Você está na página 1de 2

PÂNCREAS.

O pâncreas é uma glândula  retroperitonial de aproximadamente 15  25


cm de extensão faz parte do sistema digestivo e endócrino dos seres
humanos, localizada posteriormente ao estomago e entre o duodeno o e o
baço. Descrita como tendo três regiões ; cabeça, corpo e a cauda (GUYTON &
HALL, 2011).
Quando analisado microscopicamente pode-se distinguir dois tipos de
tecidos no pâncreas, e essa regiões correspondem ás principais funções
pancreáticas. O pâncreas endócrino formado pelas Ilhotas de Langerhans,
responsável pela secreção de hormônios, como a insulina, glucagon e
somatostatina que controlam o nível de glicose no sangue. (KRAUSE, 2012).
As Ilhotas de Langerhans são formadas por células tem dentre elas 3
principais, as células alfas que secretam glucagon, beta que secretam insulina
e amilina e a células delta secretam somatostatina, além da célula PP em
pequenas quantidades que secretam o hormônio polipeptídeo pancreático que
ainda não deve sua função descoberta. Essas células organizam-se ao redor
de pequenos capilares para onde secretam seus hormônios (KRAUSE, 2012).
As células da Ilhota de Langerhans possuem uma estreita inter-relação o
que ocasiona uma grande comunicação intercelular e o controle direto da
secreção de hormônios por outros hormônios, ou seja, a insulina inibe a
secreção de glucagon e tem sua secreção inibida pela amilina e a
somatostatina inibe as secreções do glucagon e da insulina (GUYTON & HALL,
2011).
Esses hormônios causam efeitos direto sobre o metabolismo das
proteínas, carboidratos e gorduras.
O pâncreas exócrino ou ácino pancreático responsável pela secreção de
múltiplas enzimas para digerir os principais grupos de alimentos (proteínas,
carboidratos e lipídios), tal secreção é denominada de suco digestivo e
secretado diretamente no duodeno (GUYTON & HALL, 2011 e KRAUSE,
2012). Cabe ressalta que ocorre também a secreção de grandes volumes de
solução de bicabornato de sódio pelos ductos pequenos e maiores que
começam nos ácinos, que contribuem para neutralizar a acidez do quimo
transportado do estomago para o duodeno (KRAUSE, 2012).
A secreção do suco pancreático ira ser estimulada mais
abundantemente pela presença do quimo nas porções superiores do intestino
delgado e a composição dependerá também do tipo de alimento no quimo
(KRAUSE, 2012).

Dentre as principais enzimas pancreáticas estão a tripsina,


quimiotripsina e a carboxipolipeptidase, responsáveis pela digestão das
proteínas, a amilase pancreática pela digestão dos carboidratos e a lipase
pancreática que hidrolisa gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos,
colesterol esterase que realiza a hidrolise de ésteres de colesterol e fosfolipase
clivante de ácidos graxos dos fosfolipideos (KRAUSE, 2012).

As enzimas proteolíticas sintetizadas no pâncreas estão sob a forma


inativa (tripsinogênio, quimotripsinogênio e procarboxipolipeptidase) somente
serão ativadas no trato intestinal, isto porque se ativadas no pâncreas, elas
podem digerir o órgão (pâncreas) (KRAUSE, 2012).

A secreção pancreática processa-se em três fases que são iguais as da


secreção gástrica. Através de sinais nervosos recebidos pelos terminais do
nervo vago no pâncreas ocorre a liberação de acetilcolina, levando os ácinos
pancreáticos a liberarem uma secreção moderada de enzimas, cerca de 20%
da secreção enzimática total pós refeição, pequena quantidade de eletrólitos e
secretada junto com a enzima o que leva a pouco fluxo pelos ductos
pancreáticos para o intestino, está é a fase Cefálica. Na fase Gástrica a
estimulação nervosa da secreção enzimática continua com um aumento de 5 a
10% das enzimas pancreáticas, porém ainda há pouco secreção de liquido
ocasionado pouca quantidade de secreção enzimática chegando ao duodeno.
A última fase é a Intestinal, o quimo já deixou estômago e chegou ao intestino
delgado, ocasionando uma secreção pancreática abundante em resposta ao
hormônio secretina (KRAUSE, 2012).

Você também pode gostar