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BRASIL IMPÉRIO

Vamos agora estudar o período Imperial da


História do Brasil. Uma época formadora das
desigualdades, da cultura e das peculiaridades do
povo Brasileiro. Nosso dois imperadores, pai e filho,
governaram um país escravista, elitista, e voltado a
economia agraria. Um país que nasce da união de
raças e da exploração da miséria humana. O país
do café, dos jeitinhos, da fé, do preconceito e
acima de tudo da esperança de ser o "País do
futuro!"
UM BRASIL INDEPENDENTE?

pós a Família real portuguesa pisar no Brasil em


1808 fugindo de Napoleão o Brasil nunca mais foi o mesmo. E
foi questão de tempo para a Independência acontecer. E em
1822 ela veio pelas mãos do príncipe Português Pedro IV,
que após dar o famoso grito “independência ou Morte" nas
margens do rio Ipiranga se tornou Don Pedro I, o rei do
Brasil.
Depois da Independência pouca coisa mudou para o
Brasil: um imperador português, D. Pedro I, continuava a nos
governar. A escravidão permaneceu, assim como dívidas
que não acabavam mais, porque o Brasil vendia muito pouco
mas comprava demais. Até para ter coisas do dia-a-dia, como Reconhecimento do Império do Brasil e sua independência, entrega de
sabão e tecido, precisávamos mandar buscar lá fora, em credenciais do embaixador Charles Stuart. Palácio do Itamaraty, Brasília.
O embaixador britânico foi mediador do reconhecimento
outros países. E o que é pior: continuávamos dependendo da
da independência do Brasil
Inglaterra para tudo, porque era ela quem fabricava a maioria
dos produtos que o povo do Brasil consumia.
Independente? Parece que no comecinho dessa nossa D. Pedro Governou de 1822 até 1831. No seu governo, ou
história, éramos livres só da boca para fora. Em vez de ser a no “Primeiro Reinado” O Brasil passou por turbulências
galinha dos ovos de ouro de Portugal, o Brasil passou a ser a politicas e revoltas regionais. Primeiro para que D. Pedro
galinha dos ovos de ouro dos outros países... principalmente governasse o Brasil de forma organizada era preciso criar leis,
da Inglaterra. A galinha só mudou de dono. Claro que então o rei se reúne com as lideranças Brasileiras para criar
ninguém estava feliz com essa situação, e toda a culpa uma constituição do Estado Imperial.
acabava caindo sobre o nosso novo imperador. A constituição de 1824: Imposta por D. Pedro I, durou 65
anos e estabelecia a divisão dos três poderes: Executivo,
Legislativo e Judiciário. Também foi criado o 4º poder, o
Poder Moderador, que dava ao Imperador poder para
barrar qualquer lei ou decisão. Assim no fim, D Pedro tinha a
ultima palavra. Isso agravou os ânimos da população e o
imperador perdia as rédeas do país. E o povo? No império, os
chamados cidadãos votantes eram divididos entre os
eleitores de paróquia e os eleitores de província. Os eleitores
de paróquia eram todos aqueles que comprovavam uma
renda anual mínima de 100 mil réis (hoje aproximadamente
3.600 reias) para votar nos eleitores de província, que, por
sua vez, deveriam comprovar uma renda anual mínima de
200 mil réis (R$ 7,200). para votar nos candidatos a deputado
e senador. A questão era que na época isso era grana para
caramba, e poucos podiam votar no Brasil.
A ideia de nação

O termo nação deriva do latim natus, que significa “nascido” e constitui um


grupo relativamente constante, que se uniu por vontade própria e interesses
comuns, e que habita um mesmo território. Esses indivíduos partilham a
mesma língua ou várias línguas e, geralmente, têm objetivos materiais, sociais
e espirituais semelhantes.
É por isso que habitar o mesmo território, falar a mesma língua e reconhecer-
se em costumes e tradições comuns não são suficientes para caracterizar
completamente a ideia de nação. Para ser nação a coletividade acolhe a ideia
de pertencimento quando são criados vínculos que unem indivíduos, levando-
os a se reconhecer como iguais entre si, mas diferentes de qualquer outro
grande grupo, com interesses e necessidades peculiares.
Dessa maneira, a ideia de nação não é enfraquecida pela fragmentação do
território em estados ou unidades autônomas, porque essa configuração física
é apenas política, enquanto a concepção de nação surge de múltiplas ações
que aproximam indivíduos com aspirações comuns.
É importante observar também que existe uma diferença entre o conceito de
nação e os conceitos de Estado e governo. O Estado pode ser entendido como
o setor administrativo e legislativo de uma nação, já o governo é formado pelo
conjunto de pessoas que detêm o poder político e determinam a orientação
política de uma sociedade.
O território e sua divisão política constituem um país ou Estado, mas o que
realmente caracteriza uma nação são as pessoas que nela vivem. Assim, a
palavra “brasileiro” passou a ser usada como expressão de pertencimento a
uma mesma nação e a uma história comum.
As lutas políticas ocorridas durante o governo de D. Pedro I e a crescente
valorização das coisas da terra, em oposição aos produtos e às pessoas de fora,
teriam dado origem, nas décadas seguintes, a um sentimento nacionalista
suficientemente forte para possibilitar o nascimento da nação brasileira.

Representação do
território do Brasil
formado pelos
seus habitantes.
Século XXI.
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- Segundo o texto o que se passou no Brasil após a independência?

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02- Segundo o texto basta falar a mesma língua e morar no mesmo território para fazer parte de uma nação?
justifique:

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03- Qual a diferença entre estado, nação e governo?

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04-Marque a alternativa que contenha as principais características da Constituição outorgada durante o Primeiro
Reinado.

a) Catolicismo se torna a religião oficial; Implementação dos quatro poderes; Rio de Janeiro se torna capital do Império;
Manutenção da escravidão.
b) Protestantismo se torna a religião oficial; Implementação dos quatro poderes; Rio de Janeiro se torna capital do
Império; Manutenção da escravidão.
c) Catolicismo se torna a religião oficial; Implementação dos quatro poderes; Rio de Janeiro se torna capital do Império;
Abolição da escravidão.
d) Catolicismo se torna a religião oficial; Implementação de três poderes; Rio de Janeiro se torna capital do Império;
Manutenção da escravidão; Elementos absolutistas e liberais.
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- Segundo o texto o que significa o termo NAÇÂO?

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02-Sobre a Constituição Federal de 1824, é incorreto afirmar:

a) foi a primeira Constituição do Brasil.

b) estabeleceu eleições indiretas e censitárias.

c) criou o Poder Moderador, diminuindo o poder do imperador.

d) até hoje é a Constituição com duração mais longa do Brasil.

e) foi outorgada a mando do imperador d. Pedro I

03- O povo em geral teve acesso ao voto no primeiro Império? Explique como o voto funcionava:

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04 -Uma nação de fato é formada:

a) Por algumas pessoas que nela vivem. Assim, a palavra “brasileiro” passou a ser usada como expressão de
pertencimento a uma mesma nação e a um povo em comum.
b)Pelas pessoas que nela vivem. Assim, a palavra “brasileiro” passou a ser usada como expressão de pertencimento a
uma mesma nação e a uma história comum.
c)s pelas pessoas que nela vivem. Assim, a palavra “nacionalista” passou a ser usada como expressão de pertencimento
a uma mesma nação e a uma história comum.
d) Por aquelas que nascem ali. Assim, a palavra “brasileiro” passou a ser usada como expressão de pertencimento a
uma mesma nação e a um povo em comum.
Que tal uma
heroína Brasileira?
Maria Quitéria na luta pela
independência
lutou pela independência do
Maria Quitéria de Jesus (1792-1853)
frontos, é considerada heroína
Brasil e, por sua bravura nos con
sua família no interior da Bahia.
nacional. Vivia em uma fazenda com
nto baiano pela independência,
Em 1822, quando soube do movime
opôs, afirmando que mulheres
Quitéria quis se alistar. Seu pai se
desistiu de lutar e pediu ajuda
não deveriam lutar na guerra. Ela não
Quitéria teve de se passar por
à sua irmã, Teresa. Para se alistar,
farda do marido de sua irmã e
homem. Cortou o cabelo, vestiu a
eiros. Poucas semanas após se
adotou o nome de soldado Med
alistar, ela foi descoberta.
éria não foi impedida de lutar
Revelada sua identidade, Maria Quit
tos, destacou-se por sua atuação
no batalhão de guerra. Nos confron
to de 1a cadete em 1823. Após a
e coragem, sendo promovida ao pos
dência, Quitéria viajou ao Rio de
vitória do movimento pró-indepen
próprio imperador dom Pedro I.
Janeiro para ser condecorada pelo
Imperial Ordem do Cruzeiro.
Recebeu a insígnia dos Cavaleiros da
a Maria Graham, que vivia no Rio
Ao conhecê-la, a escritora britânic
de Janeiro, anotou em seu diário:
tura de
ia de Jesus Medeiros, pin
Retrato de Maria Quitér seu Pau lista da
em 192 0. Mu
Domenico Failutt feita lo.
Universidade de São Pau

a Maria
Recebi hoje uma visita de Don
ingu iu [...] na
de Jesus, jovem que se dist
a para
Guerra do Recôncavo. Foi enviad
da ao
aqui [...] para ser apresenta
preens ão é em diversas ocasiões. Seu
Imperador [...]. Sua com Maria Quitéria foi homenageada
s, praças e avenidas no
rápida e sua percepção é aguda. nome passou a denominar rua

ecida entre os Patronos do
Brasil. Em 1996, ela foi reconh
iais do Exército Brasileiro.
WOLFF, Cristina Scheibe. Em arm
as: Quadro Complementar de Ofic
amazonas, soldadas, sert ane jas,
guerrilheiras. 2013.

