XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Geotecnia e Desenvolvimento Urbano

COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

Avaliação do comportamento de uma cortina ancorada

Yohn Edison Polo Garzon
Consorcio Ohl Rio Magdalena, Colombia, edisonpol17@hotmail.com

RESUMO: O presente trabalho apresenta um estudo sobre uma estrutura de contenção projetada
para a duplicação da ferrovia FEPASA no km 74 entre Santos e São Pablo, que consiste em uma
cortina ancorada por tirantes. Essa estrutura foi instrumentada a fim de se medirem as cargas nos
tirantes com uso de células de carga elétricas instaladas na cabeça dos mesmos. As medições de
carga nos tirantes foram feitas durante os ensaios de recebimento, no momento da incorporação e
também após a conclusão da obra. As cargas nos tirantes sofrem redução de seu valor no momento
imediato a sua incorporação, durante a construção e após da data de terminação das obras da
cortina. Constatou-se que houve perda de carga nos tirantes ao longo do tempo, chegando a 54% de
perda em um deles.

PALAVRAS-CHAVE: Instrumentação, Estrutura de contenção, Tirantes.

1 INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho é o tratamento dos 2 CARACTERÍSTICAS DA OBRA

dados obtidos de um programa de
instrumentação geotécnica para analise do
comportamento de uma cortina ancorada
construída para a duplicação da ferrovia
FEPASA no km 74 entre Santos e São Pablo.
Os dados de instrumentação consistiram em
medições de carga em trinta e seis tirantes
instrumentados com células de carga instaladas
na cabeça dos mesmos.
As leituras de carga foram feitas
constantemente desde a cravação dos tirantes,
durante o ensaio de recebimento e até atingir a
estabilização das cargas que foi na média seis
meses após da finalização das atividades de
construção da obra. Não foram feitas medições
para o acompanhamento do deslocamento
horizontal da cortina ao longo do tempo.
As analises dos dados obtidos na
instrumentação de campo apresentados neste
trabalho inclui o acompanhamento da evolução
da carga ao longo do tempo, assim como a
comparação desses valores com os estimados
mediante os diagramas de empuxos aparentes e
os procedimentos de projeto propostos por
Terzagui & Peck (1967) e pela Federal Highway
Administration (FHWA, 1999).
ESTUDADA
2.1 Geometria da cortina ancorada
A estrutura de contenção estudada é uma cortina
atirantada composta por painéis contínuos
concretados “in situ”, geralmente
compreendendo dois tirantes em cada unidade,
com altura entre 1,5m e 2,0m e comprimento
igual a 4,5m. O comprimento total da cortina é
aproximadamente 205m, com altura máxima de
19m no trecho central decrescendo em direção
às extremidades, e apresentando seis juntas de
dilatação ao longo de sua extensão. A estrutura
possui um total de 89 seções, espaçadas de
2,0m, cada qual correspondendo a uma fila de
tirantes, determinada pelo nível final do trecho
da cortina, que varia entre o nível superior
(Nível A) até o nível inferior (Nível L),
compondo um quadro de 786 tirantes em total.
Cada tirante é designado pelo número da seção
a que pertence, seguido da letra correspondente
ao nível no que esta encontra localizado. Sendo
assim, o tirante situado ao nível B da seção 54,
é denominado Tirante 54B.
Os tirantes utilizados são dos tipos 10ø8mm
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e 8ø8mm, com carga de trabalho de 35
instalados nos níveis B, C, D, E, I, J, K e 25
toneladas instalados nos níveis A, F, G, H
respectivamente e formando todos um ângulo
