Você está na página 1de 24

11/03/2022

Conceito de Febre Aftosa segundo a OIE


• A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que
causa grave impacto econômico em rebanhos. A doença afeta
bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes de
Unidade curricular de saúde animal casco fendido.
Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa
Prof. Fernanda Bortolotto
Prof. George Ortmeier
Prof. Fernando Kloster

Agente etiológico Agente etiológico


Proteínas ESTRUTURAIS que compõem o
• Família Picornaviridae capsídio viral estão presentes: Replicação viral,
Vacinas.
• Gênero Aphtovirus
• Icosaédrico
• ssRNA+

Proteínas NÃO ESTRUTURAIS = Não estruturais ou regulatórias: 2A, 2B, 2C, 3A, 3B, 3C e 3D
Presentes apenas na replicação viral: responsáveis pela replicação genômica

Agente etiológico Agente etiológico


RESISTENTE SENSÍVEL
Refrigeração e congelamento Inativação a 50°C
Forragem e pasto (1 mês) Ácido cítrico 2%
Umidade Carbonato de sódio 4%
Isso é bom Matéria orgânica Formol 10%
ou ruim? Hipoclorito de sódio Hidróxido de sódio 2%
Quaternário de amônio Ácido acético 2%
Fenol Metassilicato 4%
Óxido de cálcio 5%
Ausência de envelope Creolina comercial 10%

1
11/03/2022

Agente etiológico Epidemiologia


Quais os sorotipos do
vírus da Febre Aftosa
descritos no Brasil?

A, O, C

Há proteção cruzada
entre sorotipos?
Resistência entre pH 6 a 9

NÃO!

Epidemiologia Epidemiologia

(UEPA, 2012, adaptada) Sobre o vírus da febre aftosa (VFA), é


Epidemiologia correto afirmar:

a) É um Aphthovirus, apresentando oito sorotipos: A, O, C, SAT-


1, SAT-2, SAT-3, ÁSIA 1 e ÁSIA 2.
b) os sorotipos produzem doença clínica distinguível.
c) há proteção cruzada entre os diferentes sorotipos, em razão
das semelhanças antigênicas entre eles.
d) após a infecção com um determinado sorotipo, o animal não
estará protegido contra a infecção por outros sorotipos.

2
11/03/2022

(UEPA, 2012, adaptada) Sobre o vírus da febre aftosa (VFA), é (CESPE, 2009, adaptada) A febre aftosa é uma doença vesicular,
correto afirmar: objeto de um programa nacional de erradicação, desenvolvido pelos
serviços veterinários e produtores rurais brasileiros. Com relação à
febre aftosa, julgue os itens que se seguem.
a) É um Aphthovirus, apresentando oito sorotipos: A, O, C, SAT-
a) Adoença é reconhecida por seu impacto econômico e elevado
1, SAT-2, SAT-3, ÁSIA 1 e ÁSIA 2. poder de difusão.
b) os sorotipos produzem doença clínica distinguível.
c) há proteção cruzada entre os diferentes sorotipos, em razão b) Os tipos de vírus da febre aftosa já registrados no Brasil são O, A e
SAT 1.
das semelhanças antigênicas entre eles.
d) após a infecção com um determinado sorotipo, o animal não c) A doença é causada por um vírus envelopado que infecta bovinos,
estará protegido contra a infecção por outros sorotipos. suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes de casco fendido.

d) A doença é causada por um vírus que infecta bovinos, equinos,


suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes de casco fendido

(CESPE, 2009, adaptada) A febre aftosa é uma doença vesicular,


objeto de um programa nacional de erradicação, desenvolvido pelos
Transmissão
serviços veterinários e produtores rurais brasileiros. Com relação à
febre aftosa, julgue os itens que se seguem.

a) Adoença é reconhecida por seu impacto econômico e elevado


• Principal via nos bovinos – trato respiratório
poder de difusão. – Aerossóis
b) Os tipos de vírus da febre aftosa já registrados no Brasil são O, A e
SAT 1.

c) A doença é causada por um vírus envelopado que infecta bovinos,


suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes de casco fendido.
Outras fontes de infecção:
d) A doença é causada por um vírus que infecta bovinos, equinos, – fômites
suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes de casco fendido. – veículos, botas, roupas e mãos.

