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Cecília Alfredo
Esmeralda de Fátima João Chatima
Finita Fembo Chipanela
Miloca Francisco
Fraide Domingos Gimo
2º Ano
Universidade Pùngué
Tete
2023
IV Grupo
Cecília Alfredo
Esmeralda de Fátima João Chatima
Finita Fembo Chipanela
Miloca Francisco
Fraide Domingos Gimo
2º Ano
Universidade Pùngué
Tete
2023
Índice
1., Introdução...................................................................................................................................3
1.1. Objectivos.............................................................................................................................3
1.2. Metodologia..............................................................................................................................3
2. Fundamentação Teórica...............................................................................................................4
2.1 Escola como organização..........................................................................................................4
2.2. Características da Escola..........................................................................................................5
2.3. A escola como centro da reprodução das relações de produção...............................................6
3. Conclusão..................................................................................................................................11
Referências Bibliográficas.............................................................................................................12
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa da cadeira de Sociologia de Educação, tem como tema em
abordagem: A Escola como uma Organização, onde descreveu-se os seguintes aspectos,
As características específicas da Escola que a distinguem das demais organizações,
Características da Escola, A escola como centro da reprodução das relações de produção.
A escola é constituída por um conjunto de atores com diferentes formações, percursos e
perspectivas educacionais diversas, diferindo de outras organizações sociais. Apresenta uma
hierarquia própria que tem como função administrar a organização e gerenciar as relações entre
os diferentes atores, acautelando o cumprimento dos objectivos definidos.
Tem se como objectivos da pesquisa a seguir:
1.1. Objectivos
a) Geral
Conhecer a Escola como uma organização, Características específicas da Escola que a
distinguem das demais organizações.
b) Específicos
Identificar a Escola como uma organização, Características especificas da Escola que
distinguem das demais organizações
Descrever a Escola como organização, Características especificas da Escola que
distinguem das demais organizações.
1.2. Metodologia
a) Método Bibliográfico
Para LAKATOS E MARCONI (2007), methodos significa organização, e logos, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Para o presente recorreu-se ao Método bibliográfico – antes e ao longo da elaboração
do presente trabalho leu-se muitos documentos e obras que abordam Escola como uma
organização, no seu desenvolvimento, que serviram como base de sustentação de todo o
presente trabalho.
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2. Fundamentação Teórica
Na rede escolar, o culto da arte, ciência pura, profundidade filosófica, subtilezas psicológicas são
formas de inculcação vinculadas a orientar a acção do educando conforme as normas de direito,
políticas hegemónicas, sendo representadas como deveres.
A inculcação não se dá apenas pelo discurso, mas também mediante práticas de exercícios
escolares em que a nota equivale ao salário, recompensa pelo trabalho realizado. Da mesma
maneira que o mercado do trabalho é regalado pela competição, no interior da escola ela é
cultuada nos sistemas de promoção selectivos.
O aluno é obrigado a estar na escola e é livre para decidir se quer trabalhar ou não, ter êxito ou
não, como o indivíduo é livre ante o mercado de trabalho.
As práticas do ritualismo escolar — deveres, disciplinas, punições e recompensas — constituem
o universo pedagógico. A escola realiza com êxito o processo de recalcamento de pontos de vista
opostos aos hegemônicos, e essa sujeição condiciona a inculcação. O trabalho é vagamente
valorizado como artesanato, o processo histórico é reduzido a um conjunto de guerras, datas e
nomes cuja finalidade principal é reduzir à insignificância o significativo: dimensões sociais do
histórico ou sua temporalidade. Veja-se a dificuldade em convencer os historiadores de que o
presente também é história.
O aparelho escolar contribui para a reprodução da qualidade da força de trabalho, porque
transmite saber e regras de conduta (ler, escrever e contar) e tem um destino produtivo.
Os alunos da rede escolar recebem também conteúdos científicos.
Eis que o processo de escolarização contribui para a reprodução das condições materiais de
produção, uma vez que a produção social é uma transformação material da natureza, supondo o
conhecimento objectivo sob as mais variadas formas.
Todas as práticas escolares estão a serviço da inculcação, que pressupõe “técnicas”, “métodos”
apropriados. A técnica escolar neutraliza os conteúdos de inculcação e os de saber positivo
homogeneizando-os, na medida em que são ensinados como regras escolares.
O conhecimento escolar é usado no quadro de problemas surgidos da prática escolar com
objectivos definidos: dar notas, classificar e sancionar os indivíduos. Isso porque há uma
separação entre as práticas escolares e as práticas produtivas em geral. A separação escolar é
chave na determinação do papel no conjunto de relações da sociedade actual. Isso é por conta da
divisão entre o trabalho material e o intelectual, entre teoria e prática. Toda escolarização é por
sua natureza conservadora, pois é ela quem legitima a separação entre a consciência e a prática.
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A escola é regida pelo princípio da contradição e não são categorias como “psicologia do
escolar”, “norma”, “anormal”, e sim categorias como “inculcação”, “submissão”, “recalcamento”
que podem explicar alguns dos fenómenos que ocorrem nas estruturas escolares.
Como aparelho ideológico, a escola primária reflecte uma unidade contraditória de duas redes de
escolarização. A escola favorece os favorecidos e desfavorece os desfavorecidos, e o princípio
disso está na diferença social da família.
Trata-se de se perguntar a cada indivíduo dado como ele passou sua infância pré-escolar, ela
como determinante de sua escolaridade individual ulterior.