de 20° respeito à horizontal.
Os comprimentos totais estão na faixa entre
13,9 m e 31 m, sendo o trecho ancorado de 5
metros e 6 metros.
O trecho de ancoragem é constituído por fios
de aço descoberto, protegidos por uma tinta
plástica e dispostos, em torno de “tubos
manchetes” (Tubo PVC perfurado, envolvido
por membrana de borracha) usando espaçadores
e fixados na extremidade final à peça passiva.
O tirante no trecho livre tem os fios
recobertos um a um por tubos conduite plástico
(Bainha), além do envolvimento de toda a
extensão do trecho livre através de um tubo
PVC, a fim de proteger este trecho de nata de
cimento, durante as fases de injeção.
2.2 Características do subsolo
O aterro do Km 74 do trecho da ferrovia
analisado, abrange o trecho compreendido entre
as estacas 1837 e 1850, e sua plataforma se
desenvolve aproximadamente na cota 638. A
topografia se apresenta acentuado estando o
aterro situado a meia encosta, e limitando a
esquerda por corte íngreme com desnível da
ordem de 80 metros, e a direita por desnível da
mesma proporção. A inclinação, tanto para
corte quanto para o aterro, é variável entre 45° e
80°.
O aterro é constituído de uma areia variada
siltosa, micácea, de colorado marron
acinzentada variegada, com fragmentos de
rocha. Sua espessura varia entre 8 a 12 metros
com comprimento em torno de 250 metros. Os
boletins de ensaios de SPT reportaram valores
na faixa de 2 a 5 golpes finais.
Desde o ponto de vista geológico o local da
obra encontra-se em uma região representada
por gnaisses Pré-cambrianos de textura média,
com bandas xistosas e bandas graníticas
intercaladas.
O solo de alteração local é caracterizado por
uma areia siltosa amarelada, variegada,
micácea, com intercalações de rocha alterada
dura o mole. Essas intercalações se comportam
como matações, uma vez que são descontinuas,
conferindo ao maciço de solo uma grande
heterogeneidade. A espessura desse material é
aproximadamente de dez metros.
A fundação do aterro é constituída de solo de
alteração em toda sua extensão, abaixo desta
camada de solo ocorre uma camada de rocha
alterada mole com intercalações de solo, e
abaixo desta o topo de rocha alterada dura e sã.
As sondagens executadas não atingiram o
lençol freático, que deve existir a grande
profundidade (além de 50 metros).
2.3 Projeto de instrumentação
Dez seções, ao longo de 70 metros do trecho
central da cortina, entre as seções 34 e 69 foram
instrumentadas a fim de se medirem as cargas
nos tirantes ao longo do tempo durante e após
da construção da mencionada estrutura. Cada
seção tinha uma coluna de entre nove a doze
tirantes no máximo, dos quais três o quatro
tirantes foram instrumentados. A parte central
que é a de maior altura, sendo esta de 18 metros
foi onde se apresento a maior densidade de
instrumentos, sendo estes espaçados a cada dois
seções horizontalmente e na mesma quantidade
em linhas verticalmente.
A geometria do trecho instrumentado da
cortina e a locação dos tirantes são apresentadas
na Figura 1, são mostrados de cor vermelho os
tirantes instrumentados. A instrumentação dos
tirantes foi feita com células de carga instaladas
na cabeça dos mesmos.
3 MEDIÇÕES DE CAMPO
As equações e expressões matemáticas devem
medidas através de extensômetros elétricos de
resistência. Observou-se que quando os tirantes
foram instalados e após a cura da nata de
cimento, os extensômetros funcionavam
adequadamente.
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Figura 1. Esquema da Cortina Atirantada. A maior queda instantânea a apresentou o