Transmissão
Transmissão
Principal via nos suínos

Trato digestivo

Alimentos contaminados
Aerossóis
contendo
partículas
Outras fontes de infecção: fômites, veículos, botas, roupas e mãos. virais

3
11/03/2022

Transmissão Transmissão

Patogenia Patogenia
• Começo da febre
• Aparecimento de lesões
• cavidade oronasal, patas, úbere, tetos e rúmen
• Salivação, descarga nasal e claudicação
1–3
dias
Vasos sanguíneos
e linfáticos
A transmissão ocorre 1 a 3 dias antes do
surgimento dos sinais clínicos
Infecção de nódulos linfáticos e tecidos adjacentes

Infecção de células nasais, cavidade oral, rúmen, patas e úbere

Patogenia
• Ruptura das vesículas
• Diminuição da febre
• Final da viremia
• Produção de anticorpos

4
11/03/2022

Sinais clínicos Sinais clínicos

5
11/03/2022

Evolução clínica
• Diminuição da carga viral (8° dia)

• Cura de lesões
– (animal volta a se alimentar)

• Aumento da produção de anticorpos

• Desaparecimento do vírus em tecidos e líquidos

• Cura completa (a partir do 15° dia)

Amplificador

Qual a importância das espécies Indicador


animais nos casos de Febre Aftosa?

Mantenedor

(Polis, 2008, adaptado) A febre aftosa é uma enfermidade com grande


repercussão na pecuária brasileira e que causa grandes prejuízos. De
Lesões graves acordo com alguns aspectos epidemiológicos dessa doença julgue as
alternativas abaixo:

a) A doença ocorre com mais frequência em bovinos e suínos, sendo


menos frequente nos caprinos e ovinos.
Bovinos jovens b) Os carnívoros e os equinos são completamente susceptíveis ao
- óbito por Aphtovirus.
degeneração do
c) Os suínos eliminam poucos vírus no ambiente, sendo portanto uma
miocárdio espécie de pouca importância no processo de transmissão da doença.

d) Durante um surto de febre aftosa os suínos são considerados


indicadores da doença, enquanto os bovinos são tidos como
Lesões brandas amplificadores da mesma.
- eliminação
silenciosa

6
11/03/2022

(Polis, 2008, adaptado) A febre aftosa é uma enfermidade com grande


repercussão na pecuária brasileira e que causa grandes prejuízos. De PNEFA
acordo com alguns aspectos epidemiológicos dessa doença considere
julgue as alternativas abaixo:
Objetivo
a) A doença ocorre com mais frequência em bovinos e suínos, sendo
menos frequente nos caprinos e ovinos. Erradicação da febre aftosa em todo o Território Nacional e a sustentação dessa
condição sanitária por meio da implantação e implementação de um sistema de
b) Os carnívoros e os equinos são completamente susceptíveis ao vigilância sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário
Aphtovirus. oficial e na participação da comunidade.

c) Os suínos eliminam poucos vírus no ambiente, sendo portanto uma


espécie de pouca importância no processo de transmissão da doença.

d) Durante um surto de febre aftosa os suínos são considerados


indicadores da doença, enquanto os bovinos são tidos como
amplificadores da mesma.

Doença Vesicular Investigação diagnóstica


“Conjunto de doenças transmissíveis Caso suspeito de doença vesicular
caracterizadas pela presença de lesões
vesiculares nas regiões da boca, focinho, patas
ou úbere, associadas a condições clínicas e
epidemiológicas que apresentem indícios de
prévio contato com agente infeccioso causal, Notificação apresentada ao Serviço Veterinário Oficial
que devem ser confirmadas ou descartadas por indicando a possibilidade de existência de animais
diagnóstico laboratorial” apresentando sinais clínicos compatíveis com
doença vesicular infecciosa.

7
11/03/2022

Exame Clínico Caso Descartado de Doença Vesicular


• Dirigir-se diretamente ao lote
dos animais sob suspeita e Todo caso suspeito de doença vesicular
inspecioná-los.
investigado pelo Serviço Veterinário Oficial
• Inspecionar o maior número cujos sinais clínicos não são compatíveis com
possível de animais. doença vesicular infecciosa.
• Avaliar a doença, a idade das Ocorrência de doença não infecciosa (intoxicações, corpos estranhos, traumatismos);
lesões e estabelecer, com apoio
da entrevista realizada, o Ocorrência de outra doença infecciosa apresentando quadro clínico e epidemiológico
incompatível com doença vesicular;
provável início do episódio
sanitário. Não ocorrência de doença alguma (falsa denúncia).

