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Código: 706230189
RESENHA DE LIVRO TZU, Sun. A Arte da Guerra: Por Uma Estratégia Perfeita. Trad. de
Heloísa Sarzana Pugliesi e Dr. Márcio Puglies. São Paulo: Madras, 2005.
O livro que apresento é a tradução do original The Art of War, editado por Wagner Veneziani
Costa, em 2005, com cerca de 111 páginas. Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século
IV a.C e que, no comando do exército real de Wu, acumulou inúmeras vitórias, derrotando
exércitos inimigos e capturando seus comandantes. Foi um profundo conhecedor das manobras
militares e, como tal, escreveu A Arte da Guerra, ensinando estratégias de combate e táticas de
guerra. É uma obra interessante pela forma como mostra, de forma bem contextualizada e
dinâmica, suas estratégias para dar ao leitor um conhecimento mais amplo sobre como vencer as
batalhas do cotidiano, que se manifestam de diversas formas, de maneira clara e transparente.
No prefácio, faz-se saber que muitas das lições nele contidas são aplicáveis nos dias modernos,
peloque se chama-se à reflexão no sentido de que se aprecie a aplicabilidade desses
fundamentos, no âmbito pessoal e coletivo, na atividade profissional, no relacionamento
humano e social.
A obra é apresentada em treze capítulos, sendo o formato de apresentação dos capítulos igual
para todos, apresentando, em primeiro lugar, o contéudo do mesmo, ou seja, as suas estratégias
e, por fim, os textos complementares, ou seja, a sua contextualização.
O primeiro capítulo é denominado Planejamento Bélico. Nele, o autor afirma que a guerra é
um assunto de importância vital para o Estado; uma questão de vida ou morte, a estrada da
sobrevivência ou da ruína. Chama atenção para a necessidade dela ser completamente estudada
por ser assunto sério e quem pretende vencer tem de levar em alta consideração 5 factores
fundamentais: a influência moral; tempo; terreno; comando, e a disciplina. E nos textos
complementares, contextualiza como cada factor supracitado deve ser implementado para
alcançar o sucesso.
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No segundo capítulo denominado Empreendendo a Guerra, afirma, ainda, que o essencial na
guerra é a vitória e não operações prolongadas. Que, quando ela demora a ser conquistada,
devido aos custos de manutenção das operações militares, o Estado pode empobrecer a moral da
tropa se reduz, o que pode ser, favoravelmente aproveitado pelos Estados vizinhos.
No terceiro capítulo denominado Vencer Antes de Lutar, estabelece que, a melhor política na
guerra é, em princípio, capturar um Estado intacto sem lutar, atacando a estratégia inimiga e
suas alianças, pois arruiná-lo denota atitude inferior.
No quinto capítulo Forças Normais e Extraordinárias, afirma que, geralmente não há diferença
entre administrar muitos e administrar poucos guerreiros, salientando que se trata de uma
questão de organização, ou seja, que a organização é fundamental independentemente dos
recursos de que se dispõe.
No capítulo sétimo Manobras Estratégicas, a autor refere que, para além do conhecimento e do
dóminio que se deve ter, apresenta nove variáveis da guerra, ou circunstâncias, que devem ser
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observadas por aquele que quer ser vitorioso: a) Não se deve acampar em terras baixas; b) Em
regiões de fácil comunicação, una-se a seus aliados; c) Não se demore em terreno desolado; d)
Em terreno cercado, a desenvoltura é necessária; e) Em terreno de morte, lute; f) Há certas
estradas que não se deve seguir; e g) Há cidades que não se deve assaltar; terrenos em que não
se luta.
No capítulo nove Marchas e Topografia, alerta sobre os cuidados que, de forma específica
devem ser observados no campo de batalha, sobretudo em terrenos acidentados.
No capítulo dez Características do Terreno, apresenta seis tipos diferentes de terreno sobre os
quais devem incidir o conhecimento, domínio e os cuidados acima referidos, de acordo com a
sua natureza, nomeadamente: acessível, enganoso, indeciso, estreito, íngreme e distante.
No capítulo onze Territórios de Luta, o autor retrata sobre as estratégias de emprego de tropas
em diferentes tipos de território, como: dispersivo, fronteiriço, chave, de comunicação, focai,
profundo, pesado, cercado e de morte, orientando para, orientando sobre as estratégias de
actuação em cada um dos tipos de territórios.
Sobre Algumas Considerações Sobre A ARTE DA GUERRA, refere-se que é um livro eterno,
por se considerar abordar sobre as bases onde se assentam a organização humana e,
conseqüentemente, as suas disputas, nas quais a guerra é a apoteose, “Se queres a paz, prepare-
se para a guerra”.
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A obra fornece conhecimento de utilidade diversa, que extrapola a arte bélica, podendo
repercutir nas realizações de todas as pessoas em geral: homens e mulheres, em vários domínios
da vida. É informação importante sob diversas perspectivas que são apresentadas pelo autor.
No entanto, a referida informação pode ser questionada sob o ponto de vista de sua
comprovação como conhecimento científico. Esta questão surge pelo facto do autor não
partilhar a metodologia e as técnicas que utilizou para a definição das suas estratégias como
perfeitas para os fins e objectivos a que destinam e propõe. Por fim, numa das demonstrações
sobre disciplina, usa método incomum e ilegal (crime) quando executa duas concumbinas do
rei, que estavam seu o seu comando quando esteve à frente do exército no seu tempo.