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Universidade Púnguè
Tete
2023
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11º Grupo
Universidade Púnguè
Tete
2023
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Índice…………………………………………………………………………………………Pag.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 5
1.2.1. Específicos......................................................................................................................... 6
4. ELETROENCEFALOGRAMA ................................................................................................ 17
5. Metodologias ............................................................................................................................. 22
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 24
4
Índice de Figura
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O ser humano é o que os neurônios sensitivos tomam de conhecimento para que seja armazenado
em engramas de memórias e que fazem o ser humano ser quem é. Desde a gestação, o código
genético humano já pré-determina a personalidade que será moldada pela experiência dos sentidos
e armazenada em forma de memória, ou seja, o ser humano é suas memórias. Devido a essa
compreensão óbvia, o objetivo deste estudo é pontuar todas as regiões cerebrais relacionadas com
a memória, com tudo o que o indivíduo faz que determina o engrama necessário para formar quem
ele é: às regiões do cérebro relacionadas ao que o formata como ser humano. Apresenta-se nesse
artigo, de forma sucinta o cérebro em especial o córtex pré-frontal, os neurotransmissores, os
núcleos de base e o sistema límbico envolvidos na formação de memórias.
O cérebro humano é uma máquina fascinante e enigmática. Pesando apenas cerca de 1.36
quilogramas e com um volume de cerca de 1.250 centímetros cúbicos, tem a capacidade de
monitorar e controlar nossos sistemas básicos de suporte à vida, manter nossa postura e dirigir
nossos movimentos, para receber e interpretar informações sobre o mundo ao nosso redor, e
armazenar informações de forma facilmente acessível ao longo de nossas vidas. Isso nos permite
resolver problemas que vão do estritamente prático ao altamente abstrato – comunicarmonos com
nossos semelhantes através da linguagem, criar novas ideias e imaginar coisas que nunca existiram,
sentir amor, felicidade, decepção, e experimentar uma consciência de nós mesmos como
indivíduos. O cérebro pode não só empreender tal variedade de funções diferentes, como também
fazer mais ou menos todas elas simultaneamente. Como isso é alcançado é um dos problemas mais
desafiadores e emocionantes enfrentados pela ciência contemporânea.
1.1. OBJECTIVOS
1.2. Geral
1.2.1. Específicos
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Surgiu com a emergência dos mamíferos inferiores. É ele que comanda certos comportamentos
necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, Cria e modula funções mais específicas, as
quais permitem ao animal distinguir entre o que lhe agrada ou desagrada. Desenvolvem funções
afetivas, como a que induz as fêmeas a cuidarem atentamente de suas crias, ou a que promove a
tendência desses animais a desenvolverem comportamentos lúdicos (gostar de brincar).
Sistema Límbico surgiu com a emergência dos mamíferos inferiores. É ele que comanda certos
comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos.
Localizado na superfície medial do cérebro dos mamíferos, atua nas emoções e comportamentos
sociais, sendo uma área de muitos neurônios. Associado ao sistema límbico estão as memórias
auditiva e visual, as emoções e os núcleos da base (coordenação motora). Compõem o sistema
límbico: Tronco Cerebral, Hipotálamo, Tálamo, área Pré-frontal e Rinencéfalo (Fig.3). (VOGT,
2019). Atua em comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória, motivação e
algumas respostas homeostáticas. Sua principal função é a de interagir com informações sensitivo-
sensoriais, atuando com o estado psíquico interno, contribuindo com o afeto. Essas emoções são
registradas e guardadas com as memórias pré-existentes. (ROLLS, 2019)
Sistema Límbico inclui todo o lobo límbico assim como os núcleos subcorticais associados como
complexo amigdalóide, núcleos septais, hipotálamo, núcleos talâmicos e parte dos gânglios da
base; área tegumentar medial do mesencéfalo.
O giro cingulado está presente nos dois hemisférios cerebrais e no córtexlímbico do sistema
límbico, atuando em parceria com o giro para-hipocampal, responsável pela quietude ou
ansiedade. A área do Septum é dividida em duas porções: o septo pelúcido que possuí uma dupla
membrana vertical, que encerra no seu interior a cavidade septal, e o septo verum, localizado ao
anterior ao septopelúcido, entre a circunvolução subcalosa e a comissura branca anterior. Estão
presentes nessa área as estruturas nervosas, como diagonal de Broca, núcleo daestria terminal,
núcleo accumbens e os núcleos septais. (ZHONG, 2020) Atua nas sensações de prazer e nas
memórias.