sileiras você considera


nifica ser he rói ? Qu e outras mulheres bra
o que sig
Na sua interpretação,
heroínas? Por qu ê?
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HEROIS E HEROINAS DA
INDEPENDÊNCIA...
a
um a lista de alguns das gra nde s heróis que ajudaram a construir
Abaixo temos sobre a vida
ia do Brasil. Ap ós escolher um a delas, use a internet para pesquisar
Histór
use o que aprend eu par a des env olver uma redação com o tema
e os feitos. Depois
descrito:

EM ORDEM DA
EITA:
ESQUERDA PARA A DIR

Maria Felipa
Joana Angélica
José Bonifácio
Corneteiro Lopes
Princesa Leopoldina
Maria Quitéria

Heróis e Heroínas
desconhecidos da nação

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O IMPÉRIO ENFRENTA REVOLTAS
fato é que a independência não agradou
a todos e para grande parte do povo pobre nem fez
diferença, provocando protestos em várias províncias
brasileiras, especialmente em Pernambuco. Algumas
províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco, se D. PEDRO, O
rebelaram e queriam se separar do Brasil e criar uma IMPERADOR
MULHERENGO!
república no que deu origem a Confederação do
Equador. Entre os líderes do movimento estavam
Cipriano Barata e Frei Caneca. A repressão ao
D. Pedro I foi casado 2 vezes: a primeira vez com a princesa
movimento, determinada pelo imperador foi violenta austríaca Maria Leopoldina, com a qual teve 7 filhos legítimos;
e seus principais líderes condenados à morte. e, a segunda vez com a, também austríaca, duquesa Amélia de
No sul entre 1825 e 1828 estourou a Guerra da Beauharnais.
Cisplatina (atual Uruguai) que fazia parte da colônia Entretanto, ele era um grande sedutor e um tremendo
mulherengo. Sabe-se que ele foi amante da marquesa de
brasileira de Portugal. O Uruguai reivindicava a
Santos, dona Domitila de Castro, com a qual teve 5 filhos,
independência. A guerra gerou muitas mortes e embora apenas 2 tenham chego até a idade adulta. Além
gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil desse romance, D. Pedro I teve 5 filhos com outras 5 mulheres
teve que reconhecer a independência da região que e teve romances com 16 amantes, fora alguns outros possíveis
passou a se chamar República Oriental do Uruguai. casos, dos quais não se tem nenhuma notícia. Mas, o que foi
E por fim acontece as Noite das Garrafadas, feito desses filhos do imperador do Brasil? Nada! Eram
bastardos do imperador. Talvez tenham conseguido algum
quando em meio a tanta crise os Portugueses que
cargo administrativo quando crescessem
viviam no Brasil decidiram receber o imperador que
voltava de viagem de MG com homenagens
(acenderam fogueiras nas ruas) que não foram aceitas A noite das garrafadas teve como consequência a
pelos brasileiros, que reagiram apagando as fogueiras nomeação pelo imperador de um novo ministério
e dando vivas à Constituição, levando ao conflito entre que era composto apenas por brasileiros, isto não
eles, a Noite das Garrafadas, que foi assim descrita: foi, porém, o suficiente para acalmar os ânimos. Para
complicar, D. Pedro causou a falência do Banco do
Brasil. A coisa piorou quando morreu D. João VI em
Portugal e nosso Imperador seria então o próximo
rei de lá. Pedro I ia cavando um verdadeiro abismo
“A cena de uma rua é, a um só tempo, a mesma de
entre ele e o povo brasileiro. Não deu outra: D.
todo o quarteirão. Os pés de chumbo (portugueses)
Pedro teve que dar adeus ao Brasil.
deixam que a cabralhada (brasileiros) se aproxime o
Não tendo mais apoio político ou militar, em
mais possível. E inesperadamente, de todas as
1931 ele renuncia o trono em nome de seu filho D.
portas, chovem garrafas inteiras e aos pedaços
Pedro de Alcântara – ainda menor de idade – e
sobre os invasores. O sangue espirra, testas,
retorna a Portugal. E assim começava o Período
cabeças, canelas... Gritos, gemidos, uivos, guinchos.”
Regencial.
Mata Gallego: História da Noite das Garrafadas e
Outras Histórias. Viriato Corrêa. Ano: 1933
Que tal ser o país da
escravidão?
A manutenção da escravidão
escravidão de africanos e
A Constituição de 1824 manteve a
elites do Brasil, a ideia de
de seus descendentes, pois, para as
ia econômica e ao direito
liberdade se relacionava à autonom
liberdade das pessoas
à propriedade privada, e não à
escravizadas.
as discussões acerca da
Nesse período, intensificaram-se
e intelectuais, como
escravidão, principalmente entr
A imprensa brasileira
escritores, poetas e jornalistas.
do tráfico negreiro em
publicava a questão da extinção
o do tráfico de pessoas
panfletos, jornais e revistas. A extinçã
os interesses das elites
escravizadas, porém, ia contra
enciavam diretamente a
econômicas brasileiras, que influ
política do Estado no Brasil.

LEIA O TEXTO:

de 1810 a
quase meio século –
[...] Sabe-se que por sistir às
asileiras puderam re
1850 – as elites br o que só
pelo fim do tráfico,
pressões britânicas mércio
o se tomarmos o co
pode ser compreendid erno de
portante circuito int
negreiro como um im dos pelo sileira, de Eduardo de
za [...]. Os lucros gera A fundação da pátria bra
acumulação de rique cravos ). O pintor representou
o transformaram os mercadores de es Sá, 1899 (óleo sobre tela
a bandeira do Império
,
trá fic brasileira, José Bonifácio bordan do
e fração da elite íge na,
na mais important negra e um ind
influenciar acompanhado de uma
que lhe facultava ant e o per íodo rep ublicano, muito depois
posição já dur
Constituição de 1824.
stinos do Estado. [...] da independência e da
decisivamente os de
rcado
Tráfico atlântico, me
FLORENTINO, Manolo. o, Br asi l, c.
ravas no Rio de Janeir
colonial e famílias esc 17 90-c. 18 30.

mente, por que as


Ma no lo Flo ren tin o, apresentado anterior
do historiad or fico negreiro?
De acordo com o texto sse na ma nu ten çã o da escravidão e do trá
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INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01-Qual evento foi crucial para que d. Pedro I renunciasse ao trono:

a) Guerra da Cisplatina b) assassinato de Libero Badaró

c) Noite das Garrafadas d) Noite da Agonia e) morte de d. Maria Leopoldina

02-Qual foi o desfecho da Guerra da Cisplatina:

a) o Brasil retomou o controle sobre sua província rebelde.

b) a Cisplatina conquistou sua independência, tornando-se o Uruguai.

c) a Cisplatina foi anexada às Províncias Unidas.

d) a Cisplatina foi dividida entre Brasil e Províncias Unidas.

e) a Cisplatina tornou a fazer parte do Brasil, no entanto, com grande autonomia administrativa.

03- Resuma o que foi a "Noite das Garrafadas":

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04 - Quais foram as atitudes tomadas por D. Pedro após a Noite das Garrafadas?

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PERÍODO REGENCIAL
uando foi embora, D. Pedro I determinou
que o seu filho, Pedro II, o iria substituir como
imperador do Brasil. O problema é que o Pequeno
Pedrinho tinha apenas 5 anos de idade quando seu pai
voltou para Portugal, então ele não poderia tomar
conta do país. A solução que encontraram foi deixar
que provisoriamente o Brasil fosse governado por
regentes(governantes Substitutos), até Pedro II
completar 18 anos de idade e poder assumir o trono.
O primeira regência eleita para assumir o poder do
Brasil foi formada por três pessoas, e por isso se
chamava Regência Trina. Uma das primeiras medidas
foi criar a Guarda Nacional, e a partir de então o Brasil
tinha um exército oficial.
Primeiros uniformes da Guarda Nacional

Porém, em 1835 houve uma reforma política, e nela foi


determinado que apenas um regente eleito pela
população poderia ficar no poder. Naquela época apenas
as pessoas ricas podiam votar para escolher quem seria o
regente.
O padre Diogo Antônio Feijó tornou-se regente. Foi um
período agitadíssimo, cheio de rebeliões para todos os
D. Pedro de Alcântara, lados. Muitas rebeliões pipocaram nas províncias, por
de Arnaud Pallière. Óleo todo o Brasil.
sobre tela, c. 1830. Elas queriam poder governar de acordo com sua
vontade, e não depender da província mais poderosa, que
era a do Rio de Janeiro, onde ficava nossa capital. Algumas
províncias queriam até se separar do Brasil e proclamar a
República. Mas acabaram sendo reprimidas (por isso é
que não existem vários "Brasis"). Más não foi por falta de
tentativas, pois revoltas não faltaram....