Doenças Vesiculares
Diagnóstico diferencial

• Febre Aftosa (Aphtovirus)

• Estomatite Vesicular (Vírus da estomatite vesicular)

• Doença Vesicular dos Suínos (Seneca Valley Virus)

• Exantema Vesicular (Calicivirus)

Suspeita de Doença Vesicular Diagnóstico Laboratorial


Caso Descartado Caso Confirmado • Direto – Isolamento e Identificação
de Doença de Doença – Animais com lesões ‘maduras’
Vesicular Vesicular – ELISA, Cultivo Celular, Inoculação em
Camundongos, Fixação do Complemento, RT-PCR

• Indireto – Sorológico
Diagnóstico Diferencial Diagnóstico – Animais com lesões antigas ou cicatrizadas
laboratorial para – ELISA, Soroneutralização
confirmar ou
descartar Febre
Aftosa

8
11/03/2022

Coleta de Amostras Idade das lesões


Epitélio Líquido Líquido Esofágico-
Vesicular Vesicular farígeo (LEF)

Material de eleição: Vesículas não Realizar a coleta em:


Fragmentos de epitélio rompidas 1.Animais tratados
vesicular e bordas das Colher em seringas (indesejável e proibido)
lesões esterilizadas
Usar tesoura e pinça 2. Animais com lesões
esterilizados antigas/cicatrizadas
(pouca possibilidade de
coletar epitélio)

Coleta de Epitélio para Aftosa Coleta de Vesícula para Aftosa

Coleta de Líquido Esofágico Faríngeo Envio ao Laboratório


Realizada por veterinários • Epitélio vesicular
que receberam
treinamento específico

Animais em jejum
(mín 12h)
• Líquido Vesicular Congelar ou Refrigerar

• Líquido Esofágico Faríngeo

9
11/03/2022

Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial


 Cultivo Celular • Sorológico ELISA CLÁSSICO ELISA 3ABC

 ELISA – ELISA 3ABC


 Fixação do complemento SORO

 RT-PCR

VACINADOS INFECTADOS
OU
Detecta anticorpos contra
proteínas não-estruturais

INFECTADOS

Detecta anticorpos contra


as proteínas estruturais.

Diagnóstico Laboratorial
Ensaio Imunoenzimático de Eletrotransferência

Padronizado como prova Caso confirmado de


confirmatória. Tem como
objetivo detectar in vitro Febre Aftosa
anticorpos contra as
proteínas não estruturais
do vírus da febre aftosa.

Caso confirmado de Caso confirmado de


Febre Aftosa Febre Aftosa
• Caso ou Foco de Febre Aftosa em um local • 2. Detecção de Antígeno Viral
que atenda um ou mais dos seguintes
critérios: – em amostras de casos confirmados de doença
vesicular;
1. Isolamento e identificação – ou de animais que possam ter tido contato prévio,
direto ou indireto, com o agente etiológico;
• Em amostras de animais suscetíveis (com ou sem
sinais clínicos).

10
11/03/2022

Caso confirmado de
Caso Descartado de Febre Aftosa
Febre Aftosa
• 3. Existência de vínculo epidemiológico com • Todo caso provável de doença vesicular que
outro foco de FA e obtendo também pelo não atenda aos critérios para confirmação de
menos uma das seguintes condições: caso ou foco de febre aftosa.
a) presença de um ou mais casos prováveis de doença vesicular
b) detecção de anticorpos contra proteínas estruturais do vírus da FA em
animais não-vacinados
c) detecção de anticorpos contra proteínas não-estruturais do vírus da FA,
desde que a hipótese de infecção não possa ser descartada pela
investigação epidemiológica

Notificação Compulsória Notificação Compulsória


Quando o notificante for o
Feita por qualquer cidadão proprietário ou responsável,
– Médico Veterinário ele deverá interromper a
– Produtor rural movimentação dos animais,
produtos e subprodutos de
– Serviço Veterinário Oficial
origem animal, até autorização
por parte do serviço veterinário
oficial.