O Bulbo olfativo está localizado debaixo da parte anterior de cada um dos hemisférios cerebrais.
Atua como a área olfatória primária no cérebro recebendo a transmissão dos cheiros, sendo que
tais células receptoras são capazes de enviar sinais elétricos.
O hipotálamo é uma área localizada no diencéfalo e situada abaixo do tálamo e acima da hipófise.
Sua principal função é a de manter a homeostase (funcionando em equilíbrio), no controle da
pressão sanguínea, diurese, temperatura corporal, fome, sede, emoções como raiva e prazer dentre
outros sinais. Também atuam no sistema límbico, as amígdalas que são duas massas de substância
cinzenta, com uma forma de amêndoa. (ROLLS, 2019)
O corpo mamilar é caracterizado por núcleos, localizados na superfície inferior do cérebro, sendo
parte do diencéfalo e do sistema límbico. Atua na evocação de memórias episódicas e espaciais,
memórias associadas a emoções fortes. Sua diminuição relaciona-se com doenças relativas a
memórias episódicas como Doença de Alzheimer e Síndrome de Korsakoff. (ZHONG, 2020)
O hipocampo está localizado nos lobos temporais do cérebro, atua juntamente ao sistema límbico
e possuí um formato curvado com secções coronais do cérebro. Ele é importante na conversão da
memória a curto prazo em memória a longo prazo de forma associado à amígdala (PATEL, 2019)
Atua também na regulação da produção hormonal, participa da conexão do sistema nervoso ao
sistema endócrino, controla o ciclo biológico, sede, temperatura, sono, fome, dentre outras ações.
O tálamo se encontra medialmente ao corpo estriado, recebe sinais eferentes dos núcleos de base
como última parada em direção ao córtex. O córtex entorrinal é uma fonte importante de dois
grupos diferentes de fibras aferentes que fornecem informações para a formação do hipocampo.
A via perfurante lateral surge a partir do córtex entorrinal lateral e se estende para a camada
molecular do hipocampo. A via perfurante medial origina-se do córtex entorrinal medial, estende-
se através da substância branca do subículo e entra no alvéolo do hipocampo. Muitas dessas fibras
transportam informações olfativas, visuais e auditivas para o hipocampo.
A banda diagonal de Broca se origina da área septal e atua como parte de um circuito de feedback
do hipocampo a partir da área septal. A outra parte deste circuito de feedback é o fórnix pré-
comissural, que permite que a área septal receba feedback do hipocampo. (PATEL, 2019).
Formação e a persistência da memória são processos distintos. A memória pode ser definida como
aquisição, armazenamento e a evocação de informações. A conversão da memória depende das
sinapses, já que são responsáveis por sua formação. A memória de longa duração, que é a fixada
como engrama, envolve a plasticidade sináptica definida como potencial de resposta de um
neurônio pós- sináptico após o estímulo curto e de alta frequência de um neurônio pré-sináptico. O
encéfalo é composto pelo cérebro, cerebelo, sistema límbico e a haste do cérebro e as regiões de
armazenamento da memória que são dispostas de acordo com o tipo de memória, como por
exemplo as memórias não declarativas ou declarativas.
A amígdala está envolvida com a memória mediante a aprendizagem emocional, regulando várias
fases da formação da memória em outras regiões do cérebro como o hipocampo e o córtex pré-
frontal. A recuperação da memória é regulada pela interação entre a amígdala, hipocampo e córtex
pré-frontal.
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A mensagem é enviada por sinapses, onde finas "espinhas" dendríticas dos neurônios se unem,
assim que as moléculas de mRNA de beta-actina se formam no núcleo dos neurônios do hipocampo
e viajam para o citoplasma (região localizada entre a membrana plasmática e a membrana nuclear),
os mRNAs são empacotados em grânulos e se tornam inacessíveis para a produção de proteínas.
Ao estimular o neurônio, esses grânulos se desintegram e as moléculas de mRNA se desmascaram
tornando-se disponível para sintetizar a proteína beta-actina. É como se o mRNA ficasse parado,
coberto, esperando um estímulo para se abrir e fazer o seu caminho.
Memória sensorial - Memória transitória. É onde o processo de interação com o mundo começa.