Já ouviu falar dos Três Poderes? Não, não se trata de pedra, papel, tesoura ou coisas do tipo. Trata-se
dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que conduzem as ações de todos os países
democráticos no mundo. Foi o filósofo francês Montesquieu quem tratou pela primeira vez da divisão
dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Montesquieu, depois de muito estudar o assunto, concluiu que “tudo estaria perdido se o mesmo
homem, ou o mesmo grupo de homens, exercessem os três poderes, o que faz leis, o que executa as
leis e o que julga os crimes. Por isso, a importância da separação dos poderes. Mas atenção! Apesar de
separados, eles devem trabalhar de forma harmônica e coordenada, controlando as ações entre si.
Nenhum deles “manda” mais que o outro.
Más no Brasil o Imperador Pedro I fez tudo ao “jeitinho Brasileiro”. Em 1824, na criação da primeira
constituição do Brasil, o imperador temendo ser desrespeitado e querendo garantir sua soberania criou
um poder neutro capaz de ajustar e regular os outros três poderes. Era o Poder Moderador! Que
garantia a D. Pedro o poder de barrar decisões e impedir qualquer medida que não lhe parecia correta.
Sim, tínhamos um Brasil com constituição e divisão de poderes como qualquer país republicano da
época incluindo o voto garantido – mesmo que só aos homens ricos – más onde no fim das
contas o imperador tinha poderes Absolutos. O Brasil é único, não acha?
Que tal ser o país dos
coronéis?
O coronelismo
milícias civis, e não
A Guarda Nacional era formada por
va ligada ao Exército.
por militares, uma vez que não esta
rior deveria haver uma
Em cada cidade ou vila do inte
posto mais alto era o de
unidade da Guarda Nacional. Seu
pre ocupado pelo chefe
coronel, cargo que era quase sem
a os interesses dos
político do lugar, que representav
a, a criação da Guarda
grandes fazendeiros. Dessa form
local dos grandes
Nacional consolidou o poder
proprietários de terra.
conhecido como
Surgia, assim, um sistema político
era o poder local dos
coronelismo. A base desse sistema
coronel, geralmente um
coronéis do interior (daí o nome). O
trolava a vida da família,
grande proprietário de terras, con
os, dos colonos que
dos filhos e afilhados, dos agregad
comerciantes locais. O dos do coronel
trabalhavam em suas terras e dos Fotografia de família e agrega
na vida política brasileira João Heráclio. Casinhas (PE),
década de 1920.
coronelismo teve muita influência
er político sobre as
até meados do século XX. O pod
nel ocorria por meio
pessoas que viviam próximas ao coro
proteção e também da
da troca de favores, da oferta de
m contrariasse seus
ameaça de violência contra que
interesses. diversos grupos de
No presente, existem
no país. Pesquise
milícias atuando
LEIA O TEXTO: ito desses grupos e
informações a respe
quais são os riscos
discuta com os colegas
para a democracia
que as milícias oferecem
atualmente.
de 1810 a e os direitos humanos
quase meio século –
[...] Sabe-se que por sistir às
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1850 – as elites br o que só __________________________
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voltas
R o Brasil
e
Por to d
Não foi fácil manter um país com território e taõ grande como o Brasil unido. Todo o
poder ficou focado no Rio de Janeiro e outars regiões não estavam nada felizes com
esse idéia de Monarquia.

urante o período em que se esperava que o


príncipe D. Pedro II atingisse a maioridade, o poder dos
regentes ficava centralizado no Rio de Janeiro.
Dentro de um contexto em que não havia um governo forte
e que a grande parte da população sofria por falta de
recursos básicos, surgem as principais revoltas regenciais.
Essas rebeliões aconteceram em diversas partes do Brasil.
Entre seus participantes estavam os pobres, pessoas das
camadas mais altas da sociedade da época e até mesmo os
escravos. O que diferenciou as causas reivindicadas pelos
revoltosos, foram os problemas locais. Por isso cada revolta
teve seus próprios motivos e participantes diferenciados. Breves em 25 de novembro de 1842. Obra de Adalbert Heinrich Wilhelm,
príncipe da Prússia, produzida em 1847, cabanas construídas à beira de um rio
na cidade de Breves, no Pará

Até que o governo do Brasil resolveu estragar a


festa, mandando uma tropa militar enorme para lutar
contra os cabanos. A Maior parte dos revoltosos
foram presos e mortos. Cerca de 100 mil pessoas
morreram e o Pará continuou sendo parte do Brasil.
Com a ascensão de Dom Pedro II ao trono, em 1840,
os prisioneiros que ainda restavam foram anistiados.

GUERRA
CABANAGEM DOS FARRAPOS
( de 1835 a 1840) ( de 1835 a 1845)

Tudo começou com a elite do Pará (os cheios da grana!), Todo mundo sabe que o Rio Grande do Sul sempre
que queriam escolher o presidente da sua região e não dar foi fera em churrasco. Agora o que talvez você não
satisfação de seus lucros para o governo. Muita gente saiba é que a carne foi um dos motivos para estourar a
gostou da ideia! Os negros, índios e mestiços, que tinham Guerra dos Farrapos em 1835. Ora, além dos gauchos
uma vida muito difícil vivendo em palafitas na agua ou odiarem a ideia de que o governo central escolhia o
cabanas de palha (por isso o Nome Cabanagem) sonhavam presidente da província do Rio Grande, eles também
com uma vida mais justa, também apoiaram a ideia do Pará ficaram furiosos com o comércio de carne argentina no
ficar independente do resto do Brasil. Então, todo mundo se Brasil (muito mais barata que a carne do Rio Grande do
uniu. Sul, pois os “hermanos” não pagavam impostos!).
Os revoltosos formaram um exército de quase 5 mil Depois de algumas reuniões, um grupo interessado
homens e, em janeiro de 1835, conquistaram Belém, em separar o Rio Grande do Sul do Brasil e proclamar a
mataram o presidente do Pará e ficaram no governo por República resolveu tomar Porto Alegre e destronar o
quase um ano! Porém os mais pobres, os cabanos, foram presidente da Província. Começa então uma guerra
tomando conta da revolução e os mais ricos foram saindo que durou 10 anos!
de cena.

O termo " Guerra dos farrapos" foi uma piada sobre à falta de
uniforme dos participantes da rebelião. O exército que SABINADA
defendia o Império ganhava algumas vezes e o exército que (1837-1838)
lutava pela República Rio-Grandense ganhava outras liderado
por Bento Gonçalves. Até Santa Catarina, comandada por
Giuseppe Garibaldi, entrou na briga ao lado dos gaúchos, mas
logo a revolta chegou ao fim. Em 1842 foi enviado à região Luís
Alves de Lima e Silva - o barão de Caxias -para dominar a
situação.
Em 1845 foi assinado um acordo de paz – Acordo de Ponche
Verde – que entre outras coisas estabelecia anistia geral aos
rebeldes. Os gaúchos voltavam a fazer parte do Brasil com
algumas condições: ninguém que lutou contra o Império iria
preso, os escravos que lutaram na guerra foram libertados, os
farroupilhas escolheriam seu novo presidente e as carnes
argentinas agora pagariam impostos! No fim até que valeu a
pena. Qual a sua opinião? Fotografia do Forte de São Marcelo, na baía de Todos-os-Santos, em
Salvador (BA), 2014. Esse local funcionou como prisão, para onde foram
levados Francisco Sabino e os demais participantes da Sabinada.

Em 7 de novembro 1837, os baianos, também


revoltados com o governo regente e suas
imposições, lutaram e proclamaram a República
Bahiana, comandada pelo médico Francisco
Sabino Vieira (dai o nome sabinada). Acontece
que Sabino tinha um jornal e escrevia
convencendo o povo a separar a Bahia de todo o
Brasil e organizar uma república com caráter
provisório, até a maioridade de D. Pedro II. Porém
os escravos e os fazendeiros não aderiam ao
movimento e a República Baiana só existiu
mesmo em Salvador. Assim ficava fácil para o
exército do Brasil, que cercou a cidade, em
O casal Giuseppe e Anita Garibaldi participou de combates da Revolução Farroupilha e da
unificação italiana (na Europa). Anita era brasileira e conheceu Giuseppe na tomada de março de 1838, e reprimiu a revolta.
Laguna, em Santa Catarina. À esquerda, Alegoria da Revolução – Anita Garibaldi,
pintura de Johann Moritz Rugendas, 1846-1848.À direita, retrato de Giuseppe Garibaldi
feito em Caserta, na Itália, em 1860.

BALAIADA
(1838-1841)

Havia no Maranhão dois grupos: os que apoiavam as


decisões conservadoras do governo e aqueles que eram
contra elas e queriam liberdade. Em 1838, estes dois grupos
iniciaram uma das lutas mais sangrentas do Brasil. Mas a
briga foi tão grande (havia proprietários de terra, escravos,
comerciantes...) que saiu do controle e de repente os motivos
dos combates eram outros: escravos revoltados com suas
condições de vida, brancos e mulatos lutando uma guerra
racial.
O mulato Manuel dos Anjos Ferreira chamado de Balaio
(artesão de balaios) foi o mais famoso desta revolta e entrou
na briga dizendo que o governo queria mesmo exterminar
todos os mulatos. A história pegou fogo, negros e escravos
tomavam conta da Balaiada. Foi quando o coronel Luís Alves
de Lima e Silva (O futuro Duque de Caxias) trouxe uma tropa HQ BALAIADA – A GUERRA DO MARANHÃO. Iramir Araújo
imperial para o Maranhão e venceu os Balaios já em 1841. (roteiro) e Ronilson Freire e Beto Nicácio (arte).
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- Descreva a seu modo o que foi o movimento


da Cabanagem. Quais regiões hoje fizeram
parte do movimento?

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________

02- Descreva a seu modo o que foi a Guerra dos


farrapos. Quais regiões hoje fizeram parte do
movimento?