MÁXIMO ATÉ 24 HORAS

Fase de investigação Investigação da Suspeita


Investigação Epidemiológica:
Vigilância Caso suspeito de doença vesicular Histórico de movimentação e ingresso de novos animais
Proprietário
Terceiros 24h
Entrevista:
Atividades Dispersão da doença
Notificação ao Idade das lesões
Serviço Veterinário Oficial Realizadas Provável início do episódio sanitário

12 h
Exame Clínico:
Todo lote
Caso descartado de Investigação Caso provável de Inicia com os animais que apresentam SC
Colheita de amostra
doença vesicular da suspeita doença vesicular

11
11/03/2022

Definição do caso
Fase de Alerta
Caso confirmado de doença
vesicular Caso provável de Doença Vesicular
1. Conduzir investigação epidemiológica
Implica na adoção de medidas sanitárias para:
2. Colheita de material para diagnóstico laboratorial
a) identificação e contenção do agente etiológico
3. Preencher form in: diagnóstico presuntivo de DV
b) determinação de origem e abrangência do problema sanitário
4. Emitir termo de interdição

5. Informar aos responsáveis sobre os animais


Fase de
6. Aplicar medidas de biossegurança
Alerta

Fase de Alerta Fase de Alerta


1. Investigação epidemiológica; 2. Coleta de Material
Análise de trânsito de animais susceptíveis
Origem da doença e potencial de difusão;
Idade das lesões;
Ingresso ou movimentação de animais.

Fase de Alerta
3. Form in
a) Proibir trânsito de
animais, produtos e
veículos e pessoas
não autorizadas

12
11/03/2022

Fase de Alerta Fase de Alerta


Interdição: Considerações
3. Auto de interdição
- Proibir trânsito de animais, produtos e Caso não seja possível
armazenar o leite na unidade
veículos e pessoas não autorizadas epidemiológica, o SVO:

a)Orientará sobre destruição no


local

As proibições poderão ser substituídas b)Autorizará o transporte para


por medidas de biossegurança desde que processamento que leve a
resguardadas as garantias que impeçam inativação viral
difusão do agente viral.

Fase de Alerta Fase de Alerta


• Interdição: Considerações 4. Implementação de Medidas de Biossegurança
Suspensão temporária do trânsito de animais e de produtos de a) Descarte adequado de materiais
risco oriundos de propriedades rurais limítrofes ou com vínculo
epidemiológico com a unidade epidemiológica onde foram b) Proibir a saída de animais e produtos (leite pode ser
confirmados os casos de doença vesicular. processado na fazenda).

c) Restringir/proibir trânsito de pessoas.

d) Suspender trabalhos que aumentem as chances de difusão


mecânica

e) O lote de doentes deve ficar sob responsabilidade de


poucos trabalhadores que não poderão ter acesso e
contato com os demais animais suscetíveis da propriedade

Medidas de Biossegurança Medidas de Biossegurança

13
11/03/2022

Caso Confirmado de Doença Vesicular Caso Confirmado de Doença Vesicular


• Aglomerações 1.Devem ser aplicadas as
1. Conduzir investigação medidas sanitárias e os
epidemiológica procedimentos técnicos
2. Colheita de material para estabelecidos pelo MAPA.
diagnóstico laboratorial
2. A comercialização das
3. Preencher form in:
carnes, produtos e
diagnóstico presuntivo de
subprodutos obtidos no
DV
abate deverá ser
4. Emitir termo de interdição
suspensa até definição
5. Informar aos responsáveis
pelo serviço veterinário
sobre os animais Matadouros
oficial quanto à
6. Aplicar medidas de destinação.
biossegurança

Fase de Alerta Emergência Veterinária


Diagnóstico para Febre Aftosa Focos de doenças com potencial epidêmico que
podem produzir graves consequências sanitárias,
sociais e econômicas, que comprometem o
comércio nacional e internacional, a segurança
alimentar ou a saúde pública.

NEGATIVO POSITIVO

Suspensão da interdição Plano de contingência Exige ações imediatas para


Diagnóstico Diferencial Emergência Veterinária controle e/ou eliminação!