tirante 60E correspondente a um valor de 12
Com os dados de instrumentação, procede-se toneladas.
a fazer uma analise do comportamento dos O comportamento de outro grupo de tirantes
tirantes instrumentados, em função das foi caracterizado pelo aumento de carga nos
características apresentadas pela curva carga- tirantes durante o processo construtivo e
tempo, considerando o período de tempo finalmente atingiram sua estabilização, o tirante
compreendido entre o momento de protensão do com maior perda total dentro desse grupo foi o
tirante, durante o processo construtivo e até seis tirante 60K apresentando um valor de carga
meses após de construção da cortina. Em geral final de 24 toneladas. Outro comportamento
os tirantes apresentaram quatro tipos diferentes observado nos tirantes foi variação oscilatória
de comportamento, não necessariamente da carga desde o momento de instalação e
estando presentes todos simultaneamente em durante o período construtivo, e finalmente a
todas as seções. estabilização do carregamento, o tirante que
A Figura 2 a seguir apresenta a curva de mais caracterizou dito comportamento foi o
carga ao longo do tempo da seção 51, onde 51A atingindo uma perda total de 14,5
podem se observar os tipos de comportamentos toneladas.
identificados. O ultimo comportamento identificado foram
Tirante 51G-8ø8mm para os tirantes que apresentaram uma queda
50
Reprotensão
Tirante 51D-10ø8mm
Tirante 51A-8ø8mm
inicial e durante o período construtivo
45

40
Tirante 51J-10ø8mm continuaram com uma queda acentuada
35 atingindo valores finais de carga muito baixos
Carga Medida (Ton)

30 com respeito a sua carga de trabalho, baixo a

25
premissa de diminuir os deslocamentos e
20

15
aumentar a eficiência dos tirantes desse grupo,
10 se decidiu fazer uma repotensâo deles, com o
Final de Construção
5
qual a carga final medida ficou muito próxima
0
da carga projetada.
21-set

10-nov

30-dez

18-fev
2-ago

18-jul
13-jun

29-mai
9-abr

O tirante que apresento esse comportamento

Figura 2. Tipos de comportamentos identificados nos com a maior queda de carga antes da
tirantes (Seção 51). reprotensão foi o 57D, após da reprotensão
ficou com uma carga menor em 5 toneladas da
O comportamento de alguns tirantes foi carga de trabalho.
caracterizado pela acentuada queda instantânea Na Figura 3 se apresenta a curva de carga ao
da carga seguida de uma pequena ou nula longo do tempo para os tirantes instrumentados
variação da força durante o período construtivo.
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da seção 45, e a Figura 4 apresenta a mesma forças medidas nos tirantes e as forças
curva para a seção 57, que foram as seções onde estimadas seguindo os procedimentos descritos
se identificaram as maiores e menores perdas de no Ground Anchors and Anchored Systems
carga, tendo em como referencia o somatório publicado pela FHWA. Para o cálculo das
das cargas de todos os tirantes da seção cargas de pressão de terra sobre a estrutura, se
instrumentados e não instrumentados, para dita utilizou um diagrama de pressão de terras
somatória foi necessária a interpolação para os aparente.
tirantes não instrumentados com os valores O uso de diagramas de pressão de terras se
medidos nos tirantes adjacentes. remonta aos trabalhos apresentados pelo
Terzaghi & Peck na década de 1940. Os
Tirante 45G-8ø8mm
Tirante 45D-10ø8mm
diagramas semi-empíricos foram desenvolvidos
50

45
Tirante 45J-10ø8mm a partir das cargas pontuais medidas para
Tirante 45A-8ø8mm
40 escavações ancoradas internamente. Os
35
diagramas originais do Terzaghi & Peck se têm
Carga Medida (Ton)

30

25
modificado nos últimos anos, pero em geral são
20 consistentes com a investigação original.
15 Os procedimentos da FHWA recomendam
10
Final de Construção
um diagrama trapezoidal para areias com a
5

0
forma dependendo da posição dos tirantes
30-dez

18-fev

18-jul
21-set
13-jun

29-mai
9-abr
10-nov
2-ago

superior e inferior. A Figura 5 apresenta o

diagrama resultante segundo o procedimento da
Figura 3. Curva da carga ao longo do tempo da seção 45.
FHWA para tirantes simples e múltiplos tirantes
assim como os diagramas recomendados pelo
50 Tirante 57G-8ø8mm

45 Reprotensão Tirante 57D-8ø8mm

Terzaghi & Peck.
Tirante 57A-8ø8mm
40
Tirante 57J-10ø8mm
35
Carga Medida (Ton)

30

25

20

15

10

5
Final de Construção
0
21-set

10-nov

30-dez

18-fev
2-ago

18-jul
13-jun

29-mai
9-abr

Figura 4. Curva da carga ao longo do tempo da seção 57.