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03-Quais dessas revoltas contaram com intensa participação de escravizados?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04 -Após os debates em sala e os apontamentos do(a) professor(a) resuma os motivos de tantas revoltas no reinado
de D. Pedro I:
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__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

Lanceiros negros:

01- Quais os principais motivos que levaram os
Leia o texto a seguir sobre os lanceiros negros,
lanceiros negros a ingressar na luta?
nome pelo qual ficaram conhecidos os escravizados
que lutaram na Farroupilha em prol da liberdade
deles. _____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
cravos às suas
incorporaram es _____________________________________________________________
[O]s farroupilhas erdade após
do em troca a lib
fileiras, prometen na alforria, alguns
conf lito. De olho _____________________________________________________________
o fim do s [...] para aderir
das propriedade
negros fugiram r senhores de
ram cedidos po _____________________________________________________________
à luta. Outros fo o. Já senhores
am a revoluçã
terra que apoiav podi am ter seus
co nt rário s ao movimento _____________________________________________________________
ados à força [...].
escravos captur entos os
em alguns mom _____________________________________________________________
Estima-se que nh ecid os estes
s ne gros , com o ficaram co
lancei ro do metade do _____________________________________________________________
ld ad os , tenh am representa
so
ense. [...]
exército rio-grand _____________________________________________________________
erreiros
, Cristian Jobi. Gu
s Pereira; SALAINI cional, n. 58,
OLIVEIRA, Viníciu da Bib lio tec a Na
vista de História jul. 2010.
descartáveis. Re

Segundo o texto, o que havia em comum entre


as rebeliões regenciais?
02-Leia com atenção o texto
a seguir e responda às ________________________________________________________________________________
questões propostas.
________________________________________________________________________________
As rebeliões nas províncias, na época da Regência,
exprimem um desejo de autonomia. Impulsionando essas
rebeliões encontramos atos políticos que pretendiam
________________________________________________________________________________
resolver a questão da opressão econômica e fiscal das
províncias. O governo central do país arrecadava impostos ________________________________________________________________________________
e os distribuía do jeito que bem entendia, não se
interessando em realizar as obras que as províncias
________________________________________________________________________________
reclamavam.
No caso do Nordeste, existem ainda outros fatores que
provocaram as rebeliões: a existência de massas pobres e
livres; a escravidão; o declínio das exportações de O texto afirma que “A Cabanagem e a Balaiada
algodão, fumo e açúcar; a paralisação socioeconômica da desmentem a lenda de que o povo brasileiro é
região; o descontentamento dos comerciantes brasileiros
pacífico e acomodado”. Por quê? Você concorda
e dos latifundiários com o predomínio do comerciante
varejista português. com essa ideia?
A união de fatores sociais e reivindicações políticas deu
um ritmo próprio aos grandes levantes do Norte e do ________________________________________________________________________________
Nordeste, como a Cabanagem e a Balaiada. A Cabanagem
e a Balaiada desmentem a lenda de que o povo brasileiro
é pacífico e acomodado. As grandes massas brasileiras, ________________________________________________________________________________
formadas por pessoas extremamente pobres, lutaram
sempre. Apenas nunca conseguiram dar a essa luta a força ________________________________________________________________________________
da união e da continuidade.

________________________________________________________________________________
LOPES, Luiz Roberto. História do Brasil imperial.
Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. p. 54-56.
________________________________________________________________________________
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01-Observe com atenção as charge a seguir, leia as legendas e, depois, faça a atividade.

Constituição, charge de Jean Galvão. Folha de S.Paulo, 17 nov.


Todo brasileiro tem direito a moradia, 2010.
charge de Jean Galvão. Folha de S.Paulo,
7 nov. 2008

04 - A partir do que você aprendeu sobre a atual Constituição federal e retomando os debates feitos em sala de
aula, reflita a respeito das charges acima, feitas pelo cartunista Jean Galvão. Escreva uma redação com suas
ideias acerca de cada charge, considerando os seguintes temas:

cidadania; direitos; deveres; igualdade.

_______________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Que tal ser uma mulher
nos tempos do império?

brasileira era patriarcal. Em


Durante o século XIX, a sociedade
sas aos homens e deviam
geral, as mulheres eram submis
. Educadas para se ocupar com
obediência aos seus pais e maridos
s, deviam exercer atividades
os serviços domésticos e os filho
sociedade em que a autoridade é
apenas dentro de casa. Patriarcal:
exercida pelos homens.
que trabalhar fora de casa
As mulheres pobres, porém, tinham
lar. Já as escravizadas realizavam
para contribuir com o sustento do
seus senhores e senhoras.
os mais diversos tipos de serviços para
s aceitavam passivamente essa
No entanto, nem todas as mulhere
m as regras impostas pela
situação. Várias delas confrontara
o a escritora Dionísia Gonçalves
sociedade patriarcal da época, com
Pinto (1810-1885).
vivia em uma pequena cidade
Nísia Floresta, como era conhecida,
anos, já dominava os idiomas
do Rio Grande do Norte. Aos 20
ursora das ideias de igualdade
francês e italiano. Considerada a prec
s no Brasil, ela escreveu vários
e de independência das mulhere
heres e injustiça dos homens, de
livros, entre eles Direitos das mul
1832. Floresta, uma mulher
Capa da biografia Nísia
po, de Constância Lima
à frente do seu tem
Duarte, 2006

Agora, responda às questões:.

lturais para realizar


cis ara m rom pe r muitas barreiras cu
do século XIX pre de patriarcal da
No Brasil, as mulheres s qu e nã o era m be m-vistas pela socieda
tinham interesse, ma uisa.
atividades pelas quais cessário, faça uma pesq
s atuais , no século XXI, isso mudou? Se ne
época. E nos dia
___________________________
____________ ___ ___ ___ ___ ___________________________
_______________
.__________________________
_______________________
_________ ___ ___ ___ ___ ___ ___________________________
__________________
___________________________ _________________
______ ___ ___ ___ ___ ___ ______________________________
________________________
___________________________ ______________
___ ___ ___ ___ ___ ______ ______________________________
___________________________
___________________________

sociedade?
en tre as mu lhe res segundo seu lugar na
to
diferença de tratamen
Segundo o texto havia
Explique ___________________________
_________ ______ ______ ___ ___________________________
_______________
.__________________________
_______________________
______ ______ ______ ___ ______________________________
__________________
___________________________ ____________________
______ ______ ______ ___ ______________________________
_____________________
___________________________

_
O GOLPE DA MAIORIDADE

UMA FAMÍLIA PARA D. PEDRO

isputas, guerras, rebeliões, revoltas, o Brasil


estava em uma crise política que levaria a
separações de províncias e até mesmo ao fim do
império. A única forma de impedir isso seria pondo
fim nos conflitos. Para isso era necessário à presença
de um líder soberano. Mas isso só seria possível
quando Pedro de Alcântara completasse 18 anos.
Foi então que os liberais propuseram alteração na
Constituição, pressionando o senado a antecipar a
maioridade. Com isso Pedrinho, que tinha 14 anos e
sete meses, foi considerado maior de idade e no dia
23 de julho de 1840, empossado imperador do Brasil,
passando a se chamar Dom Pedro II.
Mais um reinado para o Brasil. Ao menos dessa vez
o imperador do Brasil era um brasileiro, um rapaz de
apenas 14 anos de idade! D. Pedro já começa a
governar com um monte de abacaxis para descascar!
A rebelião dos farrapos no Rio Grande do sul
continuava e só acabaria em 1845, também havia a
preção da Inglaterra pelo fim do trafico de escravos.
E o que fazer para que o imperador ainda
adolescente parecesse mais adulto, coloca-lo em um
banquinho para parecer mais alto? Errou feio, errou
rude! Para começar ele deixa a barba crescer é claro,
e para completar logo lhe arranjaram um casamento.
Pobre Pedrinho! A escolhida foi Tereza Cristina Maria,
do reino das Sicílias (sul da Itália). Ela era 4 anos mais
velha que Pedro II mais o acordo saiu. O Problema foi
que ele achou a moça feia e custou a aceitar o
O ato da coroação do imperador D. Pedro II, François-René casório.
Moreaux. Óleo sobre tela, 1842. Más o casamento saiu e o Imperador já de barba e
agora homem de família teria 4 filhas, sendo que uma
delas Isabell acabaria assinado a Lei Aurea, que
libertaria os escravos em 1888.

Modernização do Brasil
Leia a seguir os trechos de dois discursos, um feito por dom Pedro II e outro pelo deputado do Partido
Conservador João José de Oliveira Junqueira (1832-1887), que representava os interesses de empresários.
Ambos foram realizados no contexto de implementação da malha ferroviária no Brasil no século XIX. Após
analisá-los, responda às questões.

Espero que em breve tempo estarão definitivamente estipuladas as Unir os centros produtores aos mercados é, em nossas
condições dos contratos para construção das duas estradas de ferro […]. circunstâncias atuais, a mais importante questão
As estradas de ferro e a navegação dos nossos grandes rios são econômica. Para isso convém melhorar e desenvolver
empresas que, servindo de incentivo a outras de semelhante natureza, as estradas comuns, os caminhos de ferro, a navegação
podem maior impulso dar aos melhoramentos materiais que mereceram fluvial a vapor e as linhas telegráficas, que suprimem as
tão especial atenção da legislatura passada e que serão o objeto dos distâncias. A uberdade e riqueza do nosso solo retribuirão
mais desvelados esforços da atual. Tais melhoramentos são sem dúvida amplamente os sacrifícios feitos para fim tão útil.
um dos meios mais poderosos de promover a grandeza e prosperidade

do Império. [...] MARQUES, Joaquim C.; FERREIRA, Cristiano (org.). Falas do Trono. De

dom Pedro I, dom Pedro II e Princesa Isabel (1823-1889).
MARQUES, Joaquim C.; FERREIRA, Cristiano (org.). Falas do Trono. De dom Pedro
I,dom Pedro II e Princesa Isabel (1823-1889).]
Segundo
Reinado
O governo de P. Segundo durou 50 anos e foi Marcado por Avanços, retrocessos, o fim da escravidão e uma
Grande Guerra que daria início ao prórpio Império do Brasil.