Área de Proteção Sanitária Área de Proteção Sanitária


Área geográfica estabelecida em torno dos Delimitada pelo
focos, de acordo com a estratégia para Serviço Veterinário Oficial Delimitada pelo SVO que
contenção e eliminação do agente. normatizará as ações sanitárias
em ato específico
Área Tampão
Controle de trânsito com a finalidade de 15 km
garantir a contenção do agente
Levando-se em
Área de Vigilância 7 km consideração:
3 km

Área Perifocal Características epidemiológicas da doença.


Sistemas de produção pecuária predominantes.
Estabelecimentos com alto risco de infecção
Estrutura de comunicação e de rede viária disponível.
Presença de barreiras naturais.
Foco

14
11/03/2022

Emergência Veterinária Emergência Veterinária


• Medida de despovoamento: destruição das carcaças por
incineração, enterramento ou qualquer outro processo que
Sacrifício Sanitário
garanta a eliminação do agente infeccioso e impeça a
propagação da infecção.
Limpeza e desinfecção

Vazio sanitário

Sentinelas Repovoamento

Vacinação contra a Febre Aftosa


Define épocas e a • Regulamentar e divulgar os
duração das procedimentos da vacinação;
etapas de • Encaminhar relatório da vacinação
vacinação ao MAPA (até 30 dias do final da
sistemática etapa);
• Fiscalizar o comércio, a distribuição
e a aplicação da vacina;

Vacinação contra a Febre Aftosa Vacinação contra a Febre Aftosa


Responsabilidade do PRODUTOR RURAL: • Proibida:
1. Comprovar aquisição do nº doses compatíveis – Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre,
Rondônia, e parte dos territórios dos Estados do
com efetivo do rebanho Amazonas e de Mato Grosso.
2. Declarar a vacinação do rebanho no prazo
estabelecido.

Serviço Veterinário Estadual


1. Pode ser responsável pela
aquisição ou aplicação da
vacina em áreas de risco ou
estratégica.
IN 52, 2020.

15
11/03/2022

Vacinação contra a Febre Aftosa Vacinação contra a Febre Aftosa

Vacinação contra a Febre Aftosa Vacinação contra a Febre Aftosa


Composição: antígeno bivalente AO (morto)
Adjuvante: Oleosa
Janeiro Estratégias de Vacinação
Intramuscular ou subcutânea Fevereiro
Março
Abril TODO O REBANHO
Maio A CADA 6 MESES
Junho
Julho
Agosto Semestral de todos animais com etapas de duração 30 dias
Setembro
Outubro
Proibido manter ou comercializar em Zona Livre Sem Vacinação Novembro
Dezembro

Vacinação contra a Febre Aftosa Vacinação contra a Febre Aftosa


Estratégias de Vacinação Estratégias de Vacinação
Janeiro Janeiro
Semestral para animais com até 24 meses; Anual de todos animais, etapas de 45 a 60 dias.
Fevereiro Anual para animais com mais de 24 meses. Fevereiro
Regiões de manejo em período restrito do ano;
Março Revacinação ou não de animais até 12 meses (UF com vacinação Março
semestral por dois anos consecutivos, cobertura >80%)
Abril Abril
Maio Todo o rebanho Maio Todo o rebanho
Duração: 30 dias Duração: 45-60 dias
Junho Junho
Revacinação ou não de animais com idade inferior a 12 meses
Julho Julho
Agosto Agosto
Setembro Setembro
Outubro Outubro
Novembro Animais com menos de 24 meses Novembro
Dezembro Dezembro

16
11/03/2022

Vacinação contra a Febre Aftosa Classificação dos Estados em Zonas


Estratégias de Vacinação • Definição
Parte de um país claramente delimitada, com
A critério do MAPA, e em caráter excepcional, poderá ser uma subpopulação animal com condição
autorizada a realização da vacinação fora das etapas sanitária particular para determinada doença
previstas. dos animais.
Qualquer prorrogação ou antecipação das etapas de
vacinação deverá ser aprovada pelo MAPA, mediante
solicitação fundamentada em parecer técnico do serviço Livre Contenção Tampão Infectada
veterinário oficial nas Unidades da Federação.

