Partes do
que  em  Livros  e  Títulos,  e  do  Código  das  Constituições),  Berlim  :  Mylius,  1815,  pp.  III  e  s.;  IDEM.
Lehrbuch der Geschichte des Römischen Rechts (Manual da História do Direito Romano), Berlim, Mylius,
1815,  pp.  III  e  s.;  IDEM.  Lehrbuch  der  Geschichte  des  Römischen  Rechts,  bis  auf  Justinian  (Manual  da
História  do  Direito  Romano  até  Justiniano),  Tomos  1  e  2,  Berlim,  Mylius,  1824,  pp.  III  e  s.;  IDEM.
Lehrbuch der Geschichte des Römischen Rechts seit Justinian oder der juristischen und meist civilistischen
gelehrten  Geschichte  (Manual  da  História  do  Direito  Romano  desde  Justiniano  ou  Manual  da  História
Jurídica  e  da  História  Civilista  mais  Erudita),  Berlim,  Mylius,  1818,  pp.  III  e  s.;  IDEM.  Lehrbuch  des
heutigen römischen Rechts (Manual do Direito Romano Atual), Berlim, Mylius, 1826, pp. III e s.; IDEM.
Civilistisches Magazin (Revista Civilista)(1790­1837),Tomos de 1 a 6, Berlim : Mylius, 1823­1837, pp. 3 e s.
Enquanto um dos mais importantes discípulos de Gustav von Hugo e paredro ideológico da Escola História
do Direito vide, também, SAVIGNY, FRIEDRICH CARL VON. Das Recht des Besitzes. Eine civilistische
Abhandlung (O Direito da Posse. Um Tratado Civilista)(1803), Viena : Gerold, 1865, pp. 5 e s.; IDEM. Vom
Beruf  unserer  Zeit  für  Gesetzgebung  und  Rechtswissenschaft  (Sobre  a  Vocação  de  nosso  Tempo  para  a
Legislação  e  a  Ciência  do  Direito),  Heidelberg,  1814,  pp.  5  e  s.;  IDEM.  Grundgedanken  der  Historischen
Rechtsschule  (Pensamentos  Fundamentais  da  Escola  Histórica  do  Direito)(1814­1840),  Franfurt  a.M.  :
Klostermann, 1948, pp. 3 e s.; IDEM. Geschichte des römischen Rechts im Mittelalter (História do Direito
Romano  na  Idade  Média)(1815­1831),  Tomos  de  1  a  7,  Heidelberg  :  Mohl,  1834­1851,  pp.  3  e  s.;  IDEM.
Über den römischen Colonat und über die römische Steuerverfassung unter den Kaisern (Sobre o Colonato
Romano e Constituição Tributária Romana sob os Imperadores), Berlim : Königl. Akad d. Wiss., 1823, pp. 5
e  s.;  IDEM.  System  des  heutigen  römischen  Rechts  (Sistema  do  Direito  Romano  da  Atualidade),  (1840­
1849),  Tomos  de  1  a  9,  Berlim  :  Veit,  1840­1851,pp.  7  e  s.;  IDEM.  Juristische  Methodenlehre  nach  der
Ausarbeitung  des  Jakob  Grimm  (Doutrina  do  Método  Jurídico  Segundo  a  Elaboração  de  Jakob  Grimm),
Stuttgart  :  Koehler,  1951,  pp.  7  e  s.;  IDEM.  Politik  und  neuere  Legislationen.  Materialien  zum  "Geist  der
Gesetzgebung" (Política e Legislação Mais Nova. Materiais sobre o "Espírito da Legislação"), Frankfurt a.M.
: Klostermann, 2000, pp. III e s.; IDEM. Vorlesung über juristische Methodologie 1802­1842 (Aulas sobre
Metodologia Jurídica de 1802 a 1842), Frankfurt a.M. : Klostermann, 2004, pp. 5 e s. 
[3]
  Anotação de Emil Asturig von München : Uma clássica imagem do papagêno ­ que  surge  na  ária "der
Vögelfänger  bin  ich  ja  (Sou  eu  sim  o  Caçador  de  Passarinhos)"  ­  ,    é­nos  fornecida  pela  famosíssima
ópera, em dois atos, Zauberflöte  (A  Flauta  Mágica), de  Mozart  e  Schikaneder,  freqüentemente  encenada
em  todos  os  países  do  mundo  contemporâneo.  Vide  MOZART,  WOLFGANG  AMADEUS  /
SCHIKANEDER,  EMANUEL.    Die  Zauberflöte  (A  Flauta  Mágica),  in  :  Mozarts  Opern  (Óperas  de
Mozart),  ed.  Forschungsinstitut  für  Musiktheater  der  Universität  Bayreuth  (Instituto  de  Pesquisa  de  Teatro
Musical da Universidade de Bayreuth), Munique : Piper, pp. 273 e s.
[4]
  Indicação  de  Emil  Asturig  von  München:  Nesse  sentido,  vide,  sobretudo,  HUGO,  GUSTAV  VON.