Esta memória retém informações que chegam pelos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e o
paladar. A informação é processada, analisada, interpretada e guardada no cérebro em menos de
segundo. Quando o cérebro precisa de mais tempo, ela recorre ao próximo tipo de memória. A
memória sensorial é o estímulo para a memória de curto prazo que de acordo com a emoção torna-
se memória de longo prazo. (HENRY, 2019)
Memória de curto prazo - Retém a informação por menos tempo até que ela seja esquecida ou
armazenada. São 7 informações durante 30 segundos que podemos armazenar nesta memória, se
necessário mais armazenamento durante mais tempo, o cérebro recorre ao último tipo de memória.
Quando relembramos de algo, a lembrança é recuperada da memória de longo prazo e trazida para
a memória de curto prazo para depois ser enviada novamente para a memória de longo prazo. A
depender do sistema límbico envolvido no processo de retenção e consolidação da memória nova,
essa consolidação temporária que é a memória de curto prazo envolve estruturas como o
hipocampo, amígdala, córtex entorrinal e o giro parahipocampal, sendo depois transferido para
áreas de associação do neocórtex parietal e temporal. (CRUZ-SANCHEZ, 2020)
13
Ao lembrarmos de algo, as sinapses das vias neurais são reforçadas e de acordo com a frequência
e o modo que trazemos essa memória de volta, o cérebro preserva a informação na região da
memória de longo prazo. Para a formação de uma memória é necessário modificações nas conexões
das redes neuronais, num processo denominado neuroplasticidade.
Memória imediata - Retém a informação logo que é recebida e sua duração é de poucos segundos
já que logo é descartada. Um exemplo é quando e apresentado o nome da pessoa. Memória de
trabalho - Sistema de multicomponentes com capacidade limitada, está relacionada à manutenção
temporária e processamento da informação durante a realização de tarefas diversas. Entender a
linguagem, ler, realizar cálculos, aprender e raciocinar.
Declarativa - Lembranças que fazem parte dos fatos que podem ser contados. As perdas dessa
memória são comuns durante o envelhecimento e pode estar relacionado a dar menos atenção aos
fatos corriqueiros. Pode estar associada a doenças como estresse crônico, depressão ou demência
como doença de Alzheimer. Não declarativas - Memórias que não podem ser contadas ou ensinadas
oralmente.
A memória inconsciente é uma memória de longo prazo que envolve diversos sistemas cerebrais:
a associação de sentimentos a eventos ocorridos envolve a estrutura da amígdala; os hábitos
motores, como andar ou correr; envolvem o estriado; as habilidades motoras e atividades
coordenadas, como aquelas necessárias para acertar uma bola de bilhar no buraco; envolve o
cerebelo. (PATEL, 2019)
A priori, é da memória sensorial que são transferidas as informações para as demais memórias.
Independentemente do tipo de memória, todas são armazenadas mediante um estímulo emocional.
A memória está diretamente relacionada a emoção e a sua intensidade pode determinar em qual
categoria ela pode ser armazenada. (KUNTZ, 2020)
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Não temos acesso à memórias no inconsciente por dois motivos: um deles é devido a necessidade
de armazenamento, o organismo humano rejeita memórias conscientes para dar importância às
memórias de maior necessidade. O outro motivo é devido ao bloqueio de segurança, o cérebro
rejeita o que é perigoso de acordo com os princípios da personalidade do indivíduo. Os traumas
estão relacionados aos acontecimentos indesejáveis e o que seria indesejável está de acordo com a
personalidade, a experiência do indivíduo e a capacidade de lidar com o acontecimento. (PATEL,
2019)
Segundo Glozman (2007), a história da neuropsicologia russa remonta ao século XVIII, sendo
desenvolvida, como em outros países europeus, por neurologistas e psiquiatras, tendo como suas
primeiras preocupações os problemas de memória, bem como os distúrbios da fala e da linguagem
ocasionados por danos cerebrais.