Zona Livre Zona Tampão


Território que não tem
presença do agente (focos e
circulação viral), que está
distante da área infectada e Espaço geográfico estabelecido
que não é dependente 1998
para proteger a condição sanitária
epidemiologicamente dessa de uma zona livre
área.
– Podem ser:
• Zona Livre Com Vacinação

• Zona Livre Sem Vacinação 2000


OIE 2021

Evolução das Zonas Livres de Febre Aftosa no Brasil


Zona Infectada

Espaço geográfico de um 1998 2000 2001 2002

país que não reúne as


condições necessárias
para ser reconhecido
como zona livre, com ou 2003 2005 2007 2008

sem vacinação.

OIE 2021

2011 2014 2018

17
11/03/2022

Etapas de Reconhecimento e
Manutenção de Zonas Livres

UF que Declaração Solicitação de


apresente por reconhecimento
classificação meio de ato internacional
de normativo
risco ≤BR3

Requisitos para Emissão de GTA Requisitos para Emissão de GTA


Origem: Estados COM vacinação obrigatória Origem: Estados COM vacinação obrigatória

Respeitar os seguintes prazos, contados


a partir da última vacinação :
Durante as etapas de vacinação os
animais somente poderão ser
movimentados após terem
Primovacinados: recebido a vacinação da referida
- 15 dias etapa.

Animais que receberam 2 doses: Ficam dispensados da vacinação


- 7 dias animais que forem destinados ao
abate durante a etapa de
Animais que receberam 3 doses: vacinação e até 90 dias após o seu
- a qualquer momento término.

Trânsito de Animais:
Trânsito de Animais Passagem entre Diferentes Zonas

I - autorização pelo MAPA, após avaliação dos riscos sanitários envolvidos;


II – Documentos: requerimento de ingresso, atestado zoossanitário e autorização de trânsito emitidos
pelos serviços veterinários oficiais dos estados envolvidos;

ZONA LIVRE COM ZONA LIVRE SEM ZONA LIVRE COM


VACINAÇÃO VACINAÇÃO VACINAÇÃO

LACRADO

✔Certificado
Zoossanitário
✔Comunicação entre
SVO da origem e
destino para GTA

18
11/03/2022

Trânsito de Animais:
Passagem entre Diferentes Zonas
Ingresso de Animais em
III - Poderão ser exigidos: Zona Livre Sem Vacinação (ZLSV)
1. lacre da carga dos veículos transportadores;
2. estabelecimento da rota de transporte;
3. especificação dos postos fixos de fiscalização para ingresso dos animais;
ZONA LIVRE SEM ZONA LIVRE SEM
4. realização de limpeza e desinfecção dos veículos transportadores. VACINAÇÃO VACINAÇÃO

PERMITIDO

LACRADO

Animais nascidos ou que permaneceram,


imediatamente antes de seu ingresso, por um período
mínimo de 3 meses em outra ZLSV

Ingresso de Animais em ZLSV Ingresso de Animais em ZLSV


INGRESSO DE
ANIMAIS
ZONA LIVRE COM VACINADOS ZONA LIVRE SEM ZONA LIVRE COM ZONA LIVRE SEM
VACINAÇÃO VACINAÇÃO VACINAÇÃO VACINAÇÃO

PROIBIDO
para
criação PERMITIDO

1. Não vacinados e individualmente identificados


2. Nascidos ou que permaneceram 3 meses em ZLCV
3. Certificado Zoossanitário e comunicação entre SVO da origem e destino para emitir GTA;
4. Quarentena 30 dias antes embarque e pelo menos 14 dias no destino e diagnóstico negativo;
5. Exceto Suíno de Granja Reprodutores Suídeos Certificadas
6. Carga lacrada (Lacre colocado e rompido pelo SVO).