Lehrbuch des Naturrechts als einer Philosophie des positiven Rechts, besonders des Privatrechts (Manual do
Direito Natural como uma Filosofia do Direito Positivo, em especial do Direito Privado)(1819), Eingeleitet
von Theodor Viehweg (Prefaciado por Theodor Viehweg), Glashütten im Taunus: Auvermann, 1971, pp. III e
s.
[5]
  Indicação  de  Emil  Asturig  von  München  :  Sobre  o  tema,  vide,  sobretudo,  HERDER,  JOHANN
GOTTFRIED.  Abhandlung  über  den  Ursprung  der  Sprache  (Tratado  sobre  a  Origem  da  Língua)(1772),
Munique  ­  Viena  :  Hanser,  1978,  pp.  5  e  s.;  IDEM.  Ideen  zur  Philosophie  der  Geschichte  der  Menschheit
(Idéias sobre a Filosofia da História da Humanidade)(1784­1791),  Darmstadt : Messer, 1966, pp. 3 e s. 
[6]
  Anotação de Emil Asturig von München : Marx  refere­se,  aqui,  a  Ernst  Theodor Amadeus  Hoffmann
(E.T.A. Hoffmann),  renomando escritor, compositor, crítico de música, desenhista e  mordaz caricaturista do
romantismo  alemão,  renomadíssimo  devido  a  inúmeras  produções  de  novelas  fantásticas  e  de  terror,  bem
como  em razão de seu pronunciado humor sarcástico. Foi também jurista e juiz prussiano. Acerca do tema,
vide  WEINHOLZ,  GERHARD.  E.T.A.  Hoffmann.  Dichter,  Psychologe,  Jurist  (E.T.A.  Hoffmann.  Poeta,
Psicólogo, Jurista), Essen : Die Blaue Eule, 1991, pp. III e s.
[7]
 Indicação de Emil Asturig von München : Vide SHAKESPEARE, WILLIAM. The Tragedy of Hamlet
(A Tragédia de Hamlet)(1601­1603), Ato 2, Cena 2, Polonius, New York: Gordion Pr., 1976, p. 35.
[8]
  Indicação de Emil  Asturig  von  München  :  Vide  CONSTANT  DE  REBEQUE,  HENRI­BENJAMIN.
Journal intime de Benjamin Constant et lettres à sa famille et à ses amis (Jornal Íntimo de Benjamin Constant
e Cartas à sua Família e a seus Amigos), Paris: P. Ollendorf, 1895, pp. 3 e s.; IDEM.  Oeuvres  Complètes
(Obras Completas)(1774 ­ 1830), Tomos de 1 a 8, Tübingen : Niemeyer, 1998 ­ 2005, pp. 3 e s.
[9]
  Indicação  de  Emil  Asturig  von  München  :  Vide  HALLER,  KARL  LUDWIG  VON.    Handbuch  der
allgemeinen  Staaten­Kunde  (Manual  Geral  da  Ciência  dos  Estados)  Winterthur  :  Steiner,  1808,  pp.  3  e  s.;
IDEM.  Restauration  der  Staats­Wissenschaft  oder  Theorie  des  natürlich­geselligen  Zustands  der  Chimäre
des künstlich­bürgerlichen entgegengesezt (Restaração da Ciência do Estado ou Teoria da Condição Natural­
Sociável  Oposta  à  Quimera  do  Civil­Artifical)(1816  ­  1834),  Tomos  de  1  a  6,  Winterthur  :  Steiner,  1820  ­
1835, pp. III e s.; IDEM. Melanges de Droit Public et de haute politique (Mescla de Direito Público e de Alta
Política), Tomos 1 e 2, Paris : Vanton, 1830, pp. 5 e s.; STAHL, FRIEDRICH JULIUS. Die Philosophie des
Rechts nach geschichtlicher Ansicht (A Filosofia do Direito segundo a Visão Histórica)(1830­1837), Tomos
de  1  a  3,  Darmstadt  :  Wiss.  Buchgemeinschaft,  1963,  pp.  3  e  s.;  IDEM.  Grundriss  zu  Vorlesungen  über
Philosophie des Rechts (Compêndio de Aulas sobre a Filosofia do Direito), Munique : Mohr, 1829, pp. 5 e s.;
LEO, HEINRICH.  Allgemeine Staatengeschichte (História Geral dos Estados), Tomos de 1 a 3, Hamburg :
Friedrich Perthes, 1829, pp. III e s.; IDEM.  Studien und Skizzen zu einer Naturlehre des Staates (Estudos e
Esboços  de  uma  Doutrina  Natural  do  Estado),  Halle,  Anton,  1833,  pp.  1  e  s.;  IDEM.  Lehrbuch  der
Universalgeschichte (Manual da História Universal), Tomosde 1 a 10, Halle : Anton, 1835­1842, pp. 3 e s.;
IDEM.  Geschichte der französischen Revolution (História da Revolução Francesa), Halle : Anton, 1842, pp.
III e s.; IDEM. Vorlesungen über die Geschichte des deutschen Volkes und Reiches (Aulas sobre a História
do Povo Alemão e do Império), Halle : Anton, 1854, pp. 5 e s.

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