Muito antes da contribuição histórica de P. Broca, em 1861, considerada pela maioria dos
neuropsicólogos como o ponto de partida no estudo da afasia, L. Bolotov descreveria um caso de
transtorno de linguagem orgânica em 1789, considerando esse problema como uma consequência
de perda de memória, o que o levou a dar uma descrição interessante da melhoria ocorrida. Na
história, outro caso de provável afasia foi apresentado por N. Filippov em 1838, que fez um
acompanhamento detalhado de um paciente com uma extraordinária mudez. (GLOZMAN, 2007)
Ainda segundo Glozman (2007), em 1867, V.M. Tarnovsky (1837-1906) publicaria um grande
artigo, descrevendo diferentes formas de afasia, o que o levaria a propor um modelo original de
produção de fala, diferenciando a afasia da demência. Tarnovsky usou o termo "afasia", proposto
por A. Trousseau em 1864. Em documentos anteriores, esses distúrbios de linguagem foram
chamados de "alalia" seguindo J. Lordat (1843) ou "apêndia" após P. Broca. Uma revisão crítica
dos estudos sobre a afasia no artigo de Tarnovsky mostra seu conhecimento das contribuições de
seus contemporâneos europeus, bem como sua abordagem original para o fenômeno da perda de
fala. Em contraste com as teorias da época, Tarnovsky propôs diferenciar a localização da função
e a localização do defeito.
15
A neuropsicologia histórico-cultural, fundada por Luria surgiu, como visto no Item 2, durante a
segunda guerra mundial, na então União Soviética. O tempo de Luria coincide com o período
histórico de transformações radicais no modo de produção da Rússia, em que toda sociedade estava
comprometida com os objetivos da revolução soviética.
O surgimento da neuropsicologia luriana tem estreita relação com a construção de uma nova
abordagem em psicologia. Esta nova psicologia geral, denominada cultural, instrumental ou
histórica, se desenvolveu a partir dos trabalhos de L. S. Vigotsky.
Podemos dizer que cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza lhe dá quando nasce
não lhe basta para viver em sociedade. É-lhe ainda preciso adquirir o que foi alcançado no decurso
do desenvolvimento histórico da sociedade humana (LEONTIEV, 1978, p. 267).
O segundo princípio significa que a psique humana não pode ser dividida em funções isoladas
(linguagem, memória, percepção, etc.), tratando-se de um sistema dinâmico no qual participam
todas as funções de maneira simultânea, no entanto com diferentes configurações de trabalho de
acordo com a situação concreta na qual atua o sujeito (QUINTANAR, 2002; SOLOVIEVA, 2002;
RICCI, 2014; SOLOVIEVA, 2014). O desenvolvimento da neuropsicologia acompanhou a
evolução do estudo do cérebro, partindo da busca pela compreensão sobre a relação entre o
organismo e os processos mentais, até o estágio atual, em que tenta compreender como o sistema
16
Luria afirmou que uma geração atrás a ciência se contentava plenamente em efetuar uma analogia
entre o cérebro e uma série de sistemas reativos, e em canalizar todas as suas energias no sentido
de representar o cérebro como um grupo de esquemas elementares que incorporavam estímulos
provenientes do mundo exterior e as respostas geradas face a esses estímulos. Esta analogia do
cérebro com uma série de dispositivos que respondiam passivamente, e cujo funcionamento era
inteiramente determinado pela experiência pregressa, era encarada como adequada à explicação
científica da atividade cerebral (Luria, 1981).Através do breve percurso histórico presente neste
trabalho, será possível compreender como a situação alterou-se radicalmente nas décadas
subsequentes.
Eles aceitavam a noção de que os fenômenos psicológicos, como parte do mundo natural, estão
sujeitos às leis da natureza. Mas não aceitavam necessariamente como corretos quaisquer dos
modelos que se propunham a explicar a ligação entre o cérebro e os processos psicológicos, em
especial os processos complexos (Luria, 1992). Durante a primeira metade do século XX, foram,
lentamente, surgindo evidências mostrando que o modo de perceber uma situação podia influenciar
o comportamento, e que a aprendizagem, por exemplo, não era tão simples como os behavioristas
acreditavam (Gazzaniga e Heatherton, 2005).
4. ELETROENCEFALOGRAMA
Hans Berger, um psiquiatra alemão, em 1924, fez a primeira gravação de um campo elétrico do
cérebro humano, que foi dado o nome de eletroencefalograma, O EEG serve para medir atividades
espontâneas, potenciais de estímulo e eventos bioelétricos produzidos por um único neurônio. As
atividades espontâneas são medidas no couro cabeludo com amplitudes médias de 100 uV e largura
de banda do sinal de 1 Hz a 50 Hz.