á nos anos iniciais, D Pedro II enfrenta seu


batismo de fogo! Ele precisou lhe dar com interesses
opostos de brasileiros e ingleses. Por um lado a pressão
da Inglaterra para barrar o tráfico de escravos e por um
fim na escravidão no Brasil. Isso se justificava pelo fato
de que a substituição do trabalho escravo pelo
assalariado abriria um amplo mercado consumidor para
a indústria Inglesa.
Era nessa fatia que os ingleses estavam de olho.
Entretanto, havia um problema: justamente os ingleses
eram os maiores importadores do café brasileiro,
enquanto mais importavam, mais escravos chegavam ao
Brasil para trabalhar nas lavouras aumentando o
tráfico negreiro.
De outro lado, as maiores fortunas do país, e
consequentemente o poder, estavam nas mãos destas
Pessoas escravizadas trabalhando no terreiro de uma
duas classes sociais — a de traficantes de escravos e fazenda de café na região do Vale do
dos fazendeiros (Barões do café). O imperador não Paraíba, c. 1882.
podia nem pensar em mexer nesses dois setores o que
O jovem imperador ainda teve que evitar o
arrastou o fim da escravidão definitiva no Brasil por mais
progresso da Revolução Farroupilha(lembra). E mal
de 30 anos.
havia terminado uma revolução outra explode na cara
O imperador também tinham que lhe dar com dois do Império! Foi a revolta dos liberais exaltados de
grupos políticos que disputavam a influênciano Pernambuco, que constituíam o Partido da Praia. Em
governo. Os Liberais, responsaveis pelo golpe da 1848, o partido dos liberais exaltados se revoltaram
maioridade defendiam mais participação das classes devido a situação de Pernambuco, onde o poder
urbanas e comerciais. Já os conservadores econômico era dominado pelos grandes fazenderios e
representavam os grandes barões de café e a pelos comerciantes portugueses.
centralização do poder nas grandes propriedas ruais e O povo em geral vivia em permanentes dificuldades
escravocratas. . Lembremos que no Império e até econômicas. Pedro Ivo e Borges da Fonseca
mesmo nos anos iniciais da República a participação da destacaram-se entre os principais líderes praieiros. A
população na política era reduzidíssima. Liberais e Revolução Praieira tinha um programa político liberal
Conservadores estavam longe de representar a opinião democrático e era inspirada na Primavera dos Povos
do povo, logo suas participações no poder que aconteceu na Europa! Mas não dispunha de
governamental dependiam do relacionamento com suficientes recursos militares para enfrentar as tropas
repressoras do Império e foi sufocada em 1850.
imperador.
Enquanto isso o café se tornava o principal produto
de exportação brasileiro, fazendo sucesso nas mesas
aqui e lá fora (hum, vamos tomar um café?). Boa parte
do lucro com o café foi investido na indústria,
principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de
Janeiro, o que favoreceu o processo de industrialização
do Brasil.
O surgimento da indústria cafezeira trouxe também
para o país um grande movimento migratório de
europeus, italianos em sua maioria, que chegaram para
aumentar a mão de obra nos cafezais de São Paulo e
substituírem a mão de obra escrava que, devido a
pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise.
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- No texto "MoIdenização do Brasil " identifique nos documentos o principal argumento usado por dom Pedro II
para justificar os investimentos em transporte ferroviário.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02- No texto "MoIdenização do Brasil " ao comparar os dois textos e os argumentos desenvolvidos neles, podemos
dizer que os interesses do imperador e dos empresários convergiam ou se distanciavam em meio ao debate sobre a
expansão das ferrovias? Justifique.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03-Explique o que foi o chamado Golpe da Maioridade. Por que os políticos brasileiros optaram por colocar uma
criança no poder?

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___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04-Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:


a) Cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores
rurais.

b) a decretação do fim da escravidão ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do
Paraíba, consolidando o escravismo.

c) de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente.

d)s estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de
solucionar a questão dos transportes.

05- A Revolução Praieira de 1842-1849 foi também inspirada por acontecimentos que estavam ocorrendo em solo
europeu contra as forças conservadoras do Antigo Regime. Qual era essa inspiração?

a) Guerras Napoleônicas c) Primavera dos Povos

b) Comuna de Paris d) Revolução Francesa


INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- No texto "Trabalho escravizado nos cafezais" o historiador Denis Cardoso aponta que tipos de obrigações
impostas aos escravos?

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02- Segundo o texto de que formas o surgimento da indústria cafezeira modificou o Brasil?

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03- leia o texto sobre os Imigrantes no Brasil e responda a questão:

O Dr. Heusser informou-nos em seu relatório que certas senhoras


quase extenuadas pela malária foram forçadas ao trabalho sob
ameaças; que certo fazendeiro, tendo adquirido a propriedade de
um sitiante juntamente com os colonos deste último, foi ao ponto
de espancar tais colonos por se terem recusado a subscrever um
contrato proposto pelo mesmo fazendeiro, que eles não desejavam
como patrão. Recusa que, aliás, de nada serviu… Desse tratamento
para os castigos corporais a que estão sujeitos os negros só há um
passo. E as prisões, as multas em dinheiro que podem ir de $1000 a
$100.000 por delitos tais como hospedagem a estranhos, saídas da
fazenda sem licença prévia, protestos por irregularidades na
pesagem ou medidas dos gêneros, queixas aos magistrados, e
Imigrantes no fim da colheita de café em uma fazenda de São Paulo. Na imagem, é essas penas impostas não pelas autoridades competentes, mas
possível notar que havia homens, mulheres e crianças trabalhando na colheita. Hoje, o pelos senhores fazendeiros ou diretores, que não as revogam senão
trabalho infantil é proibido no Brasil e em vários países do mundo. Museu da Imigração
do Estado de São Paulo. em circunstâncias especiais?
DAVATZ, Thomas. Memórias de um colono no Brasil.
São Paulo: Martins Fontes, 1972

04- De onde vieram os colonos imigrantes relatados no texto? Que denúncias Thomas Davatz faz no trecho
selecionado? Pode-se dizer que os colonos estavam sujeitos às vontades dos proprietários da fazenda? Por quê?

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Mauá o Imperador e o Rei
m dos homens mais importantes da história Caindo nas graças do Imperador virou Visconde e
do Brasil Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido chegou a ter 17 investimentos no País de companhia de
como “Barão de Mauá” foi um brasileiro inovador em navegação a Bancos e empresa de iluminação a gás no
tempos de atraso. Não é atoa que os anos de maior RJ. No auge de seus negócios em 1860 sua fortuna hoje
avanço no império que foram de 1850 a 1870 ficam estaria avaliada em 250 bilhões de reais! Sim, ele era de
conhecidos como “Era Mauá”. Em 1854 Mauá longe o homem mais rico do Brasil. Por sua riqueza e
inaugurou a primeira ferrovia do Brasil: a “ Pedro II”, bem feitorias no Império havia o dito no Brasil existem
que ligava o Rio a cidade de Petrópolis que era o " O imperador( D Pedro) e o rei (Mauá)"
destino de férias favorito de imperador. Claro que em um país agrário e escravista um homem
como Mauá não se daria bem por muito tempo.
Perseguido pelos senadores com o apoio do próprio
imperador Mauá acaba barrado em seus planos de
modernizar o Brasil e termina seus dias pobre, más
quitando todas suas dividas e sem dever a ninguém!

Fundição e estaleiro
da Ponta da Areia,
em Niterói (RJ),
1850-1856. Gravura
de P. G. Bertichen.
O estaleiro de Mauá é
um indício importante
da modernização
econômica vivida pelo
Império na época.

O BRASIL DOS IMIGRANTES


Desde a Revolução Industrial muitos Europeus saíram O Brasil queria atrair sua parcela desses Europeus
de suas terras natais para buscar uma vida melhor, de alguma forma. Más como? Criando um sistema
principalmente aqueles habituados a viver da terra e que chamado de parceria: o Governo Brasileiro prometia
não viam um lugar para si nas cidade Industriais. O pagar a viagem dos imigrantes e ao invés de pagar
destino mais buscado eram os Estados Unidos da salários pelo trabalho nas lavouras de café, prometia
América que na Europa era conhecido como terra das parte dos lucros das colheitas. Um bom negócio, não
oportunidades. é? Muitos europeus, principalmente os Italianos vieram
em peso para cá.
O problema foi que a divida da viagem nunca
acabava e os imigrantes tinham que fazer mais dividas
com os fazendeiros para sobreviver. A frustração dos
imigrantes levou a resistência ao trabalho, barrou a
imigração e fez os governos da Europa a aconselhar os
cidadão de lá a não migrarem para o Brasil.
QuAeLeta um
l Te
i de s lei de terras
rraa

para enriquecer fazendeiros


já ricos?