Ingresso de Animais em
Ingresso de Animais em ZLSV
Zona Livre Com Vacinação
ZONA LIVRE COM ZONA LIVRE SEM
VACINAÇÃO VACINAÇÃO

PERMITIDO
para abate
ou
exportação

Nascidos ou que
permaneceram 3 meses em
ZONA LIVRE COM VACINAÇÃO

19
11/03/2022

Ingresso de Animais em ZLCV Ingresso de Animais em ZLCV


ZONA LIVRE SEM Finalidade: ZONA LIVRE COM ZONA LIVRE SEM Finalidade: ZONA LIVRE COM
VACINAÇÃO Criação VACINAÇÃO VACINAÇÃO Abate VACINAÇÃO

PERMITIDO PERMITIDO

Bovinos e bubalinos – Devem ser VACINADOS na etapa de vacinação subsequente ao seu ingresso
Dispensada a vacinação de bovinos e
bubalinos destinados direto ao abate

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


Produtos de origem animal que podem
ingressar em diferentes zonas
Todo produto de origem animal procedente da ZLSV e
de estabelecimento integrante do Sistema Brasileiro de 1. Carnes e miúdos destinados ao consumo humano, submetidos a
tratamento térmico (inative o vírus da FA);
Inspeção de Produtos de Origem Animal terá livre
trânsito em todo o território nacional. 2. Couros e peles em qualquer fase de sua industrialização ou curtidos;

3. Leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a tratamento UHT;

4. Cascos, chifres, pelos e crinas, submetidos a tratamento capaz de


inativar o vírus, secos e devidamente acondicionados.

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


Produtos de origem animal que podem Produtos de origem animal que podem 2. Couros e peles em
qualquer fase de sua
ingressar em diferentes zonas ingressar em diferentes zonas industrialização ou
curtidos;
1. Carnes e miúdos destinados ao consumo humano, submetidos a
tratamento térmico (inative o vírus da FA);

20
11/03/2022

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


Produtos de origem animal que podem Produtos de origem animal que podem
ingressar em diferentes zonas ingressar em diferentes zonas

3. Leite pasteurizado ou leite longa vida, 4. Cascos, chifres, pelos e crinas, submetidos a
submetido a tratamento UHT tratamento capaz de inativar o vírus, secos e
devidamente acondicionados.

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


Produtos de origem animal que podem Produtos de origem animal que podem
ingressar em diferentes zonas ingressar em diferentes zonas

Sebo (gordura fundida) e farinha de carne e ossos;


Ração animal industrializada

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


Produtos de origem animal que podem
ingressar em diferentes zonas • Ingresso de POA em ZLSV
Gelatina e colágeno hidrolisado, obtidos de pele bovina e suína;
a) Carne fresca com/sem osso
Bovino e Bubalino.
b) Carne fresca com/sem osso,
miúdos in natura de Ovinos,
Caprinos, Suínos.

Desde que sem sinais clínicos da doença, ante e pós mortem,


abate em SISBIPOA.
Nascido ou residente pelo menos 12 meses na região.

21
11/03/2022

Trânsito de Produtos Trânsito de Produtos


• Ingresso de POA em ZLSV • Ingresso de POA em ZLSV
c) Leite in natura,
refrigerado, carga d) Couro e peles (bruto) com 2% carbonato de sódio (mín.7d).
lacrada. De SISBIPOA
para SISBIPOA.

Trânsito de Produtos Trânsito de Animais


Participação em Exposições, Feiras, Leilões e Outras Aglomerações
Trânsito Irregular?
Toda a carga de animais susceptíveis à
febre aftosa, seus produtos e subprodutos, Apresentar histórico de
materiais, substâncias ou qualquer produto 2 ou mais vacinações,
veterinário que possa veicular o agente sendo a última
realizada no máximo
viral, que transitarem em desacordo com a
até 6 meses do início
norma vigente, devem ser apreendidas e do evento.
destruída ou enviadas ao sacrifício
sanitário, após avaliação dos riscos.
Os produtos e subprodutos obtidos do sacrifício sanitário ou da apreensão poderão ser
destinados ao consumo desde que atendidas as garantias de saúde pública e de saúde
animal.

Febre Aftosa em Humanos Febre Aftosa em Humanos


A infecção no homem pode ocasionar
É considerada uma zoonose. uma enfermidade clinicamente
– Humanos são hospedeiros acidentais aparente ou pode ser assintomática,
– Alta carga viral diagnosticada apenas por provas
– Contaminação por ingestão de alimentos ainda não foi comprovada sorológicas.
– Transmissão entre seres humanos ainda não foi comprovada
Sinais clínicos: febre, dor de cabeça e anorexia.
A vesícula primária aparece no local de penetração
do vírus e logo se generaliza, com formação de
aftas secundárias na boca, mãos, e pés.