Uma atividade espontânea significa que atividade ocorre continuamente no individuo. Potenciais
de estimulo são aqueles que surgem em resposta a um estimulo no EEG. Esses sinais geralmente
estão abaixo do nível de ruído, portanto para obtê-los deve-se usar uma sucessão de estímulos. Os
eventos bioelétricos produzidos por um único neurônio podem ser examinados com o uso de
microeletrodos. Para a gravação das atividades espontâneas pelo EEG, o sistema 10-20, padrão
internacional, é utilizado.
A partir desses pontos, os perímetros do crânio são mensurados nos planos transversal e mediano.
A localização dos eletrodos é determinada dividindo esses perímetros em intervalos de 10% e 20%.
Três outros eletrodos são colocados em cada lado equidistantemente dos pontos vizinhos
O sistema internacional 10-20 visto pelo lado esquerdo (A) e superior (B) da cabeça. A = lóbulo
da orelha, C = central, Pg = nasofaringe, P parietal, F = frontal, Fp = polar frontal, O = occipital
Além dos 21 eletrodos do sistema internacional 10-20, posições intermediárias de 10% são também
utilizadas, representadas pela figura 4. A localização e nomenclatura desses eletrodos são
padronizadas pela Sociedade Americana de Eletroencefalografia6.
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Localização e nomenclatura dos eletrodos intermediários 10%, como padronizados pela Sociedade
Americana de Eletroencefalografia
Eletrodos unipolares ou bipolares podem ser utilizados no EEG. No primeiro método, unipolar, o
potencial de cada eletrodo é comparado com eletrodo neutro ou com a média de todos os eletrodos.
No outro método, bipolar, a diferença de potencial entre o par de eletrodos é medida. Ambos os
métodos são representados pela figura 5.
Medições (A) bipolares e (B) unipolares. Note que a forma de onda depende do local de medição
O sinal de EEG pode ser dividido em ondas alfa, beta, delta e teta com relação às faixas de
freqüência. As ondas alfa têm um espectro de freqüência de 8-13 Hz, as ondas beta, 13-30 Hz, as
ondas delta, 0,5-4 Hz e as ondas teta, 4-8 Hz. Um período de quatro segundos das ondas
supracitadas é representado pela figura 4.
Ondas alfa
As ondas alfa (ondas de Berger), cuja faixa de freqüência é de 8-13 Hz, foram descobertas por
Hans Berger, mais conhecido pela invenção do EEG.
Elas caracterizam um estado de consciência alerta, porém relaxado. São atenuadas de acordo com
aumento da sonolência do indivíduo e são melhores visualizadas no córtex occipital com o
individuo acordado e olhos fechados. Os ritmos alfa são derivados da massa branca do cérebro,
cuja função é fazer a conexão de todas as partes do cérebro com cada uma. Além disso, também
estão relacionados à extroversão, criatividade, trabalho mental, bom humor e otimismo.
Ondas beta
As ondas beta, 13-30 Hz, são freqüentemente de baixa amplitude e simétricas, além disso, são
associadas com a ansiedade e muita concentração.
Quando se está com os olhos abertos e pensando sobre a solução de um problema analítico,
julgamentos, tomando decisões ou processando informações sobre o mundo, a maior parte do
cérebro está gerando ondas beta. Drogas, como barbitúricos, benzodiazepínicos, aumentam a
ocorrência de ondas beta
Ondas delta
As ondas delta, 0,5-4 Hz, foram primeiramente descritas no começo do século XX por W. Grey
Walter, elas são as ondas mais lentas, porém com as maiores amplitudes. Encefalopatias, como
sonambulismo, privação de sono, mal de Parkinson e esquizofrenia, além de diabetes, alcoolismo,
depressão e ansiedade estão relacionadas com alterações do ritmo delta.