NO BRASIL
A QUESTÃO DAS TERRAS
das terras do Brasil foi baseado no
início da colo niza ção , o modelo de ocupação e exploração
Desde o des lotes de terra aos
siste ma de sesm arias, no qua l o rei de Portugal distribuía gran
latifúndio, por meio do s homens tinham a obrigação de
eda l. Para tere m o dire ito de permanecer nas sesmarias, esse
homens de cab colonos portugueses.
as por mei o da agri cult ura, exp ulsar os indígenas e povoar com
tornar as terras produtiv retomar as terras para si.
pris sem essa s obri gaç ões , o gov erno de Portugal tinha o direito de dos
Caso não cum gerou conflitos sobre a demarcação
il entre o século 16 e o século 19,
Esse sistema, que vigorou no Bras eiros. A falta de controle
das sesm arias e a con ces são do título oficial da propriedade aos sesm
limites territoriais disputas entre sesmeiros e pequen
os
erno port ugu ês pelo ime nso terr itório do Brasil também acarretou
do gov
agricultores. se
rietários causou um problema que
diss o, a que stão da con cen traç ão de terras nas mãos de poucos prop
Além
ste,
reflete no Brasil até os dias de hoje
. Latifundiário do Norde
século XIX.
se de terras no Brasil cred itam à política das sesmarias a raiz
agrária e da pos
[...] Muitos dos estudiosos da questão igualdade social estaria na
no Bras il, bem com o os con flitos pela posse da terra. A raiz da des
dos latifúndios undo o Atlas
s de pou cos , fam ílias ou emp resa s, em detrimento de milhares. Seg
concentração de terras nas mão riedades rurais no país são
ituto Nac iona l de Colo niza ção e Reforma Agrária (Incra), 3% das prop
Fundiário do Inst uráveis. [...]
e ocupam 56,7% das terras agricult
latifúndios – mais de mil hectares –
ia Ataide.
VIDAL, Marly Camargo; MALCHER, Mar
Sesmarias. Belém: Iterpa,2009.

DICIONÁRIO:
Cabedal: riqueza, bem
material e financeiro.

Fundiário: relativo a
terras agrícolas.

Albernaz que mostra


Mapa de João Teixeira 7.
sesmarias na Bahia, 162
A Lei de Terras
da
arias no Brasil. Porém, não foi cria
Pedro I proibiu a doação de sesm
No Primeiro Reinado, em 1823, D. , muitas terras foram
ão para regu lamenta r a pos se de terras públicas no país. Com isso
nenhuma legislaç
os agricultores.
ocupadas por latifundiários e pequen do Brasil, em sua
a con tinuou até o iníc io do Seg undo Reinado, quando a elite política
Essa situação indefinid as, em 1850.
rietários rurais, aprovou a Lei de Terr
maioria grandes escravocratas e prop o do tráfico de
dor Mar cio Bot h, essa lei está diretamente relacionada à proibiçã
De acordo com o hist oria
Leia o texto a seguir.
pessoas escravizadas para o Brasil.

dia pelo
r do latifundiário se me
[...] Até então, o pode lmente
seu controle, principa
número de pessoas sob nteiras
que a terra não tinha fro
escravos. Em épocas em assem a
mentos que comprov
definidas nem docu istro, ga rantiam
sim, tinham reg
titularidade, os escravos, mo ga rantia
eram até utilizados co
segurança financeira e a ca minho,
abolição da escravidão
em empréstimos. Com a ente em
transformada definitivam
a terra precisava ser iário foi
or. O poder do latifund
mercadoria e ganhar val
para a terra.
passando dos escravos
[...] lizou
anos, Lei de Terras oficia
WESTIN, Ricardo. Há 170 , 14 set.
ifúndios. Agência Senado ste,
opção do Brasil pelos lat 2020. Latifundiário do Norde
século XIX.

das propriedades rurais,


u a cob rança de altas taxas para a regularização
A Lei de Terras determino ial da propriedade.
que peq uenos agricultores conseguissem o título ofic
impedindo

Agora, responda às questões:

s e o nascimento de
o em sa la, qu al a relação entre as sesmaria
e foi debatid
Segundo o texto e o qu
Brasil?
grandes latifúndios no
_______________
___ ___ ___ ___ ______ _________________________________
___________________________
.__________________________ ___________
______ ___ ___ _______________________________________
___
___________________________
___________________________

to aponta que reforçam


z da de sigua lda de no Brasil? Quais dados o tex
estaria a rai
Segundo o texto onde
esse discurso? ________________________
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de no Brasil?
o seu pa pe l his tórico na pobreza e desigualda
de terras e qual
Explique o que foi a lei ___________________________
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ARQUIVOS DO IMPÉRIO
LEIS PARA
INGLÊS VER!

Com a Revolução Industrial a todo vapor não demorou


muito para a Inglaterra começar a fazer uma pressão
daquelas, com a intenção de acabar logo com a escravidão.
O Brasil sabia que teria de aceitar as condições inglesas.
Afinal, devia muito, mas muito dinheiro mesmo, à Inglaterra!
Mas nosso país segurou as pontas até o limite: afinal, toda
sua economia estava baseada no trabalho escravo!
Eram mais de 300 anos de escravidão, e não dava para
acabar com ela de uma hora para outra. Por isso, foram
criadas várias leis que proibiam aos pouquinhos, muito de
leve, a escravidão, só para enganar a Inglaterra. Um exemplo
disso foi uma lei de 1831, o ano em que D. Pedro I voltou para
Portugal. Nessa lei, o Brasil diz que acaba com o tráfico
negreiro (a "importação" de negros da África para
trabalharem no Brasil como escravos). Que nada! O tráfico só
africana
Europeus marcam uma mulher acabou mesmo em 1850! A lei foi só "para inglês ver",
na costa da Áfri ca, ante s de ser
tad a por nav ios neg reir os literalmente!
traspor

LEI EUZÉBIO DE QUEIROZ


(1850)
vir da
Com medo das represálias que poderiam
da Justi ça Eusé bio de Quei rós,
Inglaterra, o ministro tráfico
u um proje to de lei para a extin ção do
apresento
os navios
de escravos. A questão era que muit houve o
r escra vos cland estin os, e
continuavam a traze Livre
aume nto do comé rcio de escra vos no Próp rio Brasil, Lei do Ventre
para a regiã o cafee ira de são

principalmente do Nordeste
Paulo. (1871)
Essa lei decretava que todos os filhos de escravos
nascidos no Brasil a partir de 1871 deveriam ser
.
matriculados no registro nacional e considerados livres
Lei dos Sexagenários Porém o dono dos escravos que tivessem filhos tinha,

(1885) porém, a opção de escolher quando daria a liberdade


de fato a eles.
A opção tratava que o senhor de escravos poderia
21
ida como Lei dos permanecer como tutor dos filhos de escravos até os
A lei Saraiva-Cotegipe: mais conhec anos, e aí ele seria obrigado a libertá-los, sem receb er
todos os escravos
Sexagenários, aprovada em 1885, indenização. Havia a opção também do senhor de
libertados. A Lei
que completassem 65 anos seriam escravos libertar os filhos de seus escravos com 8 anos
já que um escravo
dos Sexagenários parecia piada, de idade, e, nesse caso, ele receberia uma indenização
vivia no máximo 40 ano s.
de 600 mil-réis.
A maior guerra travada na América do Sul e a maior da qual o Brasil participou.
Saimos vencedotres após 5 anos de sangrenta guerra. Más a que preço?

esde o período das independências das colônias Já o Paraguai, independente desde 1811, tinha o
Americanas o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina problema de não possuir saída para o mar. Era
criaram uma rivalidade devido ao território conhecido necessário navegar pelos rios da Bacia do Prata. Em
como Região do Prata. 1862 Solano Lopez assume a presidência do Paraguai.
Lopez tinah medo da aliança entre o Brasil e o partido
Colorado e se alia aos Blancos no Uruguai que agora
governavam o país.
A Bacia do Prata era uma bomba relógio e em 1964 a
bomba explode quando o Brasil e a Argentina invadem
o Uruguai e ajudando os Colorados arrancam o
Presidente do partido Blanco do poder.
Solano Lopez responde a invasão no Uruguai
declatrando guerra ao Brasil. Em 1864 ele toma navios
Brasileiros no rio Paraguai e no mesmo ano invade A
provincia do Mato Grosso. A Guerra estava declarada!
Brasil, Argentina e o Uruguai agora governado pelos
Colorados se unem e criam a “Tríplice Aliança” para
combater o ditador Paraguaio. Acontece que o Brasil
não estava preparado para guerra alguma e isso se via
nos números dos exércitos: enquanto o Paraguai tinha
65 mil soldados, o Brasil tinha apenas 18 mil homens, e
a Argentina, rá, meros 8 mil. A coisa estava desigual
mesmo com 3 países se unindo contra o Paraguai.

Em 1828, após a Guerra da Cisplatina( lembra?) surge


um novo país independente, o Uruguai. A questão é que o
Brasil continuou muito influente em seu ex-território.
Principalmente os criadores de gado gaúchos tinham
grande interesse no Uruguai, já que tinham terras e
criavam gado naquele país. O problema era que no
Uruguai assim como no Brasil haviam dois partidos que
disputavam o poder: Os Blancos e os Colorados.
No ano de 1839 estoura uma guerra entre os dois
partidos, e o Brasil toma um lado é claro. Inclusive
lutando e ajudando os Colorados ( comerciantes) contra
os Blancos ( fazendeiros de gado). Os Colorados vencem Fotografia, de autoria de desconhecida, extraída de álbum sobre a
e em troca do apoio favoreceram os fazendeiros Guerra do Paraguai, pertencente ao Marechal Deodoro
da Fonseca (1827-1892), mostra uma família paraguaia composta de
Brasileiros no comercio de carne na região. mulheres e crianças, por volta de 1867.
ás, D Pedro emite um decreto onde apenava pela criação dos “Voluntários da Pátria”, que
pretendia unir brasileiros ou seus escravos( enviados no lugar dos sinhozinhos) a lutar na guerra. O próprio
imperador se mostrou como 1° voluntário em uma fotografia. Ahh, o Brasil.
A guerra se estende por 5 longos anos, nesse período o famoso Duque de Caxias toma frente do exercito
de brasileiros, rendendo inclusive a ele mais tarde o titulo de Patrono do Exercito Brasileiro. O Paraguai não
suporta 5 longos anos de guerra e perdendo importantes batalhas como a Batalha naval do Riachuelo e a
maior batalha travada na América do Sul: A batalha do Tuiutí. Em 1870, já com a guerra vencida, D Pedro
avança para capturar lopes matando mulheres e crianças. A guerra devasta o Paraguai e deixa o Brasil
endividado com bancos ingleses.

