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AULA 3

2.3. Variável quantitativa contínua

PROBLEMA: Medindo-se as alturas dos alunos de uma classe obteve-se os seguintes dados
em centímetros

176 198 169 160 155 167 173 161 159 148 181 163 175 166 179 184 162 158 187 142
175 172 188 153 192 156 151 175 145 168 185 172 165 181 177 165 174 164 177 170

Como podemos organizar estes dados para apresentá-los a alguém?

1. Isto pode ser feito através de uma distribuição de frequências, que nada mais é do que a
tabela abaixo

INTERVALOS FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA


DE CLASSE ABSOLUTA RELATIVA (%) ACUMULADA ACUMULADA
(IC) (Fabs) (Frel) ABSOLUTA RELATIVA (%)
(FACabs) (FACrel)
140 |---- 150 3 7,5 3 7,5
150 |---- 160 6 15,0 9 22,5
160 |---- 170 11 27,5 20 50,0
170 |---- 180 12 30,0 32 80,0
180 |---- 190 6 15,0 38 95,0
190 |----|200 2 5,0 40 100
TOTAL 40 100 - -

Esta tabela é construída da seguinte forma:

PASSO 1: Construir os INTERVALOS DE CLASSE

Construir os intervalos de classe não é complicado mas exige um pouco de experiência. Só


entraremos neste assusto se houver interesse e tempo disponível. Por enquanto, os intervalos
serão sempre fornecidos.

PASSO 2: Calcular a FREQUÊNCIA ABSOLUTA

A frequência absoluta é a quantidade de dados que pertencem a cada intervalo. Você deve contar
quantos dados pertencem a cada intervalo. Se você consultar a relação de dados acima, verificará,
por exemplo, que no intervalo 160 |--- 170 existem 11 dados.

Pergunta: o 170, por exemplo, pertence a qual intervalo? 160 |---- 170 ou 170 |----180 ?

Resposta: Em princípio, ele poderia pertencer a qualquer um dos dois. Nestes casos, quando o
dado estiver nos extremos do intervalo, vamos convencionar que ele fique no intervalo em que ele
é extremo inferior. Desta forma, o 170 ficará no intervalo 170 |----180. Observe que existe uma
barra ao lado do traço identificando que este intervalo contém o 170. O 180 não pertence a este
intervalo e sim ao intervalo seguinte. Excessão será feita ao último intervalo que conterá os dois
extremos. Estas contagens devem ser feitas da forma mais eficiente possível e segura.
Obviamente, a soma das frequências absolutas (identificado na tabela como TOTAL), deve
coincidir com a quantidade total de dados.

PASSO 3: Cálculo da FREQUÊNCIA RELATIVA em (%)

A frequência relativa nada mais é do que a frequência absoluta transformada em porcentagem.


Para quem não sabe transformar um número em porcentagem, deve seguir o procedimento: dividir
a frequência absoluta pela quantidade total de dados e multiplicar por 100. Vamos utilizar, por
enquanto, apenas uma casa decimal. Quando for necessário, efetua-se o arredondamento.
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Obviamente, a soma das frequências relativas deve ser 100%. Se não der exatamente 100%, é por
causa dos arredondamentos efetuados. Neste caso, faça um ajuste na maior frequência relativa
para conseguir a soma de 100%.

PASSO 4: Cálculo da FREQUÊNCIA ACUMULADA ABSOLUTA

A frequência acumulada absoluta de um determinado intervalo de classe é a soma parcial das


frequências absolutas até este intervalo. Por exemplo, a frequência acumulada absoluta do
intervalo 160 |---- 170 é 3 + 6 + 11 = 20 .

PASSO 5 : Cálculo da FREQUÊNCIA ACUMULADA RELATIVA.

O cálculo da frequência acumulada relativa é idêntico ao passo 4, só que utilizando a frequência


relativa.

A representação gráfica de uma variável contínua, pode ser feita por um histograma ou um
polígono de frequências.

Histograma

No eixo horizontal são colocados os intervalos de classes, e no eixo vertical, as frequências.


Você pode utilizar qualquer um dos quatro tipos de frequência para construir o gráfico.
Os gráficos abaixo foram construídos baseados no exemplo das alturas de alunos, conforme tabela
construída, utilizando a frequência relativa e a frequência acumulada relativa.

Polígono de Frequência
No eixo horizontal são colocados os intervalos de classes, e no eixo vertical, as frequências.
No polígono de frequências relativas os pontos são colocados a partir do centro dos intervalos e na
altura da frequência.

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Note
que no
gráfico
da

frequência acumulada, o ponto sobe a partir do extremo superior do intervalo.


Você pode utilizar qualquer um dos quatro tipos de frequência para construir o gráfico.
Os gráficos abaixo foram construídos baseados no exemplo das alturas de alunos, conforme tabela
construída, utilizando a frequência relativa e a frequência acumulada relativa.

EXERCÍCIOS

Em uma classe foram estudadas três variáveis dos alunos: peso, idade e renda.

1 - Os pesos observados, em kgf, foram:

76 93 59 54 87 50 49 66 78 47 88 58 62 86 45 55 89 60 82 57 83 88 52
76 89 76 48 81 54 67 70 87 54 81 54 78 58 84 47 80 73 79 81 75 84

Faça uma tabela de distribuição de frequências, um histograma e um polígono de frequências


utilizando-se os intervalos abaixo:

45 |---- 53
53 |---- 61
61 |---- 69
69 |---- 77
77 |---- 85
85 |----| 93

2 - As idades observadas, em anos, foram:

19,6 21,2 18,1 19,3 20,9 19,6 24,9 20,6 18,8 23,2
19,0 19,8 22,6 18,3 22,1 18,8 20,4 18,5 21,3 19,4

Faça uma tabela de distribuição de frequências, um histograma e um polígono de frequências


utilizando-se os intervalos abaixo:

18,0 |---- 19,4


19,4 |---- 20,8
20,8 |---- 22,2
22,2 |---- 23,6
23,6 |----| 25,0

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3 - As rendas observadas, em salários mínimos, foram:

14,4 6,2 16,8 9,8 15,2 13,9 12,0 8,5 15,0 11,4 13,1 15,3 7,8 12,2 13,4
14,9 2,6 10,1 16,3 5,1 14,1 15,3 12,2 12,8 7,3 14,6 10,1 12,2 9,2 13,2

Faça uma tabela de distribuição de frequências, um histograma e um polígono de frequências


utilizando-se os intervalos abaixo:

2,5 |---- 4,9


4,9 |---- 7,3
7,3 |---- 9,7
9,7 |---- 12,1
12,1 |---- 14,5
14,5 |----| 16,9

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