Em geral, estão associadas com os estágios de sono profundo, 3 e 4, que serão melhor explicados
no item diferenciação dos estágios do sono. Elas começam a aparecer no estágio 3 do sono, mas
no estágio 4 praticamente toda a atividade espectral é dominada pelas mesmas
Ondas teta
As ondas teta, 4-8 Hz, são classificadas como de lenta atividade, além de terem conexão com a
intuição, a fantasia, emoções e sensações. Elas aparecem em demasia durante uma meditação ou
uma reza, refletem o estado entre a vigília e o sono, e são relacionadas ao subconsciente da mente
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O sono serve para restaurar os níveis normais de atividade e equilíbrio normal entre as diferentes
partes do sistema nervoso central13 e está também envolvido com a conservação do metabolismo
energético, com a cognição,com a termorregulação, com a maturação neural e a saúde mental
Dentro do aspecto científico Berger em 1930, obteve avanço nos estudos dos mecanismos de sono
e vigília quando registrou a atividade elétrica encefálica, por meio de eletrodos de agulhas
introduzidos no couro cabeludo, criando o eletroencefalograma
A fase do sono paradoxal, também denominado sono REM, se caracterizapela presença de sonhos,
pelos eventos fásicos movimentos oculares rápidos, abalos musculares ou mioclonias e ondas PGO
e tônicos ondas de baixa amplitude e alta freqüência, e flutuação cardio-respiratórias, A área
responsável pela geração do sono REM, conforme revisado por Vertes e Siegel, está no tronco
encefálico, na formação reticular pontina lateral e bulbar medial.
As regras de Rechtschaffen e Kales definem o sono como composto de, basicamente, 6 estados, os
estágios de 1 a 4, mais o estágio REM e o estágio 0, de vigília.
Estágio 0 – Vigília
Estágio 1
No estágio 1, o indivíduo se encontra entre o estado de vigília e o sono, com ondas no EEG de
baixa voltagem. No EEG, há ritmo alfa presente em menos de 50% da época, há presença, também
de ondas do vértex. No EOG, há presença de movimentos oculares lentos. No EMG, há uma
tonicidade muscular, podendo apresentar potenciais do que em vigília.
Estágio 2
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Estágio 3
No EEG, há presença de ondas delta, que possuem baixa freqüência e alta amplitude, com mais de
75 uV em mais de 20% e em menos de 50% da época. No EOG, não há movimento oculares. No
EMG, há uma tonicidade muscular, podendo apresentar potenciais do que em vigília.
Estágio 4
No EOG, não há movimento oculares. No EMG, há uma tonicidade muscular, podendo apresentar
potenciais do que em vigília.
Estágio REM
Eficiência do sono
A eficiência do sono é um termo usado para sugerir o quanto de sono efetivamente foi obtido em
um episódio de sono. É soma do tempo total adormecido dividido pelo tempo gasto na cama em
porcentagem. Uma eficiência do sono maior do que 80% é considerada normal, menor do que 80%,
é relacionada à insônia e maior do que 95%, pode ser o indicativo de narcolepsia.
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5. Metodologias
5.1.Classificação da Pesquisa
Pesquisa Aplicada: Objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. (GIL, 2007).
A abordagem qualitativa implica uma revisão da literatura por pesquisa bibliográfica, de modo a
conhecer, compreender e analisar o que os outros investigadores que já estudaram sobre o tema.
(GIL, 2007).
23
(GIL, 2007).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema límbico associado às demais áreas do cérebro atua efetivamente na memória, nas
emoções associadas ao hipotálamo e na área pré-frontal. Sendo assim, pode se dizer que o cérebro
recebe informações e as organiza para distribuir suas funções no corpo humano, atuando no
arquivamento das memórias, sensações de prazer, sentimentos, aprendizagens.
A memória consciente tem seu início no córtex pré-frontal e é convertida em memória de longo
prazo no hipocampo e depois armazenada nas áreas do córtex que processam a informação original.
Por exemplo, memórias de imagens visuais são armazenadas no córtex visual. A memória
inconsciente envolve diversos sistemas cerebrais e há uma associação de sentimentos e eventos
ocorridos envolvendo a amígdala cerebral.
A evocação de uma lembrança além de a mesma estar ligada à alguma emoção está dentro de uma
interligação de no mínimo, seis estruturas cerebrais: o córtex pré-frontal, o hipocampo, os córtices
entorrinal, parietal e cingulado anterior e a amígdala basolateral. Algumas ativam receptores
inibitórios ou excitatórios para que ocorra a ativação de algo e as memórias são formadas então,
através das sinapses entre os neurônios.
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As principais realizações científicas de A.R. Luria estão na ampla área da neuropsicologia, com
importantes contribuições para o estudo do dano cerebral em adultos que resultem em disrrupção
motor-sensorial, distúrbios de memória e perda de linguagem (afasia).
Portanto, pode-se concluir que as contribuições bem conhecidas de Luria e seus discípulos caíram
em terreno fértil. Os neurologistas e psiquiatras russos do final do século XIX e o início do século
XX estabeleceram uma base sólida para o "período de Luria" na história da neuropsicologia.
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