Ilustração da revista Semana Ilustrada


incentivando o alistamento de mulheres brasileiras
para a Guerra do Paraguai, 1865.

e.
Leia o texto a seguir e faça o que se ped

reram nos campos abertos e nos


.... Muitos mataram e outros tantos mor
pela melodia do Hino Nacional e sob
lamaçais do país vizinho, embalados pode assumir
forjando ali, na mais violenta face que
a mesma bandeira verde e amarela, chegou a
. O historiador José Murilo de Carvalho
um Estado, um sentimento de unidade conhecer um
pela primeira vez, um paraense pôde
afirmar que nas trincheiras paraguaias, nto naciona l. Este fato,
aria a cimentar o sentime
gaúcho, e assim por diante, o que ajud plicaçõe s para a
entre irmãos de armas, traria com
mais do que um companheirismo
ocinou a guerra.
própria sociedade escravista que patr

de Hist—ria , 2013.
RODRIGO, Elias. Brava Gente. Revista

ada pelo texto. Esse


do Paragua i à unidade nacional mencion
Relacione a Guerra ção do sistema
un idade naciona l foi benéfico para a manuten
sentimento de
escravista?
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r
re hipóteses para explica
fique a opinião do autor do texto sobre isso e elabo
Identi
opinião:
por que ele sustenta essa
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INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

01- Segundo o texto quais avanços o Barão de Mauá fez no período Imperial? Explique o termo "Imperador e o rei"
usados na época?

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02- Quais problemas os imigrantes europeus enfrentaram ao chegar ao Brasil? Ligue a questão da imigração de
camponeses europeus com a Lei de Terras explicando o impacto na vida deles:

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03-A Lei do Ventre Livre foi decretada em 1871 e demonstrou que a abolição da escravatura no Brasil aconteceria
de maneira gradual — como desejava as elites econômicas. A respeito dessa lei, responda:

a) Foi criada pessoalmente pelo imperador D. Pedro II.


b) Determinava que os donos de escravos deveriam matricular todos eles em um registro nacional.
c) Não previa o pagamento indenização aos senhores pelos escravos indenizados.
d) Determinava que os escravos devessem ser libertados, sem exceção, aos 18 anos de idade.

04-Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:


a) Cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores
rurais.

b) a decretação do fim da escravidão ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do
Paraíba, consolidando o escravismo.

c) de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente.

d)s estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de
solucionar a questão dos transportes.
05 - Segundo o texto por que a Lei do sexagenário era cruel e parecia uma piada?

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06 - Em 1850 o trafico negreiro é proibido no Brasil. Más na pratica quais problemas ocorreram com a lei?

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07 -Em 1865, o acordo da Tríplice Aliança uniu quais países para a guerra contra o Paraguai?

a) Brasil, Argentina e Inglaterra b) Brasil, Argentina e Uruguai

c) Brasil, Uruguai e Bolívia d) Argentina, Uruguai e Bolívia e) Argentina, Uruguai e Inglaterra

08-“A guerra exterminou quase uma geração de paraguaios, arrasou povoados, fortificações e hipotecou o futuro
da arruinada nação”, escreveu o argentino Alejandro Maciel em "O Livro da Guerra Grande". Assinale a alternativa
incorreta:

a) Após a vitória sobre o Paraguai, o Exército brasileiro ficou fortalecido, e a monarquia, enfraquecida
b) A guerra impôs ao Paraguai uma forte retração demográfica.
c) O Exército brasileiro precisou formar o corpo de "Voluntários da Pátria" para a Guerra do Paraguai
d) Em 1864, o ditador paraguaio Francisco Solano López apoiou a intervenção brasileira no Uruguai
e) O Paraguai possuía indústrias e ferrovias, havia estatizado a economia e não dependia de recuros estrangeiros

09- Resuma aqui as consequências da guerra do Paraguai para ambos os Lados do conflito. pode se dizer que o
Paraguai foi o maior prejudicado? Justifique.

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10-O militar que comandou as forças dos três países contra o Paraguai recebeu, décadas depois, o título de
“patrono do Exército brasileiro”. Quem foi ele?

a) General Osório b) Almirante Barroso c) Duque de Caxias d) Bartolomeu Mitre


Que tal outras Versões sobre


a Guerra do Paraguai
oriadores. Segundo Boris
de modo distinto por diferentes hist
A Guerra do Paraguai foi interpretada trabalho de criação
rra é “um clar o exempl o de com o a História, sem ser arbitrária, é um
Fausto, essa gue Edusp, 1994. p. 203.).
pod e servir a vários fins ” (FAU STO , Boris. História do Brasil. São Paulo:
que
Guerra do Paraguai.
algu mas reflexõ es de Fau sto sobre as diferentes versões sobre a
Vejamos

conflito
Na versão tradicional da historiografia brasileira, o
mania e dos planos expans ionistas do ditador
resultou da megalo
paraguaio Solano López. [...]
ai uma
Atravessando a fronteira, encontramos no Paragu
como uma agressã o de
historiografia oposta. O conflito é aí visto
vizinhos poderosos a um pequeno país indepe ndente . [...]
esquerda,
Na década de 1960, surgiu entre os historiadores de
no León Pomer, uma nova versão. O conflito teria
como o argenti
ado pelo imperia lismo inglês. O Paragu ai era um país
sido foment
olvimento
de pequenos proprietários que optara pelo desenv
. Brasil e Argentina
autônomo, livrando-se da dependência externa
entes, basead as no comércio
definiam-se como nações depend
recurso s e tecnolo gia estrang eiros. Esses
externo e no ingresso de
sido manipu lados pela Inglate rra para destrui r
dois países teriam
a nação cujo caminh o não lhe convinh a. Além disso, os
uma pequen
do algodão
ingleses estariam interessados em controlar o comércio
para a indústr ia têxtil
paraguaio, matéria-prima fundamental
britânica.
co
Nos últimos anos, a partir de historiadores como Francis
Salles, surgiu uma nova explica ção. Não se trata
Doratioto e Ricardo
[...] mais
da última palavra no campo da História, mas de uma versão
concen tra sua
coerente e bem apoiada em documentos. Ela
dos no conflito . Tem a
atenção nas relações entre os países envolvi
er cada um desses países [...] sem
vantagem de procurar entend
cia do capital ismo inglês na região. Chama a
negar a grande influên
para o proces so de formaç ão dos Estado s naciona is
atenção, assim,
uma posição
da América Latina e da luta entre eles para assumir
dominante no continente. Soldado paraguaio, feito prisioneiro,
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1994. é acompanhado por um oficial de
p. 208-209.
cavalaria brasileiro (c. 1865-1870).

ajudam
a Guerra do Paraguai
uin te fra se: "A s dif erentes versões sobre
ras a seg
Explique com suas palav permanente construçã
o"
ten de r qu e a His tór ia é um conhecimento em
a en
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ESCRAVIDÃO
Comércio de almas no Brasil

esde o ciclo do Açúcar a mão de obra


escrava era a base que sustentava a economia no
Brasil. A escravidão era a base de lucro do comércio
triangular entre Portugal, África e o Brasil Colônia.
Milhões de Negros foram trazidos a América e forçados
a trabalhar vivendo em condições deploráveis.
E como vimos até aqui, a escravidão não teve fim com
a independência do Brasil, na verdade ela aumentou.
Assim em 1851 o Rio de Janeiro tinha uma
concentração de escravos igualada a da cidade de
Roma no auge de seu Império. As leis citadas
anteriormente e que supostamente dariam fim a
escravidão sequer tiravam o status de coisa e produto
dos negros escravizados. Um produto que gerava a
Senhora na Liteira com seus escravos, Bahia. 1860. fotografia
base da riquesa no Brasil dos Barões do Café. do intituto Moreira salles

Para se ter uma idéia, com o fim do tarfico negreiro um


escarvo passaria a custar 300 mil Réis, equivalente a
um carro de 50 mil reais hoje em dia. O escravo era um
dos produtos mais necessários e valiosos em um país
onde os brancos, principalmente a elite agrária, não
estavam afim de abrir mão da mão de obra escrava.
Más a Partir de 1870 os abolicionaistas (aqueles que
lutavam pelo fim da escravidão) começaram a se
organizar de forma mais intensa. Isso graças a dois
acontecimentos: o primeiro foi o descontentamento de
militares brancos e negros que lutaram na Guerra do
Paraguai. O segundo foi o fim da escravidãos nos EUA
após a guerra civil em 1865. Era claro, a escravidão
demostrava ser um atraso ao novo mundo
“Aplicação do Castigo do Açoite”, Industrializado. Por questões mais econômicas que
do francês Jean-Baptiste Debret
humanitárias o fim da escravidão estava próximo.

Essa charge,
produzida por Angelo
Agostini em 1887,
representa pessoas
escravizadas
fugindo de uma
fazenda
nquanto isso, no Parlamento e na imprensa Essa ideia foi transformada em teoria pelo médico
do Brasil ocorriam debates acalorados sobre a utilização brasileiro João Batista de Lacerda. Segundo ele, em
de trabalhadores livres nacionais nas lavouras de café. 100 anos, a contar de 1910, a população brasileira
Ocorre que, para boa parte da elite imperial, esses seria totalmente branca, por meio de intensa
trabalhadores – negros e mestiços em sua maioria – miscigenação; assim, os negros e os mestiços
eram considerados “preguiçosos e indisciplinados”. O desapareceriam das terras brasileiras. Mas não foi
racismo dessa elite era reforçado por teorias trazidas da isso o que aconteceu: pardos e pretos somam mais
Europa segundo as quais esses trabalhadores eram de de 50% da população brasileira atual.
“raças inferiores” e impediam o Brasil de se tornar um
país civilizado. Os brancos, por sua vez, eram vistos como
uma “raça superior”, única capaz de criar civilização.
Com base nessas teorias, muitos membros da elite
imperial defendiam a entrada maciça de europeus e o
consequente branqueamento da população brasileira
como único meio de se chegar ao progresso.