As classes sociais não podem ser pensadas a partir dos indivíduos. Elas não se
reduzem às propriedades sociais características de cada indivíduo. Essa visão atribui
importância à família, lugar material da primeira educação. A explicação é regressiva,
cronológica, individual.
Essa cronologia família, escola primária, ginásio ou não só existe do ponto de vista do indivíduo.
Na realidade, família, escola primária, ginásio etc.:
Preexistem ao próprio indivíduo;
Coexistem simultaneamente;
Mantêm relações necessárias entre si.
O professor está a serviço do aparelho escolar, não de sua classe. À falta de base, um nível de
ensino remete ao imediatamente inferior e este à família, esquecendo que há duas redes em
virtude da relação social de produção. Se há famílias providas e desprovidas é porque há duas
classes. O funcionamento do conjunto do aparelho escolar e o lugar da escola primária no
interior do aparelho escolar são definidos na sua função de reprodução das relações sociais de
produção.
Para Marx, as relações sociais de produção são a combinação social das forças produtivas, a
maneira pela qual os instrumentos de produção e o próprio trabalho produtivo se repartem
socialmente entre os vários agentes da produção. O essencial é a relação de propriedade. Daí as
relações sociais da produção capitalista se definirem pela separação entre trabalho produtivo e os
meios de produção, exploração do trabalho pelo capital.
O operário reproduz-se enquanto tal na medida em que não tem elementos para acumular, mas
somente para reproduzir sua força de trabalho. Essa reprodução pode originar-se por intermédio
da industrialização da agricultura, empobrecimento das classes médias.
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O aparelho escolar tem seu papel na reprodução das relações sociais de produção quando
contribui:
Para formar a força de trabalho;
Para inculcar a ideologia hegemónica, tudo isso pelo mecanismo das práticas escolares;
Para reprodução material da divisão em classes;
Para manter as condições ideológicas das relações de dominação.
O aparelho escolar impõe a inculcação ideológica primária e é seguido pelos diversos aparelhos:
televisão, publicidade, seitas etc.
A escola inclui, na forma de rudimentos, técnicas indispensáveis à adaptação ao maquinismo, em
geral na forma preparatória.
Na família camponesa fundada na exploração agrícola em comum, a escola é considerada tempo
perdido; não há escola de agricultura. O que aparece com esse título é escola para exploração
agrícola capitalista. A escola pode ser aparelho ideológico segundo estágios do modo de
produção capitalista na sua combinação concreta no interior de cada formação social capitalista.
A escola não cria a divisão em classes, mas contribui para essa divisão e reprodução ampliada.
A reprodução ampliada das classes sociais comporta alguns aspectos:
A reprodução ampliada dos lugares que ocupam os agentes. Esses lugares designam a
determinação da estrutura sobre a divisão social do trabalho;
A reprodução (distribuição) dos próprios agentes entre esses lugares.
Aí intervém ativamente na reprodução dos lugares das classes sociais.
Há uma reprodução das classes sociais e pela oposição de classes, em que se move a reprodução
ampliada da estrutura, inclusive das relações de produção que presidem o funcionamento dos
aparelhos ideológicos.
Os aparelhos ideológicos não criam a ideologia; inculcam a ideologia dominante. Não é a Igreja
que cria ou que perpetua a religião; é esta que cria e perpetua a Igreja, diferentemente do que
pensava Max Weber.
A análise do fetichismo da mercadoria ultrapassa os aparelhos ideológicos. Uma “empresa” é um
aparelho no sentido de que há divisão social do trabalho em seu interior. A organização despótica
do trabalho define as relações políticas e ideológicas concernentes aos lugares das classes sociais
no conjunto da estrutura.
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3. Conclusão
Após a realização da presente pesquisa pode se concluir que A escola é vivenciada por cada
aluno, de acordo com aquilo que ela espera dele. No desempenho dos alunos reflecte-se a forma
de actuação da organização. Assim, temos escolas permissivas ou autoritárias, reactivas ou
proactivas. Neste sentido, é consensual a importância das dinâmicas de funcionamento da
organização, na atitude dos alunos. O crescimento e a evolução da organização fazem-se sempre
que esta responda às problemáticas existentes e às oportunidades de mudança, sendo, para isso,
indispensável que os seus membros sejam cooperantes, proactivos e que evidenciem uma atitude
de comprometimento. No entanto, devemos estar convictos que a organização escolar apresenta
um conjunto de limites, destacando a inflexibilidade entre aquilo que exige e o que oferece,
contribuindo, para esta situação, tradições ideológicas e também os valores e as convicções
ligadas à própria organização.
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Referências Bibliográficas
ALVES, J. Organização, Gestão e projectos educativos das escolas. (6ª ed.). Porto: Asa Editores,
2003.
AMADO, J. Compreender e construir a (in) disciplina. In Indisciplina e Violência. Cadernos de
Criatividade, 3. Lisboa: Associação Educativa para o Desenvolvimento da Criatividade, 2001..
COMÉNIO, J. Didáctica Magna. (5ª ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. (Original
publicado em 1657), 2006.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed.5.
reimp. São Paulo: Atlas, 2007
MACEDO, B. A construção do projecto educativo. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional,
1995.
TEODORO, A. Mudar de rumo: seis propostas para a educação. Jornal Público, 38, Lisboa,
2011.
VILA, I. ; CASARES, R. Educación y sociedad. Una perspectiva sobre las relaciones entre la
escuela y el entorno social. Cadernos de Educação, 57. Barcelona: Universidade de
Barcelona/ICE-HORSORI, 2009.