22
11/03/2022

Febre Aftosa em Humanos (UFMT, 2011) De acordo com o programa nacional de erradicação e
prevenção da febre aftosa (PNEFA), quais alternativas são verdadeiras?

I. em zonas livres de febre aftosa sem vacinação, é proibida a aplicação,


manutenção e comercialização de vacina contra a referida doença.
Apenas 40 casos documentados
II. todo produto de origem animal procedente da zona livre de febre aftosa
(isolamento, identificação e/ou sorologia) sem vacinação e de estabelecimento integrante do sistema brasileiro de
inspeção de produtos de origem animal terá livre trânsito em todo o
território nacional.
A maior parte dos casos foram registrados na Europa
(associados a acidentes de laboratório e infecção em III. é proibido o ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem
ordenhadores)
vacinação, de leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a
tratamento UAT (ultra alta temperatura) oriundos de todo o território
nacional.

IV. ficam dispensados de vacinação bovinos provenientes de zona livre de


febre aftosa sem vacinação, ao serem transportados para região onde a
vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória.

2. (UFMT, 2011) De acordo com o programa nacional de erradicação e A febre aftosa é uma doença vesicular, objeto de um programa
prevenção da febre aftosa (PNEFA), quais alternativas são verdadeiras? nacional de erradicação, desenvolvido pelos serviços veterinários e
produtores rurais brasileiros. Com relação à febre aftosa, quais as
I. em zonas livres de febre aftosa sem vacinação, é proibida a aplicação, alternativas corretas?
manutenção e comercialização de vacina contra a referida doença.
I - No Brasil, todas as espécies de animais domésticos suscetíveis à
II. todo produto de origem animal procedente da zona livre de febre aftosa febre aftosa são submetidas à vacinação no âmbito do programa
sem vacinação e de estabelecimento integrante do sistema brasileiro de
nacional de erradicação da febre aftosa (PNEFA).
inspeção de produtos de origem animal terá livre trânsito em todo o
território nacional.
II - O estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como zona
III. é proibido o ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem livre de febre aftosa sem vacinação.
vacinação, de leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a
tratamento UAT (ultra alta temperatura) oriundos de todo o território III – O estado do Paraná é reconhecido pela OIE como zona livre de
nacional. febre aftosa com vacinação.
IV. ficam dispensados de vacinação bovinos provenientes de zona livre de IV – Os sorotipos de febre aftosa são A,O,C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e
febre aftosa sem vacinação, ao serem transportados para região onde a
Ásia 1.
vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória.

A febre aftosa é uma doença vesicular, objeto de um programa


nacional de erradicação, desenvolvido pelos serviços veterinários e Sobre a febre aftosa é correto afirmar:
produtores rurais brasileiros. Com relação à febre aftosa, quais as
alternativas corretas? a) É causada por um vírus da família Reoviridae não
I - No Brasil, todas as espécies de animais domésticos suscetíveis à
envelopado que é transmitido por meio de aerossóis.
febre aftosa são submetidas à vacinação no âmbito do programa
nacional de erradicação da febre aftosa (PNEFA). b) Os bovinos e bubalinos vacinados podem ser
transportados para Zona Livre de Febre Aftosa Sem
II - O estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como zona Vacinação.
livre de febre aftosa sem vacinação.

III – O estado do Paraná é reconhecido pela OIE como zona livre de c) Os equinos são resistentes às doenças vesiculares.
febre aftosa sem vacinação.
d) É proibido comercializar vacinas contra febre aftosa no
IV – Os sorotipos de febre aftosa são A,O,C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e estado de Santa Catarina
Ásia 1.

23
11/03/2022

Sobre a febre aftosa é correto afirmar:

a) É causada por um vírus da família Reoviridae não


envelopado que é transmitido por meio de aerossóis.

b) Os bovinos e bubalinos vacinados podem ser


transportados para Zona Livre de Febre Aftosa Sem
Vacinação.

c) Os equinos são resistentes às doenças vesiculares.

d) É proibido comercializar vacinas contra febre aftosa no


estado de Santa Catarina

24

Você também pode gostar