O FIM DA
ESCRAVIDÃO
e
e volta da Guerra do Paraguai os escravos Já os chamados cometas iam as fazendas
muit os
que lutaram pelo país se deparam com a
cruel ajudavam escravos a fugir. Enquanto isso
Neg ro Luís Gam a - que nasc eu
realidade da escravidão . Muito s são captu rados de advogados com o
ou escr aviza do até os
farda e tudo e levados de volta a vida escra va, outro s de mãe negra livre mais acab
avos a tere m suas
veem suas famílias escravizadas sem pode r fazer 17 anos – ajudavam muitos escr
muitos
nada a respeito. insatisfação aumentava a olhos
vistos “cartas de alforria” legalmente, já que
s ver”
enquanto muitas pessoas lutaram pela abolição
da deviam estar livres devido as “leis para Inglê
escravatura. Essas pessoas, chamadas de e continuavam escravos.
nas
abolicionistas, eram princ ipalm ente intele ctuai s que Pelo país os cometas seguiam atuando
to de espe ranç a em
viviam nas grandes cidades. Acredite se quiser, mas
o fazendas e criando o sentimen
icais ” ajud aram
Brasil era o único país independente das Amér icas escravos e apoiadores esses “rad
a” de
que ainda preservava a escravidão. imensamente na tão esperada “Lei Aure
poria fim
Mas é a partir de 1880 que o moviment
o 1888, que assinada pela Princesa Isabel,
raça mas
antiescravista cresce. Aliás, foi nesse ano que nasce u a escravidão. "Vossa alteza redimiu uma
o Barã o de Cote gipe,
a Sociedade Brasileira Contra a Escra vidão , lidera da perdeu seu trono", anteviu
rno do impé rio e
(entre outros) por duas figuras muito important
es no um dos últimos chefes de gove
istas .
processo da abolição: Adré Rebouças, enge nheir o e representante dos fazendeiros escravag
era
filho de escrava liberta, e José do Patrocínio que
com uma escra va, Já Joaqu im
filho de um padre
jorna lista, foi o princ ipal
Nabuco, escritor e também
líder abolicionista da escravatura na imprensa.
das
Esses eram abolicionistas que lutavam através
les
palavras e de ações políticas. Más haviam aque
s
que decidiram agir, em 1881 no Ceará, jangadeiro
das que trazia m produ tos dos
(trabalhavam nas janga
vos
navios a praia) se negaram a embarcas escra
das de café
vendidos que iriam de navio para as fazen
ou
em São Paulo. O Movimento teve fama e acab
r a
levando o Governo da província do Ceará a aboli
escravidão em 1884, 4 anos antes do resto do país.
Que tal uma luta contra o
p re co n ce it o e a d is cr im in a çã o ?

própria sorte. Nenhum projeto que


o fim da esc ravi dão , os recé m-libertos foram abandonados à
Com uer discutido pelo governo.
população negra foi aprovado ou seq
promovesse a integração social da sociedade que se esforçava por
ane cera m a des igua ldad e soc ial e o preconceito étnico em uma
Assim, perm da abolição, a
ros. Um exe mpl o des sa exc lusã o foi no acesso à educação. Antes
excluir e marginalizar os neg s a Lei Áurea, as escolas
de dos neg ros não freq uen tava a escola. Nos primeiros anos apó
quase totalida ultava seu ingresso no mercado
de
tinuaram praticam ente inac essí veis à população negra. Isso dific
con ser eleitor.
, pois era preciso ser alfabetizado para
trabalho e impedia o acesso ao voto revelam que a evasão escolar é mai
or
reflexo s des sa situ açã o são sen tidos até hoje: pesquisas recentes mplo.
Os tário, por exe
neg ros e que é mai s difíc il o ace sso de um negro ao ensino universi
entre os estudantes os sociais, o governo federal pôs
o esse s dad os e aten den do às reivindicações de diferentes grup
Conside rand igualdades e
3, um con junt o de açõ es afirm ativas com o objetivo de diminuir as des
em prática, a partir de 200 de leis estabelecendo que
rega ção raci al e o raci smo . Um a dessas medidas foi a aprovação
combater a seg
es federais deve ser reservado para
cursos superiores das universidad
determinado número de vagas nos ltados dessa política podem
as e estu dan tes de baix a rend a oriundos do ensino público. Os resu
negros, indígen e 18 e 24 anos frequentavam uma
qua ntificad os: em 200 5, ape nas 5,5% dos jovens pretos e pardos entr
ser acordo com o IBGE.
número havia subido para 50,3%, de
universidade pública; em 2019, esse

conjunto de
Ação afirmativa:
formuladas e
políticas públicas
pelo governo
implementadas
privada com o
ou pela iniciativa
ir
objetivo de corrig
desigualdades
edade,
presentes na soci
acumuladas ao
longo de anos.

dade Federal do Recônc avo


negros formada na Universi
Primeira turma de médicos 9.
da Bahia (BA), em 201

e indígenas em sua
es afirma tiva s e discuta sobre a presença de pessoas negras
Pesquise sobre as açõ e a diminuição da desigualdade
racial
unidad e. Depois resuma aqu i sua opinião sobre essas ações
com
no Brasil.
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INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o
Primeiro e o Segundo Reinado.

01-Na segunda metade do século XIX, o artista Angelo Agostini (1843-1910)


criou charges sobre as contradições sociais de sua época.

A seguir, observe uma charge de Agostini sobre a volta dos


soldados brasileiros que lutaram na Guerra do Paraguai. Junto
com essa charge, foi publicada a legenda: “Cheio de glória,
coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em
defesa da pátria [...], o voluntário volta ao seu país natal para ver
sua mãe amarrada a um tronco! Horrível realidade!...”.

a) Quem é o autor da charge e quando ela foi criada?

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b) Como o soldado reage quando observa a cena ao fundo? Explique.

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02- Explique o porque os escravos negros foram substituídos por trabalhadores livres europeus. Qual os motivos
dessa troca?

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03-Local que abrigava os africanos escravizados no Brasil:


a)casa grande b) quilombos

c) senzala d) capoeira

04- A abolição da escravatura aconteceu no dia 13 de maio de 1888 e foi fundamental para esse acontecimento:

a) a pressão dos EUA.


b) o movimento abolicionista e a resistência dos escravos.
c) o fraco desempenho dos escravos no final do século XIX.
d) a mudança de mentalidade trabalhista no Brasil.
INTEPRETAÇÃO
DE TEXTO

Nome: Serie: Avaliação:

#Competências: Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o
Primeiro e o Segundo Reinado.

01- veja as charges e descreva o que elas representam sobre o pe´riodo Imperial e o que estudamos :

Questão abolicionista e a igualdade de oportunidades:

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Imigrantes da Europa e o colonato nas fazendas:

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Lei de Terras e a reforma agrária no Brasil:

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Que tal uma américa
para os "Americanos"?
A DOUTRINA MONROE
ricano não deveria mais “ser
iden te esta dun iden se Jam es Mon roe declarou que o continente ame
Em 1823, o pres ele, qualquer
niza ção futu ra por qualque r uma das potências europeias”. Segundo
considerado como sujeito à colo
os Estados Unidos.
ada como evidência de inimizade com
intervenção nesse sentido seria trat as colônias na América e, com o tem
po,
mad a de Dou trina Mon roe, essa política condenava a criação de nov
Cha se na região.
lógicos do imperialismo estaduniden
se tornou um dos fundamentos ideo dos Unidos passou a intervir cada
vez
end o o prin cípio Amé rica para os americanos, o governo dos Esta idenses
Defend o, os estadun
rnos dos país es do con tinente. Durante o século XIX, por exempl
mais em assuntos inte ões dos atuais estados da Califórnia,
gue rra con tra o Méx ico (184 6-1848) e, assim, incorporaram regi
venceram uma antes pertenciam ao
Uta h, do Nov o Méx ico, do Ariz ona , do Colorado e de Wyoming, que
de Nevada, do Texas, de sobre outras nações americanas,
diss o, o gov erno esta dun iden se agiu de modo a obter influência m sua
México. Além auxiliou os cubanos a conquistare
ndo fortalec er seu s inte ress es. Foi assim, por exemplo, quando env olveu na
visa ; ou quando se
em 189 8, em troc a do dire ito de instalar bases militares no país
independência,
no final do século XIX.
independência de Porto Rico, também mada política do Big Stick
ulo XX, o gov erno dos Esta dos Unidos começou a defender a cha
No começo do séc Monroe, prevendo a utilização de forç
a
Porr ete) , que foi ente ndid a com o um desdobramento da Doutrina este s
(Grande nte quando
rio para inte rvir na política de países americanos, especialme
militar sempre que nec essá
m os interesses dos Estados Unidos.
adotassem medidas que prejudicasse

Cartum, de autoria
do em
desconhecida, publica
Monroe.
1900 sobre a Doutrina
, que
A personagem Tio Sam
ent a os Est ado s Un idos,
repres
o um
foi apresentada com
nte
protetor da América dia
int ere sse s dos dem ais
dos
continentes.

Agora, responda:
ela influenciou a
ten de u po r Do utr ina Monroe. Diga se e como
explique o que en
Após a leitura do texto
érica Latina?
cultura dos países da Am ___________________________
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