Em geral para as dez seções instrumentadas,

as maiores perdas de carga foram apresentadas
nos níveis superiores, registrando uma carga
final de aproximadamente de 80% da carga de
trabalho, em quanto os níveis inferiores ficaram
com carga final muito perto à carga de trabalho,
portanto registraram menores perdas.
4 EMPUXOS
COMPARAÇÃO
O comparativo feito neste trabalho envolve as
Figura 5. Diagramas de pressão de terras propostos para
areias.
A metodologia utilizada para o cálculo das
componentes horizontais das forças nos tirantes
pelos diagramas de pressão aparente incluindo a
sobrecarga uniforme foi o método de áreas
tributarias.
TEÓRICOS PARA
A Figura 6 a seguir apresenta a envoltória da
componente horizontal dos empuxos medidos
em campo para a seção 57 correspondente à de
menor somatória de forças desde o momento de
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sua incorporação até a estabilização das cargas do coeficiente lateral de empuxos do solo do
nos tirantes, e os estimados pelos Diagramas de local.
empuxo propostos pela FHWA e por Terzaghi e Os valores obtidos para o coeficiente de
Peck (1967). empuxo são apresentados na Figura 8, esses
valores são muito próximos ao valor do
Força (Toneladas)
coeficiente de empuxo no repouso definido pelo
0,75
0 20 40 60 80 100
Jacky (1944), para esse caso corresponde a um
2,25 valor de 0,65; os valores retro analisados de
FHWA (1999)
3,75
Empuxo Ativo
campo na média são 8% menores que o teórico
5,25
(Rankine 1987)

6,75
Celula de Carga do chegando a diminuir este valor até 15%, o que
Profundidade (m)

Tirante 57A
Celula de Carga do
8,25 Tirante 57D
Celula de Carga do
corresponde quase à condição limite ativa para
9,75 Tirante 57G
Celula de Carga do
Tirante 57J
umas poucas seções.
11,25 Terzaghi e Peck (1967)

12,75

14,25
0,8
15,75
0,7
17,25

Coefiicente de Empuxo 0,6

Figura 6. Envoltória de Forças medidas em campo e
0,5
estimadas pelos Diagramas de empuxo propostos para a
seção 57 pela FHWA e por Terzaghi & Peck (1967). 0,4

0,3

0,2
Similarmente na Figura 7 a seguir é
0,1
apresentada a envoltória da componente
0
horizontal dos empuxos medidos em campo 34 38 45 48 51 54 57 60 66 69

para a seção 45 correspondente à de maior SEÇÃO

somatória de forças desde o momento da Figura 8. Valores retro analisados do coeficiente de

cravação ate estabilizar as forças nos tirantes, e empuxo lateral.
os estimados pelos Diagramas de empuxo
propostos pela FHWA e por Terzaghi e Peck Estimando o valor do coeficiente de empuxo
(1967). para todas as seções instrumentadas pode-se
obter o valor retroanalisado para o parâmetro do
Força (Toneladas) ângulo de atrito, correspondente ao ângulo de
0 20 40 60 80 100
0,75 atrito mobilizado. Os valores obtidos mediante
2,25
essas análises são apresentado na Figura 9 para
3,75 FHWA (1999)

Empuxo Ativo
as dez seções instrumentadas.
5,25
(Rankine 1987)
6,75 Celula de Carga do
Profundidade (m)

Tirante 45A
8,25 Celula de Carga do 18
Tirante 45D
9,75 Celula de Carga do 16
Tirante 45G
11,25 Celula de Carga do 14
Ângulo de Atrito (°)

Tirante 45J
12,75
12
10
14,25
8
15,75
6
17,25
4
Figura 7. Envoltória de Forças medidas em campo e
2
estimadas pelos Diagramas de empuxo propostos para a
0
seção 45 pela FHWA e por Terzaghi & Peck (1967). 34 38 45 48 51 54 57 60 66 69
SEÇÃO

Estabelecendo a hipótese em que a somatória Figura 9. Valores retro analisados do ângulo de atrito
das forças nos tirantes é igual e contraria a mobilizado.
resultante dos diagramas propostos por
Terzaghi e Peck (1967), pode se obter o valor
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Pode se observar no gráfico acima que os
valores retro analisados apresentam grande
similitude, e no qual se estimou um valor médio
de 15° para esse parâmetro de resistência,
menor ao valor adotado para todas as
estimativas feitas nesse trabalho (20°).
Com os valores de ângulo de atrito
mobilizado calculados, pode-se obter um fator
de segurança para cada seção obtido mediante a
relação entre a tangente do ângulo de atrito e a
tangente do ângulo de atrito mobilizado, os
resultados dessa análise estão apresentados na
Figura 10, onde pode se observa que o fator de
segurança médio estimado é de 1,5;
correspondente ao mínimo requerido pela
norma regulamentadora no Brasil para as obras
desse tipo, porem, existem seções individuais
com valores abaixo do mínimo estabelecido,
mas ainda superiores à unidade.
2
1,8
1,6
Fator de Segurança
1,4
1,2
1 equipamentos necessários para a medição de
0,8
0,6
0,4
0,2
0
34 38 45 48 51 54
SEÇÃO
Figura 10. Fatores de segurança obtidos para as dez
seções instrumentadas.
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1 Conclusões
O seguinte é um resumo das conclusões que se
fizeram acerca das medidas de campo e das
análises descritas acima
• O tirante que mais perda de carga
registrou foi o 51A, o qual atingiu um valor de
perda de 54% da carga de instalação, em quanto
o tirante que reporto menor perda de carga ao
longo do tempo foi o 34E correspondendo a
6,25% de perda total.
• Os tirantes dos níveis superiores
reportaram maiores perdas que os tirantes dos
níveis inferiores, este devido a que os níveis
superiores são os mais expostos ao processo
construtivo.
• As cargas nos tirantes medidas em campo
foram consistentes com estimadas pelos
diagramas trapezoidais propostos por Terzaghi
e Peck (1967) e pelos modificados pela FHWA
dos Estados Unidos.
• Os resultados desse estudo sugerem que a
prática atual de utilizar o diagrama de pressão
de terras aparente proposto pela FHWA para o
projeto de cortinas ancoradas é apropriado e
representa um enfoque bastante conservador,
em quanto, o diagrama original proposto por
Terzaghi e Peck (1967), é também apropriado,
mas é menos conservador. Os resultados não
indicam que nenhum método particular para o
desenvolvimento da envolvente de pressão de
terra é superior aos outros métodos de projeto.
5.1 Sugestões
• Incluir no projeto de instrumentação os
deslocamentos horizontais e recalques da
estrutura estudada ao longo do tempo e estudar
a influencia da velocidade de deslocamento da
57 60 66 69
estrutura na estabilidade.
• Simular tridimensionalmente, através de
métodos numéricos, a obra instrumentada, a fim
de complementar os dados experimentais de
campo.
• Instrumentar tirantes em mais pontos ao
longo do bulbo e do trecho livre, a fim de se
obterem diagramas de distribuição de carga
mais detalhados.
AGRADECIMENTOS
Agradeço enormemente aos professores e
funcionários da PUC-Rio especialmente ao
professor Pedricto Rocha pelo grande apoio
oferecido durante minha estancia no Rio de
Janeiro.
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REFERÊNCIAS

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London.
Zeitoune, N.M. Instrumentação e analise de uma cortina
atirantada localizada no km 74 da ferrovia Santos –
São Paulo, Fepasa. 1982. 263p. Dissertação
(Mestrado em engenharia civil) – Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro – RJ.